segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,06 Jan 20(ANG) - O candidato derrotado nas presidenciais da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira, que impugnou no Supremo Tribunal de Justiça os resultados eleitorais, disse no último fim de semana que a transparência e a justiça não estão comprovadas no registo de votos expressos nas atas.

"A democracia anda em paralelo com a transparência e a justiça, que não estão comprovadas em relação ao registo dos votos expressos nas atas das assembleias de voto e muito menos na transposição das atas síntese para os quadros informáticos em tratamento", afirmou Domingos Simões.

"Por isso [foi interposto] o recurso judiciário esperando que as instâncias competentes deem a conhecer ao povo e à nação guineense a garantia de quem de facto mereceu a preferência dos guineenses para decidir o seu destino nos próximos cinco anos", disse o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual também é presidente.

Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas e apoiantes numa unidade hoteleira em Bissau com o objetivo de esclarecer a submissão de um requerimento de impugnação dos resultados da segunda volta das presidenciais, realizada dia 29 de dezembro.


"Queria aqui enaltecer o comportamento globalmente irrepreensível das forças de defesa e segurança que se mantiveram à margem do processo enquanto instituição, mas que devem proceder a um apuramento e responsabilização dos incidentes ocorridos e registados para contínua moralização e disciplina do serviço nobre que prestam à nação", disse Domingos Simões Pereira.

O presidente do PAIGC denunciou também que um apoiante de um candidato fez campanha eleitoral no dia da votação junto às assembleias de voto, com a distribuição de dinheiro, acompanhado de homens armados.

"Também uma palavra à comunidade internacional pelo acompanhamento que tem assegurado a situação política do nosso país, nomeadamente às missões de observação eleitoral que obviamente contribuem para um ambiente mais apaziguado e seguro do escrutínio, mas que certamente não têm como certificar a correção detalhada dos dados que são apurados e tratados", afirmou.

Domingos Simões Pereira destacou também o "excelente" trabalho da sua candidatura e diretoria de campanha, salientando que o que fizeram vai resultar na sua vitória "caso os esclarecimentos sejam de facto aportados e as correções feitas".

"A todos asseguramos o nosso firme compromisso com os valores democráticos e a nossa determinação em conhecer a verdade e respeitar a vontade do povo expresso das urnas", afirmou.

Domingos Simões Pereira entregou na sexta-feira no Supremo Tribunal de Justiça o pedido de impugnação das eleições com base em alegadas provas de fraude na votação de domingo passado, segundo fontes da candidatura.

As alegadas provas "visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados".

Entre os argumentos para fundamentar as alegadas irregularidades, os advogados da candidatura de Simões Pereira juntaram elementos de indiciam "discrepância entre o número de inscritos para votar e o número de votantes".

Fonte do Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau tem também competência de tribunal eleitoral, disse à Lusa que o dossiê de impugnação das eleições por parte da candidatura de Domingos Simões Pereira deu entrada no cartório do tribunal e que agora será apreciado, na próxima semana, "para avaliar a sua justeza ou não" de acordo com a lei eleitoral guineense.

Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, conseguiu 46,45%.ANG/Lusa


Cabo Verde


                      Primeiro-ministro felicita Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 06 jan 20(ANG) – O primeiro-ministro de cabo Verde felicitou sábado Umaro Sissoco Embaló pela vitória alcançada nas últimas eleições presidenciais , almejando que tal acto “contribua em definitivo” para a estabilidade da Guiné-Bissau.
Segundo a Inforpress que cita a cata de felicitação de Ulisses Correia e Silva, o chefe de Governo cabo-verdiano desejou também que a vitória de Umaro Sissoco Embaló sirva para a “concretização do designo maior”, que é o desenvolvimento, num ambiente de “paz, democracia, transparência, liberdade e justiça social”.
Conforme Ulisses Correia e Silva, “Cabo Verde está ligada à Guiné-Bissau” por “fortes laços históricos e de sangue”, por isso augurou “hoje e sempre o melhor futuro possível”, com instituições públicas “inclusivas e modernas” ao serviço da prosperidade, pois, salientou, “só assim” a Guiné-Bissau poderá aproveitar e fazer “frutificar as suas imensas potencialidades”.
“Não há desenvolvimento sem liberdade de preservação tenaz de dignidade da pessoa humana e sei que vossa excelência acredita nestes valores sagrados e universais”, sublinhou.
Segundo destacou, Cabo Verde conta “hoje mais do que nunca” com uma Guiné-Bissau “democrática e positiva”, com vista ao fortalecimento dos compromissos fundamentais na CEDEAO, CPLP e nas Nações Unidas, conciliando, na medida do possível, os valores superiores com os interesses nacionais.
Por fim, expressou que neste ano novo que hora desponta, “os melhores votos de paz, concórdia e esperança ao povo irmão guineense”. ANG/Inforpress


