quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Moçambique/Amnistia alerta para crimes contra civis após três anos de insurgência

 

Bissau, 07 Out 20 (ANG) – A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional (AI) voltou terça-feira a pedir uma investigação independente a crimes contra civis em Cabo Delgado, norte de Moçambique, numa declaração alusiva aos três anos do início da insurgência na região.

“As violações contra a população devem terminar imediatamente” e “as autoridades moçambicanas devem garantir que nenhum suspeito do crime, incluindo as forças de segurança, fique impune”, refere Deprose Muchena, director da AI para a África Oriental e Austral.

As autoridades devem lançar “uma investigação independente e imparcial sobre estes graves abusos e, se houver provas suficientes, devem levar os suspeitos a julgamento”, acrescentou.

Segundo a organização, “três anos após o início dos combates” na província de Cabo Delgado, as vítimas do conflito “não estão mais perto da justiça, verdade e reparação”.

“As autoridades não conseguiram responsabilizar os suspeitos por crimes contra o direito internacional e violações dos direitos humanos”, sublinhou.

A AI está entre as organizações internacionais que em Setembro condenaram actos retratados em vídeos distribuídos nas redes sociais com práticas de tortura e outras violações de direitos humanos, responsabilizando membros das forças armadas moçambicanas.

O Governo moçambicano tem reiterado que são montagens e tem defendido os seus militares e polícias.

“Há evidências de que as forças de segurança também cometeram crimes contra o direito internacional e violações dos direitos humanos, incluindo desaparecimentos forçados, tortura e execuções extrajudiciais”, reafirma hoje Deprose Muchena.

O director da AI considera que se trata de crimes “agravados pelo facto de as autoridades moçambicanas não permitirem que jornalistas e investigadores locais e internacionais documentem a situação, sem repercussões”.

A província costeira mais a norte de Moçambique, que faz fronteira com a Tanzânia, enfrenta uma crise humanitária com mais de mil mortos e 250.000 deslocados internos após três anos de conflito armado entre as forças moçambicanas e rebeldes, cujos ataques já foram reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico, mas cuja origem continua por esclarecer.

De acordo com a AI, o número de mortos já ultrapassa os 2.000.

A região deverá acolher nos próximos anos investimentos da ordem dos 50 mil milhões de dólares (42,6 mil milhões de euros) em gás natural, liderados pelas petrolíferas norte-americana Exxon Mobil e francesa Total (que já tem obras no terreno), com apoio de bancos e agências de apoio ao comércio externo de vários países, entre os quais os EUA. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara.Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Transportes terrestres/Empresa Transafrica GB regista prejuízo de cerca de 500 milhões de francos CFA devido a  pandemia da Covid-19

Bissau,06 Out 20(ANG) – A empresa de transporte colectivo de passageiros da Guiné-Bissau, (Transáfrica GB) acarretou durante o período da pandemia de Covid-19, um prejuízo em cerca de 500 milhões de francos CFA, revelou o director operacional da empresa.

Queba Djassi, em declarações à

ANG, disse que a empresa foi obrigada a fechar as suas portas por um período de quatro meses não obstante terem honrado com todos os seus compromissos fiscais perante o Estado.

Aquele responsável disse que, nesta situação da pandemia, todos os países da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), já fizeram um levantamento dos prejuízos que as empresas ao nível dos transportes terrestres devidamente legalizadas sofreram,  para efeitos de  eventual subvenção.

“Até esta altura não recebemos nenhuma informação da parte das autoridades guineenses nesse sentido e pelas informações que temos, os outros países da UEMOA já iniciaram o processo de subvenção das empresas”, explicou.

Queba Djassi informou que a empresa Transafrica depara-se com problemas de salários em atraso com o pessoal, viaturas danificadas, degradação das suas instalações entre outras.

Apelou as autoridades competentes a deligenciar mecanismos para  dar uma mãozinha às empresas que operam no sector dos transportes sobretudo as que estão legalizadas.

Afirmou que a empresa sempre cumpriu com as recomendações do Alto Comissariado de Covid-19 em termos de lotação, uso de máscaras e preços, tendo denunciado  situações  de excesso de polícias de trânsito nas estradas fazendo cobranças desnecessárias.

