quarta-feira, 6 de setembro de 2023


Comunicação social
/Secretário de Estado da Comunicação Social exalta nomeação de Elsi Dias  para dirigir o  Jornal Nô Pintcha

Bissau,06 Set 23(ANG) -  O Secretário de Estado da Comunicação Social exaltou esta quarta-feira a  nomeação da  nova diretora do Jornal Nô Pintcha sublinhando que serve  para  “eliminar a masculinização no setor”.

“Em toda a imprensa escrita vê-se poucas mulheres”, disse Francisco Muniro Conté, ao discursar na cerimónia de posse de Elci Pereira Dias, nova Diretora-geral do jornal Nô Pintcha e de mais dois outros recém nomeados, nomeadamente Hipólito José Mendes, novo Inspetor-geral da Comunicação Social e Emerson Gomes, Diretor-geral da Comunicação Social.

Conté pediu a nova DG que o Nô Pintcha seja mais explicativo, contrariamente ao que tem sido até agora. 

Aos  três  nomeados, terça-feira, na reunião de Conselho de Ministros, Muniro Conté pediu zelo e dedicação, e reiterou a promessa de diligenciar junto do Governo para a criação de melhores condições de funcionamentos dos órgãos públicos de comunicação social. “Criadas essas condições vou exigir mais qualidade nas vossas produções”, disse.

A nova Diretora-geral do Jornal Nô Pintcha(JNP) prometeu desempenhar a função com zelo e dedicação para elevar o valor  feminino.

Elci Pereira Dias  disse  acreditar que desempenhará esta função com todo o rigor e capacidade, acrescentando que representa uma mulher nomeada por mérito.

Agradeceu a confiança do Secretário da Comunicação Social na sua pessoa para dirigir o Jornal Nô Pintcha, onde trabalha  há 21 anos.

“O JNP com 48 anos de vida devia ter a sua própria  impressora. Infelizmente, até este momento fazemos a impressão do jornal  numa empresa privada e a cores”, referiu.

Pediu ao Secretário de Estado da Comunicação Social  para não esquecer o JNP e a Agência de Notícias da Guiné(ANG) tal como anteriores executivos.

Por sua vez, o novo Director-geral da Comunicação Social, Carlos Emerson Gomes considerou de débil a situação do setor , no que toca com a efetivação dos funcionários , não cumprimento das leis, falta de  equipamentos e o salário magro  que os quadros auferem.

Prometeu diligenciar junto de organizações parceiras  para angariação de fundos e pediu engajamento de todos para mudar o paradigma.

O Inspector-geral do Ministério da Comunicação Social, Hipólito José Mendes prometeu  fazer um trabalho regrado e  minuciosamente, em benefício do sector, no exercício das suas funções.

De recordar que esta é a primeira vez depois de 48 anos da sua existência, que o  JNP é dirigida por uma mulher. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

Economia e Finanças/ Ministro Seidi promete mitigar o custo da vida no país

Bissau, 06 Set 23 (ANG) – O Ministro da Económia e Finanças, Suleimane Seidi prometeu mais medidas para mitigar o custo de vida da população no país.

De acordo com assessor de imprensa do Ministro da Económia e Finanças, a promessa do ministro foi feita  numa audiência que manteve hoje com a Directora Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) Zenaida Maria Lopes Cassamá.

Na ocasião, o governante reconheceu o papel do BCEAO como conselheiro princípal e diz esperar que o banco acompanhe o governo nestas medidas de apoio à população.

Sulaimane Seidi disse que o governo está a trabalhar para tirar do país toda a castanha de caju referente a colheita de 2022, visando  aliviar o sofrimento da população  e criar a estabilidade social.

Por seu torno, Zenaide Cassamá ressaltou a importância do banco priorizar, entre outras ações, o apoio ao setor privado, a inclusão financeira, digitalização e financiamento da económia.

Aquela responsável referiu-se à  questão da agenda das reuniões estatutárias do BCEAO  e da necessidade de reforçar a lei contra  branqueamento de capitais.

Segundo a assessoria de imprensa do MEF, na reunião, as partes fizeram  o ponto da situação da inflação e  da sua previsão.

.”Houve mesmo especulação dos produtos de primeira necessidade, mas o governo está vigilante”, disse Suleimane Seidi.ʺ ANG/MI//SG   

 

Diplomacia/ “Procuro novos desafios internacionais”, diz ex-ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau

Bissau, 06 Set 23 (ANG) – A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades guineense afirma estar a procura de novos desafios internacionais, e diz  que, a nível interno já deu o seu melhor.

“Como responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau nos últimos quatro anos foquei muito nas  participações internacionais, na mediação e sobretudo na Presidência do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”, salientou, Suzi Carla Barbosa recentemente numa entrevista ao Jornal Diário de Notícias de Portugal citado pelo Conosaba ao responder o que a levou a se candidatar à Presidência da Comissão da União Africana que terá a eleição em 2025 e que apoios espera ter.

Suzi Barbosa disse que, para ela, agora, é o momento de apostar a nível internacional e também para mostrar que a Guiné-Bissau, apesar de ser um pequeno país, tem capacidade para dirigir uma organização tão complexa como a União Africana. Até porque até à data não houve nenhum presidente da Comissão que fosse lusófono.

“É um desafio. Só houve uma mulher e acho que é a oportunidade de eu também entrar nessa corrida e demonstrar a nossa capacidade”, frisou.

