quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Economia e Finanças/ Ministro reafirma necessidade de assistência do Banco Mundial às  reformas no  país

Bissau, 13 Set 23 (ANG) – O ministro da Economia e Finanças reconheceu esta quarta-feira a necessidade da assistência e do apoio do Banco Mundial às reformas  necessárias para o país.


Suleimane Seidi fez esta declaração numa reunião com a nova Diretora Regional de Operações do Banco Mundial (BM) para Guiné-Bissau, Senegal, Gâmbia, Cabo Verde e Mauritânia, Keiko Miwa.

A informação foi avançada pelo Gabinete de Assessoria do Ministério da Economia e Finanças, que refere que, a reunião serviu para apresentação da nova diretora do BM para os cinco países às autoridades de Bissau, e ainda para breves discussões sobre as condições de financiamento desta instituição financeira.

 Keiko Miwa terá recomendado ao governo a prosseguir com as reformas macroeconómicas, a gestão de dívida externa e a mobilização de mais receitas, pressupostos indispoensáveis para a  continuidade dos apoios do BM ao país.

De acordo com a mesma fonte, as partes abordaram  assuntos relacionados  a consolidação fiscal, o risco fiscal que a empresa de Eletricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) ainda representa, as reformas e a gestão da dívida pública.

No que diz respeito à EAGB, o ministro da Economia e Finanças fez saber que é preciso reapreciar, minuciosamente, o acordo em vigor com a empresa turca, Karpower.

As partes abordaram também  a gestão da massa salarial e a implementação da Política de Ação Prioritária (PPA).

Esta reunião contou com a presença dos Secretários de Estado de Orçamento e Assuntos Fiscais, Augusto Menjur, do Tesouro, António Monteiro e do Plano e Integração Regional, Mussuba Canté. ANG/DMG/ÂC//SG

 

 Comunicação Social/Diretores-gerais de órgãos públicos e privados assinam  Termo de Compromisso com ONU para promoção da causa dos ODS

Bissau, 13 Set 23(ANG) – Os Diretores-gerais dos órgãos públicos e privados assinaram, terça-feira, em Bissau,um Termode Compromisso com as Organizações das Nações Unidas(ONU) para a promoção da causa dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A assinatura do compromisso aconteceu no final de uma ação de formação e consulta com os media,  e os  diretores-gerais  da Rádiodifusão Nacional, Jornal o Democrata, Rádio Voz de Paz, Televisão Catumbi e a Rádio Sol Mansi prometeram elevar o nível das reportagens sobre os ODS na Guiné-Bissau.

Ainda se  comprometeram  a inspirar  investimentos em iniciativas sustentáveis, promover ativamente oportunidades, tanto locais como internacionais, apresentando projetos bem sucedidos  que alinham com os ODS.

No Termo de Compromissos elaborado pelo PNUD pede-se aos Diretores-gerais a  promoção de reportagens éticos e equilibradas, assentes em  princípios de um jornalismo responsável, visando reportagens justas, imparciais e partilhadas.

Os subscritores do Termo ainda se comprometeram a  incentivar  o sector público e privado a investir  em iniciativas que impulsionam  o crescimento  económico, desafios sociais e  ambientais,e que  facilitarão  debates  públicos que envolvam  funcionários , governo, sociedade civil, especialistas e cidadãos comuns sobre o progresso e responsabilidades em relação aos ODS.

O seminário que envolveu dezenas de jornalistas com a duração de um dia foi organizado pelo Sistema das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) e traduziu-se em sessões de colnsultas  interativas envolvendo funcionários do Governo, representantes da sociedade civil, lideres jovens , e permitiu a  identificação de estratégias acionáveis para acelerar a implementação dos ODS na Guiné-Bissau. ANG/JD/ÂC//SG

             Moçambique/ Jornalista agredido por segurança de Filipe Nyusi

Bissau, 13 Set 23 (ANG) - O jornalista desportivo Alfredo Júnior do jornal online Lance MZ foi agredido pelo segurança do Presidente moçambicano.

A agressão ocorreu no final do jogo que no sábado opôs Moçambique ao Benim, quando o jornalista colocou uma questão a Filipe Nyusi.

De acordo com o testemunho do jornalista do site desportivo online MZ, a agressão ocorreu durante a conferência de imprensa, no final do jogo que opôs Moçambique ao Benim, este sábado.

Alfredo Júnior colocou uma questão ao chefe de Estado, ao mesmo tempo em que filmava com o telemóvel a resposta, a captação da imagem não agradou ao segurança de Filipe Nyusi que arrastou o repórter do local, acabando por destruir o material de reportagem.

O Presidente moçambicano desculpou-se e explicou que a agressão resultou de um momento de “euforia”, com a qualificou a seleção dos Mambas para o CAN 2024.

"Esse é o sinal de um país que está de jejum há muitos anos , mais de uma dezena ! Então as emoções são enormes e essas têm que ser compreendidas e entendidas”, argumentou.

O Presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Luís Bitone, já veio condenar a proibição da captação da imagem do Presidente com recurso ao telemóvel referindo que esta ação deve ser legislada.

"O que nós estamos a chamar atenção é que o Estado não pode estar alheio ao desenvolvimento tecnológico", notou.

Várias são as organizações da sociedade civil moçambicanas, como o CDD, e de defesa da classe jornalística, como o MISA - Moçambique, que criticaram a postura da segurança do Presidente da República, sublinhando que mais do que um pedido de desculpas, o jornalista deve ser ressarcido pelos danos causados ao seu material de trabalho. ANG/RFI


Produtos alimentares
/Governo anuncia baixa de preço de pão de 200 para 150 fcfa

Bissau, 13 Set 23 (ANG)- O Governo anunciou terça-feira,  a redução do preço de pão junto do consumidor final de 200fcfa para 150fcfa, em consequência da baixa do preço de cada saco de 50 kg de farinha trigo.

A medida segue a redução dos preços de arroz feita recentemente em cumprimento das promessas eleitorais da Coligação PAI-Terra Ranka, vencedora das legislativas antecipadas de 04 de Junho passado.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros à que a ANG teve acesso esta, quarta-feira, um saco de farinha de trigo que custava entre 30 mil e 31 mil francos cfa passa a custar 24.600 fcfa.

A medida que entra em vigor a 24 de Setembro, resultou de um acordo alcançado entre o Executivo e os exportadores de farinha de trigo e panificadores nacionais.

Ainda nesta reunião, e no capítulo das nomeações, o Conselho de ministros deu anuência a que por despacho do primeiro-ministro se efetue a movimentação do pessoal dirigente da Administração Pública conforme se indica:  para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e Comunidades Marcelo Pedro D´Almeida foi nomeado Secretário Geral, Iaia Maria Turé, Diretor-geral de Assuntos políticos e  Octávio Inocêncio Alves, Diretor- geral de Assuntos Jurídicos e Tratados.

Ainda no Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e Comunidades   Cândido Barbosa é nomeado Diretor-eral dos Assuntos Consulares, Iafai Sani, Diretor-geral das Comunidades, Vanessa Buté Vaz, Diretora-geral da Cooperação Internacional, Binta Djaló Diretora-geral da Francofonia e Carlos Edmilson Marques Vieira, Diretor-geral do Instituto Diplomático.

Para Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica Moises da Silva é nomeado Diretor-geral dos Recursos Humanos, Manuel Malam Jafono Diretor-geral de Educação Inclusiva, Mamadú Saliu Jassi, Diretor-geral de Estudos, Planeamento e Avaliação do Sistema Educativo, Jorge Sanca, Diretor-geral do Instituto Nacional para o Desenvolvimento da Educação, João Paulo Pinto Có ,Diretor-geral do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP) e Lili Pontinha Cá, Reitora da Universidade Amílcar Cabral.

No Ministério da Cultura, Juventude e Desportos, André da Costa é nomeado Inspetor-geral, Emanuel Pinto Lopes, Diretor-geral dos Desportos, Luís da Silva, Diretor-geral do Gabinete do Direito de Autor e Júlio Biquer, Presidente do Instituto Nacional de Juventude.

O  Conselho de Ministros  felicitou a Seleção Nacional e todas as estruturas gestoras do futebol guineense pelo “profissionalismo exibido” e que diz ter permitido o apuramento da Guiné-Bissau, pela quarta vez consecutiva, às competições do Campeonato Africano das Nações (CAN), a realizar na Costa do Marfim ,em 2024 .

O Conselho de Ministros felicitou igualmente a seleção Feminina de Futebol pela passagem à segunda eliminatória  para o mundial sub-20, Marrocos 2024, tendo reiterado a determinação do Governo de acompanhar de perto as atividades da seleção guineense. ANG/AALS//SG

Saúde/Aliance Pharma Sarl doa lote de medicamentos ao Hospital Nacional Simão Mendes

Bissau,13 Set 23(ANG) – O Director da empresa de venda grossista de medicamentos, Aliance Pharma Sarl, entregou, na terça-feira, um lote de medicamentos ao Hospital Nacional Simão Mendes.

No ato de entrega do referid
o donativo, Mohan Dodani afirmou que, nos últimos tempos, nota-se alguma falta de medicamentos no Hospital Nacional Simão Mendes, em particular no Bloco Operatório e que por isso decidiram doar um lote de medicamentos de primeira necessidade, para minimizar essa carência.

Disse que o lote de medicamentos doado é constituído de soros, luvas, seringas, antibióticos, entre outros, orçados em cerca de sete milhões de francos CFA.

Perguntado  se, de facto, o país está a deparar-se com a rotura de medicamentos, Dodani confirmou que a Aliance Pharma Sarl dispõe de  medicamentos suficientes para abastecer aos seus clientes.

“Não estamos ainda com a rotura de medicamentos, temos grande quantidade de medicamentos inclusive os anestésicos que o Hospital Simão Mendes tanto precisa”, disse.

