CPLP/Rede da Biosfera reunida no Príncipe
Bissau, 27 Fev 25 (ANG) - A Ilha
do Príncipe acolhe até esta quinta-feira o 3° encontro da Rede da Biosfera da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os temas estão alinhados com
a agenda da COP16 que foi retomada em Roma esta semana.
Reflectir sobre o papel da CPLP na
conservação da biodiversidade e do turismo sustentável é um dos objectivos do
3° encontro da Rede de Reservas da Biosfera da UNESCO da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa.
A reunião começou na segunda-feira e decorre
até quinta na cidade de Santo António, na Ilha do Príncipe, Reserva Mundial da
Biosfera desde 2012.
“Serão aprovadas cerca de 30 novas reservas em pelo
menos cinco novos países. Significa que há um entendimento claro pelos
Estados-Membros”,
adiantou António Abreu, representante de Rede da Biosfera da CPLP.
O primeiro-ministro são-tomense, Américo
Ramos, expressou o desejo de preservação e protecção do Parque Natural do
Príncipe, que é uma reserva reconhecida nacional e internacionalmente pela sua
relevância na conservação ambiental.
“A criação da Rede de Reservas da Biosfera da
UNESCO na CPLP demonstra o nosso compromisso para com o desenvolvimento
sustentável da CPLP, através da promoção de actividades de conservação da
natureza e da biodiversidade nos Estados-membros”,
afirmou o chefe de Governo são-tomense.
A CPLP tem 24 Reservas da Biosfera espalhadas
entre o Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e
Príncipe. Estas 24 reservas correspondem a 25% da Rede Mundial de Reservas da
Biosfera da UNESCO, totalizando cerca de 196 milhões de hectares e
influenciando mais de 104 milhões de pessoas que vivem nestes territórios.
A Rede de Reservas da Biosfera da CPLP foi
formalmente aprovada em Julho de 2024, mas o seu trabalho teve início em 2022,
com o apoio do Fundo Especial da CPLP e do secretariado técnico da organização
não-governamental portuguesa ACTUAR.
O evento decorre numa altura em que foram
retomadas negociações, em Roma, na Itália, sobre a conservação da
biodiversidade, as quais tinham sido interrompidas em 2024 em Cali, na
Colombia. Esta semana é a segunda ronda da 16ª reunião da Conferência das
Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, a COP16. O objectivo é chegar
a um acordo sobre os fundos que vão proteger a biodiversidade nos próximos
cinco anos, mas as metas de protecção da biodiversidade estão ameaçadas pela
falta de consenso sobre os mecanismos de financiamento para conservar espécies
animais e vegetais.ANG/RFI
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