Questionada se o apoio dos países africanos lusófonos é importante, Barbosa respondeu que sim, justificando que esta é uma candidatura que tem o pleno apoio do Presidente da República, que é um diplomata de excelência, com uma capacidade de alcance muito grande que demonstrou nos últimos três anos.

Suzi Barbosa salientou ainda que a Guiné-Bissau,  nos últimos anos como país, praticamente,  não tinha atividade internacional, acrescentando que o país recebeu 23 chefes de Estado e acima de 20 ministros dos Negócios Estrangeiros, para além das visitas oficiais que o Presidente da República guineense fez a vários países que foram inéditas.

“Isso permitiu que ele tivesse contactos muito importantes para este tipo de candidatura. Penso que tudo isso vai contribuir, sem dúvida, para facilitar ou ajudar a candidatura da Guiné-Bissau à presidência da Comissão da União Africana”, sustenta.

Instada a dizer se o alcance da influência do Sissoco Embaló vai além dos países lusófonos, Suzi afirmou que sim, sustentando que o Umaro Sissoco Embaló é uma pessoa que não só tem influência nos países lusófonos como, sobretudo, nos países francófonos e a nível do continente africano, um grande impacto em praticamente todos os países, pelo facto de ter convivido e trabalhado com vários dirigentes no passado antes de ser Presidente da República .

“Também a forma como demonstrou que faz a diplomacia permitiu que tivesse essa influência a nível internacional, que lhe permitirá e facilitará o lóbi para a Guiné-Bissau chegar à presidência da Comissãoda UA”, revelou Suzi.

Antiga ministra dos Negócios Estrageiros, nasceu em Bafatá, Leste do país, mas fez toda a sua educação em Portugal onde estudou Relações Internacionais na Universidade de Lisboa.

Questionada se essa sua experiência de vida em Portugal, o facto de conhecer bem a Europa, pode ser uma mais-valia para a União Africana, Suzi Carla Barbosa disse acreditar que sim, sublinhando que o facto de conhecer novas culturas enriquece sempre a “nossa experiência”.

Eu vivi 30 anos na Europa, onde fiz toda a minha formação escolar e académica e, depois, também trabalhei. Portanto, acho que essa experiência pode enriquecer de certa forma, acredito que sim”,frisou.

De acordo com a diplomata, a outra coisa que as pessoas têm de ter em conta é que as democracias africanas não têm de ser uma cópia das democracias europeias ou ocidentais, defendendo a ideia de ter uma democracia adaptada à realidade africana.

“Muitas vezes as coisas não funcionam porque tentamos implementar um modelo que não é o adequado à nossa realidade. Acho que um bom político é aquele que é capaz de fazer uma análise sobre qual o modelo adequado da política ou da gestão para o seu país. Isso é fundamental e talvez assim se evitem situações de desagrado ou de insatisfação por parte da população”, realçou Suzi Carla Barbosa. ANG/DMG/ÂC//SG

Abu Dhabi/Emirados Árabes Unidos investirão milhões em energias limpas em África

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - Os Emirados Árabes Unidos comprometeram-se hoje a investir 4,5 mil milhões de dólares em energias limpas em África, durante a primeira cimeira sobre o clima, que visa promover o potencial do continente como potência verde.


O Presidente do Quénia, William Ruto, anfitrião da Cimeira do Clima de África (CCA), que decorre em Nairobi, afirmou na abertura do evento esta segunda-feira que o continente tem uma "oportunidade sem paralelo" de se desenvolver, ao mesmo tempo que ajuda a combater o aquecimento global, se conseguir atrair o financiamento necessário.

Hoje, os Emirados Árabes Unidos, que vão acolher no final do ano no Dubai a próxima conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP28), anunciaram o primeiro compromisso que resulta desta cimeira.

Sultan Al Jaber, que dirige a empresa petrolífera nacional dos Emirados Árabes Unidos, a ADNOC, e a empresa estatal de energias renováveis Masdar, afirmou que o investimento, equivalente a 4,18 mil milhões de euros, irá "desbloquear a capacidade de África para alcançar uma prosperidade sustentável".

Um consórcio, que inclui a Masdar, ajudará a desenvolver 15 gigawatts de energia limpa até 2030, afirmou Sultan Al Jaber, que também presidirá aos debates na próxima COP28.

A capacidade de produção de energia renovável do continente era de 56 gigawatts em 2022, de acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável.

A transição para as energias limpas nos países em desenvolvimento é crucial para manter o objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a "menos" de dois graus Célsius desde a era pré-industrial e, se possível, a 1,5°C.

Para alcançar este objetivo, a Agência Internacional da Energia (AIE) afirma que o investimento terá de atingir os dois biliões de dólares (1,85 biliões de euros) por ano durante a próxima década, um aumento de oito vezes.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou num discurso proferido hoje em Nairobi à "correção do rumo do sistema financeiro global", garantindo um "mecanismo eficaz de alívio da dívida" a taxas acessíveis.

"O sistema financeiro mundial tem de ser um aliado dos países em desenvolvimento na condução de uma transição ecológica justa e equitativa que não deixe ninguém para trás", acrescentou Guterres, antes de destacar o potencial de África para se tornar "um líder mundial em energias renováveis".

"A África possui 30% das reservas minerais essenciais para as tecnologias renováveis e de baixo carbono, como a energia solar, os veículos eléctricos e as baterias", recordou.

Também Al Jaber apelou a uma "intervenção cirúrgica na arquitetura financeira global, construída para uma era diferente", instando as instituições internacionais a reduzirem o peso da dívida, que está a paralisar muitos países.

