24 de Setembro/”As comemorações do evento em Boé significa voltar à própria origem”, diz Presidente da Comissão Técnica Comemorativa
Bissau, 19 Set 23
(ANG) – O Presidente da Comissão Técnica
Comemorativa dos 50 anos da
indepedência disse que a celebração do evento em Madina Boé visa conhecer o país real e voltar à própria origem.
Emanuel Ibrayn
Correia Gomes Fernandes falava em conferência de imprensa alusiva a organização
da comemoração dos 50 anos da independência da Guiné-Bissau, cujo ato será
realizado em Boé, Leste do país, concretamente em Lugadjol, onde foi
proclamado, no dia 24 de Setembro de 1973, a independência nacional.
Disse que, neste quadro
e com anuência de todos os deputados foi decidido que a cerimónia deve ser
feita em Boé, não só para render justa e merecida homenagem aos combatentes,
mas também para viver, na pele, a real situação que os populares daquela
localidade estão a enfrentar.
Aquele responsável
explica que vão fazer duas sessões, e que a primeira vai ser uma encenação de
jovens, ou seja uma atividade recriativa
que demonstra como a independência foi proclamada,
porque, segundo diz, os que lutaram para
a libertação do país eram jovens pelo que a configuração do parlamento vai ser composta
por jovens de partidos políticos.
Acrescentou que são esses jovens que vão fazer o papel das pessoas que
proclamaram a independência, nomeadamente João Bernardo Vieira (Nino), Francisco
Mendes (Tchico Té), Luís Cabral e outros.
Emanuel Fernandes
defendeu que é importante saber o que
aconteceu no dia 24 de Setembro de 1973, porque os sobreviventes são agora poucos
e grande número da população guineense
não sabe o que aconteceu para a independência.
"Se começarmos
com isto em Boé significa que vai ter várias deslocações dos deputados à
diferentes regiões do país ,para fazer sessões e revivermos o dicurso do Presidente
da ANP, que falou da Assembleia deslocada.É preciso conhecer o país real para
poder saber que políticas a definir”, disse.
No âmbito das comemorações do Dia da Independência vão ser distinguidas algumas personalidades já identificadas,
entre as quais os sobreviventes da guerra da independência que vieram de Cabo
Verde.
Emanuel Fernandes disse
que, Independentemente das atividades que vão ser realidades em Boé, vão ter
lugar duas atividades em Bissau, uma na Faculdade de Direito, entidade que se associou
a Assembleia Nacional Popular para falar da constituicionalidade guineense - o
caminho que a Constituição percorreu até a data presente, e que a Liga Guineense dos Direitos humanos vai
realizar outro evento.
“Esta associação é
como um consórcio grande, porque está-se a falar dos 50 anos da independência e
não 50 dias, pelo que é preciso que todos se convergem a volta disso para que
se possa comemorar um 24 de Setembro como deve ser”, disse Fernandes. ANG/MI//SG
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