Disse que, importam medicamentos provenientes de vários países, nomeadamente de França, Índia, Portugal, Holanda entre outros e que vendem aos clientes não só para as farmácias, como também para os hospitais, à preços acessíveis .

O Administrador do Hospital Nacional Simão Mendes, diz ser “muito importante”  o gesto da Aliance Pharma , tendo em conta que “ninguém é auto suficiente até o ponto de não precisar de ajuda”.

Cristiano Sanca salientou que qualquer ajuda é bem-vinda, principalmente quando se fala de medicamentos para o Hospital Simão Mendes, onde o grosso número de pacientes do Bloco Operatório e de Maternidade é  atendido  gratuitamente .

“Devido ao atendimento grátis recebemos muitos pacientes provenientes das regiões e por isso sempre precisamos de apoios para colmatar algumas dificuldades”, disse Cristiano Sanca ANG/ÂC//SG

 

 

 

Comunicação social/Secretário de Estado reafirma  engajamento do governo na implementação de Objetivo Desenvolvimento Sustentável

Bissau, 13 Set 23(ANG) - O Secretário de Estado da Comunicação Social  reiterou , terça-feira, o   engajamento do governo na implementação dos Objetivos Desenvolvimento Sustentável(ODS).

Francisco Muniro Conté  falava na cerimônia de abertura de uma formação de 39 jornalistas  de órgãos público  e privados, da imprensa escrita, rádio e televisão, sob o lema “Consulta com media para acelerar  os ODS”, ministrada pela Organização das Nações Unidas(ONU).

Disse que o atual primeiro-ministro foi signatário deste compromisso em 2015 e apela a imprensa nacional para assumir seu papel no apoio a implentação desta agenda global.

Conté enalteceu a iniciativa da  ONU de auscultar seus parceiros entre os quais o Executivo, a sociedade civil, a media e setor privado, visando aceleração dos ODS a nível nacional.

“Jornalistas enquanto comunicadores e agentes especializados  na educação  e sensibilização das populações visando as boas atitudes e  práticas têm sobre vossos ombros a responsabilidade de comparticipar neste desafio de tornar os ODS, não só uma meta, mas  em um instrumento gerador de mudanças, no  horizonte de assegurar o progresso e bem estar dos guineenses”, frisou.

Acrescentou que os  jornalistas devem contribuir para a implementação da agenda 2030 , apontada como ferramenta de referência para se atingir  a dignidade e a qualidade da vida almejadas por toda a humanidade.

O Governante referiu  que no Programa do Governo da XI legislatura, a ser brevemente submetida à Assembleia Nacional Popular está incorporado nas sua prioridades a temática dos ODS, pelo que a intervenção da comunicação social seria determinante na disseminação desta visão intergrada inclusiva na base da harmonização das ações entre o Terra Tranka e os ODS.

Conté destacou  os esforços dos estados e da ONU, tendo em vista a construção de um mundo estável e digno para todos, não obstante persistir  a nível mundial uma recepção económica preocupante derivada, em parte, dos problemas económicos conjunturais associados à alguns fenómenos sociais comoa Covid-19, desastres climáticos, conflito, migração e outros.

O Secretário de Estado da Comunicação Social disse que face a este quadro isolador, a implementação dos ODS, que supostamente deveria correr em ritmo acelerado, tem marcado passos em alguns casos registados da estagnação com espectro de um número significativo  de países incluindo a Guiné-Bissau que não estará a altura de cumprir com as metas da agenda 2030.     

De referir que esta formação/consulta enquadra-se na campanha de defesa de ODS para apoiar a Cimeira que se realiza  18 e 19  de Setembro em curso.

Os Estados membros da ONU(193) vão-se reunir para analizar medidas imediatas que irão contribuir para a aceleração dos ODS , sendo que faltem sete anos para a conclusão dos objetivos. ANG/JD//SG

Tempo/Serviço meteorológico prevê possibilidade de ocorrência de chuva fraca para esta quarta-feira

Bissau, 13 Set 23 (ANG) – O Serviço meteorológico prevê possibilidade de ocorrência de chuva fraca acompanhada de trovoadas em certas localidades com vento variável fraco.

Segundo o boletim meteorológico elaborado dia 12 de Setembro e valido até 18 horas de quarta-feira, à que a  ANG teve acesso hoje , a velocidade do vento  vai ser de até 20 km/h no continente com rajadas que podem atingir 32 km/h e moderada de Oeste (W) no mar até 25 km/h, com visibilidade boa, mas reduzida no momento da chuva.

No boletim refere que as temperaturas máximas nas zona Centros, Norte e Leste vão variar de 32 ºC em Bissau à 34 ºC em Bissorã, Farim, Pirada Bafatá e Gabu e que as mínimas devem variar de  24 ºC em Farim, Bissorã, Pirada, Buruntuma, Gabu, Bafatá e Madina de Boé à 25 ºC em Bissau e Cacheu.