Impugnação de resultados eleitorais





Bissau,06 Jan 20(ANG) - O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considera de normal a decisão de Domingos Simões Pereira avançar para as instâncias judiciais para impugnar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais no país.

"È um exercício politico e eu respeito esta posição do Domingos Simões Pereira, mas é primeira vez que assisto um candidato perder eleições e pretende avançar para anular o processo", argumentou Umaro Sissoco Embaló.


Em declaração aos jornalistas, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau, antes da sua partida para o Senegal, Sissoco Embaló mostrou-se confiante que os guineenses vão encontrar a solução plausível para ultrapassar esta questão.

Embaló, que derrotou Simões Pereira na segunda volta das eleições presidenciais, afirma que vai ser um Chefe de Estado que fará história na Guiné-Bissau, com o respeito mútuo e na base da concórdia nacional entre todos os guineenses, incluindo DSP.

Nesta senda, o Presidente eleito aconselhou ao candidato derrotado nas presidenciais no sentido de reconhecer o veredito das urnas do domingo último no país.
"O povo guineense já expressou a sua vontade nas urnas e nós temos só que aceitar a vontade popular dos cidadãos guineenses", referiu Embaló.

Além do encontro com o Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, o Presidente eleito da Guiné-Bissau revela ainda que vai encontrar-se com o Presidente do Congo e Nigéria, Denis Sassou Nguesso e Muhammadu Buhari, respetivamente.

Questionado pela imprensa se vai manter a confiança no atual executivo liderado por Aristides Gomes, Sissoco Embaló escusou-se a abordar o assunto, mas garante que após a cerimónia da tomada de posse os guineenses vão conhecer as suas primeiras medidas sobre o país.

No domingo último, o primeiro-ministro, Aristides Gomes, voltou a afirmar que, caso Umaro Sissoco Embalo fosse eleito Chefe de Estado, iria abandonar o executivo.
Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
Simões Pereira reclama a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados. ANG/Rádio Jovem

Venezuela


Rival de Guaidó se autoproclama presidente do Parlamento e oposição denuncia golpe
Bissau, 06 jan 20 (ANG) - O deputado Luis Parra se autoproclamou no domingo (5) presidente do Parlamento da Venezuela numa  sessão  realizada sem a presença de seu rival, Juan Guaidó, que tentava se reeleger, mas foi impedido de entrar no Palácio Legislativo.
A oposição qualifica o ato de "golpe de Estado parlamentar".
Durante mais de quatro horas Guaidó e deputados da maioria opositora tentaram, sem sucesso, entrar no Palácio Legislativo, bloqueado por piquetes policiais e militares.
Apenas os deputados do chavismo e os críticos do líder opositor conseguiram entrar no prédio.
Enquanto Guaidó estava do lado de fora, imagens de Parra prestando juramento com um megafone na tribuna presidencial foram exibidas pela TV estatal VTV. Em meio a gritos que tornaram o discurso inaudível, ele prometeu "sair desta desgraça". 
A conta da Assembleia Nacional no Twitter informou que a proclamação de Parra foi feita "sem votos ou quórum", enquanto a assessoria de imprensa de Guaidó classificou a ação como um "golpe de Estado parlamentar".
Parra é acusado de ter feito lobby junto a autoridades de Colômbia e Estados Unidos para livrar de responsabilidade o empresário colombiano Carlos Lizcano em casos de suposto custo extra na importação de alimentos para o governo de Nicolás Maduro.
 Ele foi excluído de seu partido após a denúncia, mas afirma continuar se opondo a Maduro.
A reeleição de Guaidó como presidente do Parlamento era vista como uma oportunidade para o opositor, que sofre de uma queda de popularidade, dar um novo impulso em seu projeto político. Foi se apoiando no cargo de chefe do Parlamento que ele se autoproclamou presidente interino, em janeiro do ano passado, sendo reconhecido em seguida por cerca de 50 países, entre os quais o Estados Unidos.
Antes da tumultuada sessão parlamentar, Guaidó afirmou que dispunha de votos necessário para ser reeleito.
“Os que impedem a legítima instalação do Parlamento venezuelano se tornam cumplices da ditadura e dos que oprimem o povo venezuelano”, declarou em seguida nas redes sociais.ANG/RFI/AFP

