terça-feira, 7 de março de 2023

Cinema/“Omi Nobu”, Homem Novo de Yuri Ceunick, premiado melhor documentário no Fespaco 2023

Bissau, 07 Mar 23 (ANG) - O documentário “Omi Nobu” (Homem Novo) foi premiado com o galardão de ouro na 28ª edição Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (Fespaco), que decorreu entre 24 de fevereiro e 05 de março, no Burkina Faso.

O prémio foi recebido pelo realizador Yuri Ceunick.

Pela primeira vez, um filme cabo-verdiano entra na competição oficial do  FESPACO, considerado o maior festival de cinema e televisão de África, e conquista um dos mais importantes prémios do certame, o “L’étalon dór” com o documentário “Omi Nobu” (Homem Novo), do realizador Carlos Yuri Ceuninck.

realizador reagiu com muita satisfação, em declarações à rádio pública cabo-verdiana, na língua nacional, e disse ser um momento histórico.

Acaba de acontecer uma noite histórica para o cinema de Cabo Verde. Omi Nobu, filme documentário, acaba de ganhar o prémio de melhor documentário de toda a África. Foi número um, não é segundo e nem terceiro. Na primeira participação de um filme no maior festival de cinema de África, o nosso filme ganha esse evento, que é como o Óscar de África. Ganhou maior filme documentáriodisse o realizador Carlos Yuri Ceuninck

O documentário “Omi Nobu” conta a história do último habitante da aldeia de Ribeira Funda, em São Nicolau. Quirino da Cruz, revela a sinopse, terá resistido a uma série de trágicos acontecimentos que levaram os demais moradores a abandonar a vila para se estabelecer na vizinha Estância de Brás. 

Durante quatro décadas, Quirino da Cruz, de 76 anos, recusou ajuda oferecida por amigos e pelas autoridades locais e permaneceu sozinho em Ribeira Funda, que considerava a terra do seu nascimento e o túmulo da sua morte. Vivia da pesca e da agricultura e tinha como companheiros um galo e alguns pardais. As notícias do mundo ficava a sabê-las por um rádio de pilha.

Este veio a falecer em 2022, durante a pandemia da Covid-19, facto que levou o cineasta e a produtora Korikaxoru Films a anunciar a sessão de estreia em Cabo Verde, na ilha de São Nicolau, em homenagem ao malogrado Quirino da Cruz. ANG/RFI

 

França/Pelo menos 12 jornalistas foram mortos em 2022 no contexto de guerra na Ucrânia

Bissau, 07 Mar 23 (ANG) – Pelo menos 12 profissionais dos ‘media’ foram mortos no desempenho das suas funções durante o ano passado e no contexto da invasão russa da Ucrânia, avança o Conselho da Europa, num relatório hoje divulgado.

Segundo o documento, intitulado “A guerra na Europa e a luta pelo direito de informar”, também foram registados, no mesmo período, 21 jornalistas feridos enquanto trabalhavam.

A análise, realizada pelas organizações parceiras da Plataforma do Conselho da Europa para a promoção, proteção do jornalismo e segurança dos jornalistas, refere que a guerra na Ucrânia tem decorrido “num contexto de degradação continuada” da liberdade de imprensa em toda a Europa e alerta para um “aumento significativo do número de jornalistas detidos”.

Durante o ano de 2022, a plataforma publicou 289 alertas sobre graves ameaças ou ataques à liberdade de imprensa em 37 Estados, denunciando casos de jornalistas assassinados, presos, agredidos, ameaçados e submetidos a campanhas de difamação.

Este número inclui alertas relativos à Rússia, já que as organizações parceiras decidiram continuar a monitorizar o estado da liberdade de imprensa e os ataques contra jornalistas naquele país mesmo depois da sua expulsão do Conselho da Europa, em março do ano passado, acrescentou o relatório hoje conhecido.

“Temos vindo a assistir a um aumento preocupante de ataques e ameaças contra jornalistas no último ano”, admitiu a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejčinović Burić, citada no relatório.

Segundo Marija Pejčinović Burić, ao longo de 2022 “muitos jornalistas demonstraram coragem” e outros “pagaram com a vida pelo direito de dar notícias após a agressão da Rússia à Ucrânia”, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado.

“O facto de muitos desses ataques ficarem impunes constitui uma ameaça aos alicerces das nossas sociedades”, alertou a responsável, apelando aos Estados-membros do Conselho da Europa para que “levem esta questão a sério” e “respeitem plenamente os direitos dos jornalistas, garantam a sua segurança, protejam as suas fontes e evitem a censura e outras formas de interferência no seu trabalho”.

Relativamente à situação fora do cenário da guerra na Ucrânia, a plataforma concluiu que as detenções arbitrárias e de jornalistas se tornaram comuns na Europa.

