Arménia/Separatistas de Nagorno-Karabakh anunciam dissolução
Bissau, 28 Set 23 (ANG)
- Os arménios de Nagorno-Karabakh anunciaram que a república de
Nagorno-Karabakh, conhecida pelos arménios como Artsakh e fundada há mais de
três décadas, vai "deixa
de existir" a partir de 1 de Janeiro de 2024.
O anúncio foi feito
depois de o Azerbaijão ter levado a cabo uma ofensiva militar para recuperar o
controlo total da região separatista.
As forças do Azerbaijão
precisaram de 24 horas para obter a rendição do enclave arménio de
Nagorno-Karabakh. Os combates tiraram a vida a 200 pessoas. Os dirigentes
aceitaram as condições de Baku, pondo fim da República auto-proclamada de
Nagorno-Karabakh.
Desde domingo, dezenas
de milhares de arménios fugiram das tropas do Azerbaijão com medo da
repressão, pelo corredor Lachin, a única ligação entre Nagorno-Karabakh e
Arménia. As autoridades arménias registaram a chegada de "65.036 pessoas deslocadas
à força", anunciou o porta-voz do governo, Nazeli
Baghdasaryan. O número representa mais da metade da população do enclave, que
oficialmente contava com 120.000 habitantes.
O primeiro-ministro
arménio, Nikol Pashinyan, afirmou que, segundo as previsões do governo, "nos próximos dias, deixará de
haver arménios em Nagorno-Karabakh", depois de quase 65.000
moradores, mais de metade da população, terem fugido do enclave.
Nikol Pashinyan acusou o
Azerbaijão de estar a conduzir uma "limpeza
étnica" no território do Cáucaso e pediu ajuda à
comunidade internacional. O Presidente do Azerbaijão prometeu respeitar os
direitos dos habitantes de Nagorno-Karabakh.
"A prioridade
neste momento é garantir a protecção dos civis", defendia esta quarta-feira o investigador arménio e professor de
Relações Internacionais na Universidade de Schiller em Paris, Tigrane
Yegavian, que denunciava, ainda, que o Azerbaijão está a perpetrar "crimes de guerra" no
enclave separatista.ANG/Angop
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