Saúde/ Governo lança campanha nacional integrada de vacinação contra Meningite “A” e Covid-19
Bissau, 21 Set 23 (ANG) – O
governo, através do Ministério de Saúde Pública, lançou esta quinta-feira, a
campanha nacional integrada de vacinação contra a Meningite “A” para as
crianças de 1 á 7 anos e a de Covid-19 para os adultos a partir de 18 anos, e
vai decorrer de 21 à 29 do mês em curso.
Domingos Malú disse que a Organização
Mundial de Saúde (OMS) estabelece uma meta de 70 por cento para
cada país africano atingir sobre a vacinação da Covid-19.
Malú pediu aos técnicos do
Ministério da Saúde envolvidos e aos parceiros que financiaram a campanha para
que cada um se empenhasse para que seja
possível atingir resultados desejáveis.
À população pediu
colaboração massiva para salvar vidas e criar condições para que as pessoas
possam ser saudáveis.
Segundo a Representante da
Organização Mundial de Saúde (OMS), Chantal Kansire, a meningite continua a ser
um dos grandes desafios de saúde pública ao nível mundial, com mais de 1,2
milhões de casos anualmente.
Kamsire acrescentou que as
taxas de incidência e de letalidade da meningite bateriana variam de acordo com
a região, o país, o agente patogénico e a faixa etária.
“Os Estados-membros situados
na cintura africana da meningite têm registado uma média anual de 24.000 casos
suspeitos, incluindo 1800 óbitos, com a taxa de letalidade a oscilar entre 5% e
os 14% desde 2010. E em 2020, os Estados-membros situados na cintura africana da meningite registaram
19.552 novos casos e 885 óbitos”, revelou Kansire.
Kansire informou que em
2017, a OMS liderou uma iniciativa que resultou em um apelo para uma visão
global para derrotar a meningite até 2030 com os seguintes objetivos
estratégicos, nomeadamente, eliminar epidemias de meningite bateriana, reduzir
casos e mortes por meningite bateriana evitável pela vacinação, e reduzir a
incapacidade e melhorar a qualidade de vida após meningite de qualquer origem,
ajudando assim alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3.
De acordo com aquela
responsável, desde dezembro de 2019, após o aparecimento dos primeiros casos da
Covid-19, o mundo enfrenta a maior ameaça à segurança sanitária alguma vez conhecida,
e até 13 de Setembro em curso, foram
confirmadosem todo o mundo,770.563.467 casos de Covid-19 e destes 6.957.216
perderam a vida.
“Até 10 de setembro em
curso, 13,501,307,588 doses de vacinas foram administradas. Estudos recentes
mostraram que as pessoas que receberam pelo menos duas doses tiveram melhor
resistência às formas graves da doença”, disse.
É neste contexto, segundo a
Chantal Kansire, que a sua organização aprecia muito o desejo do governo
guineense de proteger mais a população contra esta pandemia através da
organização desta campanha, e diz que, a decisão de integrar estas duas
campanhas terão impato, não só nas crianças, mas também nos adultos.
“Desde o início da pandemia,
a OMS tem apoiado o país na formação de atores a todos os níveis, no
desenvolvimento de documentos de resposta estratégica, na implementação de
atividades de resposta e na mobilização de recursos.
Segundo um comunicado à Imprensa da OMS, as razões da
realização da nova camapanha se devem ao
facto de a Guiné-Bissau fazer fronteiras com
países africanos da cintura de meningite, caracterizada por fatores que favorecem
a ocorrência de epidemias, tais como viagens e grandes movimentação das populações,
más condições de vida, a superlotação, entre outras.
No que diz respeito à vacinação COVID-19, o comunicado
refere que a vacina que será administrada será a Johnson & Johnson, destinada
a pessoas adultas com 18 anos de idade e mais, pelo que toda a população adulta
é convidada a apresentar-se nos postos de vacinação identificados para o
efeito, com
os seus respetivos cartões de vacinação, para verificar
se devem ou não ser vacinados.
A vacinação contra a COVID-19 previne as formas mais
severas desta doença e pode livrar uma pessoa até da morte.
A Covid-19, foi declarada fim pela OMS, enquanto
Emergência Pública de Importância Internacional, o mais alto título de alerta
atribuído pelo Regulamento Sanitário Internacional, mas, a doença não acabou, e
até se diz que está longe de acabar, porque continua como Pandemia, a
semelhança do que se verifica com o sarampo, a febre amarela e outras doenças.
Segundo a OMS, a
vacinação é a forma mais eficaz de diminuir a contaminação e o surgimento de
novas variantes do Coronavírus.
“Quem não se vacinar contra a Covid-19, não coloca apenas
a própria saúde em risco, mas
também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças”, diz a Organização Mundial da Saúde em comunicado à imprensa.
A nova campanha de vacinação foi financiada pelos
parceiros do governo, nomeadamente, Gavi, Unicef, OMS, Banco Mundial, SOLINA,
Africa CDC e governo de Japão. ANG/DMG/ÃC//SG
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