“A título de exemplo, ao longo do trajecto Bissau/Catió pode-se constatar mais de 25 brigadas de polícias de trânsito nas estradas”, revelou.ANG/ÂC//SG

 

                        Conakry /ONG apresenta queixa contra Estado ao TPI  

Bissau, 06 Out 20 (ANG) - A Organização não Governamental (ONG) da Guiné-Conacry "Viremos a Página", apresentou uma queixa contra o Estado  ao Tribunal Penal Internacional (TPI), noticiou a PANA citando um relatório.

A ONG, que não precisou a data em que apresentou a queixa, lembra no seu relatório "muitas violações dos direitos humanos cometidas pelas forças de defesa e segurança" desde o lançamento da contestação contra o terceiro mandato do presidente cessante, Alpha Condé.

Forneceu no documento uma lista de 52 mortos, incluindo 51 civis, e de dezenas de feridos graves, bem como 82 "detenções arbitrárias."

“Diante desta situação, a impunidade permanece. Por isso, decidimos endereçar uma queixa ao TPI para que realize inquéritos sobre factos que revelariam crimes contra a humanidade, nomeadamente em virtude do  acto constitutivo – o homicídio - do artigo 7 do estatuto do TPI ”, lê-se na nota.

Esta queixa da "Viramos a página" junto do TPI surge vários meses depois da apresentada pela Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC) que, auxiliada pelos seus advogados franceses, enviou a esta jurisdição internacional uma lista de várias personalidades políticas e militares postos em causa.

Esta reacção da FNDC, que, há um ano, organiza regularmente manifestações de rua para denunciar a candidatura do presidente cessante a um terceiro mandato nas eleições presidenciais de 18 de Outubro corrente, incitou o Governo, com vídeos e documentos em apoio, para também recorrer aos serviços de um advogado francês para a defesa dos seus interesses.

No final da sua estada de 48 horas, concluída sexta-feira última, uma missão conjunta das Nações Unidas, da União Africana (UA) e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) indicou ter comunicado à FNDC que, a partir do momento em que foi votada a nova Constituição, a 22 de Março último, que permitiu ao Tribunal Constitucional validar a candidatura do presidente cessante, o problema deste terceiro mandato de Condé já é ultrapassado.ANG/Angop

 

Regiões/Populares  de Guiledje pedem intervenção das autoridades para saírem do “isolamento” em que se encontram

Bissau, 06 Out 20 (ANG) - Os Populares de Secção de Guiledje, sector de Bedanda, região de Tombali, no sul do país pedem apoio das autoridades guineenses para sair da situação de isolamento  em que se encontram.

no momento por motivo de falta das escolas, centros de saúde e más condições das estradas.

O pedido foi feito pelo porta-voz dos populares da referida zona, Sidico Sané em declarações à Rádio Sol Mansi.

“Actualmente temos  dificuldades de acesso aos meios de transportes por causa das estradas, situação que nos  leva a obrigação de pagar 5000 francos CFA para ir até a capital Bissau, quando na realidade o preço que consta na tabela é de 3000 mil francos CFA”,informou Sané.

Sidico sublinhou que muitos doentes acabam por perder as suas vidas devido ao isolamento, por dificuldades de encontrar o transporte para se chegar ao centro de saúde ou ao hospital.

Sidico Sané apelou  à intervenção dos governantes no sentido de minimizar o sofrimento dos populares de Guiledje  e  diminuir os riscos de vida que enfrentam.ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

                     Nobel da Medicina/ Premiados investigadores da Hepatite C

Bissau, 06 Out 20 (ANG) - A descoberta do vírus da hepatite C foi recompensada hoje pela atribuição do Prémio Nobel da Medicina a dois americanos e a um britânico. 

Os americanos Harvey Alter e Charles Rice e ainda o britânico Michael Houghon foram galardoados com o Nobel por terem descoberto o vírus da hepatite C, responsável pela cirrose e pelo cancro do fígado.

Uma descoberta que, de acordo com a Academia Nobel tornou também possível análises de sangue e novos tratamentos que salvaram milhões de vida.

As primeiras investigações de Harvey Alter datam dos anos 60, os três cientistas vão dividir uma recompensa de 10 milhões de coroas suecas (935 000 euros).