Nas zonas Sul  e Ilhas as temperaturas máximas vão variar de 30ºC em Bubaque à 33ºC em Buba e as mínimas de 24ºC em Buba e Cacine à 27ºC em Bubaque.

No periodo da manhã as temperaturas mínimas vão ser  de 25ºC em Bissau, 26ºC, em Bolama e 24ºC em Bafatá e as máximas 32ºC em Bissau e Bolama e 34ºC em Bafatá.

O Estado do mar vai ser pouco agitado com ondulação do Oeste (W) de até 1, 5 metros de altura. ANG/MI//SG



Itália/FAO "procura urgentemente" 115 milhões para apoiar população sudanesa

Bissau, 13 Set 23 (ANG) - A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO) "procura urgentemente financiamento" 115 milhões de euros para apoiar a população do Sudão, afetada pela guerra desde Abril, anunciou hoje a organização da ONU em Roma.

De acordo com um relatório da FAO, cerca de 20,3 milhões de sudaneses, ou seja, mais de 42% da população, estão em situação de insegurança alimentar grave, quase o dobro do número registado em Maio de 2022. Deste número, cerca de 6,3 milhões de pessoas - 13 por cento da população - estão em níveis de emergência.

A FAO lançou um plano de resposta de emergência para prestar ajuda às comunidades do Sudão afetadas pela guerra que eclodiu em 15 de Abril entre o exército e as Forças de Apoio Rápido (FAR, paramilitares), devido a divergências sobre a integração destas últimas nas forças armadas.

A organização pretende chegar a 10,1 milhões de agricultores com sementes, gado, apoio veterinário e reforço da adopção de boas práticas agrícolas, para o que pede 123 milhões de dólares (114,7 milhões de euros).

Quatro meses após o início dos combates, o conflito estendeu-se à região do Darfur e a partes dos Estados do Cordovão e do Nilo Azul, reacendendo a violência intercomunitária e provocando deslocações generalizadas", explica a agência no relatório.

"Os combates continuam a ameaçar a segurança alimentar e a nutrição de milhões de pessoas, agravando um ecossistema já de si muito frágil", afirma a FAO, acrescentando que "a destruição de infraestruturas críticas, incluindo sistemas de água e redes de comunicações, está a ter impactos devastadores em todo o Sudão".

No texto sublinha-se que "a utilização de tanques, artilharia e bombardeamentos está a causar a destruição de infraestruturas vitais, incluindo casas, infraestruturas de comunicações, empresas, hospitais e bancos, impedindo simultaneamente a reabilitação ou o acesso a infraestruturas e serviços essenciais".

O número de pessoas deslocadas internamente aumentou "dramaticamente", com cerca de 4,4 milhões de deslocados e um milhão de refugiados, recorda o relatório, assinalando o "grande impacto" no sector agrícola da deslocação massiva das populações.

À circunstância da guerra junta-se a dos "preços elevados e a escassez de materiais essenciais, como combustível, sementes e fertilizantes", acrescenta-se no relatório.

A agência afirmou ainda que a violência sexual baseada no género "aumentou significativamente" desde o início do conflito e avisou que, "à medida que o conflito no Sudão continua sem qualquer indicação de cessação, a situação humanitária em todo o país continua a deteriorar-se".

"Milhões de pessoas no Sudão estão a enfrentar uma batalha pela sobrevivência em face ao agravamento da crise de segurança alimentar", disse o representante da FAO no Sudão, Hongjie Yang, citado no texto.

O Sudão mergulhou no caos há cinco meses, quando se transformaram em guerra aberta as tensões há muito latentes entre os militares, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as FAR, comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo, ex-número 2 no Conselho Soberano - a junta militar que tomou o poder no país no golpe que depôs o antigo ditador Omal al-Bashir em Abril de 2019.

Os combates reduziram a capital do Sudão, Cartum, a um campo de batalha urbano, sem que nenhuma das partes tenha conseguido obter o controlo da cidade.

Na região ocidental do Darfur - palco de uma campanha genocida no início da década de 2000 - o conflito transformou-se em violência étnica, com as FAR e milícias árabes aliadas a atacarem grupos étnicos africanos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos e as Nações Unidas. ANG/Angop

 

    Cuba/G77+China reúne em Havana com desafios no desenvolvimento

Bissau, 13 Set 23 (ANG) - A Cimeira do Grupo dos (G 77)+China inicia sexta-feira, em Havana (Cuba), com o foco no combate à pobreza nos países em vias de desenvolvimento. 

No evento, a decorrer até sábado sob o tema "Desafios atuais do Desenvolvimento: Papel da Ciência, Tecnologia e Inovação", a Angola estará representada pelo Presidente da República, João Lourenço, que responde a um convite formulado pelo homólogo de Cuba, Miguel Díaz Canel, em Agosto último. 

A Guiné-Bissau vai marcar presença  na cimeira na pessoa do Primeiro-ministro, Geraldo Martins, em representação do Presidente Sissoco Embaló.