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Presidenciais 2019/2ª volta


Secretária Executiva e porta-voz da CNE considera de “falsas”  informações veiculadas nas redes sociais

Bissau, 03 Jan 20 (ANG) – A Secretária Executiva e Porta-voz da Comissão Nacional das Eleições(CNE) considerou de “falsas e manipulações” as informações veiculadas nas redes sociais sobre a sua pessoa após o anúncio dos resultados provisórios da segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro.

Felisberta Moura Vaz que falava em conferência de imprensa esta sexta-feira disse que esta “vã  tentativa”, tem como o fito desestabilizar e fragilizar a coesão  interna e firmeza dos dirigentes da CNE que juraram sempre respeitar e fazer observar as leis da República na condução dos processos eleitorais.

Na quinta-feira, foi veiculada nas redes sociais  que a Secretária Executiva Adjunta e porta voz da Comissão Nacional de Eleições, Felisberta Moura, afirmou que os resultados provisórios divulgados na passada quarta-feira não correspondem com os dados reais existentes naquela instituição.

Salientou que o sistema eleitoral guineense, dada a sua clareza e transparência, permite aos delegados de lista de cada mesa de Assembleia de Voto ter acesso a cópia da acta síntese nas Comissões Regionais de Eleições e os representantes  têm acesso as actas de apuramento regional.

“Caso haja qualquer anomalia ou irregularidade, em tempo útil, a parte interessada deve reagir de imediato evocando a matéria de facto e o seu devido enquadramento na matéria de direito, que é a legislação Eleitoral,” frisou.

Moura Vaz afirmou ainda que a CNE não recebeu nenhuma reclamação que possa ser objecto de contencioso eleitoral.

A Secretária Executiva Ajunta da CNE esclareceu que o apuramento nacional, é apenas uma compilação dos dados  de apuramento regionais, que é feito com base nas actas das mesas das Assembleias de Voto de cada região e sob a fiscalização do Ministério Público.
Moura Vaz reafirmou que a união existente na CNE é indivisível e que estão disponíveis e  prontos  para mais esclarecimentos sobre a situação por vias próprias e nas instâncias competentes.

Resultados provisórios divulgados quarta-feira pela CNE confirmaram que  Umaro Sissoco Embaló venceu as eleições presidenciais com 63,55 por cento dos votos contra os 46 por cento de Domingos Simões Pereira. ANG/JD/ÂC//SG

Cooperação


                  Presidente português felicita Umaro Sissoco Embalo


Bissau,03 Jan 20(ANG) - O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou quinta-feira o vencedor das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, mostrando a intenção de aumentar a cooperação com aquele país africano lusófono.

"O Presidente da República reiterou a afirmação da firme intenção de Portugal colaborar com o novo Presidente eleito da Guiné-Bissau, incrementando a colaboração no quadro bilateral, e multilateral, com aquele país africano de língua oficial portuguesa", lê-se numa nota colocada no site da Presidência portuguesa.

Marcelo "falou quinta-feira ao telefone com Umaro Sissoco Embaló, a quem felicitou pelos resultados nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, na [quarta-feira] anunciados pela Comissão Nacional de Eleições deste país irmão", lê-se ainda na nota.

Mais de 760.000 guineenses foram chamados às urnas no domingo para escolherem o próximo Presidente da Guiné-Bissau entre Umaro Sissoco Embaló e Domingos Simões Pereira.

Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o outro candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conseguiu 46,45%.

Na quarta-feira, o candidato derrotado admitiu impugnar as eleições: "Se tenho a convicção que o povo guineense nos dá a vitória nestas eleições presidenciais significa que os resultados provisórios agora publicados pela Comissão Nacional de Eleições estão profundamente impregnados de irregularidades, de nulidades, de manipulações, que consubstancia e une àquilo que consideramos um roubo e não podemos aceitar", disse Domingos Simões Pereira, perante dezenas de apoiantes, na sede do partido.

