Política/Líder da Coligação
API-Cabas Garandi convocou uma paralisação-geral para o próximo dia 28
Bissau,24 Fev 25(ANG) - O Líder da Coligação eleitoral, Aliança Patriótica Inclusiva (API -Cabas Garandi) convocou para o dia 28 de Fevereiro, uma paralisação geral no país, em protesto ao fim do mandato do Presidente da República, que a oposição diz que termina no próximo dia 27 mas que o Supremo Tribunal de Justiça diz que só termina a 04 de Setembro, data em que este órgão se pronunciou sobre os protestos contra os resultados eleitorais do candidato presidencial Domingos Simões Pereira.
O anúncio de Nuno Gomes Nabiam foi feito no domingo, numa conferência de imprensa promovida pelas Coligações PAI Terra Ranka, API Cabas e a Sociedade Civil, na presença de centenas de apoiantes.
Na ocasião, Nabiam disse que há pessoas que lutaram pela causa da Guiné-Bissau e eles não devem permitir que essa conquista seja comprometida por Sissoco Embaló.
Apelou maior adesão à paralisação convocada e exig e ao chefe de Estado o cumprimento das normas democráticas.
Numa avaliação sobre a situação político-social do país, Nuno Gomes Nabiam, destaca que o chefe de Estado Sissoco Embaló pretende instrumentalizar toda a sociedade guineense. Por isso, apela para uma luta de todos os atores políticos contra Sissoco Embaló.
“Para vencermos esta batalha temos que colocar de lado todas as nossas ambições pessoais”, disse o antigo primeiro-ministro.
Em conferência de imprensa conjunta, os partidos aliados nas duas coligações eleitorais falaram de “assaltos aos órgãos de soberania, nomeadamente, Supremo Tribunal de Justiça, ocupado por Lima André, vice-presidente e da Assembleia Nacional Popular, ocupada, por Satu Camará”.
Exigem a reposição dessas instituições, alegando que se encontram sob “sequestro” do chefe de Estado.
As duas Coligações, num comunicado conjunto lido por Abdu Mané, exortaram a CEDEAO para, em primeiro lugar, "respeitar" o quadro constitucional vigente, com vista a um amplo diálogo entre os atores políticos e institucionais, designadamente, a Assembleia Nacional Popular através da sua Comissão Permanente.
As duas organizações políticas que reúnem a maioria dos partidos com assentos no parlamento dissolvido, acusam o chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló de violações constantes da Constituição da República, e dos princípios democráticos.
“Assistimos as violações constantes da Constituição e demais leis da República assim como dos princípios democráticos e dos Estado do Direito, as sistemáticas violações dos direitos humanos e as restrições das liberdades fundamentais”, lê-se no comunicado lido por Abdú Mané, deputado e ex-líder da bancada parlamentar do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), ala Braima Camará.
Em relação a sua posição sobre a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO) que chegou no domingo ao país, as coligações eleitorais reafirmaram que o mandato do Presidente da República termina no dia 27 de Fevereiro de 2025, data em que tomara posse.
Uma missão de Alto Nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), chegou no domingo à Bissau, para apoiar os atores políticos guineenses no processo eleitoral . ANG/ÂC//SG
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