Apesar de ter registado menos alertas sobre ameaças e ataques em manifestações contra as restrições ligadas à pandemia de covid-19 (em comparação ao ano anterior), o Conselho da Europa lamenta o número de jornalistas detidos por fazerem o seu trabalho.

“Em 31 de dezembro de 2022, 127 jornalistas e profissionais de comunicação social estavam detidos, incluindo 95 com alertas ativos na plataforma (o que representa um aumento de 60% em relação a 31 de dezembro de 2021) e 32 profissionais na Bielorrússia, cujos alertas ainda não tinham sido publicados”, apontou a organização.

Durante o ano passado, a plataforma registou 74 alertas relativos a ataques à integridade física de jornalistas, o que representa mais de um quarto do total de alertas, adiantou o relatório hoje divulgado.

Além disso, os parceiros que monitorizam a situação na Europa registaram 41 alertas de detenções e prisões de jornalistas (14% do total de alertas), 94 de casos de assédio e intimidação (32%) e 80 relativos a outros atos que ameaçam a liberdade de imprensa (28%).

A plataforma foi criada pelo Conselho da Europa em 2015, em cooperação com organizações não-governamentais (ONG) ligadas à liberdade de expressão e com associações de jornalistas.

O Conselho da Europa foi criado em 1949 para defender os Direitos Humanos, a Democracia e o Estado de Direito e integra atualmente 46 Estados-membros, incluindo todos os países que compõem a União Europeia (UE). ANG/Lusa

 

Ucrânia/ China nega ter vendido armas à Rússia e diz estar empenhada na paz

Bissau, 07 Mar (ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros da China negou hoje
que o país tenha vendido armas à Rússia e defendeu que Pequim fez uma “avaliação independente”, estando empenhado na paz na Ucrânia.

“O que é que a China fez para ser ameaçada ou pressionada em relação a esta crise”, questionou Qin Gang, em conferência de imprensa, à margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, o órgão máximo legislativo da China.

O governante assegurou que a China não está diretamente envolvida no conflito, nem forneceu armas ao país vizinho. “Nós publicamos um documento com propostas para a paz”, lembrou.

Desde o início da guerra na Ucrânia, Pequim tem tentado manter a “amizade sem limites” com Moscovo e proteger as fortes ligações comerciais aos Estados Unidos e países aliados, bem como a sua imagem global.

Pequim recusou condenar a invasão e condenou a imposição de sanções à Rússia, mas defendeu também a importância de respeitar a “integridade territorial de todos os países”, numa referência à Ucrânia.

Em fevereiro passado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse ter evidências de que a China planeia fornecer armas à Rússia. Pequim negou esta informação.

Qin apontou que há “uma mão invisível que está a causar a crise na Ucrânia”, numa referência implícita aos Estados Unidos. “Há quem se comprometa com a paz e há quem ponha lenha na fogueira. Estamos do lado da negociação e da paz”, sublinhou.

Na proposta de Pequim para a paz, destaca-se a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apela-se também para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos.

“A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares”, lê-se no documento, numa critica implícita ao alargamento da NATO.

No plano pede-se o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a retirada de civis e ações para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

A proposta foi criticada pelo Ocidente por colocar “agressor e vítima” no mesmo patamar. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

segunda-feira, 6 de março de 2023

Economia/Missão técnica do FMI visita Guiné-Bissau para avaliação do programa financeiro

Bissau, 06 Mar 23(ANG) – Uma Missão Técnica do Fundo Monetário Internacional(FMI) visitá de 8 a 21 de Março  à Guiné-Bissau para avaliar o Programa Financeiro(facilidade de crédito alargada-ECF).

A informação  consta num comunicado à imprensa envido à ANG, segundo o qual  a equipa técnica do FMI vai avaliar a execução orçamental, despesas, receitas assim como , o último censo realizado na Administração Pública e a situação da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau(EAGB).

Segundo o documento, a missão do FMI  manterá vários  contactos com diferentes  instituições  nacionais e internacionais  sedeadas no país, nomeadamente o Governo, Tribunal de Contas, Banco Central dos Estados da África Ocidental(BCEAO), sindicatos(UNTG/CGSI)  entre outras.

De igual modo, a missão do fundo reúne-se com Presidente da República, com Primeiro-ministro e Vice-primeiro-ministro. No rol das reuniões, a missão vai ainda falar com os parceiros multilaterais e bilaterais da Guiné-Bissau.

A referida missão estará no país em presença física, a partir do dia 14 do mês em curso, sendo que o início realizar-se-á sob formato virtual, sob a  chefia de José Gijon, e integra quatro peritos ligados ao FMI.

O programa financeiro,suspenso há quatro anos  com a Guiné-Bissau, foi restabelecido pelo Conselho de Administração do FMI, no dia 30 de Janeiro deste ano, depois de quatro avaliações feitas por técnicos  do Fundo ao governo.