Pela primeira vez na História esta doença pôde ser tratada suscitando a esperança de uma erradicação do vírus na população mundial. ANG/RFI


                 Futebol
/Danilo Pereira contratado pelo Paris Saint-Germain

Bissau, 06 Out 20 (ANG) – o Luso-guineense Danilo Pereira foi o escolhido pela direcção do Paris Saint-Germain para ocupar o lugar de médio-defensivo no onze da equipa, lugar que até agora não tinha sido preenchido da melhor maneira, visto que o técnico alemão Thomas Tuchel até adaptou o defesa-central brasileiro, Marquinhos, a médio-defensivo durante vários jogos.

O médio português, nascido em Bissau, chega por empréstimo do FC Porto, uma operação que custa 4 milhões de euros, de imediato, ao Paris Saint-Germain, havendo uma cláusula de compra obrigatória no fim da época 2020/2021 de cerca de 16 milhões de euros. O FC Porto poderá ainda receber mais 5 milhões de euros segundo objectivos a cumprir.

A imprensa francesa relata que Danilo Pereira esta satisfeito com este novo desafio com a camisola do PSG.

: «Este é um novo desafio para mim. Fazer parte do Paris Saint-Germain será um grande desafio, à altura das minhas ambições. Juntar-me a um dos melhores clubes da Europa e do mundo é um grande feito na minha carreira e espero que possa trazer muitas coisas ao Paris Saint-Germain e aos seus adeptos», afirmou o internacional português.

Danilo Pereira, campeão europeu com Portugal em 2016, foi formado no SL Benfica, transferindo-se em 2010/11 para o clube italiano, o Parma, que o emprestou ao Aris (Grécia) e ao Roda (Países Baixos), antes de o vender ao Marítimo, em 2013 /14. ANG/RFI

 

Sociedade/  LGDH  exige das autoridades policiais a localização imediata do cidadão Queba Sané

Bissau, 06 out 20 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) exige das autoridades policiais a localização imediata do activista político Queba Sané, vulgo R Kelly, que supostamente terá sido raptado por um grupo de pessoas ainda por identificar.

A exigência desta Organização que defende os direitos do homem consta num comunicado à imprensa à que Agência de Notícias da Guiné (ANG)  teve hoje acesso.

No documento, a Liga Guineense dos Direitos Humanos defendeu a tradução à justiça dos autores morais do que chamou de  “ato triste e hediondo” que atenta contra os pilares da democracia e do Estado de Direito.

Segundo informações recolhidas pela LGDH junto das testemunhas, Queba Sané foi espancado, algemado, colocado na porta-mala de uma viatura V8 e levado para o paradeiro ainda incerto.

As testemunhas, conforme a LGDH, dizem conhecer a identidade do raptor e o dono da  viatura utilizada na operação.

De acordo com a Liga Guineense dos Direitos Humanos, Queba Sané havia denunciado a polícia judiciária, há quatro dias, supostas ameaças e intimidações de que estaria a ser alvo devido as opiniões e críticas que tem publicado na sua página pessoal nas redes sociais.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

 

      Covid-19/ Novo coronavírus terá infectado 10% da população mundial

 

Bissau, 06 Out 20 (ANG) – O novo coronavírus terá infectado 10% da população mundial, cerca de 780 milhões de pessoas, muito acima dos 35 milhões de casos oficialmente confirmados desde o início da pandemia de covid-19, admitiu hoje a Organização Mundial de Saúde.

A estimativa foi avançada pelo director de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, que revelou também que a entidade já escolheu os membros da equipa internacional que vai investigar as origens da pandemia, embora não tenha adiantado uma data para o arranque dos trabalhos.

A origem do vírus é um dos temas que mais críticas trouxe à OMS na resposta à pandemia, nomeadamente dos Estados Unidos, que apontou o dedo à China e a uma excessiva proximidade da organização a Pequim.

Numa intervenção na abertura de uma sessão especial do Conselho Executivo sobre a resposta ao SARS-CoV-2, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, vincou a necessidade de acelerar a reforma da instituição ao nível da gestão de emergências, sem deixar de defender o trabalho efectuado no combate à pandemia.