Cuba preside, pela primeira vez, o grupo G77 que reúne países em desenvolvimento e 134 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Os Presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, anunciaram que estarão presentes na reunião, bem como o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. 

Confirmadas estão também as presenças dos Chefes de Estado da Colômbia, Gustavo Petro, do Iraque, Abdelatif Rashid, da Palestina, Mahmud Abás, do Burundi, Évariste Ndayishimiye, e das Honduras, Xiomara Castro. 

Entre as presenças confirmadas consta ainda a dos Presidentes da Bolívia, Luis Arce, do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, de Moçambique, Filipe Nyusi, de Laos, Thongloun Sisoulith, da  Guiné Equatorial, Obiang Nguema, e o Primeiro Ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves. 

A propósito, o Secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou que pedirá aos países do Sul a adopção de reformas para bons governantes, mobilização de recursos e garantir como prioridade nas políticas internacionais os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.

No quadro dos debates, estarão também sobre a mesa questões ligadas à energia, infra-estrutura, igualdade, justiça, crescimento inclusivo, alimentação, educação e saúde. ANG/Angop

 

 Nova Iorque/ONU alerta para emissões poluentes nos países em desenvolvimento

Bissau, 13 Set 23 (ANG) - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) alertou hoje para o aumento das emissões de gases poluentes num grande número de países em desenvolvimento, noticiou hoje a Reuters.


Num novo relatório do organismo que avalia o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) revela-se que 72 de um total de 95 países em desenvolvimento inquiridos aumentaram as emissões nos últimos três anos. Destes, 38 aumentaram as emissões em mais de 10%.

No entanto, os níveis de pobreza mantiveram-se inalterados ou até aumentaram em 72 dos 95 países, o que, para o PNUD, mostra que o tipo de crescimento económico que grande parte do mundo está a experimentar está longe do que as Nações Unidas propuseram em 2015 com a adopção dos ODS.

"O que descobrimos durante a pesquisa é que muitos países voltaram a uma trajetória de recuperação", disse o administrador do PNUD, Achim Steiner, durante uma conferência de imprensa.

Esta trajetória, explicou Steiner, centra-se na criação de emprego e na melhoria dos salários, bem como na resolução de crises, mas, a longo prazo, acaba por conduzir os países a um caminho de desigualdade e endividamento.

Como solução, o organismo propõe que as prioridades dos governos sejam alinhadas com combinações específicas dos ODS, como a construção de infra-estruturas sustentáveis ou a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.

Um dos exemplos citados no relatório é o do Butão, onde a rápida urbanização do território levou as autoridades a concentrarem-se na construção de infra-estruturas sustentáveis como forma de fazer face aos riscos enfrentados pela população face às catástrofes naturais provocadas pela crise climática.

O mesmo se pode dizer, salientou, no Chile e na Costa Rica, onde a transição para uma economia descarbonizada está a abrir caminho a um crescimento mais justo e sustentável.

No entanto, toda esta demonstração de boas intenções esbarra na situação de endividamento em que se encontram muitos destes países.

Steiner recordou que, em 2022, os países em desenvolvimento pagaram um total de 400 mil milhões de dólares (372,4 mil milhões de euros) de juros sobre a dívida pública, quando receberam 473 mil milhões de dólares (440,4 mil milhões de euros) das instituições de crédito.

Para enfrentar o problema, o responsável recordou a proposta do secretário-geral da ONU, António Guterres, de implementar um "plano de estímulo" para os ODS, que serviria, entre outras coisas, para reduzir o custo do capital para os países em desenvolvimento ou para estimular o investimento privado. ANG/Angop

 

   Sudão/ Organizações humanitárias exigem ação ao Conselho de Segurança

Bissau, 13 Set 23 (ANG) - A comunidade internacional tem que mobilizar-se para enfrentar "o desastre que está a acontecer diante dos nossos olhos", afirmaram hoje os líderes de mais de 50 organizações internacionais de direitos humanos e humanitárias numa declaração conjunta.


"O Sudão já não se encontra à beira do precipício das atrocidades em larga escala, caiu nele", alertaram os co-signatários da declaração, que apela ao envio de ajuda e exige a solidariedade e atenção à crise globais.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve passar do discurso à ação e iniciar negociações para aprovar uma resolução que dê resposta ao clima de impunidade, reitere que o direito internacional, exija o acesso humanitário seguro e sem obstáculos e redirecione os esforços internacionais para proteger melhor os mais vulneráveis do Sudão", afirmam os líderes das organizações não-governamentais (ONG).

Cinco meses após o início dos combates em Cartum, a capital do Sudão, o conflito, repleto de violações dos direitos humanos, alastrou-se ao Darfur e aos estados do Cordovão do Sul e do Nilo Azul.

A violência sexual está a aumentar, os civis enfrentam ataques generalizados, deliberados e indiscriminados, e os jornalistas e defensores dos direitos humanos estão a ser silenciados, alertam no texto.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas, que tem o Sudão na ordem do dia há décadas, ainda não aprovou uma única resolução substantiva sobre a crise atual", acusam as ONG.