"África detém a chave para acelerar a descarbonização da economia global. Não somos apenas um continente rico em recursos. Somos uma potência de potencial inexplorado, ansiosa por se envolver e competir de forma justa nos mercados globais", disse igualmente William Ruto na segunda-feira.

O especial enfoque da cimeira em questões financeiras está a provocar a oposição de defensores do ambiente. Na segunda-feira, centenas de pessoas manifestaram-se perto do local da cimeira para denunciar a "agenda profundamente corrupta" do evento, acusando-a de centrar-se nos interesses dos países ricos.

As organizações da sociedade civil apelaram ao Presidente William Ruto para que não inclua na cimeira a discussão de mecanismos como os mercados de créditos de carbono.

A abertura do segundo dia da cimeira, que decorre até esta quarta-feira, contou ainda com a presença do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahammat, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, do Presidente do Quénia, William Ruto, do Presidente das Comores e chefe rotativo da UA, Azali Assoumani, e do primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly.

No final da cimeira, em que participam mais de vinte chefes de Estado e de Governo africanos, bem como líderes de organizações internacionais, espera-se que seja adoptada a chamada "Declaração de Nairobi", que procura articular uma posição africana comum a levar a diferentes fóruns mundiais.

Os líderes africanos querem lançar em Nairobi a construção de uma perspectiva unificada para levar à cimeira do clima COP28 no Dubai, mas também à Assembleia Geral da ONU e ao G20 e instituições financeiras internacionais.

O alcance de uma posição comum deste tipo afigura-se como um objetivo ambicioso para um continente que alberga 1,4 mil milhões de pessoas - entre as mais vulneráveis às alterações climáticas em todo o planeta - em 54 países política e economicamente muito diferentes. ANG/Angop

 

Saúde pública/”As empresas grossistas de medicamentos não estão a responder as demandas dos clientes”, diz  secretário-geral da Anaprofarm

Bissau,06 Set 23(ANG) – O secretário-geral da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias(Anaprofarm), acusou esta quarta-feira  as empresas grossistas de venda de medicamentos de não estarem  a responder as demandas dos seus clientes.

Ahmed Akhdar, em entrevista  à ANG, admitiu  possibilidades de o país vier a deparar-se com  roturas de alguns medicamentos.

Disse que, actualmente, as empresas grossistas com licenças de importação de medicamentos só funcionam entre 10 à 20 por cento das sua capacidades.

Segundo Akhdar, a situação da rotura de medicamento no país teria sido  admitida pelo próprio ministro de Saúde, Domingos Malú, num encontro com os farmacêuticos da capital Bissau.

O ministro reuniu com os grossistas, terça-feira e como resolução,as partes se comprometeram a  abastecer as farmácias do país brevemente.

Ainda, na terça-feira, à margem da entrega das 60 motorizadas, doadas pela UNICEF, o ministro da saúde pública  prometera que o governo vai usar mecanismos para ultrapassar essa situação que inclusive afeta o Hospital Nacional Simão Mendes.

A propósito, o secretário-geral da Anaprofarm e igualmente proprietário da Farmácia Moçambique, disse que as quatro empresas grossistas de venda de medicamentos não têm capacidade de resposta, à tempo, às encomendas dos proprietários das farmácias.

“Quando os nossos associados enviarem encomendas para aquisição de medicamentos, somente atendem uma quantia de 10 à 20 por cento dos pedidos, situação que causa pesadelo para as farmácias”, disse.

Referiu  que alguns dos  critérios exigidos para abrir uma empresa grossista de medicamentos, é a  capacidade de resposta às necessidades das populações, através de garantia de estoque  suficiente de medicamento, e a  capacidade logística de descentralização dos serviços para não limitar apenas a capital Bissau.

“Os referidos critérios não estão a ser respeitados por nenhuma das empresas grossistas de medicamentos”, disse Ahmed Akhdar.

Diz que  essa situação coloca as farmácias em situação difícil , tendo em conta que “pagam elevadas taxas e impostos ao Estado e outras despesas com os funcionários e energia elétrica  e não ganham lucros”.

Disse que, as autoridades competentes devem lutar para que o país atinja a autosuficiência medicamentosa e estar na altura de ter estoques suficiente para fazer face as grandes pandemias como o caso da Covid-19.

Aquele responsável pede ao Governo para diligenciar  junto das empresas grossistas de medicamento no sentido de garantirem o abastecimento regular do mercado nacional.

Actualmente a Guiné-Bissau conta com quatro empresas grossistas de importação e venda de medicamentos, nomeadamente a Sónia Farmácia Lda, a Guifarma Lda, a Sofargui e Aliance Pharma.ANG/ÂC//SG

Política/Conselho de Ministros aprova Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O Conselho de Ministros aprovou na quarta-feira o Programa de Emergência para setores da Cultura, Juventude e Desportos e   instituiu os seus membros a analisarem as ações programáticas dos respetivos pelouros, no Projeto de Programa do Governo com a finalidade de indicar as alterações necessárias até ao  dia 12 de Setembro em curso, refere o Comunicado de Conselho, à que a ANG teve acesso.

Segundo o comunicado, no capítulo de nomeações, o Conselho de Ministros deu anuência a que, por Despacho do Primeiro-ministro, se efetue a movimentação do Pessoal Dirigente da Administração Pública, conforme se indica:  para Autoridade Reguladora do Setor dos Combustíveis, Derivados do Petróleo e do Gás Natural(Arseco), Alberto Filomeno Pinto Cabral é nomeado Presidente do Conselho de Administração, Mário Adão Almeida primeiro Vogal e Luís Vaz Martins segundo Vogal.

