quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Diplomacia económica




Paulo Gomes mobiliza apoios para Guiné-Bissau

Bissau, 10 Out.13 (ANG) – O candidato às eleições presidenciais na Guiné-Bissau, o ex. Administrador do Banco Mundial, Paulo Gomes, esteve recentemente nos Estados Unidos da América, concretamente em Nova Iorque e Washington, numa diplomacia económica para angariar apoios para o país.

Em conferência de imprensa realizada hoje, Paulo Gomes, disse que manteve encontros com diversas personalidades de grandes influências nas áreas económicas e financeiras nos Estados Unidos de América, com vista a preparação de uma plataforma forte de diplomacia económica para a Guiné-Bissau.
“Tive encontro com o Presidente da Companhia aérea pan-africana denominada  Asky, sedeada em Lomé (Togo) e que começou a voar agora para Bissau. Como vocês sabem, sou um dos membros do seu Conselho de Administração e trabalhei igualmente na estruturação do seu projecto e na mobilização dos recursos para a sua constituição e  tem no seu capital a companhia Etiopian Airlines um dos maiores do mundo”, explicou.
Gomes disse que o objectivo do seu encontro com o Presidente da companhia Asky, visa a atribuição de um certo peso ao Aeroporto de Bissau na sub-região.
“A companhia Aérea Asky começou recentemente a fazer as suas ligações para Bissau, uma vez por semana. Mas quero acreditar que podemos levar a Asky a ter mais operações aqui em Bissau, explorando o potencial turístico que poderemos desenvolver futuramente”, informou.
Paulo Gomes sublinhou que teve encontro com Moo Hibraim, o milionário da Fundação “Moo Hibraim” e que tem um prémio específico para agraciar os chefes de Estados que governaram bem.
“Eu não estou ainda nesta categoria. Mas o ex-presidente de Cabo-Verde Pedro Pires, já recebeu o seu prémio, há dois anos, bem como o ex-Presidente moçambicano, Joaquim Chissano”, frisou.
Gomes declarou que, dada as suas boas relações, falaram das possibilidades de apoios da  Fundação Moo Ibraim  ao sector educativo.
“Mantive encontro com um dos melhores basquetebolistas da liga norte americana NBA, Diguen Mutumbo, e falamos das possibilidades de criação de um projecto de escolas e construção de campos de basketbol no país”, disse.
O candidato às eleições presidenciais afirmou que manteve um encontro com o Jefren Golstin, ex- Secretário Adjunto do Tesouro Americano e Conselheiro Económico de Barack Obama, que gere um Fundo de Investimento de mais de 10 milhões de dólares nos Estados Unidos de América.
“É um homem muito influente e que financia grandes transacções. Em África ainda não fez muita coisa e falamos na possibilidade de fazer algum investimento na Guiné-Bissau”, salientou, acrescentando que ele, faz transacções à volta de 500 milhões à um bilião de dólares americano, o que representa a totalidade do Produto Interno Bruto do país.
Paulo Gomes, disse que manteve ainda encontros com o Presidente do Grupo “Africaire” uma ONG americana que operava na Guiné-Bissau e que deixou Bissau no período do conflito de 1998, mas que está a regressar em alguns países africanos. Adiantou que falaram da possibilidade desta ONG reiniciar as operações no país.
“Falei igualmente com o Presidente do Fundo Global de luta contra o Sida, porque vamos continuar a ser muito atentos e trazer mais recursos de combate a este flagelo que ataca sobretudo os mais novos e as mulheres”, informou.ANG/ÂC/SG


  

Catió/ Sul da Guiné-Bissau


 Cólera já matou 28  em 425 casos

Catió, 10 Out.13 (ANG) – A epidemia de cólera que assola o Sul da Guiné-Bissau desde Março do corrente ano já provocou a morte à 28 pessoas entre 425 infectados, revelou hoje à ANG fonte da Direcção Regional de Saúde de Tombali.


Luzete da Silva, responsável da informação e comunicação dessa Direcção  disse ainda que as vítimas de cólera são da região sanitária de catió  que compreende  as povoações Catio , Klac e Komo.

Segundo Luzete da Silva, Catio registou 16 óbitos, Komo-10 e Klac-02.
Aquela responsável sanitária indicou que  os usos e costumes das populações da área , nomeadamente as grandes aglomerações em cerimonias de choro e tratamento inadequado de alimentos, estão na origem da alta taxa de infecção pelo vírus de cólera.


Com apoio da ONG Nadel uma equipa de 20 técnicos está no terreno a sensibilizar as populações de forma a se livrar dos contágios. ANG/ÂC/SG

Economia


Zona franca conta dobrar esforços para manter crescimento

(Dakar) – Os países da zona Franca decidem redobrar esforços para a manutenção do crescimento de 6,4 por cento estabelecido para 2013 no seio da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) contra os 2,9 por cento da Comunidade Económica e Monetária da Africa central (CEMAC).
 "As previsões económicas para 2013 se encontram favoravelmente orientadas, não obstante as incertezas sociopolíticas em certos países”, refere a Agência Senegalesa de Informação (APS) que cita um comunicado produzido na ultima reunião dos ministros das finanças, governadores dos bancos centrais e presidentes de instituições regionais da zona franca, realizada em Paris, França, sob a presidência de Pierre Moscovici, ministro francês da Economia e Finanças.
" O crescimento deveria também manter-se à um nível elevado nos países da UEMOA em 6,4 por cento, enquanto se regista um abrandamento de 2,9 por cento nos países da CEMAC, devido ao abrandamento da produção petrolífera e do investimento público em muitos países.

Segundo o comunicado, nos Comores , por exemplo, esperava-se um crescimento de ,35 por cento.
 "Depois da alta de 4,6 em 2011, a dinâmica do crescimento prosseguiu em 2012 na Comunidade Económica e Monetária da África Central com uma taxa de 5,2 por cento, sustentada pelo vigor do sector não petrolífero”, lê-se no comunicado.
O documento refere ainda que o crescimento melhorou igualmente nos Comores na ordem de 3 por cento contra os 2,6 em 2011, devido a forte procura interna.
 Os participantes desse encontro felicitaram o  nível de actividade económica de 2012 registado  na maioria dos países da zona franca.
O documento  salienta que o crescimento marcou uma nítida melhoria na performance económica da UEMOA passando de 0,9 em 2011 para 6,5 em 2012, e que essa situação se deve em parte a rápida retoma das actividades na Costa do Marfim, ao aumento dos investimentos e bons desempenhos agrícolas.
O encontro recomendou o prosseguimento dos trabalhos já engajados por iniciativa de cada comissão para adaptar o dispositivo de seguimento multilateral aos desejos de convergência económica e as exigências do crescimento mais sustentável.
A zona franca agrupa os Comores e Oito estados de Africa ocidental((Bénin, Burkina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo) e seis de Africa central(Camarões, a República Centro africana,  República do Congo, Gabão, Guiné-Equatorial e o Chade). APS

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

“Pacto de Estabilidade”



Forças Vivas assumem compromisso de por fim à crises socio-políticas
do país

Bissau, 09 Out.13 (ANG) – As forças vivas da Guiné-Bissau se comprometeram a por fim ao historial negro da vida do pais, no âmbito de um encontro promovido pelo Primeiro-ministro de Timor-leste, Xanana Gusmão, no último dia de visita  à Bissau.


 O compromisso saiu de um encontro de reflexão com todas as forças vivas da nação, nomeadamente com representantes da classe castrense, deputados, governo, líderes religiosos, da juventude, do poder judicial e da  sociedade civil.
“Nós, representantes das forças vivas, sociais e políticas da República da Guiné-Bissau, afirmamos aqui publicamente, o nosso compromisso político colectivo para uma mudança radical de atitudes e comportamentos, colocando no centro dos nossos actos como cidadãos, os superiores interesses do povo e da nação guineense”, disse Silvina Semedo Djaló da Plataforma Nacional das Mulheres da Guiné-Bissau quando estava a ler a declaração dos participantes do encontro.
Semedo Djaló declarou que todos reconheceram a urgente necessidade de por fim ao historial negro que desde o ano 1980, tem vindo a desprestigiar a pátria de Amílcar Cabral.
“Todos nós reconhecemos com humildade que traímos os sonhos da independência do país, proclamada à 24 de Setembro de 1973, em Madina de Boé, como consequência da vitória da luta de libertação, alcançada pelas Forças Armadas Revolucionárias do Povo e dirigido pelo PAIGC”, informou.
 “Nós reafirmamos a nossa vontade e determinação, de realização de eleições e devendo o processo eleitoral dar início, o mais breve possível”, acrescentou a porta voz dos participantes no encontro.
Ainda sobre as próximas eleições, Djaló disse que os partidos políticos se comprometeram a garantir um processo eleitoral credível, começando pela não interferência no recenseamento eleitoral, assim como respeitar os resultados eleitorais e que todos querem que as eleições sejam livres, justas e transparentes.
Silvina Semedo Djaló ainda referiu que os partidos políticos se comprometeram a colaborar numa Plataforma de Acção Cívica para o estabelecimento de um Estado de Direito Democrático e afirmação da cidadania.
Disse que a Sociedade Civil e as confissões religiosas se comprometem a participar activamente na estabilidade do país.
Adiantou que as Forças Vivas na Nação assumiram também o compromisso de, depois das eleições, cooperar activamente no processo da reforma das Forças de Defesa e Segurança, do sector da justiça e da administração pública.
A porta-voz do grupo afirmou que as Forças Armadas se comprometem a respeitar os resultados das eleições e a formação do governo.
Sublinhou que o governo saído das eleições deve apresentar um roteiro actualizado de reforma nos sectores de defesa e segurança para as suas profissionalizações e acrescentou que cabe as Forças Armadas o direito de exigir ao Estado, sem o uso de força, um plano de médio prazo que dê resposta as suas reivindicações em termos do reconhecimento do papel dos combatentes da liberdade da pátria.
O Primeiro-Ministro do Timor Leste Xanana Gusmão entregou a Declaração conjunta dos participantes do encontro ao representante do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau, para efeitos de fiscalização de seu cumprimento e  futuras violações.ANG/ÂC/SG


