quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Saúde pública/”As empresas grossistas de medicamentos não estão a responder as demandas dos clientes”, diz  secretário-geral da Anaprofarm

Bissau,06 Set 23(ANG) – O secretário-geral da Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias(Anaprofarm), acusou esta quarta-feira  as empresas grossistas de venda de medicamentos de não estarem  a responder as demandas dos seus clientes.

Ahmed Akhdar, em entrevista  à ANG, admitiu  possibilidades de o país vier a deparar-se com  roturas de alguns medicamentos.

Disse que, actualmente, as empresas grossistas com licenças de importação de medicamentos só funcionam entre 10 à 20 por cento das sua capacidades.

Segundo Akhdar, a situação da rotura de medicamento no país teria sido  admitida pelo próprio ministro de Saúde, Domingos Malú, num encontro com os farmacêuticos da capital Bissau.

O ministro reuniu com os grossistas, terça-feira e como resolução,as partes se comprometeram a  abastecer as farmácias do país brevemente.

Ainda, na terça-feira, à margem da entrega das 60 motorizadas, doadas pela UNICEF, o ministro da saúde pública  prometera que o governo vai usar mecanismos para ultrapassar essa situação que inclusive afeta o Hospital Nacional Simão Mendes.

A propósito, o secretário-geral da Anaprofarm e igualmente proprietário da Farmácia Moçambique, disse que as quatro empresas grossistas de venda de medicamentos não têm capacidade de resposta, à tempo, às encomendas dos proprietários das farmácias.

“Quando os nossos associados enviarem encomendas para aquisição de medicamentos, somente atendem uma quantia de 10 à 20 por cento dos pedidos, situação que causa pesadelo para as farmácias”, disse.

Referiu  que alguns dos  critérios exigidos para abrir uma empresa grossista de medicamentos, é a  capacidade de resposta às necessidades das populações, através de garantia de estoque  suficiente de medicamento, e a  capacidade logística de descentralização dos serviços para não limitar apenas a capital Bissau.

“Os referidos critérios não estão a ser respeitados por nenhuma das empresas grossistas de medicamentos”, disse Ahmed Akhdar.

Diz que  essa situação coloca as farmácias em situação difícil , tendo em conta que “pagam elevadas taxas e impostos ao Estado e outras despesas com os funcionários e energia elétrica  e não ganham lucros”.

Disse que, as autoridades competentes devem lutar para que o país atinja a autosuficiência medicamentosa e estar na altura de ter estoques suficiente para fazer face as grandes pandemias como o caso da Covid-19.

Aquele responsável pede ao Governo para diligenciar  junto das empresas grossistas de medicamento no sentido de garantirem o abastecimento regular do mercado nacional.

Actualmente a Guiné-Bissau conta com quatro empresas grossistas de importação e venda de medicamentos, nomeadamente a Sónia Farmácia Lda, a Guifarma Lda, a Sofargui e Aliance Pharma.ANG/ÂC//SG

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