Este programa de Facilidade de Crédito Alargada-ECF irá assegurar a implementação das reformas  formuladas pelo governo de Bissau, visando estabilizar a economia,melhorar a competividade e reforçar a boa governação. ANG/JD//SG

Forças Armadas/Presidente da República diz  que Centro de Instrução Militar de Cumeré volta a ter o prestígio de autrora

Bissau, 06 Mar 23 (ANG) – O Presidente da República assegurou no último fim de semana que  o Centro de Instrução Militar de Cumeré volta a ter o prestígio de autrora,  e com possibilidades de promover cursos de licenciatura em Ciências Militares.

PR no ensaio de tiro

Umaro Sissoco Embaló fez estas declarações duranrte uma visita realizada  ao referido centro cujo funcionamento vai contar com a Cooeração militar português e da França.

 “Portugal é o nosso parceiro tradicional sobretudo na área de formação técnico militar e já estamos muito avançado. O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas portuguesa veio ao país duas vezes”, referiu Embaló.

Disse esperar que o país  consiga capacitar a sua força de defesa e segurança porque “ter uma força de segurança não capacitada sempre é uma desgraça”.

“Vamos começar a pensar no Serviço de Recrutamento Militar Obrigatório mas com um rigor muito forte, e isso evita-nos a ter malfeitores nas forças armadas, que não vão pensar em golpes, e preparados para se defender dos enganos dos políticos”, disse Umaro Sissoco Embaló.

Por  sua vez, o ministro de Defesa Nacional, Marceano Silva Barbeiro avançou que, com o término das obras de reabilitação do Centro o governo vai reduzir, consideravelmente, o envio de militares para formação no estrangero .

O governante defendeu  que é preciso ter a paz porque segundo diz, só com a paz é que os guineenses estarão em condições de desenvolver o país, em todos os sectores.

“Garantir a paz significa que devemos ter uma força armada muito bem preparada , não só tecnicamente boa, como também uma força armada que vai conhecer, de facto, os problemas reais do país”, disse.

Se terminarem os trabalhos de reabilitação,segundo Silva Barbeiro, o Centro  vai ter condições para  formar oficiais aqui no país, com três anos de curso, onde vão sair oficiais, altamente preparados, tecnimcamente e academicamente. ANG/DMG//SG

Greve na Saúde/Serviços do HNSM funcionam a “meio gás” devido a paralisação no sector

Bissau ,06 Mar 23 (ANG) – Os diferentes serviços que compõem o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), estão a funcionar de uma forma limitada devido a greve de 05 dias decretada pelos sindicatos do sector da saúde e da educação agrupado numa  denominada  “Frente Social “.


Numa ronda feita pela repórter da ANG, nas primeiras horas da greve,  no maior centro hospitalar do país constatou-se  fraca presença de pacientes nos diferentes serviços, com a exceção  da Maternidade e Serviço de Medicina denominada de Uambo que tinham muitos pacientes e acompanhantes na expectativas de serem atendidas.

Carla Cá, moradora do Bairro de Bandim, que foi fazer o controlo de gravidez, disse que foi atendida, fez alguns exames e  que passou pelos  serviços de Ajuda Intercâmbio e Desenvolvimento (Aida) que lhe deram alguns medicamentos.

“Mas é de lamentar a greve nos hospitais uma vez que os mais pobres é que procuram os serviços do Simão Mendes. Quem tem condições dificilmente vai estar cá deixando outros lugares como as clinicas, onde pode ser tratado melhor. Nós os pobres temos de aguentar”, lamentou.

Simna Nandiba, que levou a mulher doente, disse que foi atendida apesar da greve que diz desconhecer se estava em curso.

Nandiba admite que muitos pacientes podem ficar sem atendimento, porque só os serviços mínimos funcionam, e os cosiderados  em “estado estável” não são atendidos.

 “Já não se sabe entre o Governo e os sindicatos quem tem razão.O Governo, como pai,  devia ceder e negociar com os sindicatos para acabarem, de uma vez, com as paralisações nas áreas da saúde e da educação”, disse Simna Nandiba.

Augusto Vaz, funcionário da Proteção Vegetal colocado na regiâo de Quinará que levou o seu primo doente, disse que foram atendidos, mas não de uma forma cabal, uma vez que ficaram sem fazer análises .

Disse que  vão ter que arranjar alternativa fora,  o que será mais difícil tendo em conta a falta de dinheiro.

Vaz pede  “intervenção urgente” do Executivo para fazer com que há greve acabe de vez, principalmente no sector da saúde.

Visivelmente emocionado, apelou aos Chefes de Estado e do Governo a fazerem esforços concretos para acabar com a paralisação, tendo pedido o entendimento com os sindicatos para o bem de todos, sobretudo dos mais pobres.