No Ministério da Economia e Finanças, Guilherme Monteiro foi  nomeado Inspetor Geral, Issa Jandi Diretor-geral do Plano, Mussa Sambi, Diretor-geral da Economia e Cristina da Silva Pedreira,Diretora-geral da Integração Regional, Chanceler Pereira,Diretor-geral das Contribuições e Impostos, Domingos Nbana, Diretor-geral de Controlo Financeiro e Hussein Bruno Jamil Jauad, Diretor-geral da Guiné-Bissau Investimentos.

“No Ministério da Educação Nacional, do Ensino Superior e Investigação Científica, Samuel Fernando Mango é nomeado Secretário-geral, Nkac Silva Morgado, Inspetor-geral, Ildo da Silva Diretor-geral de Ensino Básico e Secundário, Júlio Mendonça, Diretor-geral de Alfabetização e Educação Formal e Não Formal , Didier Fernandes de Pina Araújo, Diretor-geral da Agência Nacional de Formação Técnico-Profissional (ANAFOR), Ildo Ocante Ocundo,Diretor-geral da Escola Nacional da Administração (ENA) e Dúlia Paulo Gomes Barbosa e Silva, Diretora-geral da Cantina Escolar”, lê-se no comunicado.

No referido documento conta igualmente que, para Ministério das Pescas e da Economia Marítima António Domingos Tubento é nomeado  Secretário Geral, Paulo Baranção Inspetor Geral, Sebastião Pereira, Diretor Geral da Pesca Industrial, Gualdino Afonso Té, Diretor Geral da Pesca Artesanal, Herme Indi da Fonseca, Diretor Geral de Formação e Apoio ao Desenvolvimento das Pescas, Faustino Arlindo Seco Coiaté de Pina, Diretor Geral da Administração dos Portos de Pesca e Cipriano Fernandes Sá Coordenador do Instituto de Fiscalização e Controlo das Atividades de Pesca (IN-FISCAP).

No Ministério dos Transportes e Comunicações, Marcelino Mendes Pereira é nomeado Secretário Geral, Amadu Djaló, Diretor-geral da Viação e Transportes Terrestres (DGVTT), José António Có, Presidente do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil da Guiné-Bissau,

Idrissa Mané, Primeiro Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil, Domingos Mendes Lopes, segundo Vogal do Conselho da Administração da Autoridade da Aviação Civil e  Maria Rosária  Cruz de Almeida, primeiro Vogal do Conselho Fiscal da Autoridade da Aviação Civil.

Ainda para o Ministério dos Transportes e Comunicações, foram nomeados: Arlindo Mendes,   Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário (IMP), Abú Camará Primeiro Vogal do Conselho de Administração do IMP, Alziro Adriano da Silva, Presidente do Conselho de Administração das Empresas Nacionais de Aeroportos da Guiné-Bissau, Moro Mané, segundo Vogal do Conselho de Administração da Empresa Nacional do Aeroporto e Hélder de Barros, Presidente do Conselho de Administração  dos Portos da Guiné-Bissau (APGB).  

Ainda no Ministério dos Transportes e Comunicações foram nomeados: Aly Ijazy,   primeiro Vogal do Conselho de APGB, Pansau da Silva, segundo Vogal do Conselho de APGB, Anselmo Bartolomeu Gomes Lopes, Diretor-geral da APGB, Djamila Pereira, Presidente de Conselho Nacional dos Carregadores (CNC), Mamadu Selo Djaló, primeiro Vogal do CNC e Solange Pereira, Diretora-geral do CNC.

O comunicado de Conselho de Ministros informa também que, para o Ministério dos Recursos Naturais, Roberto Mbesba é novo nomeado Diretor-geral da Empresa Guineense de Petróleo e Carbonetos (PETROGUIN) e para Secretaria de Estado das Telecomunicações e da Economia Digital, Frederico Sanca  é nomeado Diretor-geral das Telecomunicações e Economia Digital.

Para a Secretaria de Estado da Comunicação Social, Hipólito José Mendes é nomeado Inspetor Geral, Carlos Emerson Gomes, Diretor-geral da Comunicação Social e Elci Pereira Dias, Diretora- geral do Jornal “Nô Pintcha”. ANG/AALS/ÂC//SG

Saúde pública/” Guiné-Bissau poderá ter barcos ambulâncias equipadas para assistência médica até final do ano”,diz Secretário da Celula de Apoio à Gestão ligada a Covid-19

Bissau, 05 Set 23 (ANG) – O secretário-geral da Célula de Apoio à Gestão Ligada a Covid-19, anunciou , terça-feira, que o mais tardar até o final ou inicio do próximo ano, o país vai dispôr, com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) de Barcos Ambulâncias equipadas para assistência médica ,com o objetivo de permitir maior  facilidade na  evacuação de doentes à partir das ilhas.

Plácido Cardoso fez este anúncio após a recepção de nove  viaturas Toyota todo terreno, duas câmaras mortuária e 12 aparelhos de Rx, doados pelo Banco Islâmico do Desenvolvimento ao Governo da Guiné-Bissau.

Segundo este responsavel, todos estes elementos estão no envelope sobre os quais estão a trabalhar, em colaboração com o OMS e outras instituições parceiras.

“Por isso, aproveito a oportunidade para agradecer a OMS pela deligência e engajamento na construção de uma “planta grande” de produção de oxigênio com a capacidade para abastecer , tanto  as estruturas sanitarias da capital Bissau assim como  as das regiões. O processo está numa fase avançada e, brevemente, poderemos chamar a imprensa para a sua apresentação pública”,disse.

