segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Sublevação militar/Governo chama aos acontecimentos de 1 de fevereiro de “ignóbil  atentado terrorista contra Estado guineense”

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – O governo considerou os acontecimentos de 1 de Fevereiro, de “ ignóbil atentado terrorista” perpetrado contra o Estado da Guiné-Bissau, na tentativa frustrada de eliminar, fisicamente, o Presidente da República, Primeiro-ministro e os membros do executivo, reunidos em Conselho de Ministros, para consumar um golpe de Estado, através de um banho de sangue de proporções inéditas no país.

Fernando Vaz, Porta-Voz do governo, disse, em conferência de imprensa,  que assiste agora a uma tentativa de ridicularização da dramática situação.

De acordo com Vaz,  o Presidente da República esteve sequestrado, e os membros do governo estavam reféns do golpistas, plano que nunca se consumou.

Acrescentou que se assiste ainda exigências de explicações e que se faz crer, de forma hilariante, por determinado setor político, que o tiroteio resultou de um desentendimento entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro.

 “Durante as quatro horas de tiroteio, os elementos do corpo de segurança presidencial resistiram de forma estóica e impediram a consumação dos propósitos encomendados ao grupo terrorista” salientou.

Vaz sustentou ainda que no decurso do tiroteio, o setor político e os jornais estrangeiros que habitualmente o produzem como caixa de ressonância davam como morto o Presidente da República e alguns asseguravam que o salão do Conselho de Ministros estava transformado num mar de sangue, salientando que era esse o plano delineados pelos mentores do golpe.

“Felizmente, o golpe não se consumou e personalidades estrangeiras acreditadas no nosso país e que também estavam no interior do palácio, em reuniões nos ministérios puderam testemunhar os acontecimentos, e por isso, não se conformam com as atitudes recorrentes daqueles que hoje tentam inventar cenários hilariantes para desviar as intenções.

Acrescentou que as organizações como as Nações Unidas, a União Africana, CEDEAO e muitos países no mundo não se posicionam face a um golpe de Estado de ânimo leve e de forma leviana e irresponsável como pretendem fazer crer certos setores  políticos frustrados e subversivos que têm como o único objetivo implantar o caos e a desordem no país.

Aquele responsável informou que após o bárbaro atentado terrorista, a Comissão de Inquérito está na posse de um vasto conjunto de elementos materiais que deixam claras intenção dos autores materiais e morais e que também já se sabe quais seriam os passos a seguir, caso este ato bárbaro, primário, alimentado pela cultura do ódio e da vingança tivesse surtido o resultado desejado pelos seus mentores.

“Os indícios de participação de pessoas com ligações ao narcotráfico, referidos pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló nas duas comunicações que prestou e pelo comunicado à imprensa do Primeiro-ministro são basedos em fatos reais, exaustivamente comunicados. Existem imagens e outras provas materiais que, a seu tempo, sem perturbação do inquérito, serão traduzidos a público para avaliação de todos os média de boa-fé”, referiu Fernando Vaz.

Fernado Vaz, actual ministro do Turismo e Artesanato, disse que não existe qualquer intenção de caça às bruxas ou de penalização de pessoas inocentes, justificando que, existem fatos, provas e depoimentos que coincidem com as provas materiais recolhidas pelas investigações.

O porta voz do Governo disse ainda que as novas autoridades estão empenhadas em construir , e que não há lugar para os velhos métodos do velho regime que desgovernou o país durante 40 anos.

Disse   que a democracia se baseia no império da Lei e que não reserva a ninguém o direito à impunidade. ANG/DMG/ÂC//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário