sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Pescas

União Europeia recomenda reforço da fiscalização

Bissau, 05 Set 14 (ANG) – Uma missão técnica de avaliação da União Europeia disse ter constatado falta de controlo nas actividades de pescas nas águas territoriais da Guiné-Bissau.

 Chefiada por Luize Hill a missão disse haver ainda muito por fazer no domínio de fiscalização e igualmente nos domínios de registo dos navios, na emissão de licenças, no controle dos navios de pescas e na legislação pesqueira guineense.

Apesar de tudo, Luize Hill reconheceu que muito se fez com vista a melhoria do sector pesqueiro nacional.

 “Esta missão constitui a primeira fase de um diálogo que deverá continuar no futuro para poder reforçar a fiscalização da pesca na Guiné-Bissau”, sublinhou a porta-voz desta missão que integra 4 elementos e que esteve no país durante 4 dias.

O Secretario de Estado das Pescas, IIdefonso Barros reconheceu que existem dificuldades em termos da frota de fiscalização de pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, mas sustentou que o país acabou de sair de uma “situação anómala”.

Questionado sobre para quando os navios da UE voltariam a pescar nas águas nacionais, Barros sublinhou que se aguarda pela conclusão dos procedimentos a cumprir da parte dos europeus. “Se dependesse de nós, isso podia até ser hoje”.


ANG/JAM /SG

quinta-feira, 4 de setembro de 2014



Ébola

Director Geral da Promoção e Prevenção de Saúde nega existência de qualquer caso de infecção no país

Bissau,04 Set 14 (ANG) - O director-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública da Guiné-Bissau, Nicolau Almeida, confirmou hoje a existência de pessoas em quarentena mas negou a existência de qualquer caso suspeito de infecçäo pelo vírus de Ébola no país.

 "A população tem feito denúncias, mas até aqui são alertas falsas. Não há um único caso de suspeita de vírus do Ébola no nosso país", indicou o director-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública guineense em declarações a agência Lusa. 

 Nicolau Almeida salientou que "toda a equipa sanitária do país está em estado de alerta máximo, sobretudo nas regiões do interior, onde a população tem feito denúncias de entrada de pessoas provenientes da Guiné-Conakry.  

De acordo com Nicolau Almeida, oito pessoas estão em quarentena no hospital de Gabu e três em Bafatá, ambas regiões a leste de Bissau mas que fazem fronteira com a Guiné-Conakry, país onde a doença já causou várias vítimas mortais.

Sublinhou que uma grávida proveniente da Guiné-Conakry "mas não de uma região afectada" foi internada na terça-feira no hospital Simão Mendes de Bissau. 

“Por estar com febre alta e com sangramento, chegou-se a suspeitar que poderia estar com sinais de infeção com o vírus Ébola, mas após as análises confirmou-se que padecia de paludismo e ameaça de aborto, acrescentou Almeida.

A mulher continua em observação no Simão Mendes, disse o responsável, sublinhando a prontidão da equipa de resposta rápida constituída por Médicos Sem Fronteiras e técnicos guineenses treinados.  

O director-geral da promoção e prevenção da Saúde Pública guineense afirmou que os dispositivos previstos para a resposta rápida estão montados embora ainda estejam em preparação as salas de isolamento de possíveis doentes no Simão Mendes.  
 
Mesmo com o fecho oficial das fronteiras entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conakry para evitar o alastramento da doença ao território guineense, há relatos diários de entrada clandestina de pessoas. ANG/Lusa


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Ébola

Cientistas japoneses desenvolvem teste que detecta Ébola em 30 minutos

Bissau, 3 Set 14 (ANG) - Cientistas japoneses anunciaram nesta terça-feira o desenvolvimento de um método para detectar a presença do vírus Ébola em 30 minutos, com técnica de diagnóstico simples que poderia ser utilizada na África ocidental.

O professor Jiro Yasuda e sua equipa da Universidade de Nagasaki informaram que o teste é mais barato que o sistema actual utilizado nesta região do continente africano, onde o vírus matou mais de 1.500 pessoas em 2014.

"O novo método é mais simples que o actual e pode ser utilizado nos países onde não estão disponíveis os aparelhos caros de avaliação", disse Yasuda à AFP.

A equipa de Yasuda desenvolveu um método que revela visualmente apenas os genes específicos do vírus do Ébola encontrados numa mostra de sangue ou em qualquer outro fluido corporal.          

Utilizando técnicas já existentes, extrai o ácido ribonucleico (ARN) - as moléculas biológicas para a codificação de genes - de qualquer vírus presente na mostra de sangue.          

A partir destas informações, o método cria uma sequência de DNA que é misturada num tubo de ensaio com uma substância específica.          

A mescla é submetida então a uma temperatura de 60-65 graus Celsius.          

No caso de presença do Ébola, o DNA específico do vírus se revelará em 30 minutos. Em caso contrário, o líquido ficará turvo.          

Actualmente, o Ébola é detectado com um processo que dura entre uma e duas horas, com material muito específico.          

O novo método "exige apenas um equipamento que possa ser aquecido com uma bateria e que custa algumas centenas de dólares, um preço que os países em desenvolvimento podem pagar", explicou Yasuda.          

"O teste está pronto para ser enviado", completou o cientista, que ainda não recebeu nenhum pedido dos países afectados.          

A epidemia do vírus Ébola, transmitida por contacto com fluidos corporais infectados, provocou um alerta mundial.          

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registou até 26 de Agosto 1.552 mortes de um total de 3.069 casos detectados na Libéria, Guiné-Conakry, Serra-Leoa e Nigéria.  Angop             

quarta-feira, 3 de setembro de 2014



Emigração clandestina

Dois candidatos guineenses decidem abandonar o centro espanhol de Ceuta

Bissau, 3 Set 14 (ANG) - Dois candidatos guineenses a imigração clandestina decidiram voluntariamente voltar à terra Natal, disse hoje à ANG o jornalista Braima Camará actualmente a residir em Espanha.

Em serviço especial para a Agência de Noticias da Guiné-ANG, Camara revelou que os dois se chamam Issa Baldé de 29 anos de idade, natural de Bafata, Leste da Guiné e António Mendes, natural de Canchungo, Norte da Guiné-Bissau.

"A vida é muito dura na Europa. Quando não se tem emprego as coisas ficam ainda mais difíceis em Espanha. A menos que no meu pais,com a minha familia posso comer e dormir numa casa”, disse Issa Baldé à um grupo de jornalistas que visitou o centro.

Os dois encontram há três anos no centro de estância temporal de imigrantes na tentativa de entrar clandestinamente em Espanha através de uma embarcação à remo.

Segundo Braima Camará na caminhada depois de os dois enfrentarem varias dificuldades, nomeadamente dormir na rua, passar fome, o sentimento de desistência dominou a vontade de prosseguir a caminhada, e ao chegarem a Ceuta se inscreveram no programa de regresso voluntario através de uma ONG entretanto não identificada.

O jornalista guineense actualmente a estudar em Espanha disse que a mediação desta ONG possibilitou que os dois pudessem retirar-se do Centro de acolhimento sem qualquer processo judicial por entrada ilegal no território espanhol.

Issa Baldé e António Mendes estiveram numa aventura que envolveu duas dezenas de candidatos africanos à imigração clandestina e que tiveram passagens por Senegal, Mali, Burquina faso, Niger, Argélia e Marrocos.

Outros 45 candidatos guineenses à imigração clandestina se encontram na cidade espanhola de Melila a aguardar pelas suas sortes. ANG/SG



Serviços

 “O declínio do volume das exportações afecta trabalhos dos Despachantes”, diz Presidente da Associação da classe

Bissau, 03 Set 14 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Despachantes Oficiais, Caixeiros e Ajudantes da Guiné-Bissau (ANDOCAD), afirmou hoje que a queda do volume das exportações e importações das mercadorias nos dois últimos anos do período de transição, afectou grandemente o desempenho dos seus associados.
  
 Julinho Camala, em entrevista exclusiva à ANG, afirmou que houve período em que as actividades comerciais ou seja as importaçöes e exportaçöes desapareceram no país, e acrescentou que só viriam a ser relançadas com o arranque da campanha de castanha de caju..

“Portanto, nós como a parte dependente do mercado, quando baixar o volume das transações comerciais, significa que o nosso trabalho também sofre declínio”, informou.

Aquele dirigente da organização dos Despachantes sublinhou que enquanto o país não tiver uma estabilidade duradoura, os que prestam esses serviços estão condenados a passar por momentos de crises.

Declarou que a Associação dos Despachantes conta actualmente com uma boa colaboração da Direcção Geral das Alfândegas na luta para normalizar a situação do despacho das mercadorias no pais.

Julinho Camala referiu que a Associação dos Despachantes funciona com imensas dificuldades, sobretudo durante os dois anos da vigência de transição politica.

Revelou que a organização foi criada há muito tempo após o aparecimento da Direcção Geral das Alfândegas, e conta actualmente com mais de 100 membros. ANG/AALS/LLA/SG