"Nós vamos propor a impugnação destes resultados", afirmou em crioulo, acrescentando: "Depois de tudo o que vi, ouvi e sei não tenho dúvidas que o povo guineense nestas eleições presidenciais deu-nos a vitória, sim; eu não tenho dúvidas de que conquistámos a vitória nestas eleições presidenciais e a minha primeira palavra é dirigida aos milhares de militantes e simpatizantes do nosso partido".

No discurso de vitória, o candidato mais votado, Sissoco Embaló afirmou: "Penso que já acabou a euforia da campanha, agora sou o Presidente da República de todos os guineenses e é o momento de estender a mão a todos os guineenses para batizarmos uma nova Guiné".

"Eu, como disse, reformulo outra vez ser um Presidente da concórdia nacional, um homem de rigor, de disciplina, de combate à corrupção e à droga. Isso, eu mantenho. A Guiné não será aquele Estado que permite a cada um falar da Guiné como quer. Agora há um homem de Estado", salientou.

Umaro Sissoco Embaló afirmou também que os guineenses vão passar a sentar-se à mesa para resolver os seus problemas e que "não haverá imiscuições", porque a Guiné-Bissau é uma "República soberana e independente".ANG/Lusa

Presidenciais 2019/2ª volta


            Enviado da ONU pede “maturidade e moderação” pós-eleições
Bissau,03 Jan 20(ANG) - O enviado especial do secretário-geral da ONU à África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, felicitou a Comissão Eleitoral da Guiné-Bissau pelo anúncio dos resultados das eleições presidenciais de 29 de dezembro.
O órgão proclamou o candidato Umaro Sissoco Embaló, do Movimento para a Alternância Democrática, Madem-G15, vencedor da corrida eleitoral.
O presidente eleito, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática, Madem-G15, obteve 53, 55% dos votos, enquanto o vencedor do primeiro turno, Domingos Simões Pereira, do PAIGC, obteve 46,45% dos votos válidos.

O presidente-eleito é major-general na reserva e antigo primeiro-ministro.
 De acordo com autoridades eleitorais, o índice de abstenção foi de mais de 27% e superior ao do primeiro turno, quando um quarto dos eleitores não compareceu às urnas.
Chambas esteve no país acompanhando as atividades do pleito entre 28 a 31 de dezembro. O enviado elogiou os guineenses pelo “bom andamento das eleições e pelo clima pacífico que prevaleceu durante todo o processo eleitoral”.
O também chefe do Escritório da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Unowas, elogiou os dois candidatos pela “tolerância e elegância em aceitar os resultados”. O representante apelou ainda a todos os membros das forças políticas que continuem mostrando “maturidade e moderação durante esse período pós-eleitoral”.
A nota do enviado especial da ONU destaca que a Comissão Eleitoral teve uma condução exemplar do processo, o que segundo Chambas “marca um importante passo à frente no desenvolvimento democrático da Guiné-Bissau”.
O enviado concluiu reiterando o compromisso das Nações Unidas de continuar a apoiar o governo e o povo da Guiné-Bissau em seus esforços para consolidar a paz e o desenvolvimento na nação africana de língua portuguesa.
De acordo com agências de notícias, logo após o resultado, na quarta-feira, o candidato derrotado Domingos Simões Pereira contestou a apuração afirmando que houve denúncias de irregularidades em algumas partes do país. Ele disse que levará o tema à liderança do PAIGC para estudar que providências jurídicas serão tomadas. ANG//Africa21Digital
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Turquia