"Perante as atrocidades crescentes no Sudão, o Conselho de Segurança negligenciou a sua responsabilidade de responder com firmeza", afirma Tirana Hassan, diretora executiva da Human Rights Watch, citada na declaração.

"O principal órgão do mundo para a paz e segurança internacionais não deve permanecer em silêncio diante de graves crimes internacionais", acrescenta a ativista.

Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional, afirma, por sua vez, que "o Conselho de Segurança não pode continuar a desviar o olhar: deve exigir um aumento significativo do apoio humanitário ao Sudão e alargar o atual embargo de armas a todo o Sudão e garantir a sua aplicação."

O apelo dos líderes das organizações dos direitos humanos, a que se referiram como uma tentativa de "fazer soar o alarme", foi lançado hoje para coincidir com uma reunião do Conselho de Segurança sobre a situação no Sudão.

Mais de 20 milhões de pessoas no país, 42% da população sudanesa, enfrentam insegurança alimentar aguda e seis milhões estão a um passo da fome. Pelo menos, 498 crianças morreram de fome.

Hospitais e médicos têm sido alvo de ataques em todo o Sudão e cerca de 80% dos principais hospitais do país ficaram fora de serviço desde 15 de Abril, quando começaram as hostilidades abertas em Cartum.

Mais de cinco milhões de pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas e centenas de milhares de outras estão em risco de se lhes juntar em breve.

"Nos últimos meses, temos visto os campos de refugiados onde trabalhamos no Chade ficarem repletos de pessoas forçadas a abandonar as suas casas", afirma Mark Hetfield, presidente e diretor executivo da organização de proteção dos refugiados HIAS, também citado no texto conjunto.

Os deslocados do Darfur "estão a chegar com fome, feridos e traumatizados, precisam de assistência e proteção urgentes, mas também precisam que o mundo se mobilize para pôr fim à violência", acrescenta Hetfield.

Niemat Ahmadi, presidente e fundadora do Darfur Women's Action Group, recorda que "o mundo prometeu que nunca mais permitiria a ocorrência de genocídios e de outras atrocidades massivas no continente africano" depois do Ruanda em 1994.

Não obstante, o Darfur chocou o mundo em 2003 pelas mesmas razões e, "apesar da indignação global, os seus responsáveis nunca foram levados à justiça", prossegue a ativista.

"É de partir o coração ver os mesmos padrões em ação novamente. Desta vez, crimes internacionais tão graves não devem ficar impunes", conclui Ahmadi. ANG/Angop

 

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Política/Fundo da CEDEAO para a Guiné-Bissau é inédito e vai melhorar vida das populações – PM

Bissau, 12 Set 23(ANG) – O primeiro-ministro , Geraldo Martins, considerou hoje que o fundo de estabilização disponibilizado pela CEDEAO, no valor de nove milhões de euros, é um instrumento técnico-financeiro inédito que vai melhorar as condições de vida da população.

Falando na cerimónia de lançamento do fundo da Comunidade Económica dos Estado da África Ocidental (CEDEAO), no valor de 5,7 mil milhões de francos CFA, Geraldo Martins acrescentou que a verba “vai oferecer uma oportunidade única ao Governo para a implementação do plano estratégico da coligação PAI – Terra Ranka, que constitui o fundamento do programa de governação nesta 11ª legislatura”.

A Guiné-Bissau tornou-se hoje num dos primeiros estados a beneficiar Fundo Regional de Estabilização e Desenvolvimento, que a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) promove para ajuda aos países mais frágeis.

O chefe do executivo lembrou que o Governo tem em curso um programa de emergência com foco na redução da crise económica e social e na melhoria das condições de vida das populações, nomeadamente através de medidas para melhorar o poder de compra, como a redução do preço do arroz, a base alimentar da população.

“Estas ações também estão a ser acompanhadas de intervenções que se baseiam na promoção de uma maior liberdade e garantias dos cidadãos, do diálogo com os parceiros sociais, tendo em conta a criação de um ambiente político favorável à promoção da igualdade, da equidade social”, acrescentou o chefe do executivo da coligação Plataforma Aliança Inclusiva (PAI) – Terra Ranka, liderada pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Geraldo Martins assinalou ainda a coincidência de o Governo da Guiné-Bissau completar hoje um mês da entrada em funções, no dia do aniversário do fundador da nação, Amílcar Cabral, e em que se marca uma “nova página na cooperação”.

No âmbito deste programa, a data de hoje ficará marcada pela “retoma da cooperação da Guiné-Bissau com a república da Alemanha, através deste mecanismo de financiamento importante, que é o fundo regional de estabilização e desenvolvimento”, referiu o primeiro-ministro.

O montante de 5,97 mil milhões de francos CFA destina-se a apoiar projetos nas áreas das finanças, educação, agricultura, eletricidade, infraestruturas, entre outras, nas regiões de Bafatá, Gabu, Bolama, Bijagós e Quinará.