Criminalidade



“Tráfico de crianças não passa de boatos e desinformações”,diz Inspector da PJ

Bissau, 09 Out 13 (ANG) – O Inspector da Brigada de Menores da Polícia Judiciária disse hoje que o “o alegado fenómeno de tráfico de crianças no pais “não passa de boatos e campanhas de desinformação”.
Mário Clodé que falava à Agência de Notícias da Guiné-ANG  referiu-se a  declaração duma criança esta terça-feira à imprensa, segundo a qual terá sido vítima de  tentativa de rapto por pessoas desconhecidas, afirmando que na versão que a mesma deu a polícia, não consta “o rapto por pessoas desconhecidas”.
“ O que é caricato em toda esta história, é que até agora ninguém se dirigiu as autoridades competentes para denunciar o desaparecimento do seu filho ou filha”, afirmou.
Clóde admite que a PJ pode vir a ser obrigada a processar alguém por essas desinformações” e declarou que a PJ, Polícia de Protecção Pública e a Guarda nacional estão a levar a cabo um trabalho de investigação sobre esse assunto  pede a calma às populações.
Por seu lado, o Comissário Geral da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, manifestou-se igualmente apreensivo quanto as manifestações contra alegados casos de rapto de crianças no pais, situação que se vier a se confirmar, segundo Nhaga levará as autoridades policiais a declararem tolerância zero à tais praticas.
“Nós como autoridades competentes, ao ouvirmos às denúncias, fomos procurar provas junto dos visados mas nada conseguimos. Contactamos igualmente a Polícia Judiciária e nos disse que não tem nenhum caso registado dessa natureza”, esclarece.
Nhaga considerou “acto de vandalismo” que não se coaduna com os princípios legais, o ataque por populares à embaixada da Nigéria em Bissau, por alegada perseguição de um presumível raptor de crianças.
 “No mercado de Bandim, há pessoas que atiram pedras e garrafas, danificando várias viaturas. Essa prática é intolerável não é uma situação normal e as pessoas têm que pensar porque o direito tem as suas limitações e onde acaba o seu, começa o de outro”, aconselhou Armando Nhaga.
O Comissário da POP disse que, se a situação prevalecer, vão ter que tomar medidas duras, admitindo mesmo que as autoridades policiais também podem descambar e ultrapassar limites legais nas suas acções de manter a ordem.
“É por isso que avisamos a todos aqueles que têm familiares envolvidas nessas manifestações, que os aconselhem à evitarem de fazer práticas contrárias à lei”, advertiu Armando Nhaga.
Um cidadão da nacionalidade nigeriana, foi morto, pelos populares no bairro São-Vicente Paulo, em Bissau, que saíram  terça-feira às ruas  em protesto contra a alegada prática de tráfico de crianças que nos últimos tempos tem estado a ser propalado na capital guineense.
Centenas de populares, invadiram a Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria, numa acção de caça aos elementos da suposta rede de rapto de crianças, tendo invadido a Embaixada da Nigéria, em perseguição a um indivíduo que alegadamente terá tentado raptar uma criança  e se refugiado nessa representação diplomática.
A ira de manifestantes obrigou a intervenção das autoridades policiais que deram tiros ao ar e lançado gás lacrimogéneo para dispersar a multidão enraivecida.
Instado a falar sobre a situação de roubo das crianças, a Presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), Maria Inácia Gomes disse que, no âmbito de troca de informação com as autoridades judiciais não se conseguiu ter provas palpáveis que mostram que, realmente a referida prática acontece no país.
Aquela responsável acrescentou que soube através da polícia que algumas pessoas foram acusadas e maltratadas pela população, de que são autores de roubos das crianças.
“A policia testemunhou que as informações recolhidas ou dados recolhidos não são suficientes para pronunciarem alguma coisa” , afirmou a Presidente do Instituto da Mulher e Criança.
Entretanto, a ANG teve acesso a um comunicado do Comité Nacional para Prevenção do Tráfico de Seres Humanos, organização que congrega várias organizações estatais e privadas, entre as quais a Associação dos Amigos das Crianças (AMIC), no qual  se exige às autoridades do país no sentido de fazer uma investigação dos recentes casos de suposto desaparecimento e rapto de crianças.
No comunicado, o Comité exorta aos Pais e Encarregados de Educação, Escolas e Jardim-de-infância para estarem mais atentos e que reforcem as medidas de prevenção e de segurança  às crianças.
O Comité Nacional para a Prevenção do Tráfico dos Seres Humanos pediu ainda a colaboração das populações para denunciarem os casos de tentativa de furtos e raptos de crianças junto das autoridades polícias, nas organizações e às Associações Comunitárias para efeitos de responsabilização criminal dos malfeitores.