Plácido Cardoso explicou que as duas morgues doadas  em  funcionamento preliminar, com capacidade de 12 cadáveres cada, já estão instaladas  no Hospital Nacional Simão Mendes e no Hospital Militar Cino-Guineense.

Cardoso acrescentou que vão continuar a trabalhar para que, minimamente, e num certo periodo de tempo, se possa criar um Serviço de Emergência Nacional, que não existe.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

CAN-2023/Djurtus já estão em Bissau para  preparação do jogo com Serra Leoa

   

Bissau,06 Set 23(ANG) – A maioria dos  jogadores convocados pelo selecionador nacional Baciro Candé, já se encontra em Bissau para o jogo contra a congénere da Serra Leoa, a última da ronda do Grupo A de qualificação para o CAN-2023, a realizar em Janeiro do próximo ano na Costa de Marfim.

De acordo com o portal desportivo Fut245, os Djurtus chegaram no princípio da tarde de terça-feira, ao Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira de Bissau, para preparar o jogo da sexta e última ronda do grupo A, de qualificação ao CAN’2023.

Aos jornalistas, momentos após a chegada da turma nacional, Famana Quizera manifestou-se satisfeito por fazer parte, pela primeira vez, da seleção nacional.

“Estou muito feliz por fazer parte dessa caravana, ainda por cima, da melhor forma de dar a minha contribuição. Isso foi a primeira opção para mim e podem esperar de mim mais um jogador a dar o seu máximo para a equipa, trazendo a minha experiência obtida fora”, assegurou Quizera.

Por seu lado, Carlos Mané, outro estreante na lista dos convocados, reafirmou o seu total engajamento em fazer história com a Guiné-Bissau.

“É um momento muito especial para mim e estou muito contente por estar aqui, senti um ‘filyng’ muito bom logo ao pisar o solo da minha terra. Quero agora, trabalhar para ganhar a confiança dos guineenses, fazendo  história com a Guiné-Bissau”, disse Carlos Mané.

Presente no aeroporto, Celestino Gonçalves, primeiro vice-presidente da Federação de Futebol, solicitou apoio massivo do povo guineense a  seleção nacional, e diz  que  já foram criadas todas as condições logísticas para a realização desse jogo.

São no total 14 jogadores que chegaram ao país nessa viagem e  vão se juntar ao Opa Sangante e Mauro Teixeira, que se encontram desde segunda-feira, em Bissau e, Braima Djanco Mané e Tidjane Badjana, ambos selecionados no campeonato nacional (Guinesliga).

Notou-se  a ausência do capitão Jonas Mendes, que segundo o  FUT 245, não viajou com a caravana devido o falecimento da sua filha, mas que deve  juntar-se aos colegas no estágio, ainda hoje, quarta-feira..

A partida com a Serra Leoa está agendada  para próxima segunda-feira (11-09), referente a sexta e última ronda do grupo A, de qualificação à fase final do Campeonato das Nações Africanas CAN-2023, a realizar-se no Costa do Marfim.

 Trata-se de um encontro de cumprimento do calendário visto que a Guiné-Bissau já garantiu o apuramento para o CAN-2023.ANG/ÂC//SG

 

Ensino/Ministro da educação diz que governo adoptou Plano de Emergência para evitar greves no setor  

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O ministro da Educação, do Ensino Superior e Investigação Cièntífica, disse que o governo  tem em mãos um Plano de Emergência para o decurso de um ano letivo  sem sobressaltos.

Braima Sanhá falava  à Voz de América sobre as perspetivas para o novo ano letivo com  início previsto para  3 de Outubro, citando  um plano de emergência para os próximos 30 dias adoptado pelo Governo.

"Esse Plano de Emergência de 30 dias irá nos permitir que este ano letivo seja  de êxito. Mas, para que isso aconteça é necessário que haja uma estratégia de desenvolvimento, colaboração e trabalho  conjunto com todas as estruturas do país, particularmente os sindicatos, organizações sociopolíticas e as comunidades”, apontou Braima Sanhá.

Acrescentou que todas essas estruturas devem participar no processo de preparação do novo ano letivo e diz que só assim é que se pode ter condição efetiva e eficaz para ter um ano letivo de qualidade e sem sobressaltos.

O governante indicou que houve várias reuniões com os sindicatos e reitera que o diálogo é a base do trabalho.

"Outra ferramenta é a preparação dos quadros que vão trabalhar no sistema. Vamos estruturar as escolas, melhorá-las, e dar às escolas as condições para que possam funcionar. Uma delas é a capacitação dos professores, pôr à disposição os materiais didáticos, a tempo e hora. Na base disso podemos então avançar. Seja como for, não vamos ter tudo neste momento, pois a Educação é pesada. As coisas vão ser feitas passo a passo", garante Sanhá.

Por sua vez, o porta-voz dos sindicatos do setor, Sene Djassi declarou  que vão criar as condições para que haja um  ano letivo sem sobressaltos, contrariamente ao que foi registado nos últimos três anos, em que o sistema educativo quase não funcionou.

A espera de resolução no ministério estão os casos de dívida de subsídios de isolamento, de giz, da carga horária, assim como da dívida de alguns professores e novos ingressos referentes ao ano letivo 2021/2022 e de alguns professores contratados do mesmo ano.

Sene Djassi disse esperar do  novo Governo o atendimento destes pontos para o bem do sistema educativo, não obstante mostrar-se um pouco cauteloso.