A paralisação que iniciou hoje decorre  até ao próximo dia 10 de Março, e os sindicatos exigem entre outros o pagamento de salário atrasado, enquadramento na Função Pública de  novos ingressos e aplicação do Estatuto da Carreira Docente .

De acordo com os grevistas, os serviços mínimos serão observados nos serviços de Urgências e dos Cuidados Intensivos, apesar do silêncio do Governo que não os negociou.

Acusam o Executivo de se manter  calado apesar de diferentes alertas dos sindicatos através da conferência de imprensa e outros meios, feitas desde 19 de Novembro de ano passado. ANG/MSC/ÂC//SG

 

Cultura/Cantora Aicha Koné da Costa de Marfim agradece ao Presidente da República e povo guineense pela hospitalidade

Bissau, 06 Mar 23 (ANG) – A cantora da Costa de Marfim, Aicha Koné agradeceu este fim-de-semana ao Presidente da República e Povo guineense pela hospitalidade e simpatia que lhe têm demostrado.


A artista ivoirense falava à saída de uma audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló depois de ter participado no Carnaval 2023 no país.

Quatro países africanos da sub-região e músicos de renome internacional como Aicha Koné da Costa de Marfim, Viviane Childid do Senegal participaram no  carnaval  2023 à convite da Comissão Organizadora do maior evento cultural da Guiné-Bissau.

“Agradeço a forma como o Presidente da República me recebeu. Mas, na verdade não estou surpreso porque no continente africano a hospitalidade é sempre desse jeito, pertencemos um continente acolhedor”, considerou Aicha Koné.

Aicha Koné contou que manifestou ainda a sua satisfação  ao Presidente da República pelo fato de ter visto a comunidade de Costa de Marfim em boas condições  na Guiné-Bissau.ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

 Saúde e educação/Frente Social observa nova paralisação

Bissau, 06 mar 23 (Lusa) – A Frente Social, que junta os sindicatos da saúde e da educação do país, inicia hoje uma greve, que vai durar até sexta-feira, perante a “falta de interesse” do Governo para resolver as reivindicações daqueles setores.


Os quatros sindicatos, dois do setor da saúde e dois do setor da educação, decidiram avançar para a greve, porque apesar das discussões e da mediação de uma organização de mulheres, o “Governo de iniciativa presidencial, liderado por Nuno Gomes Nabiam, não voltou à mesa negocial”.

Contactado pela Lusa na sexta-feira, o porta-voz da Frente Social e presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins da Guiné-Bissau, Yoyo João Correia, disse que a greve, cujo pré-aviso foi entregue ao Governo no início de fevereiro, se mantém, porque o executivo continua sem dialogar.

Os funcionários dos setores da saúde e educação reivindicam, entre dezenas de pontos, o pagamento de dívidas, a efetivação de novos ingressos, a aprovação de estatutos de carreira dos profissionais de diagnóstico e terapêutica ou resolução de irregularidade na aplicação do Estatuto de Carreira Docente. ANG/Lusa

 

 

 

Diplomacia/Antigo Presidente da República Centro Africana exilado na Guiné-Bissau

Bissau,06 Mar 23(ANG) - O antigo presidente da República Centro Africana (RCA), François Bozizé está exilado em Bissau a pedido da Comunidade de Estados da África Central (CEMAC), disseram no domingo à Lusa fontes do governo guineense.


François Bozizé, 76 anos, chegou a Bissau na passada quinta-feira, num voo especial, oriundo do Chade, onde se encontrava desde 2021.

Segundo vários analistas, Bozizé, cristão, estava a liderar, a partir do Chade, uma coligação de rebeldes que tentam derrubar o atual regime na RCA, liderado por Félix Archange Touadera.

Bozizé governou a RCA desde 2003, quando derrubou Ange Felix Parasse, num golpe de Estado, até ser também derrubado num outro golpe, por rebeldes comandados por Michel Diottadi, um muçulmano, em 2013.

Desde aquela altura que a RCA, um dos países mais pobres do mundo, está mergulhado em crises e tentativas de golpe, com Bozizé suspeito de ser um dos principais desestabilizadores.

Portugal e outros países integram uma força de capacetes azuis das Nações Unidas, MINUSCA, que tenta manter a paz naquele país.

Fontes do governo guineense precisaram que vários países africanos intercederam junto do presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que aceitou dar asilo à Bozizé "por razões humanitárias".

As mesmas fontes indicaram à Lusa que Bozizé se encontra a viver numa casa no centro de Bissau. ANG/Lusa

 

Guerra na Ucrânia/Alemanha admite “consequências” se China enviar armas à Rússia

Bissau, 06 Mar 23(ANG) – O chanceler alemão, Olaf Scholz, admitiu hoje que haveria “consequências” se a China enviasse armas à Rússia para a guerra na Ucrânia, mas manifestou-se otimista, acreditando que Pequim não o fará.


