sexta-feira, 4 de maio de 2018

Campanha de cajú


Intermediários acusam Presidente da República de “monopólizar a campanha de cajú”  

Bissau, 04 de Mai 18 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau (ANIN-GB), acusou quinta-feira o Presidente da República José Mário Vaz de monopolizar a presente campanha de caju e tentar dividir o sector privado.

Quecuto Baió, em entrevista à ANG em reacção ao acordo assinado entre as empresas Cuba Lda e a congénere senegalesa INSEN FOOD para a compra da castanha de caju, manifestou a sua indignação sobre a decisão do Presidente da República que disse ter apadrinhado  a iniciativa.

O líder dos Intermediários de Negócios afirma que não existe nenhuma Lei no país que permite a monopolização de compra de castanha de caju por uma só entidade.

De acordo com Baió, o Presidente da República é o único e principal responsável pela situação que se verifica na  presente campanha de caju .

Segundo ele, a empresa Cuba Lda, não tem estruturas e nem capacidade financeira e administrativa para operacionalização e comercialização nesta presente campanha de caju.
"O Presidente da República instituiu o preço de mil francos como base na compra de castanha mas não é capaz de dar seguimento adequado para a sua implementação prática da decisão" disse.

O líder de intermediários disse que a sua associação não esta contra o preço instituído pelo Presidente da república mas sim contra a exclusão dos intermediários nacionais, desde o início da actual campanha de caju.

Ainda lamentou a “exclusão da Associação dos Intermediários na última negociação feita pelo Presidente da República com o governo senegalês”, onde se acordou com a empresa Cuba Lda a compra de  120 mil toneladas de castanhas de caju.

Quecuto Baió exortou o Presidente da República e o novo governo para accionarem mecanismos urgentes juntos dos parceiros ligados a compra e escoamento de castanha de caju para salvar a presente campanha, porque já faltam poucos dias para a época chuvosa no país, para evitar que a castanha se estragasse nas mãos dos agricultores.

"Até então a própria empresa que assinou acordo ainda não indicou  o início da compra das castanhas e tudo está  nas suposições" criticou . 

ANG/CP/ÂC/SG

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