"Habitualmente, qualquer governo sempre mostra abertura. Mas, levando alguns meses, a situação se complica. Seja como for, temos expectativas, aliás, o governo de PAI – Terra Ranka bem sabe que ganhou eleições, tendo em conta a má Governação do Governo cessante", conclui Djassi.

A Frente Comum  integra a Frente Nacional dos Professores (Frenaprof) e o Sindicato Democratico dos Professores (Sindeprof).cANG/LPG/ÂC//SG

 EUA/Ex-líder de extrema-direita condenado a 22 anos por ataque ao Capitólio

Bissau, 06 Set 23 (ANG) - O ex-líder da organização de extrema-direita Proud Boys, Enrique Tarrio, foi condenado a 22 anos de prisão, a sentença mais severa imposta até agora pelo ataque de Janeiro de 2021 ao Capitólio norte-americano.

 A sentença desta terça-feira contra o ex-líder da organização de extrema-direita Proud Boys, Enrique Tarrio, é a mais longa de todas as que foram ditadas contra os líderes de grupos extremistas envolvidos no ataque ao Capitólio em Janeiro de 2021.

 Até agora, as mais longas foram de 18 anos de cadeia para o fundador dos Oath Keepers, Stewart Rhodes, e para o também ex-líder dos Proud Boys, Ethan Nordean, por conspiração sediciosa e outras acusações.

O Ministério Público pedia 33 anos de prisão para Enrique Tarrio, considerado pelo juiz Timothy Kelly como o "líder máximo da conspiração”. "Nesse dia, foi quebrada a nossa tradição ininterrupta de transferência pacífica do poder", afirmou o juiz durante uma audiência de quatro horas em Washington. Timothy Kelly tomou em consideração as circunstâncias agravantes de terrorismo solicitadas pelo Ministério Público, mas proferiu para cada um dos acusados penas significativamente inferiores às solicitadas, por considerar que os réus "não tiveram a intenção de matar".

O apoiante do ex-Presidente Donald Trump não estava na capital americana a 6 de Janeiro de 2021, mas foi acusado de comandar o ataque ao Capitólio, realizado por cerca de 200 membros do grupo Proud Boys.

Enrique Tarrio encontrava-se em Baltimore, no estado vizinho de Maryland, porque dias antes foi obrigado a deixar a capital federal por ter queimado uma faixa “Black Lives Matter”, roubada de uma igreja, durante um protesto contra a vitória de Joe Biden. ANG/RFI

 

Cabo Verde/Coordenadora do projeto Terra África defende que jornalistas estão no coração das mudanças na sociedade

Bissau,06 Set 23(ANG) – A coordenadora do projeto Terra África, Tamara Villarins, defendeu terça-feira que os jornalistas se encontram no coração das mudanças na sociedade e, principalmente, na questão das mudanças climáticas.

Tamara Villarins fez esta consideração em entrevista à Inforpress, no decorrer de uma formação em “jornalismo de soluções” que está a ser ministrada na cidade da Praia aos jornalistas dos mídias beneficiários do projeto em Cabo Verde.

Segundo a mesma fonte, o projeto é financiado pela agência Francesa de Desenvolvimento de Mídias – CFI, cujo lançamento foi feito em Abidjan, Costa do Marfim, em Dezembro de 2022, e tem como objetivo apoiar o jornalismo ambiental, em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Guiné Conakry e Senegal.

“O projeto apoia os jornalistas beneficiários a fazer o tratamento transversal das questões ambientais, na produção de conteúdos que valorizam a busca por soluções e estimulam o envolvimento político e cidadão”, realçou Tamara Villarins.

Formada em geografia e geopolítica dos países emergentes, Tamara Villarins disse que este projeto está voltado para o fomento das ações sustentáveis na luta contra as alterações climáticas, pelas mídias que têm um “papel importante no desenvolvimento da cidadania ambiental individual e coletiva”.

Villarins sustentou ainda que as questões climáticas têm sido tratadas de maneira transversal há já algum tempo, e por saber que há lacunas em relação à forma como são tratados estes assuntos por parte das mídias e por isso, o projeto está a trabalhar na capacitação dos profissionais.

Quanto à ação de capacitação em jornalismo de soluções, esta coordenadora explicou que o objetivo é “dar foco às soluções e às iniciativas sociais para problemas que existem”.

Com o jornalismo de soluções, sublinhou que é possível dar foco mais às soluções, informar sobre o que a população local está a fazer.

Entretanto, reconheceu que na questão das mudanças climáticas não se pode agir de forma solitária, só num país, pois é preciso trabalhar em conjunto, mas o que se sabe é que alguns territórios são muito mais impactados do que outros.

Por isso, o projeto está a trabalhar nestes países beneficiários e os jornalistas capacitados vão dar foco e voz a população. É que muitas vezes não se dá conta de que a população já tem a solução para um problema, por falta de comunicação ou de meios para comunicar e compartilhar a informação de como solucionou este problema, mas o jornalismo de soluções vai permitir essa “proximidade” com a sociedade.

Segundo a coordenadora, foram selecionadas quatro mídias por cada um dos países contemplados com o projeto, num total de 20 mídias que estão a participar em ações de formação presenciais e online permitindo-lhes alcançar uma nova visão e ou melhorar a cobertura jornalística das matérias à volta das alterações climáticas, nos países contemplados.

As mídias já beneficiaram de uma formação em jornalismo ambiental, uma formação online sobre o género e as mudanças climáticas, pois, reforçou que é do conhecimento de todos que “as mulheres e as crianças são as mais impactadas de forma geral pelas mudanças climáticas que os homens”.