Tem havido nos últimos tempos vários relatos nos órgãos de comunicação social sobre crianças encontradas mortas em diferentes pontos do pais  sem alguns dos seus órgãos genitais, numa suposta denuncia de trafico de órgãos humanos para fins comerciais. ANG/ÂC,LLA,LPG,QC

Visita de Xanana Gusmão



Recomendada criação da Comissão Mista Guiné-Bissau/Timor-leste

Bissau, 09 Out 13 (ANG) – A primeira grande Comissão Mista Guiné-Bissau/Timor-leste, instituída pelo Acordo Geral de Cooperação, assinado a 19 de Maio de 2011, em Díli, vai ser realizada o mais rápido possível, para agilizar a implementação das prioridades identificadas.
A decisão consta no Comunicado Conjunto que assinalou o fim da visita de trabalho que o Primeiro-ministro da República Democrática de Timor Leste efectuou à Guiné-Bissau\ entre os dias 4 e 8 do corrente mês, à convite do seu homólogo guineense Rui Duarte de Barros.
Os dois governantes informaram-se mutuamente da situação política e social dos respectivos países.
O Primeiro-ministro de Transição da Guiné-Bissau, informou o seu homólogo timorense sobre a evolução do processo de transição no país, dos avanços significativos reconhecidos pela Comunidade Internacional e o empenho do executivo guineense em cumprir a agenda de Transição que coloca o enfoque no regresso á ordem constitucional com a realização das eleições gerais, o mais rápido possível.
O Chefe do Governo guineense informou igualmente sobre a implementação da reforma no sector da defesa e segurança, considerado elemento fulcral e estruturante para a estabilidade política e normalização da vida pública na Guiné-Bissau.
O Primeiro-ministro de Timor Leste manifestou a vontade que anima o governo e o Estado timorense na cooperação com a Guiné-Bissau, neste momento difícil e mostrou o engajamento das autoridades do seu país na sensibilização dos parceiros internacionais para a restauração do diálogo e cooperação com a Guiné-Bissau, tendo em vista minorar a crise que o país atravessa e assegurar a estabilidade social e política.
Kay Rala Xanana Gusmão reafirmou a sua determinação pessoal em acompanhar os esforços dos guineenses na busca de estabilidade e do desenvolvimento.
A necessidade do alívio das sanções por parte dos parceiros internacionais, tendo em vista a remoção dos obstáculos que dificultem a implementação da agenda de Transição e que afecta o tecido social e económico da Guiné-Bissau mereceram a atenção dos dois governantes.
 As delegações dos dois países, mantiveram reuniões de trabalho cuja agenda se incidiu sobre as modalidades da implementação do acordo geral de cooperação entre os dois países através da emissão conjunta de prioridades sectoriais e as perspectivas de desenvolvimento da cooperação bilateral ou envolvendo outros parceiros.
O chefe do governo guineense felicitou o seu homólogo timorense pelo excelente desempenho na presidência dos Estados Frágeis denominado “G-7 Plus”.
O chefe do governo timorense convidou o seu homólogo guineense para efectuar uma visita de trabalho à Timor-leste, tendo o convite sido aceite, devendo a data ser fixada por via diplomática.
O Primeiro-ministro de Timor-leste, durante a sua estadia na Guiné-Bissau, depositou coroas de flores no Mausoléu Amílcar Cabral, seguido de visita às instalações do Estado-maior General das Forças Armadas e da Unidade militar Brigada Mecanizada “Domingos Ramos”.
No final da visita, Xanana Gusmão, ao ser abordado pela imprensa sobre o que constatou, limitou-se a deitar lágrimas.
No seu primeiro dia de visita ao país foi recebido no Palácio da República, pelo Presidente de Transição, Serifo Nhamajo, num ambiente de festa tyendo sido ali agraciado com o Diploma de Amizade e Solidariedade.