Tedros Ghebreyesus valorizou a reforma que implementou nos últimos três anos na OMS, que tinha sido acusada de subestimar a extensão da crise do Ébola na África Ocidental entre finais de 2013 e 2016. No entanto, esse trabalho não o impediu de apelar a uma reforma mais rápida da organização sediada em Genebra para a tornar ainda mais eficaz.

“Não estamos no caminho errado, mas precisamos de andar mais depressa. A pandemia é um despertar para todos nós”, disse ele, sublinhando: “Todos precisamos de nos olhar ao espelho e perguntar o que podemos fazer melhor”.

Esta reunião extraordinária de dois dias do Conselho Executivo da OMS, que reúne representantes de 34 países eleitos para um mandato de três anos e é responsável pela preparação e implementação das decisões dos membros da organização, é apenas a quinta na sua história.

Foi convocada pela OMS em resposta a uma resolução aprovada pelos estados membros da União Europeia em maio, que pediram uma “avaliação independente” da resposta à pandemia.

“O mundo precisa de um sistema robusto de revisão pelos pares. Encorajamos os países a apresentarem novas ideias. Temos de estar abertos à mudança e temos de implementar mudanças agora”, finalizou o director-geral da OMS.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos e mais de 34,9 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa

 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

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                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Novo ano letivo/Escolas com dificuldades para cumprir medidas sanitárias de prevenção da covid-19

Bissau, 05 Out 20 (ANG) – Os Diretores dos principais estabelecimentos de ensino de Bissau revelaram dificuldades em cumprir com certas medidas sanitárias estipuladas pelo governo para prevenção de covid-19 na reabertura hoje das escolas em todo o território nacional.

Numa reportagem feita hoje pela ANG nos liceus e nas escolas de ensino básico, para se inteirar da retoma das aulas em Bissau, para se saber se as aulas  começaram em pleno ou não  e se as medidas sanitárias estão sendo respeitadas, os  respectivos directores foram unânimes, em se mostrar preocupados em relação a  certas medidas e principalmente o distanciamento exigido aos aluno na sala e na carteira.

Segundo Diretor do Liceu Nacional Kwame Nkrumah, Idrissa Cassamá, as recomendações dadas para manter distanciamento nas turmas vão ser dificil de cumprir devido a falta de salas de aulas e de docentes  para cubrir as duplicações das turmas.

Cassamá disse entretanto estar satisfeito  com a presença massiva dos alunos e professores no primeiro dia  das aulas do novo ano letivo.

Por outro lado,  o diretor do Liceu Nacional lamentou a confirmação tardia das matrículas pelos alunos, e disse que essa situação terá contribuído para o não funcionamento de algumas turmas por falta de alunos.

O Diretor do Liceu Dr. Agostinho Neto, Ildo da Silva, afirmou que a sua escola reuniu condições básicas para as retomas das aulas, exepto o cumprimento do distanciamento que determina  um aluno por cada carteira, e por outro lado, mostrou-se preocupado com a não confirmação das matriculas de muitos alunos.

O diretor de ensino básico unificado, Salvador Alende, Tiago Campos Rodrigues, exorta os  pais e encarregados da educação para se informarem da situação da confirmação das matriculas dos seus educandos para facilitar os trabalhos da direção no sentido de saber quantos alunos a escola terá este ano letivo.

A ANG , constatou que as aulas se iniciaram  nos cinco estabelecimentos de ensino visitados, nomeadamente: Liceu Nacional Kwame Nkrumah, Liceu Dr. Agostinho Neto, Ensino Básico Unificado Salvador Alende, Escola Patrice Lumumba e a Escola Prof. António José de Sousa.

Denota-se o pleno funcionamento das aulas nas escolas privadas, e funcionamento à meio  gás nos estabelecimentos do ensino públicos, em  que algumas escolas ainda estão em fase de  confirmação das matriculas.

O Governo guineense reabriu em todo o território nacional as portas das escolas, hoje,  05 de outubro, depois de uma longa interrupção que durou seis meses, por causa da pandemia provocado pela covid 19.ANG/CP/ÂC//SG

 

 

   
Abertura das aulas/
Sindicatos do sector exortam professores para trabalharem

Bissau, 05 out 20 (ANG) – O porta- voz dos quatro Sindicatos do sector da educação exortou  hoje a todos os professores para irem dar aulas.