A Vice Presidente da Comissão da CEDEAO, Damtien Larbli Tchintchibidja, felicitou as autoridades do país pela boa conduta demonstrada na realização das eleições legislativas de 04 de junho passado e pelo  respeito aos princípios democráticos como condições essenciais para a promoção da estabilidade e desenvolvimento durável.

Aquela responsável salientou que a Comissão da CEDEAO renova o seu engajamento a favor das aspirações do atual Governo.

A governadora de Gabu, Elisa Pinto, assegurou que o programa “vai mudar a vida das populações”, concretamente vai “aliviar o esforço físico das mulheres que cultivam arroz”, que passam a beneficiar de maquinaria de descasque.

Na província de Gabu é também beneficiar o setor da produção de blocos para construção, que são feitos à mão.

“Agora terão uma fábrica grande que vai produzir cinco mil blocos por hora, com cinco mil blocos constrói-se uma casa. O nível da construção, em Gabu, vai se calhar aumentar e vai melhorar”, considerou.

Os equipamentos já estão em Gabu, segundo disse, acrescentando que a cerimónia oficial de entrega está marcada para o dia 20 e que os beneficiários vão ter formação para o manejamento dos mesmos.

De acordo com uma Nota Informativa da CEDEAO, distribuída à imprensa, o referido Fundo visa reforçar a resiliência das comunidades frágeis, através da criação de oportunidades socioeconómicas sustentáveis para os cidadãos, nomeadamente os jovens e as mulheres.

O documento informa que o Fundo tem duas vertentes, sendo a primeira, da Cooperação Financeira para investimentos em infraestruturas sociais básicas e equipamento ao longo de cadeias de valor selecionadas através do Banco de Desenvolvimento.

A segunda vertente tem a ver com a Cooperação Técnica para o desenvolvimento de competências e reforço de capacidades implementado pela Agência Alemã de Cooperação Internacional(GIZ). ANG/Inforpress/Lusa

 

Rússia/Putin propõe que 30 de Setembro seja declarado como Dia da Reunificação

Bissau, 12 Set 23 (ANG) - O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou um projeto de lei
para declarar o dia 30 de Setembro como o Dia da Reunificação da Rússia com as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas no ano passado.

De acordo com uma nota explicativa da proposta, 30 de Setembro de 2022 "entrou para a História" como o dia da entrada das quatro regiões ucranianas na Federação Russa.

O projeto de lei foi apresentado à Duma Estatal, a câmara baixa do parlamento russo.

A Rússia anexou Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, regiões que não controla na sua totalidade, em 30 de Setembro de 2022, numa cerimónia no Kremlin.

No passado fim-de-semana, Moscovo realizou pela primeira vez eleições regionais e locais nos territórios ucranianos sob o seu controlo, para tentar reforçar a anexação, em eleições consideradas ilegais pela Ucrânia e pela maior parte da comunidade internacional.

A votação para as legislaturas instaladas pela Rússia começou na semana passada e, segundo a Comissão Central de Eleições, os deputados do partido no poder, Rússia Unida, ficaram em primeiro lugar nas quatro regiões ucranianas anexadas no ano passado e na Península da Crimeia, que o Kremlin anexou em 2014.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada em 24 de Fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossível de contabilizar enquanto o conflito decorrer. ANG/Angop

 

Suíça/OPEP mantém previsões de aumentos da procura de petróleo em 2023 e 2024

Bissau, 12 Set 23 (ANG) - A OPEP manteve inalterada a previsão para a evolução da procura mundial de petróleo até ao final de 2024, que aponta para aumentos de 2,4% em 2023 e de 2,2% em 2024, foi hoje anunciado.

No relatório mensal, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) explica que estas previsões estão ligadas à expectativa de que a economia mundial cresça 2,7% em 2023, e 2,6% em 2024.

"A dinâmica do crescimento económico global no primeiro semestre de 2023 tem sido resiliente, apesar de numerosos desafios, como a inflação elevada, as altas taxas de juro e as tensões geopolíticas", sublinham os especialistas da agência com sede em Viena.

Acrescentam que a tendência positiva também se manteve até agora no trimestre atual, especialmente graças à recuperação do turismo e das viagens após os anos de pandemia.

"Espera-se que o crescimento económico global em curso impulsione a procura de petróleo", sublinham.

O consumo médio mundial de petróleo em 2023 deverá situar-se em 102,06 milhões de barris, mais 2,44 milhões de barris ou 2,45% do que no ano passado, e em 104,31 milhões de barris em 2024, sem alterações em relação às estimativas anteriores efetuadas há um mês.

O crescimento virá principalmente das economias emergentes, especialmente da China e da Índia, enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Segurança Económica (OCDE) a taxa será muito mais baixa, de 0,26% e 0,56% este ano e no próximo, respectivamente.

No entanto, a OPEP admite que ainda existem "riscos negativos" que podem afetar as suas projeções, incluindo "taxas de juro oficiais elevadas no G7, com excepção do Japão; desafios na dinâmica de crescimento da China; e uma continuação do conflito na Europa de Leste (a invasão russa da Ucrânia)", bem como o facto de "os níveis de dívida soberana terem atingido máximos históricos".