Xanana Gusmão teve ainda encontros com os partidos políticos signatários do Pacto de Transição, do Fórum, com os representantes das organizações da Sociedade Civil, Chefias Militares, Agência das Nações Unidas e o Corpo Diplomático, e inaugurou uma Rua em Bissau com o nome de Timor-leste. ANG/ÂC/SG

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Fundo de Conservação Rodoviária





As pontes São Vicente e João Landim  vão ter mercados melhorados

Bissau, 08 Out.13 (ANG) - A Direcção Executiva do Fundo de Conservação Rodoviária entregou no último fim-de-semana às autoridades de Cacheu, 40 sacos de cimento e 120 chapas de zinco para a construção de mercados melhorados nas portagens junto as  pontes de João Landim e de São Vicente, no sector de Bula.
No acto da entrega dos referidos materiais, o Director Executivo do Fundo de Conservação Rodoviária, Marciano Mendes, disse que o gesto enquadra-se na responsabilidade social da instituição que dirige perante utentes de  zonas onde funcionam as  portagens  que arrecadam receitas para o Tesouro Público.
Mendes sublinhou que é uma forma de permitir-lhes dispor de mercado melhorado, com condições higiénicas onde possam fazer a venda de pescados e outros produtos para a dieta alimentar  das famílias.
Aquele responsável afirmou que a iniciativa visa ainda satisfazer   passageiros que ao longo das suas viagens, podem necessitar de comprar  produtos alimentícios, como carne, peixe, camarão, entre outros mariscos.
“Os dois mercados a serem construídos  irão permitir aos populares arrecadarem mais receitas e contribuir para a redução da pobreza e a fome”, vincou o DG do Fundo Rodoviário.
Por outro lado, Mendes considerou  que o acto testemunha que o objectivo do Fundo de Conservação Rodoviária não é apenas apoiar na construção de estradas mas também preocupar-se com a vida dos utentes.
Para o Administrador do Sector de Bula, Armando António Sanca, a iniciativa  merece reconhecimento dos responsáveis regionais de Cacheu, uma vez que, para além melhorar a  vida dos populares vai contribuir para o aumento das receitas provenientes das cobranças dos mercados.
Enquanto isso, o Governador da Região de Cacheu, Fernando Abna garantiu que uma vez conseguidos os referidos materiais, cabe a administração de Bula fazer, dentro  em breve, a implementação do projecto para se poder colocar estes dois espaços comerciais a disposição dos utentes.
 Fernando Abna apelou  à demais instituições, empresas e  operadores económicos do país, no sentido de fazerem o mesmo gesto para o bem-estar das populações, particularmente as  da Região de Cacheu. 
ANG/ÂC/SG