                Parlamento  dá luz verde à intervenção militar na Líbia
Bissau, 03 jan 20 (ANG) - O Parlamento turco aprovou  quinta-feira, 2 de janeiro,com 325 votos a favor e 184 contra a moção que autoriza o envio de soldados turcos para a Líbia.
 O chefe de Estado Erdogan teve a garantia do apoio dos deputados de seu partido e de seu aliado ultranacionalista, mas a oposição se uniu contra o texto.
Caberá agora ao governo turco decidir sobre o número de militares, o tempo de permanência em solo líbio e área exata de atuação das tropas.
Mais do que envio de soldados por terra, o que se prevê para a operação da Turquia na Líbia é o suporte para treinamento e a ocupação do espaço aéreo. Nada disso tem ainda hora para começar. Mas tem prazo para acabar: a validade é de um ano após a aprovação da medida.
A contar pelo momento em que o Parlamento turco votou a moção, o governo de Ancara tem pressa. A expectativa era de que o texto fosse avaliado apenas na semana que vem, quando o legislativo voltaria do recesso de inverno. Mas, nesta quinta-feira (02), os legisladores turcos foram convocados e o projeto recebeu 325 votos a favor por parte do AKP, o partido do presidente Tayyip Erdogan, juntamente com seus aliados nacionalistas, contra 184 votos dos partidos de oposição. Ou seja, placar com ampla vantagem para os governistas.
A Turquia vai atuar na capital Trípoli ao lado do governo líbio reconhecido pelas Nações Unidas, o chamado Governo de Acordo Nacional. Enquanto isso, outros países apoiam o general Khalid Haftar, que domina hoje o leste da Líbia.
A decisão turca foi rapidamente criticada pelo Egito que, ao lado de Emirados Árabes e Rússia, é um dos principais apoiadores do militar, que controla o leste líbio.
O governo do Cairo declarou que condena fortemente a entrada militar da Turquia e que o deslocamento de tropas turcas afetará negativamente a estabilidade da região mediterrânea, pedindo à comunidade internacional uma resposta urgente.
O presidente americano também se manifestou contrário à ação militar em Trípoli. Por enquanto, de forma reservada. Donald Trump discutiu a situação por telefone com Tayyip Erdogan e destacou a importância da diplomacia para resolver questões regionais.
O tema também será central no encontro de Erdogan com o presidente russo Vladimir Putin na próxima semana em Istambul. Apesar de estarem em lados opostos também na Síria, os dois têm se falado constantemente e mantido o tom cordial, posicionando-se como protagonistas na mediação de conflitos no Oriente Médio.
Assim como os Estados Unidos, o bloco europeu prefere a discrição. A União Europeia depende da Turquia para conter a entrada de refugiados e se calou diante da nova empreitada externa turca.
Para um país que já não vai bem economicamente, como a Turquia, o avanço para além do Mediterrâneo representa uma oportunidade e um risco. De acordo com analistas políticos, depois da intervenção militar na Síria, a futura entrada na Líbia é um novo exemplo da crescente autoconfiança turca como uma potência regional.
Tayyip Erdogan tem como objetivo retomar a posição turca de líder no mundo islâmico com essa política expansionista a fim de reviver os tempos áureos do antigo Império Otomano. Ele lembrou recentemente que a Líbia foi o último território da época dos sultões a ser perdido. Foi em 1912, quando passou para o controle da Itália.
As operações com Exército também tiram a Turquia da posição de isolamento e a coloca na mesa de negociação lado a lado com outros países. Além do acordo militar, o governo de Ancara assinou em novembro com Fayez al-Sarraj, o primeiro-ministro do governo reconhecido pela ONU na Líbia, parceria que dá direito à demarcação de fronteiras marítimas para a Turquia explorar zonas do Mediterrâneo ricas em gás e petróleo.
São áreas desejadas por outros países como Grécia, Egito, Chipre e Israel. Arriscado é prever como a Turquia vai sustentar várias frontes de confronto tanto no campo diplomático quanto financeiro. E há quem diga até que tudo isso é para estimular o nacionalismo e Erdogan angariar seguidores internamente para uma possível convocação antecipada de eleições gerais neste ano. ANG/RFI

Política





Bissau,03 Jan 20(ANG) - Os dirigentes da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), que apoiaram a candidatura de Domingos Simões Pereira, foram “proibidos” de entrar na sede nacional do partido.

 A Informação foi confirmada à RFI pelo primeiro vice-presidente Mamadu Saliu Lamba.

O incidente se regista um dia depois de o Presidente eleito, Umaro Sissoco Embaló, ter apelado à união dos guineenses e de ter pedido ao líder do APU-PDGB, Nuno Nabian, para resolver a crise interna no partido.

Ao todo são cinco dirigentes que foram impedidos de aceder às instalações do partido liderado por Nuno Nabian:Juliano Fernandes, actual ministro do Interior, Armando Mango, porta-voz do governo, Fatumata Dja Baldé, ministra da Função Pública e Modernização do Estado, Joana Cobde Nhanke, irmã do ex-presidente Kumba Yalá, Márciano Indi, líder da bancada parlamentar do partido e Mamadu Saliu Lamba.

A juventude do partido tinha prevista a realização esta sexta-feira de uma conferência de imprensa para esclarecer o impedimento imposto aos dirigentes do partido, mas o encontro com jornalista acabou por ser adiado .