Os comentários de Scholz foram feitos numa entrevista à CNN que foi para o ar hoje, dois dias depois de o chanceler alemão se ter encontrado com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington.

Autoridades dos Estados Unidos alertaram recentemente que a China poderá começar a fornecer armas e munições a Moscovo para a guerra na Ucrânia.

Antes da sua viagem, Scholz pediu a Pequim que se abstivesse de enviar armas e, em vez disso, usasse a sua influência para pressionar a Rússia a retirar as tropas da Ucrânia.

Questionado pela CNN sobre se haveria sanções à China caso esta ajudasse a Rússia, Scholz respondeu: “Acho que haveria consequências, mas agora estamos numa fase em que deixámos claro que isso não deveria acontecer e estou relativamente otimista de que teremos sucesso com o nosso pedido neste caso, mas teremos de analisá-lo e teremos de ser muito, muito cautelosos”.

Scholz não deu detalhes sobre a natureza de eventuais consequências.

A Alemanha é a maior economia da Europa e a China tem sido o seu parceiro comercial mais relevante nos últimos anos.

De volta à Alemanha e depois de o seu gabinete se ter reunido com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Scholz voltou a ser questionado sobre o assunto.

“Todos concordamos que não deve haver entrega de armas, e o Governo chinês afirmou que não entregaria nenhuma”, respondeu o chanceler. “Isso é o que exigimos e estamos a observar”, acrescentou.

Von der Leyen disse também não ter “provas disso até agora” e sobre se a União Europeia sancionaria a China por dar ajuda militar à Rússia afirmou que “é uma questão hipotética que só pode ser respondida se se tornar realidade e facto”.

ANG/Inforpress/Lusa

 

São Tomé e Príncipe/ Policia Judiciária vai ser reconstruida  "a partir do zero"

Bissau, 06 Mar 23 (ANG) - Em São Tomé e Príncipe, o governo vai “reconstruir a sua Polícia Judiciária a partir do zero” avançou a  ministra da Justiça, Ilza Amado Vaz, em entrevista à agência de notícias Lusa, na sequência de uma visita, de vários dias, a Portugal.


Ilza Amado Vaz começou por explicar o que significa "reconstruir a partir do zero" e também que tipo de capacidades espera que a Polícia Judiciária tenha, no futuro.

"Reconstruir a partir do zero é olharmos para a Polícia Judiciária como uma instituição que é preciso ser repensada e, partindo da base, construirmos. O que pudermos manter, manteremos. O que puder ser alterado, será alterado", começou por garantir, em entrevista.

A governante disse que o executivo pretende "uma Polícia Judiciária que esteja capacitada para fazer face aos novos tipos de criminalidade", incluindo o combate ao cibercrime.

Para além disso, a Polícia deverá "investigar com a rapidez desejada os vários tipos de crimes contra o Estado, contra as finanças públicas, contra as pessoas e, por isso, exige algo de raiz", defendeu ainda. ANG/RFI

 

Nigéria/Presidente eleito responde a opositores que estão contra a sua vitória

Bissau, 06 Mar 23 (ANG) - O Presidente eleito da Nigéria, Bola Tinubu, formou uma equipa jurídica para lidar com as queixas de fraude apresentadas pelos principais opositores contra a sua vitória nas eleições da semana passada.


Os principais partidos da oposição da Nigéria exigiram na terça-feira uma repetição das eleições, dizendo que as sondagens estavam "irreparavelmente comprometidas" e alegando que os resultados tinham sido manipulados por atrasos na publicação dos resultados na Internet.

Atiku Abubakar, do Partido Democrático do Povo (PDP), e Peter Obi do, Partido Trabalhista, são os lideres dos principais opositores de Tinubu.

Como primeiro passo, a equipa de Tinubu vai apresentar uma iniciativa legal contra Peter Obi, que será acusado de fabricar as suas próprias estimativas de votos, relata o diário nigeriano "Vanguard".

O conselheiro de política de comunicação do partido, Dele Alake, tem um objectivo especial em relação a Obi que, segundo ele, aspira a tornar-se o "político mais perigoso da Nigéria".

"Ele elevou a sua conhecida mentalidade de clã a um nível muito infeliz ao basear abertamente a sua campanha na religião e etnia, quando na realidade acabou por se tornar o 'rapaz propaganda' da divisão no nosso país", lamentou Alake.

Alake, no entanto, agradeceu de uma certa forma zombeteira aos opositores por terem abandonado os seus apelos iniciais à mobilização popular.

"Quero agradecer-lhes por terem finalmente optado pelo Estado de direito em vez da posição beligerante inicial no seu caminho numa viagem infundada em busca de uma miragem", acrescentou.