Em declarações à Agência de Notícias da Guiné sobre o início das aulas hoje em todo o país, Domingos de Carvalho disse os quatro sindicatos, nomeadamente, o Sindicato das Escolas do Ensino Superior (SIESI), Sindicato Nacional dos Profes

sores (SINAPROF), Sindicato Democrático dos Professores (SINDEPROF) e Frente Nacional dos Professores (FRENAPROF) numa reunião no fim de semana chegaram a conclusão de que todos os professores devem estar nas salas de aulas  para lecionar.

 Instado a falar das medidas prevenção de covid-19, Domingos de Carvalho  disse que, de acordo com o  governo, todas as condições técnicas estão criadas para  que os professores e alunos continuassem a prevenir contra a pandemia.

Carvalho prometeu visitar algumas escolas para ver se de facto as regras de dsitanciamento  fisico e de higiene estão a ser observadas.

Em relação a proposta do governo sobre o funcionamento das aulas inclusive  em fins de semana, o sindicalista disse que aceitaram  a proposta do governo.

 “A covid-19 não é culpa de ninguém e daí que os sindicatos  entenderem que era de facto necessário terminar o ano e concordamos com a iniciativa, mas que era apenas para  conclusão do ano lectivo 2019/2020”, explicou.

Para  confirmar a sua opinião, o porta-voz afirmou que o horário do ano lectivo 2020/2021 entregue aos professores  não contempla as aulas para os sábados,  mas apenas de segunda à sexta-feira.

Relativamente as questões levantadas pelos sindicatos que poderiam por em causa ao início das aulas que tinha sido marcado para o dia 14 de setembro, o porta voz dos Sindicatos disse que estas questões ainda não foram resolvidas, sobretudo o pagamento de algumas dívidas contraídas com os docentes.

Disse que outras situações ainda pendentes têm a ver com a aplicação integral do Estatuto da Carreira Docente bem como a devolução do dinheiro retirado no salário dos professores, em novembro de 2019 pelo anterior governo, líderado pelo Aristides Gomes, na sequência de uma greve convocada pelos Sindicatos.

Disse que o executivo aproveitou o adiamento de início das alas para se sentar com os sindicatos e explicar-lhes as diligências feitas junto do Ministério das Finanças para o pagamento de algumas dívidas aos docentes.

 “As dívidas em causa são de 2003 à esta parte. E no ano lectivo 2019/ 2020 os professores trabalharam, sobretudo os de novos ingressos e contratados mas não receberam”, informou.

Interrogado sobre eventual interrupção do ano lectivo tendo em conta as situações enumeradas, disse acreditar que com a abertura ao diálogo manifestada pelo  actual ministro  e o esforço que o governo tem vindo a fazer para atender as exigências  não vai ser tão fácil haver  uma paralição das aulas no meio do ano lectivo.ANG/LPG/ÂC//SG

 

                           Djibuti/Oito migrantes mortos e 12 desaparecidos

Bissau, 05 Out 20 (ANG) - Pelo menos oito migrantes etíopes morreram e outros 12 estão desaparecidos depois de traficantes os terem atirado de um barco ao largo da costa de Djibuti, disse este domingo uma porta-voz da agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM).

"Segundo testemunhas sobreviventes, que foram resgatadas pela Organização Internacional das Migrações (OIM), três traficantes empurraram violentamente jovens homens e mulheres para fora do barco que estava em mar aberto", disse Yvonne Ndege.

Outros 14 migrantes 

sobreviveram e estão a receber cuidados médicos, afirmou a organização.

A OIM estima que todos os migrantes são etíopes e estavam a fazer a passagem do Iémen para o Djibuti, o caminho inverso da rota habitual destes migrantes que procuram trabalho nas nações mais ricas do Golfo, sobretudo na Arábia Saudita.

A pandemia da covid-19 e o conflito no Iémen tornaram a viagem mais perigosa e alguns migrantes têm estado a voltar.

A OIM acredita que este barco de migrantes não tenha conseguido chegar à Arábia Saudita.