O APU-PDGB ficou mais  dividido quando o lider do partido decidiu assinar em Dacar, no Senegal um acordo de apoio à candidatura de Umaro Sissoco Embaló, “sem que essa decisão fosse submetida aos órgãos competentes do partido para efeitos de aprovação prévia”.

Ainda em Dacar, Nuno Nabian terá tido conhecimento de que alguns dirigentes declararam em Bissau que o apoio ao Umaro Sissoco Embalo só  engajaria à ele(Nuno).

Nos dias subsequentes a situação ficou mais clara com a decisão  dos cinco dirigentes do partido de apoiar a candidatura de Domingos Simões Pereira, alegando o acordo de incidência governativa e parlamentar que o partido ja mantinha com o PAIGC.

Nabiam mais tarde decidiu romper-se com o PAIGC mas não consegui mover três deputados que se mantiveram ligados ao PAIGC, iniciaiva que impossibilitou a perda da maioria parlamentar pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde. ANG/RFI

Iraque


           Ataque dos EUA mata poderoso general iraniano em Bagdá
Bissau, 03 jan 20 (ANG) - O bombardeio foi ordenado por Donald Trump, três dias após manifestantes pró-Irã terem atacado a embaixada americana na capital do Iraque, confirmou o Pentágono.
O general e herói iraniano Qasem Soleimani era o chefe da Guarda Revolucionária do Irã.
O líder de uma milícia iraquiana pró-iraniana, Abu Mehdi al-Muhandis, também morreu no ataque na noite desta quinta-feira (2) contra o Aeroporto de Bagdá. O aiatolá Ali Khamenei pediu na manhã desta sexta-feira (3) "vingança".
Segundo o departamento americano de Defesa, a ordem para liquidar Soleimani partiu diretamente de Donald Trump. "Sob as ordens do presidente, o Exército americano agiu para proteger o pessoal americano e estrangeiro e matou Qasem Soleimani", informou o Pentágono. Minutos antes, Trump havia tuitado uma bandeira americana.
O Congresso americano não foi previamente informado. O presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes, Eliot Engel, admitiu que Soleimani foi "o autor intelectual de uma enorme violência" contra americanos, mas afirmou que "seguir em frente com uma ação desta importância sem envolver o Congresso cria sérios problemas legais e é uma afronta aos poderes do Congresso".
O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, qualificou o ataque de "escalada extremamente perigosa e imprudente" deflagrada por Washington. Mohsen Rezai, um antigo chefe dos Guardiães da Revolução, declarou que "Soleimani se uniu a nossos irmãos mártires e nossa vingança sobre a América será terrível".
"Uma reunião extraordinária do Conselho Supremo de Segurança Nacional foi convocada para as próximas horas para discutir o ataque...", anunciou o porta-voz Keyvan Koshravi, citado pela agência estatal Isna.
O general Soleimani, 62 anos, liderava a força Al-Qods dos Guardiões da Revolução, encarregada das operações no exterior. Era visto como um herói no Irã e exercia um papel-chave nas negociações políticas para formar um governo no Iraque. O general iraniano foi um dos principais personagens do combate às forças jihadistas na região e tinha uma atuação fundamental no reforço da influência diplomática de Teerã no Oriente Médio, especialmente no Iraque e na Síria.
Al-Muhandis era o número dois da Hashd al Shaabi e seu chefe operacional. Na terça-feira, milhares de apoiadores, combatentes e altos comandantes do Hashd al Shaabi protestaram na Zona Verde de Bagdá contra os ataques dos Estados Unidos a milícias pró-Irã.
Os manifestantes quebraram as janelas e invadiram as instalações de segurança da embaixada americana, sem que as forças iraquianas que protegiam o local reagissem.
Os Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, confirmaram que "o glorioso comandante do Islã Haj Qasem Soleimani morreu como mártir em um ataque dos Estados Unidos contra o aeroporto de Bagdá", em nota divulgada na TV estatal em Teerã.
As vítimas estavam em um comboio das Forças de Mobilização Popular (Hashd al Shaabi), uma coalizão de paramilitares majoritariamente pró-Irã e atualmente integrada ao Estado iraquiano, revelou o porta-voz do grupo Ahmed al-Assadi. "Três mísseis atingiram o Aeroporto Internacional de Bagdá próximo ao terminal de carga, e dois explodiram", matando ao menos oito pessoas, confirmaram funcionários iraquianos, que pediram para não ser identificados.
O Iraque tem sido palco, nas últimas semanas, de uma espiral de tensão que ameaça transformar o país em um campo de batalha entre forças apoiadas por Estados Unidos e Irã. Desde o final de outubro, militares, funcionários terceirizados e diplomatas americanos são alvo de ataques no país.
Washington, que acusa as Forças de Mobilização Popular de estar por trás do ataque à sua embaixada em Bagdá, havia bombardeado no domingo (29) posições do grupo na zona de fronteira com a Síria, matando 25 combatentes. O bombardeio dos Estados Unidos foi lançado em resposta ao disparo de um foguete que matou um empreiteiro americano na sexta-feira (27) em uma base militar no norte do Iraque, que Washington atribuiu às brigadas do Hezbollah no país.
Segundo o Pentágono, Soleimani liderou os ataques às bases da coalizão no Iraque nos últimos meses, inclusive o da sexta-feira passada. "O general Soleimani também aprovou a invasão da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá esta semana".
Para Phillip Smyth, especialista americano em grupos xiitas armados, esta "foi a mais importante operação de “eliminação” já realizada pelos Estados Unidos, superando as mortes de Abu Bakr al-Baghdadi e de Osama Bin Laden", chefes do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.
"Para os xiitas do Oriente Médio", o general era uma "mescla de James Bond (espião do cinema), Erwin Rommel (general alemão) e Lady Gaga", escreveu o ex-analista da CIA Kenneth Pollack em um perfil de Soleimani para a revista Time, que o situou entre as 100 personalidades mais influentes de 2017. "Para o Ocidente", era o "responsável por exportar a revolução islâmica do Irã, de apoiar os terroristas (...) e de promover as guerras do Irã no exterior", avaliou Pollack.
Soleimani mostrou todo o seu talento no Iraque, atuando nos bastidores diante do avanço do grupo Estado Islâmico (EI), o referendo de independência no Curdistão e a formação do novo governo. Sua influência era antiga, uma vez que já liderava a Al-Qods quando os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, em 2001.
Após se manter discreto durante décadas, Soleimani começou a aparecer nas manchetes dos jornais depois do início da guerra na Síria, em 2011, onde o Irã apoia o regime do presidente Bashar al Assad.
Após a divulgação da notícia da morte do general, os preços do petróleo subiram mais de 4% nos mercados asiáticos nesta sexta-feira.ANG/RFI/AFP