Tinubu sucederá a Muhammadu Buhari, que não pôde concorrer por ter atingido o termo limite estabelecido pela Constituição da Nigéria.

A eleição marca a primeira vez, desde o regresso do país ao governo civil, em 1999, em que nenhum dos candidatos é um antigo líder militar, como foi o caso de Buhari, que liderou o país entre Dezembro de 1983 a Agosto de 1985, após um golpe de estado. ANG/Angop

 

Nigéria/Seis estados  contestam judicialmente resultados das presidenciais

BissaU, 06 Mar 23 (ANG) - As autoridades de seis estados da Nigéria apresentaram sabado uma queixa no Supremo Tribunal contra o Governo, por alegadas irregularidades registadas nas eleições presidenciais de 25 de Fevereiro, ganhas por Bola Tinubu, do partido no poder.


Os estados de Adamawa, Akwa-Ibom, Bayelsa, Delta, Edo e Sokoto alegam que a contagem "não foi realizada de acordo com as cláusulas obrigatórias de secções relevantes da Lei Eleitoral, as regras da comissão eleitoral e o manual para funcionários da comissão eleitoral".

Na acção movida sublinham que os trabalhadores não transmitiram os resultados, após a recontagem, na publicação no site da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), uma queixa apresentada nos últimos dias por vários candidatos da oposição, segundo o jornal nigeriano Punch.

"O não cumprimento do processo levou a agitação generalizada, protestos violentos, mal-estar e rejeição entre um amplo espectro da população, observadores internacionais, partidos políticos e ex-chefes de Estado nigerianos", argumentam.

O Governo, sustentam os estados contestatários, tem através da CENI, "poderes para corrigir as falhas e erros técnicos decorrentes da celebração das eleições", defendendo que a população "tem direito a um processo eleitoral adequado e legal, transparente e credível, que garanta eleições livres e justas".

Segundo a Comissão Eleitoral Nacional Independente, Bola Ahmed Tinubu, com 70 anos, venceu as eleições presidenciais com mais de 8,8 milhões de votos, ou 36,6% dos boletins escrutinados.

Os candidatos da oposição, Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP), e Peter Obi, do Partido Trabalhista, ambos afirmando ter ganhado as eleições, anunciaram na quinta-feira que vão recorrer dos resultados, argumentando que houve irregularidades.

Os três principais partidos da oposição da Nigéria exigiram na terça-feira uma repetição das eleições, dizendo que estas estão "irremediavelmente comprometidas" e denunciando uma manipulação dos resultados devido a atrasos na publicação dos registos na Internet.

O vencedor das eleições substituirá Muhammadu Buhari, que não pôde candidatar-se porque já cumpriu os limites de mandato estabelecidos pela Constituição nigeriana. ANG/Angop

 

Peru/Seis soldados  arrastados por rio enquanto fugiam de manifestantes

Bissau, 06 Mar 22 (ANG) – Um soldado peruano morreu e cinco estão desaparecidos depois de terem sido arrastados por um rio, quando fugiam no domingo de um grupo de manifestantes antigovernamentais na região sul de Puno, junto à fronteira com a Bolívia.


Os militares faziam parte de uma patrulha que se deslocava da localidade de Ilave para Juli, onde os manifestantes incendiaram no sábado uma esquadra da polícia, quando foram intercetados por um grupo violento que impediu a sua passagem, avançou o Comando Conjunto das Forças Armadas do Peru, em comunicado.

A patrulha decidiu fazer um percurso alternativo e atravessar o rio Ilave para evitar o confronto, mas, “devido às dificuldades, ao caudal do rio e a um ataque com pedras e outros objetos contundentes”, seis soldados foram arrastados pela corrente, acrescentou.

O corpo de um dos soldados foi encontrado e as autoridades militares iniciaram esforços para localizar os cinco militares desaparecidos. Outros cinco soldados encontram-se internados no hospital de Ilave com hipotermia, em estado estável.

No sábado, cerca de 300 pessoas atacaram a esquadra da polícia da cidade de Juli com pedras e objetos contundentes durante várias horas e, finalmente, o edifício foi incendiado com coquetéis molotov, indicaram, em comunicado, os Ministérios da Defesa e do Interior peruanos.

Em resultado do ataque, dez agentes da polícia ficaram feridos e foram retirados de helicóptero, enquanto sete civis receberam tratamento no hospital de Juli.

Também no sábado, outro grupo atacou a base militar de Juli, temporariamente instalada num hotel, causando ferimentos a dez soldados, acrescentou a mesma nota.

A região de Puno, onde se situam Juli e Ilave, mantém bloqueios de estradas e greves desde janeiro, quando os habitantes saíram às ruas para exigir a renúncia da Presidente peruana, Dina Boluarte, no âmbito de manifestações durante as quais morreram 18 pessoas na cidade vizinha de Juliaca.