No que respeita à oferta mundial de petróleo bruto, a OPEP estima que a oferta externa à organização aumente 2,4% e 2,05%, para 67,23 milhões de barris e 68,66 milhões de barris em 2023 e 2024, respectivamente.

Os maiores aumentos da oferta rival são esperados nos Estados Unidos, Brasil, Noruega, Cazaquistão, Guiana, China e Canadá, enquanto se preveem descidas de produção no México e na Malásia. ANG/Angop

 

Rabat/Organização das Nações Unidas “pronta para prestar auxílio” a Marrocos

 

Bissau,, 12 Set 23(ANG) – As Nações Unidas estão em contacto com as autoridades marroquinas e “prontas para prestar auxílio” ao país, atingido por um sismo na sexta-feira passada que causou mais de 2.800 mortos, disse à Lusa fonte da ONU.

“Continuamos em contacto com as autoridades e estamos prontos para prestar auxílio”, afirmou fonte da Organização das Nações Unidas (ONU) em Rabat.

A ONU enviou uma “pequena equipa” da Unidade de Avaliação e Coordenação de Desastres para Marrocos para acompanhar a situação e está “em contacto com o Governo desde o primeiro momento”, adiantou à Lusa outra fonte da organização.

O balanço provisório do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 2.862 o número de mortos e para 2.562 o de feridos, anunciou na segunda-feira o Ministério do Interior marroquino.

As consequências do sismo causaram mortos numa dezena de províncias, mas as mais afetadas são Al Haouz, a sul de Marraquexe e perto do epicentro, com 1.604 mortos, seguida de Taroudant (976 mortos).

O epicentro do sismo está localizado numa zona montanhosa do Alto Atlas, onde os deslizamentos de terra dificultam o acesso às aldeias afetadas, como a cidade de Ighil.

Até ao momento, Marrocos aceitou a ajuda de quatro países para enviar equipas de busca e salvamento: Espanha, Reino Unido, Qatar e Emirados Árabes Unidos.

Portugal já manifestou também disponibilidade para enviar apoio.

O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos – o Serviço Geológico dos Estados Unidos registou uma magnitude de 6,8.

Este sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade. ANG/Inforpress/Lusa

 

           Líbia/ Inundações provocam milhares de mortos no Leste

Bissau, 12 Set 23 (ANG) - As chuvas torrenciais e as inundações na Líbia fizeram um número “enorme” de mortos, que se podem contar aos milhares.

O alerta é de Tamer Ramadan, responsável da Federação dos Organismos da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Diz este responsável que o balanço é incerto, a ONG “ não tem números definitivos” até ao momento e, além disso, “o número de desaparecidos aproxima-se dos 10.000”.

As chuvas torrenciais e as inundações na Líbia fizeram um número “enorme” de mortos, que se podem contar aos milhares. O alerta é de Tamer Ramadan, responsável da Federação dos Organismos da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.

As necessidades humanitárias ultrapassam a capacidade do Crescente Vermelho líbio e mesmo as capacidades do governo”, acrescentou Tamer Ramadan, em conferência de imprensa a partir de Tunes, Tunísia. “Razão pela qual o governo no leste do país lançou um apelo à ajuda internacional e nós também lançamos um apelo de urgências”, insistiu.

A tempestade Daniel atingiu o leste da Líbia no domingo à tarde, nomeadamente as localidades costeiras de Jabal al-Akhdar e Benghazi.

As autoridades do leste do país anunciaram ontem pelo menos 2.000 mortos provocados pela passagem da tempestade. Todavia há dúvidas quanto à forma como este balanço foi estabelecido. 

Em Drena, a cidade mais afetada, há pelo menos 2.000 mortos e até 5.000 desaparecidos. Neste país fraturado entre dois poderes paralelos, os dados não foram confirmados por fontes médicas ou serviços de emergência.

Segundo o Centro líbio de Meteorologia, a precipitação ultrapassou os 400 mililitros por hora, um valor que não se registava há quatro décadas.

O leste da Líbia acolhe os principais campos e terminais petrolíferos. A Companhia Nacional de Petróleo decretou “estado de alerta máximo” e “suspendeu os voos” entre os diferentes locais de produções onde a atividade foi drasticamente reduzida.

Qualificado pelos peritos como fenómeno “extremo em termos de pluviosidade”, a tempestade Daniel já tinha feito pelo menos 27 mortos aquando da sua passagem pela Grécia, Turquia e Bulgária.

O chefe do Governo de Unidade Nacional Abdel Hamid avançou que um avião com ajuda médica e medicamentosa tinha sido deslocado para Benghazi para apoiar as zonas afetadas.

A missão das Nações Unidas na Líbia (Unsmil) declarou em comunicado que acompanha de perto a situação de emergência e manifestou "disponibilidade para fornecer apoio aos afetados". ANG/RFI