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Política


Líder do Movimento Patriótico diz ser “incontestável”a vitória de Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 02 Jan 20 (ANG)  - O líder do Movimento Patriótico (MP) considerou hoje “incontestável”  a vitória do candidato do Movimento para Alternância Democrática MADEM-G15, na segunda volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro 2019.

José Paulo Semedo que falava em conferência de imprensa sustentou as suas considerações com o facto de não ter sido  registado nenhuma  reclamação nas Assembleias de Voto e nas Comissões Regionais de Eleições contra os resultados eleitorais divulgados pela Comissão nacional de Eleições.

 Agradeceu aos dois candidatos finalistas pelo o que diz ser “bom trabalho” feito durante a campanha eleitoral, desde as mensagens claras dirigidas ao Povo que não criou nenhum incidente.

“ O MP encoraja à todos para concluírem  o processo da mesma forma como o iniciaram, com civismo,”frisou.

Semedo disse  que, se houver motivos para reclamações na CNE,  que seja dentro do prazo estipulado pela lei  respeitando assim a Lei Eleitoral do país, mas se não houver razões para tal, o MP exorta os dois candidatos finalistas a se abdicarem de manobras dilatórias.

Aquele político felicitou Umaro El Moktar  Sissoco Embaló e o aconselhou a não defraudar as expectativas do Povo guineense, tanto aqueles que nele votaram  como os que não votaram e os que se abstiveram.

“O novo Chefe de Estado deve criar pontes entre os prós e contras e os que não escolheram nenhum projecto apresentado porque este último compõe vinte e sete por cento do eleitor,”exortou.

Paulo Semedo afirmou que o sucesso de novo Presidente eleito no dia 29 de Dezembro depende da concretização do projecto da unidade e concórdia nacional, sem esquecer do desenvolvimento e da  justiça para todos.

Questionado sobre as declarações do candidato derrotado Domingos Simões Pereira que prometeu impugnar o resultado publicado pela CNE, respondeu que o candidato tem direito de concordar ou de discordar com o resultado.