O governo de Dina Boluarte declarou estado de emergência em Puno, onde o controlo da ordem interna está a cargo das Forças Armadas peruanas, com o apoio da Polícia peruana.

Puno é a única província onde ainda prosseguem os protestos contra Boluarte, que substituiu o ex-chefe de Estado Pedro Castillo, em prisão preventiva desde dezembro, depois de ter sido acusado de tentativa de golpe de Estado.

Os manifestantes exigem a libertação de Castillo, a demissão de Boluarte, a antecipação das eleições, a dissolução do parlamento e a convocação de uma assembleia constituinte. ANG/Lusa

 

Grécia/PM grego pede desculpas às famílias das vítimas de acidente ferroviário

 

Bissau, 06  Mar 23(ANG) – O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, pediu no domingo desculpas às famílias das vítimas do desastre entre dois comboios que causou 57 mortos na terça-feira e provocou uma grande revolta na população da Grécia.


“Como primeiro-ministro, devo a todos, mas especialmente aos familiares das vítimas, perdão”, declarou Mitsotakis, numa mensagem dirigida aos gregos, publicada na rede social Facebook.

“Na Grécia de 2023, não é possível que dois comboios circulem em direções opostas na mesma linha e não sejam notados por alguém”, referiu.

“Não podemos, não queremos e não nos devemos esconder atrás do erro humano”, atribuído ao chefe da estação de Larissa, insistiu o primeiro-ministro conservador.

Mitsokanis deve comparecer hoje num serviço religioso na catedral ortodoxa de Atenas.

Todas as igrejas do país planeiam prestar hoje homenagem às vítimas do acidente, que ocorreu na terça-feira e provocou também dezenas de feridos, descrito pelas autoridades como “uma tragédia nacional”.

Também hoje em Tessalónica, a segunda maior cidade do país e onde viviam muitas das vítimas, foram novamente lançados ‘cocktails molotov’ contra um pelotão das forças antimotim, divulgou a agência de notícias grega ANA.

O chefe da estação de Larissa, a cidade mais próxima do local do acidente entre um comboio que ligava Atenas a Tessalónica, no norte, e um comboio de mercadorias, assumiu a responsabilidade pelo desastre.

Apresentado pelos meios de comunicação como inexperiente e no cargo há pouco tempo, o homem de 59 anos deve ser ouvido hoje pela justiça grega e poderá ser acusado de homicídio culposo.

No entanto, o estado de degradação da rede ferroviária, problemas no sistema de sinalização e a segurança nas ferrovias foram apontados como problemas já existentes.

Os representantes sindicais vinham alertando nas últimas semanas para as diversas deficiências na rede e para a falta de funcionários.

Os gregos planeiam mais uma vez demonstrar hoje a sua insatisfação, ao meio-dia, em frente ao parlamento, no centro de Atenas.

Em Atenas e Tessalónica, nos últimos dias, estes protestos têm provocado confrontos entre a polícia e os manifestantes.

Na sexta-feira, manifestantes protestaram e gritaram chamando assassinos junto à sede da companhia ferroviária Hellenic Train, em Atenas, e escreveram a palavra com letras vermelhas na fachada do prédio.

ANG/Inforpress/Lusa

 

sexta-feira, 3 de março de 2023

Obesidade/Nutricionista guineense defende criação de Guia Nacional de Alimentação para lutar  contra a patologia

Bissau, 03 Mar 23 (ANG) – O nutricionista e especialista em Saúde Pública, defendeu hoje a Criação de um Guia Nacional de Alimentação com objectivo de lutar contra a doença causada pela má ou alimentação em abundância no país.

João Jacques Malu falava numa entrevista exclusiva a ANG sobre o dia Mundial da Obesidade que se assinala no sábado, dia 04 de Março, disse que esse Guia orientaria a população no seu consumo diário, uma vez que vão passar a alimentar conhecendo o valor nutritivo de cada alimento.

“Quem tem falta de potássio vai saber  o que comprar no mercado.Devemos valorizar os produtos locais, as pessoas não os consomem e o pior é que não conhecem o valor destes produtos, como a mandioca, inhame, batata doce, que são de longe mais nutritivos que  produtos importados, cuja a maioria é de origem duvidosa em termos de controle sanitário”, disse.

O nutricionista convida a população guineense a variar a dieta alimentar utilizando  alimentos de três grupos  protectores: legumes e frutas; energéticos(cereais); e tubérculos e construtores que são carne, peixe ovo e outros.

Frisou que todos estes alimentos existem na Guiné-Bissau e que o problema é que as pessoas comem mal, muitas das vezes por ignorância.