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Internacional/Economia




Valorização da produção africana


Angola - São cada vez mais as grandes cadeias de supermercados africanas que estão a optar por dar preferência, nas suas prateleiras, aos produtos que são produzidos no continente africano, conseguindo desta forma aumentar os seus lucros e, ao mesmo tempo, reduzir os preços que os consumidores pagam para se abastecerem.
Esta opção resulta do reforço das principais cadeias africanas de supermercados e, ao mesmo tempo, de um bom clima de relacionamento económico entre os diferentes países do continente que facilita as trocas comerciais e a importação e exportação de produtos.
Sedeadas principalmente na África do Sul, as grandes cadeias de supermercados estão a expandir o seu negócio a praticamente todo o continente, mas com uma especial atenção a Angola e à Nigéria, duas das principais potências económicas do continente.
Contrariamente ao que anteriormente sucedia, com os produtos produzidos na África do Sul a serem exportados e revendidos em pequenos supermercados locais, a actual tendência passa pela abertura de filiais dessas redes que oferecem não só alguns produtos como, principalmente, uma experiência organizativa que permite tornar o negócio rentável para as diferentes partes que nele intervêm.
Ao mesmo tempo, essa opção permite a pequenos países que beneficiam dessas operações exporem e venderem os seus próprios produtos, conseguindo, dessa forma, uma preciosa economia que depois se reflecte no preço oferecido ao consumidor. Deste modo é possível que num supermercado egípcio, por exemplo, ao lado de produtos locais possam estar outros que chegam da Namíbia, ou da África do Sul, com valores muito mais acessíveis, devido, precisamente, a essa salutar troca daquilo que é produzido. Esta engenharia só é possível com a experiência adquirida e consolidada neste tipo de negócios e que dispensa, por exemplo, que determinado tipo de leite em pó tenha que ser importado da Europa ou de qualquer outro continente.

Antes isso era obrigatório porque, devido à procura, as grandes fábricas europeias de leite em pó produziam em grandes quantidades, o que lhes permitia reduzir o preço por unidade. Entretanto, com a carga de impostos colocada entre a produção e o consumo, o cliente acabava por quase não beneficiar da tal produção em grande quantidade.

Agora, com este sistema implantado no continente africano, e com a garantia de que o escoamento dos produtos é feito sem grandes cargas fiscais ou de transporte, há que fortalecer o sistema organizativo de modo a agilizar o processo de produção e concentração daquilo que os diferentes países criam.
As principais cadeias africanas de supermercados, para consolidar este processo, estão já a estudar o modo de criar um entreposto continental onde se concentrem as diferentes produções nacionais que depois são escoadas para os diferentes países.

O grande objectivo é o de concentrar nos supermercados africanos apenas alimentos produzidos no continente africano. Trata-se, obviamente, de uma meta ambiciosa, mas atingível, e que pode motivar o aumento significativo do investimento estrangeiro em África. Neste momento são já numerosas as grandes marcas de bebidas, por exemplo, que criaram fabricas no continente africano, de onde extraem produtos destinados à sua própria produção interna ou para a exportação ao nível mundial.
Com a possibilidade desses produtos virem a ser, em grandes quantidades, vendidos sem saírem do continente, cria-se uma nova janela de oportunidade para o aumento do volume de negócios e para a intensificação do reforço do investimento entretanto feito.Países como a Namíbia, o Botswana, o Zimbabwe e a Zâmbia lideram o processo de fornecimento de produtos que, nos supermercados sul-africanos, concorrem com a produção local em termos de oferta ao consumidor.
Por outro lado, Angola, a Nigéria e Moçambique são os países que se encontram na linha da frente para acolher a abertura de filiais desses mesmos supermercados alimentando a esperança de, muito em breve, lá também poderem expor os seus próprios produtos nacionais e os verem consumidos noutros países.

Contrariamente ao que sucedeu nos primórdios da União Europeia, onde os países financeiramente mais poderosos impuseram aos mais frágeis uma série de draconianas medidas que acabaram por estar na base da actual crise económica, no continente africano o desenvolvimento das grandes cadeias de supermercados obedece a regras mais igualitárias sem as mordaças de acordos políticos altamente comprometedores.
Tudo isto porque o projecto passa, necessariamente, pela iniciativa privada, o que desde logo liberta os governos dos constrangimentos resultantes da necessidade de obterem acordos políticos que, mais tarde, poderão revelar-se contraproducentes.(Jornal de Angola)

Política




Vicente Fernandes é o novo presidente do PCD

Bissau, 07 Out  13 (ANG) - O Partido da Convergência Democrática(PCD) tem novo presidente, na pessoa do advogado e empresário, Vicente Fernandes.
Segundo a Rádio Bombolom FM, Fernandes foi eleito no decurso da terceira Convenção Nacional do partido decorrida no último fim-de-semana, em Gabú, Leste da Guiné-Bissau.
Fernandes substitui nas funções, Victor Fernandes Mandinga,  que exercia o cargo desde 1991.
O PCD concorreu as últimas eleições legislativas no quadro de uma coligação com o partido, Frente Democrática (FD) tendo obtido um mandato, na pessoa de Victor Mandinga.
ANG/SG