Acrescentou que se o vício aconteceu na Assembleia de Voto deve ser atacado no mesmo lugar, se não foi reclamado aí, não pode ser feita na CRE, mas se começou nas CREs deve ser atacado pelo representante do candidato,  “isso significa que  não pode ser atacado na CNE”.

“ Infelizmente não temos conhecimento do ocorrido, se foi atacado nestes locais ou não, mas  posso afirmar  que temos acesso à todas as atas sínteses de todas as CREs e foram assinadas pelos representantes dos dois candidatos,” revelou.  

Segundo resultados divulgados quarta-feira pela CNE, Umaro Sissoco Embaló venceu as eleições com 53 por cento dos votos centro os 46 do seu adversário, Domingos Simões Pereira.ANG/JD/ÂC//SG

Cooperação


 Portugal expressa vontade de colaborar com o novo Presidente da Guiné-Bissau

Bissau,02 Jan 20(ANG) - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros expressou quarta-feira a firme intenção de Portugal colaborar com o novo Presidente eleito da Guiné-Bissau, incrementando a colaboração no quadro bilateral, e multilateral, com aquele país africano de língua oficial portuguesa, noticiou hoje a Lusa.
Augusto Santos Silva falava à agência Lusa sobre o desfecho das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que Umaro Sissoco Embaló, apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática, venceu à segunda volta, com 53,55 por cento dos votos, segundo resultados provisórios divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Santos Silva salientou o "enorme civismo e maturidade democrática demonstrados pelo povo guineense nestas eleições presidenciais", notando que estas "são muito importantes porque fecham um ciclo político-eleitoral" que todos esperam que resulte na "estabilidade institucional da Guiné-Bissau".
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros quis ainda "registar e saudar" o facto de os resultados eleitorais indicarem uma possível vitória do candidato Umaro Sissoco Embaló, aproveitando para, em nome de Portugal, manifestar a vontade do Estado português em colaborar com o novo Presidente guineense da "mesma forma que tem colaborado com todas as autoridades guineenses".
"Isto é, com o único propósito de aprofundar o nosso relacionamento bilateral, incrementando o nível da nossa cooperação no quadro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou em outros quadros multilaterais" e também colaborar com a Guiné-Bissau "nas agendas de interesse comum para ambos os países".
De acordo com os resultados apresentados pela CNE, em Bissau, Umaro Sissoco Embaló foi eleito Presidente da Guiné-Bissau com 53,55  por cento dos votos.
O candidato derrotado Domingos Simões Pereira obteve 46,45  por cento dos votos e só ganhou nas regiões de Biombo, Bolama/Bijagós, diáspora e sector autónomo de Bissau.
Umaro Sissoco Embaló venceu nas regiões de Tombali, Quinara, Oio, Bafatá, Gabu e Cacheu.
Votaram 555.521 eleitores (71,92 %) e a abstenção foi de 27,33 por cento, uma subida em relação à primeira volta quando se abstiveram mais de 25 por cento. ANG/Angop

Balanço de fim do ano


Serviços de Urgência do Hospital Simão Mendes regista 18 casos de acidentes e 23 de agressões físicas

Bissau, 02 Jan 20 (ANG) – O Director dos Serviços de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes afirmou hoje que durante a passagem do ano deram entrada naquela instituição 18 casos de acidente de viação e 23 de agressões físicas, acrescentando que “felizmente” não houve nenhum óbito.

Valeriano Vieira Có convidado pela ANG a fazer o balanço das festividades de passagem do ano, disse que entre os casos, tanto de acidentes como de agressões, não houve grandes problemas com  as vítimas.

“Ou seja ,  nos 18 casos de acidentes de viação, só houve um caso grave de homem morador do Bairro de Gabusinho com traumas e fracturas expostas ao nível do cránio. E quanto às  agressões físicas igualmente houve um caso grave de um  rapaz de nome Gonçalves Cá, morador do Bairro Militar a quem foi  expectado  uma garrafa na garganta originando-o uma ferida profunda no local”,explicou.

Comparando o mesmo período com o ano passado, o igualmente Médico Cardiologista frisou, sem avançar com números, que a situação melhorou bastante porque a população está a acatar as recomendações das autoridades nomeadamente dos serviços de Viação e Transportes Terrestres, da Polícia de Trânsito .ANG/ÂC//SG