A formação, que se iniciou no dia 04 de Setembro, vai decorrer até o próximo dia 08, com uma programação vasta, desde sessões com especialista em jornalismo e comunicação digital, biólogos, ambientalistas, visitas de campo e produção prática de conteúdos.

Para dar seguimento ao projeto, os jornalistas vão beneficiar de uma mentoria em jornalismo de soluções, onde haverá produções e divulgação daquilo que a população faz, mais duas formações em verificação da informação, realçando que as “fake news” englobam também as questões climáticas e é preciso lutar contra isso e o papel do jornalista é central nesta luta, entre outros seguimentos, relembrando que a duração do projeto é de 24 meses, ou seja, até Novembro de 2024. ANG/Inforpress


        Burquina Faso/Ataque  mata 17 soldados e 36 auxiliares do exército

 Bissau, 06 Set 23 (ANG) – Um ataque levado a cabo por alegados terroristas no norte do Burkina Faso causou a morte a 17 soldados e 36 auxiliares do exército deste país, anunciou hoje o Estado-Maior, através de um comunicado.

“Cinquenta e três combatentes”, mais precisamente “dezassete soldados e trinta e seis Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), auxiliares civis do exército, perderam a vida” na segunda-feira, indica a nota informativa.

A unidade atacada estava destacada em Koumbri, na província de Yatenga, para “permitir a reinstalação” de pessoas “que abandonaram a zona há mais de dois anos”, expulsas pelos extremistas, explicou.

O quartel-general também “registou cerca de 30 feridos, que foram transferidos e tratados”.

O Estado-Maior acrescentou que as “operações de contra-ataque” tinham resultado na “neutralização de vários assaltantes” e na “destruição do seu material de combate”, indicando que “as operações continuam a decorrer na zona”.

“Tudo está a ser feito para desativar os elementos terroristas” que se encontram “em fuga”, acrescentou.

O Burkina Faso, palco de dois golpes militares em 2022, está mergulhado numa espiral de violência desde 2015, que nos últimos sete anos fez mais de 16.000 mortos civis e militares e mais de dois milhões de deslocados, segundo a ONG Acled. ANG/Inforpress/Lusa

 

         Suíça/António Guterres avisa que “colapso climático começou”

 Bissau, 06 Set 23(ANG) – O secretário-geral da ONU, António Guterres, ale
rtou hoje que “o colapso climático começou”, numa reação ao anúncio do verão deste ano como o mais quente jamais registado no Hemisfério Norte.

“Os cientistas há muito que alertaram para as consequências da nossa dependência dos combustíveis fósseis”, disse Guterres, citado pela agência francesa AFP.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o serviço climático europeu Copérnicos anunciaram hoje que a Terra viveu este ano o verão mais quente jamais registado no Hemisfério Norte.

No Hemisfério Sul também foram batidos muitos recordes de calor em pleno inverno austral.

Ondas de calor, secas, inundações e incêndios atingiram a Ásia, a Europa e a América do Norte durante este período, em proporções dramáticas e muitas vezes sem precedentes, segundo os cientistas.

Os extremos meteorológicos custaram vidas humanas e danos para as economias e o ambiente.

“O nosso clima está a implodir mais depressa do que conseguimos aguentar, com fenómenos meteorológicos extremos a atingir todos os cantos do planeta”, lamentou Guterres.

ANG/Inforpress/Lusa

 

   Suíça/Alterações climáticas agravam crise alimentar e conflitos em África

Bissau, 06 Set 06(ANG) – África, onde os desastres climáticos afetaram 110 milhões de pessoas e causaram 5.000 mortes em 2022, sofre desproporcionalmente os efeitos do aquecimento global, que agravará a crise alimentar e os conflitos no continente, advertiu hoje a Organização Meteorológica Mundial.

A região, que apenas emite 10% dos gases com efeito de estufa, poderá enfrentar perdas devido às alterações climáticas entre 290.000 a 440.000 milhões de dólares nas próximas décadas, revelou hoje um estudo elaborado pela agência das Nações Unidas.

No documento, a OMM adverte que África é o continente onde a produtividade agrícola mais baixou, cerca de 34% desde 1961, devido à mudança do clima, algo preocupante num continente onde cerca de 55% da população ainda se dedica ao sector primário, escreve a agência EFE.

Cada vez mais dependente das importações de alimentos – que a converteram numa das zonas mais afetadas pelos efeitos da guerra na Ucrânia no mercado mundial de bens de primeira necessidade, África poderá triplicar essas compras nos próximos anos, até ter de gastar 110.000 milhões de dólares em 2025, alerta a organização no trabalho agora publicado.

A publicação coincide com a realização, esta semana em Nairobi, capital do Quénia, da Cimeira do Clima de África, e conta também com a colaboração da União Africana (UA) e da Comissão Económica para África das Nações Unidas (UNECA, na sigla em inglês).

Segundo os peritos, se for alcançado um aumento das temperaturas de quatro graus (o Acordo de Paris insta a não ultrapassar 1,5 graus), África poderá – mesmo com mecanismos de adaptação – sofrer perdas anuais equivalentes a três por cento do Produto Interno Bruto (PIB) continental.

Tudo isto poderá aumentar os conflitos por terras produtivas cada vez mais escassas, em alguns países onde os confrontos entre agricultores e fazendeiros, por esta razão, cresceram nos últimos 10 anos, frequentemente misturados com fatores étnicos e religiosos, em zonas como o Sahel ou o Corno de África.

