24 de
Setembro/Guiné-Bissau assinala 50 anos da independência com
recriação da Assembleia Nacional Popular constituinte no Boé
Bissau,
19 Set 23(ANG) – As autoridades parlamentares assinalam, no fim de semana, os
50 anos da independência da Guiné-Bissau com a recriação da Assembleia Nacional
Popular(ANP) constituinte, no local onde aconteceu, nas colinas do Boé, região
de Gabu, divulgou segunda-feira aquele órgão de soberania.Vista de Lugadjol(Madina Boé)
A
Comissão Permanente do Parlamento, que ostenta o nome do simbólico local, discutiu ,segunda-feira, numa reunião, os
preparativos da comemoração e a convocatória para a sessão especial programada
para sábado e domingo, nas colinas de Madina do Boé, no leste do país, a
sul da região de Gabu.
A 23
e 24 de Setembro, os dias marcantes do processo de independência, os deputados
e representantes dos vários órgãos de soberania viajam até às matas onde foi
realizada a primeira assembleia constituinte, como anunciou Ansumane Sanhá,
chefe do gabinete do presidente da Assembleia Nacional Popular.
Das comemorações,
salientou “dois aspetos essenciais do programa”, concretamente os “50 anos que
a Guiné-Bissau foi constituída enquanto estado e também dos 50 anos que reuniu
a Assembleia Nacional Popular”.
“O
programa desenhado foi no sentido de recriar a primeira assembleia constituinte
da Guiné-Bissau”, enfatizou, explicando que esse momento será recriado por um
conjunto de jovens.
“Esse
é o simbolismo e grandeza que se pretende dar a essa ação, no sentido de
realizar exatamente no local onde aconteceu, nas famosas colinas”, vincou.
Nos
dois dias de programa participam “convidados nacionais e estrangeiros”, entre
os quais realçou a presença de alguns que estiveram no ato da primeira
assembleia e que proclamaram a independência da Guiné-Bissau, nomeadamente Ana
Maria Cabral, que viaja de Cabo Verde para a cerimónia.
A
organização conta também com a presença de outros convidados do país que formou
o partido único, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), e que está associado à história do meio século que agora se assinala.
Ansumane
Sanhá indicou que todos os órgãos da Guiné-Bissau estarão envolvidos e
representados nesta cerimónia, embora o presidente da República, Umaro Sissoco
Embaló, não vai estar “fisicamente presente por razões de agenda de Estado”,
mas “participa através de um vídeo pré-gravado, que será exibido no local”.
Os eventos
anunciados marcam os dias histórico do país, mas as comemorações oficiais estão
programadas para 16 de novembro, depois da época das chuvas, com convidados de
vários países, nomeadamente o Presidente da República e o primeiro-ministro
portugueses.
A 23
de Setembro de 1973 decorreu, no Boé, a primeira Assembleia Nacional Popular e
um dia depois foi proclamada unilateralmente a independência da Guiné-Bissau,
resultado da luta armada liderada por Amílcar Cabral, assassinado em janeiro do
mesmo ano, na Guiné-Conacri.
O
país foi o primeiro das ex-colónias portuguesas a assumir-se como um
estado soberano, embora Portugal só tenha reconhecido a independência um ano
depois, a 10 de Setembro de 1974, alguns meses após o 25 de Abril.
ANG/Inforpress/Lusa
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