O nutricionista disse que  as pessoas vendem ovos da galinha de terra que é  mais saudável para adquirir ovos importados para o consumo e fazem o mesmo em relação a galinha de terra com o frango congelado, além  de trocarem a mandioca ou manfafa, pelo sandwuice “chawarma” ou hamburguer que contém muita gordura e são de difícil digestão sobretudo a noite.

João Jacques Malu sugere que haja ações de  educação e sensibilização nutricional no país, nas rádios, jornais, na televisão e outros meios de comunicação social.

“Não se deve comer só porque caí  bem no paladar, mas sim comer o que é bom, independentemente do seu sabor e cumprindo regras alimentares porque existem”, salientou.

Acrescenta que  há alimentos que se deve comer, a hora , onde e como se deve  comer.

“Por  exemplo, comer carne a noite como leva tempo a digerir no nosso corpo pode ser uma das causas de obesidade.Pode levar à outras doenças como tensão, tornando o sistema de defesa do corpo fraco e com preguiça até mental”, explicou.

Disse que, por isso aconselha à todos a se cuidar para não chegar nem no sobrepeso nem na obesidade.

Malu define a obesidade como um estado patológico causado pelo excesso de nutrientes que são os alimentos consumidos, frisando que, existem três tipos de obesidade: do primeiro, segundo e terceiro grau da doença, a fase mais avançada.

E para se evitar deste mal, o nutricionista aconselha a prática de exercícios físicos, dormir e comer na hora certa, mas fundamentalmente ter uma alimentação saudável, planejada e variada. ANG/MSC/ÂC//SG

 

Eleição na Nigéria/Presidente da República congratula-se com a vitória de Bola Tinubu

Bissau,03 Mar 23(ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló felicitou o novo Presidente da Nigéria, Bola Tinubu.

“A sua grande vitória foi por nós acolhida com muita alegria e esperança de podermos continuar a manter os laços de excecionais amizade e cooperação que foi consolidada pelo seu antecessor, General Muhammadu Buhari, entre a Nigéria e a Guiné-Bissau”, disse Umaro Sissoco Embaló na página oficial do facebook da presidência guineense.

Embaló disse desejar êxitos e resultados no vigoroso crescimento da Nigéria, um dos mais sólidos pilares da democracia e do desenvolvimento ao nível não só da nossa sub-região, como no plano continental e internacional.

As autoridades eleitorais da Nigéria declararam, quarta-feira,(01), que o candidato do partido no poder, Bola Tinubu, é o vencedor das presidenciais no país, contestadas pelos principais elementos da oposição, segundo agência Reuters.

“Tinubu, Bola Ahmed, do APC – sigla em inglês do Congresso de Todos os Progressivos -, tendo cumprido os requisitos da lei, é declarado vencedor”, disse o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC, na sigla em inglês), Mahmud Yakubu, ao anunciar os resultados.

Entretanto os principais partidos da oposição apelaram terça-feira para que as eleições fossem canceladas e repetidas. O anúncio deverá por isso ser contestado pelos líderes Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP) e Peter Obi, do Partido Trabalhista (LP, na sigla em inglês).

Abubakar também terminou em segundo lugar na última votação, em 2019, recorrendo na altura da decisão, mas sem sucesso. Os dois líderes defenderam que os atrasos no apuramento dos resultados abriram espaço a irregularidades.

Já o APC instou a oposição a aceitar a derrota e a não causar problemas. Tinubu obteve 8,79 milhões de votos (37%), enquanto Abubakar ficou em segundo lugar, com 6,98 milhões de votos (29%), e Obi, na terceira posição, teve 6,1 milhões (25%), de acordo com os resultados anunciados em direto pela INEC na televisão.

O anúncio foi feito após as 04:00 da manhã, mas as comemorações tiveram logo início na terça-feira à noite, na secretaria nacional do partido no poder, onde apoiantes de Tinubu estavam reunidos.

O presidente eleito agradeceu aos apoiantes na capital, Abuja, logo após a vitória ter sido anunciada e dirigiu-se aos adversários de forma conciliatória.

“Aproveito esta oportunidade para apelar aos meus colegas concorrentes para que nos deixem formar uma equipa”, disse. “É a única nação que temos. É um país e temos de o construir juntos”, acrescentou.

Os partidos têm agora três semanas para recorrer dos resultados, mas as eleições só podem ser invalidadas caso seja provado que o organismo eleitoral não cumpriu a lei e agiu de forma a comprometer o resultado.

O Supremo Tribunal da Nigéria nunca anulou umas eleições presidenciais, embora as contestações judiciais sejam bastante comuns.

Observadores apontaram que a eleição de sábado foi pacífica, embora atrasos tenham feito com que alguns eleitores tivessem de esperar até ao dia seguinte para votar.

Muitos nigerianos tiveram dificuldades em chegar ao local de voto, por causa de uma renovação das notas antigas de naira, moeda local, que resultou na escassez de notas bancárias. ANG/Democrata/Angop