China Popular/Xi diz a Putin que está "feliz por ver esforços" para pôr fim à guerra
Bissau, 24 fev 25 (ANG) - O presidente chinês, Xi
Jinping, disse hoje ao homólogo russo, Vladimir Putin, que está feliz por ver
que a Rússia e outros países estão a fazer "esforços positivos" para
acabar com a guerra na Ucrânia.
"A China
está satisfeita por ver que a Rússia e as partes relevantes estão a fazer
esforços positivos para pôr fim a esta crise", disse Xi, numa conversa por
telefone, que ocorre no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia.
Citado pela agência noticiosa oficial Xinhua,
Xi disse ainda que os laços entre a China e a Rússia têm uma "força motriz
interna forte" e um "valor estratégico único", e que os dois
países são "dois bons vizinhos" e "verdadeiros amigos", que
se apoiam mutuamente na procura de um "desenvolvimento comum".
O líder chinês acrescentou que a relação
bilateral "não é dirigida contra terceiros, nem será influenciada por
ninguém", sublinhando que os laços continuarão a desenvolver-se "com
facilidade" e "ajudarão o desenvolvimento mútuo, injetando
estabilidade e energia positiva nas relações internacionais".
De acordo com a Xinhua, Putin afirmou que está
empenhado em "eliminar as causas profundas do conflito" entre a
Rússia e a Ucrânia, a fim de "alcançar uma solução de paz sustentável e
duradoura".
A China saudou as conversações entre Putin e
o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para negociar uma saída para a
guerra, um processo no qual Pequim quer desempenhar "um papel
construtivo", segundo os seus porta-vozes, mantendo a comunicação
"com todas as partes".
Nas últimas semanas, o Ministro dos Negócios
Estrangeiros chinês, Wang Yi, garantiu que a posição da China sobre o conflito
tem sido "racional" e que Pequim quer ajudar a "estabelecer um
quadro de segurança para a Europa".
Desde o início da guerra na Ucrânia, a China
manteve uma posição ambígua em relação ao conflito, apelando ao respeito pela
"integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e
à atenção às "preocupações legítimas de todos" os Estados, em
referência à Rússia.
Pequim opôs-se a sanções
"unilaterais" contra Moscovo e apelou a uma solução política.
A China tem enviado representantes diplomáticos para a região e apresentado iniciativas de paz que tiveram sempre uma receção morna no Ocidente, como o plano que elaborou com o Brasil no ano passado, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kyiv.ANG/Lusa
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