O estudo indica que o ritmo de subida das temperaturas acelera em África, como noutras regiões: se foi de 0,2 graus por década no período 1961-1990, em comparação com a era pré-industrial (1850-1900), foi de 0,3 graus entre 1991 e 2022.

O continente também assiste a um aumento do nível do mar de 3,4 milímetros por ano, um valor semelhante às restantes regiões do planeta, apesar de a média ser superior nas costas do mar Vermelho (3,7 milímetros) e do oceano Índico (3,6).

Cerca de 43% das vítimas das alterações climáticas no ano passado, em África, foram pessoas afetadas pelas inundações e 48% pelas secas que atingiram especialmente a região do Corno de África, onde cinco estações consecutivas de más colheitas causaram fome na Somália, com vagas de 1,2 milhões de deslocados, aos quais há a somar outro meio milhão na vizinha Etiópia.

A mudança do clima não só se fez sentir recentemente na pior seca em 40 anos no Corno de África, como também nos graves incêndios que assolaram os países do Magreb, como a Argélia ou a Tunísia, nas inundações do Sahel (Nigéria, Níger, Chade e Sudão) ou nos efeitos dos ciclones tropicais em Madagáscar.

Os especialistas recordam, no relatório, que as nações africanas precisam de 2,8 biliões de dólares para poderem cumprir as obrigações de redução de emissões para o cumprimento do Acordo de Paris, para o que contam com a ajuda de instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento.

ANG/Inforpress/Lusa

 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Sociedade/Federação de Associações das Pessoas com Deficiência apresenta projeto “No Mati” ao governo

Bissau, 05 Set 23 (ANG) – A Federação de Associações das Pessoas com Deficiência apresentou ao Governo, através do Ministerio da Acção Social, Familia e Promoção da Mulher, no âmbito de um encontro, um projeto denominado “No Mati”, que visa a integração de  pessoas com deficiência na vida pública do país.

A informação foi publicada na pâgina oficial de feceboock do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher .

O projecto tem duração de seis meses e é financiado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD.

O projecto prevê a construção de cinco rampas de acesso para as pessoas com deficiência na região de Biombo, a realização de colóquios, palestras e djumbai de sensibilização e conciencialização de  decisores políticos sobre a necesside de inclusão dos deficientes na vida pública do país.

No encontro, os membros do Conselho Diretivo do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher,representada pela Cadi Seidi e os da Federação de Associações das Pessoas com Deficiência discutiram questões relacionadas com a inclusão e a participação das pessoas com deficiência no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau e também a divulgação de instrumentos internacionais ratificados pelo Estado guineense.

ANG/LPG/ÂC//SG

 


Comércio
/”Revisão da lista de engajamento da ZLECAF é um exercício que o país não pode ignorar”, diz Jaimentino Có

Bissau,05 Set 23(ANG) – O Inspector-geral do Comércio, disse que a revisão da lista de engajamento da Guiné-Bissau relacionado ao  sector de serviços no âmbito da Zona de Livre Comércio Continental Africana(ZLECAF), é um exercício que o país não pode dar ao luxo de ignorar.

Jaimentino Có, falava hoje, em representação do ministro do Comércio, na cerimónia de abertura da reunião destinada a  Revisão da Lista de Engajamento da Guiné-Bissau no Comércio de Serviços, no âmbito da ZLECAF.

Aquele responsável salientou que essa revisão e adequação da lista de engajamentos da Guiné-Bissau havia sido recomendada na 12ª Reunião do Comité do Comércio de Serviços da ZLECAF, assim como no Relatório da Auditoria Regulamentar.

“O exercício da revisão da lista de engajamento deve permitir aos diferentes setores, pronunciarem-se sobre as ofertas que lhes são relacionadas, de acordo com as respectivas legislações para, consequentemente, proporcionar maior atração ao investimento neste setor”, sublinhou.

Jaimentino Có acrescenta  que será igualmente uma oportunidade para os setores onde prevalecem alguma restrição, refletissem sobre a necessidade da revisão ou não do seu quadro legal, a fim de permitir uma maior abertura, em conformidade com as prioridades do país, no quadro do seu programa de desenvolvimento.

“Por estas e demais razões, apelamos aos participantes dos diferentes setores aqui presentes, a se engajarem, energicamente, nas discussões e propor contribuições que tendem a melhorar a lista inicial revista”, frisou.

Có, reforçou que a iniciativa pode resultar numa  lista consolidada que reflita as reais necessidades do país, no domínio de serviços e que tenha igualmente em consideração as recomendações da 12ª Reunião do Comité do Comércio de Serviços e do Relatório da Auditoria Regulamentar.

“Os desafios que a ZLECAF nos impõem é de andar a mesma volocidade com os outros e quiça, mais ainda, pois, se quisermos chegar a meta juntos ou antes, temos de redobrar os esforços”, destacou.

O Inspector-geral do Comércio alertou  que o Setor Privado deve melhorar estrutural e organizacionalmente as suas ações, reforçar a capacidade dos seus associados, preparar-se para os desafios da concorrência, porque segundo diz, “é mais que evidente que, nos próximos anos, haverá uma invasão de empresas estrangeiras ao país”.

Durante quatro dias, os cerca de 40 participantes do seminário irão debater temas sobre “Lista dos Sectores 1, que compreende as empresas, “Sector 2, concernente a serviços de comunicação, Sector 3, relativos ao serviços financeiros, Sector 4 que aborda o Turismo e Viagens, o Sector 5 que trata de Transportes entre outros. ANG/ÂC//SG