"Sabe-se que os traficantes exploram os migrantes nesta rota desta forma, muitos tendo de pagar grandes somas para facilitar a viagem" recordou.

Oito cadáveres foram levados para a costa e enterrados pelas autoridades em Djibuti.

De acordo com a agência das Nações Unidas para as Migrações, só nas últimas três semanas chegaram ao Djibuti cerca de 2.000 migrantes provenientes do Iémen.

No entanto, alguns migrantes ainda estão a fazer a viagem para o Golfo, afirmou a organização das Nações Unidas.

Esta tragédia é uma chamada de atenção", disse Yvonne Ndege, avisando que outras tragédias poderão ocorrer, uma vez que centenas de migrantes deixam o Iémen todos os dias para se arriscarem na precária viagem de barco através do estreito de Bab al-Mandeb.ANG/Angop

 

Mali/Libertados 180 Jihadistas numa operação de possível troca de prisioneiros

Bissau, 05 Out 20 (ANG) - As autoridades do Mali liberaram 180 extremistas islâmico

s de uma prisão na capital e levaram-nos de avião para o norte do país, disse no domingo fonte oficial, numa operação que se acredita ser de troca de prisioneiros.

Em causa estará, segundo a agência de notícias Associated Press, a libertação de Soumaila Cisse, um destacado político da oposição que está há mais de seis meses em posse dos 'jihadistas'.

No país, acredita-se que rebeldes que raptaram Soumaila Cisse no final de Março estavam à procura de uma troca de prisioneiros com o governo do Mali.

Cerca de 70 homens foram libertados no sábado e outros 110 no domingo, de acordo com um funcionário governamental que falou sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Cisse, 70 anos e que concorreu à presidência do Mali três vezes, estava a fazer campanha antes das eleições legislativas não muito longe de Timbuktu na altura do rapto.

O seu guarda-costas foi morto no ataque e a única prova de que ele tinha sobrevivido foi uma carta manuscrita entregue em Agosto.

A libertação dos 'jihadistas' não foi comentada de imediato pelo governo de transição do Mali, que tomou posse na semana passada, mais de um mês depois de o Presidente Ibrahim Boubacar Keita, democraticamente eleito, ter sido deposto num golpe militar.

Os esforços do governo para negociar a libertação de Cisse ficaram comprometidos após o golpe que forçou o Presidente Ibrahim Boubacar Keita a abandonar o poder, embora anteriormente tão pouco houvesse indicações de que estivessem a ser feitos progressos nas negociações.

Os militantes islâmicos estão activos em todo o norte e centro do Mali e os seus ataques são habitualmente dirigidos aos militares malianos e às forças de manutenção da paz das Nações Unidas.

Uma operação militar liderada pelos franceses em 2013 dispersou os 'jihadistas', que se reorganizaram e expandiram nos anos que se seguiram.

Muitos temem que a convulsão política no Mali após o golpe militar lhes permita fazê-lo novamente, um receio reforçado pela libertação dos prisioneiros neste fim de semana.

Independente desde 1960, o Mali viveu, em 18 de Agosto, o quarto golpe militar na sua história, depois dos episódios ocorridos em 1968, 1991 e em 2012.

Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da Organização das Nações Unidas e da União Europeia.ANG/Angop

Covid-19/Técnicos de saúde acantonados num dos hotéis de Bissau reclamam melhores condições de trabalho

Bissau,05 Out 20(ANG) – Cerca de 80 técnicos de saúde colocados num dos hotéis de Bissau para efeitos de atendimento aos pacientes de Covid-19, denunciam o estado de abandono em que dizem se encontrar à cerca de oito meses, com quatro meses de subsidio em atraso e  falta de condições de trabalho.

Em conferência de imprensa realizada no último fim de semana, o porta voz do referido colectivo  Yaia Djaló afirmou que o governo  coloco

u-lhes num hotel  próximo do Hospital Nacional Simão Mendes como forma de prevenção para que não levassem a doença de covid-19 para  casa.

“Desde que fomos acantonados no hotel à cerca de oito meses, onde pernoitamos, deparamos com enormes dificuldades dentre as quais a falta de água, alimentação e quatro meses sem  subsídio de incentivo”, explicou.

