ONU/Objetivos de desenvolvimento sustentável
longe de serem cumpridos
Bissau, 18 Set 23 (ANG) - As Nações Unidas lançaram
, em 2015, 17 objetivos do desenvolvimento sustentável até 2023, entre eles a
erradicação da pobreza extrema, mas também a luta contra as alterações
climáticas.
Agora, com apenas sete anos até à data limite,
estes objetivos mostra-se cada vez mais inatingíveis.
Esta segunda-feira começa em Nova Iorque a Assembleia-Geral
das Nações Unidas, onde a agenda se vai virar não só para estes objetivos, mas
sobretudo para as alterações climáticas e os fenómenos climáticos extremos que
têm feito milhões de vítimas nos últimos anos.
Também a guerra na Ucrânia vai estar no
centro dos atenções, com Volodymyr Zelenski a falar na terça-feira à
Assembleia-Geral e na quarta-feira no Conselho de Segurança, onde a Rússia é
membro permanente e onde estará sentado Sergey Lavrov, ministro russo dos
Negócios Estrangeiros.
Oito anos depois de as Nações Unidas terem
lançado um apelo global para mudar o Mundo até 2030, os resultados são
decepcionantes. Quem o diz é Amina Mohammed, vice-secretária geral da
ONU, aos microfones da RFI referindo que destes objetivos, incluindo acabar com
a fome, conservação do meio ambiente e menos disparidade entre países do Mundo,
apenas 15% foram alcançados até agora. Uma situação que qualifica de
decepcionante.
Segundo um relatório da UNICEF sobre o
bem-estar das crianças no Mundo, 11 países que detêm 6% da população infantil
mundial, cerca de 150 milhões de crianças, atingiram 50% dos objetivos
destinados aos mais pequenos e a este ritmo, em 2030, apenas 60 países vão
conseguir lá chegar, o que deixa de lado 1,9 mil milhões de crianças e 140
Estados.
Também nas alterações climáticas os objetivos
estão longe de ser cumpridos, com outro relatório publicado na semana passada a
indicar que em 2023, cerca de 670 milhões de pessoas a nível global vão passar
fome, muitas delas devido a fenómenos extremos como inundações e secas.
Este relatório, elaborado pela Organização meteorológica
Mundial indica mesmo que todos os objetivos estão comprometidos devido ao
aquecimento global.
A pandemia também terá alguma da
responsabilidade deste atraso, já que muitos programas lançados a nível
internacional foram interrompidos durante quase dois anos, levando a atrasos no
cumprimento dos objetivos. ANG/RFI
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