Aquele responsável afirmou que não é justo colocar as pessoas no hotel sem as mínimas condições, acrescentando que há um determinado período em que nem sequer conseguem algo para comer não obstante estarem a cumprir com as suas obrigações laborais.

 “Devido ao sigilo profissional tínhamos relegado ao silêncio, mas agora como a situação está a agravar, achamos que chegou o momento de levantar a voz tendo em conta que somos seres humanos que estão a sofrer”, disse.

Yaia Djalo disse que não estão a reclamar pelo dinheiro, salientando contudo que, se existe algum subsídio de incentivo que sejam eles a beneficiar porque são eles que dão o peito salvando as vidas das pessoas.

Sublinhou que dentre os técnicos de saúde acantonados no hotel, cerca de 30 por cento não tem o vinc

ulo com o Estado e estão arriscando vidas sem nenhuma contrapartida em termos salariais.

“Com todas as situações e dificuldades que estamos a deparar, fomos surpreendidos com a informação de que devíamos abandonar o hotel desde o passado dia 25 de Setembro sem nenhuma garantia”, explicou Djalo.

Adiantou que não alojaram no hotel por iniciativa própria, mas sim por decisão do  Governo e que se este entender que já chegou a altura de saírem, devem ser informados com antecedência.

“Há dois dias, as nossas refeições foram cortadas como forma  de nos pressionar à abandonar o hotel e já entabulamos contactos com a Alta Comissária de Luta conta Covid-19,  informando-lhe da situação que estamos a enfrentar”, disse.

Aquele responsável sublinhou que receberam  garantias de Magda Robalo de que os seus subsídios serão pagos, mas que não lhes foi indicada nenhuma data para o efeito, para além da proposta de  pagamento imediato de 40 mil francos cfa,  entretanto recusada pelos técnicos de saúde.ANG/ÂC//SG

   
         Sudão
/Governo  assina com rebeldes acordo de paz considerado histórico

Bissau, 05 Out 20 (ANG) - O  governo  do Sudão e  vários grupos  rebeldes  assinaram   sábado  um acordo que visa pôr fim a  décadas de guerra, na qual  morreram centen

as de milhares de pessoas.

Clamores, a  favor do acordo de paz,  foram  ouvidos em Juba, capital  do Sudão do Sul, onde  representantes do governo de transição  sudanês  e  dos  grupos  rebeldes rubricaram o  acto .

Ismael  Jallab  do Movimento Popular, grupo  rebelde  que actuava no norte do Sudão considerou histórico o acto ocorrido sábado em Juba e qualificou de dia da  verdadeira  independência do país africano  da África  central. 

“É um momento histórico  e  o  dia  da verdadeira  independência  do Sudão . Este acordo  abrange todos os aspectos da crise  sudanesa. Nós do Movimento Popular, consideramos que se trata de um acordo global, porque  por um lado ele põem fim a guerra  e  ao mesmo  tempo  reforça o princípio  da cidadania, justiça  e  segurança, e por outro os mecanismos de  controlo garantem a  sua implementação", disse Jallab.ANG/Angop

Ensino/Governo anuncia abertura de novo ano escolar “sem abandono por dificuldades financeiras”

Bissau, 05 Out 20(ANG) – O Governo pretende ter um sistema educativo inclusivo e que seja capaz de garantir que nenhuma criança, adolescente ou jovem abandone o sistema de ensino devido as dificuldades financeiras.

Segundo o jornal Nô Pintcha, o anúncio foi feito recentemente pelo ministro da Educação Nacional e Ensino Superior, Ariceni Jibril Baldé, na cerimónia de

encerramento do ano letivo 2019/20 e abertura do novo ano escolar, prevista para esta segunda-feira, 05 de Outubro.

Jibril Baldé afirmou que o objetivo do governo é construir uma educação de qualidade onde todos tenham igualdade de oportunidades na construção do seu futuro, e combater , com eficácia, o  abandono escolar.

Disse que o foco continua a ser o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente   a Educação de qualidade, a igualdade do Género, o emprego e trabalho decente, a inovação e a redução das desigualdades.

“Queremos uma Guiné inclusiva e com igualdade de oportunidades entre as pessoas e entre as regiões, e construir um futuro onde os professores, do pré-escolar ao superior, estejam motivados, empenhados e com competências adequadas para formar um cidadão cosmopolita com valores da democracia e exercício pleno da cidadania”, assegurou.

Arceni Baldé acrescenta que pretende-se continuar a resolver os pendentes no ensino, nomeadamente, o processo de reclassificação, a atribuição de subsídios pela não redução da carga horária e o ajustamento gradual do salário.

Afirmou  que este novo ano letivo que arranca hoje(05), ficará marcado pelo reforço da autonomia das escolas básicas e secundárias, com a afetação de recursos financeiros a cada escola, de acordo com o número de alunos matriculados, o que lhes permitirá responder às necessidades de implementação do Plano Curricular e do próprio Plano de Contingência.

Aconselhou aos professores a terem maior responsabilidade na elaboração dos conteúdos que serão ministrados e avaliados com maior consciência da necessidade da interação entre a escola e os parceiros sociais, para que possam ter escolas onde o resultado da avaliação dos estudantes esteja em conformidade com a real competência dos alunos e nas quais professores e gestores não desvirtuem nunca o carácter da sua nobre missão.

Lamentou a fraca oferta de infraestruturas escolares, situada abaixo da grande demanda resultante do crescimento demográfico,  e salientou  que o Estado vem fazendo ao longo dos anos um enorme esforço de construção e apetrechamento das escolas do ensino primário.

Em relação a pandemia Ariceni Baldé disse que a postura neste início do ano é de dar continuidade à luta titânica contra a covid-19, mas também conquistar o conhecimento e saberes, “saber fazer, saber estar e saber ser.”

Disse que por isso, foi aprovado pelo Conselho Diretivo, o lema: “estabilizar o sistema educativo perante a pandemia de covid-19”.


Da representante adjunta do UNICEF no país, Ainhoa Jaureguibeitia, o ministro da Educação recebeu garantias de continuação de esforços na mobilização de fundos para manter as escolas seguras e com capacidades para lutar contra a Covid-19.
ANG/JD/ÂC//SG

 

 UNESCO/Secretária-geral  apela aos governos a adoptarem legislação sobre o acesso à informação

Bissau, 05 Out 20 (ANG) -  A secretária-geral
da Unesco, Audrey Azoulay, apelou aos governos a adoptarem a legislação sobre o acesso à informação e garantir a sua implementação onde já exista.

O apelo foi feito via videoconferência na abertura da conversa aberta sobre “As vantagens de ter garantias constitucionais e/ou políticas de acesso 

público à informação”, organizada pela Comissão Nacional de Cabo Verde para a Unesco (CNU), no âmbito do Dia Internacional do Acesso à Informação, que se celebrou   a 28 de Setembro.

“Os governos devem comprometer-se com o bem comum, desenvolvendo a utilização inovadora de tecnologias digitais para a construção de infra-estruturas de informação resilientes, que reforcem a manutenção de registos e permitam uma análise precisa das questões de interesse público”, indicou.

Audrey Azoulay   disse ainda que estes instrumentos só serão eficazes se forem de livre acesso e alinhados com as normas internacionais de privacidade.

“Na Unesco acreditamos firmemente que o acesso à informação deve ser reconhecido como uma norma no desenvolvimento sustentável e como um pré-requisito para que os países respeitem, promovam e protejam os direitos humanos para todos”, assegurou

No contexto da pandemia, Audrey Azoulay apontou que a informação é essencial para encorajar comportamentos saudáveis e salvar vidas, defendendo que “boatos e informação imprecisa podem ser tão letais como os vírus”.

“Sabemos o que precisamos de fazer para que isto se concretize. Como estes últimos meses demonstraram, a saúde pública requer transparência a nível das estatísticas sobre a escala da pandemia e dos dados sobre a despesa pública”, concluiu.

A 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas definiu 28 de Setembro como o Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, reconhecendo o significado do acesso à informação para todos.

Este ano a comemoração visa encorajar os Estados-Membros a adoptarem e aplicarem plenamente legislação relativa ao direito de acesso à informação, demonstrando o seu valor único em tempos de crise, assim como compreenderem as vantagens de ter garantias constitucionais, políticas para o acesso público à informação como forma de salvar vidas. ANG/Inforpress