Moçambique/Dia de eleições gerais
Bissau, 09 Out 24 (ANG) - Esta
quarta-feira é dia de eleições gerais de Moçambique, que incluem presidenciais,
legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores
são chamados às urnas.
As mesas de voto abrem às 7h00 em Moçambique
e encerram às 18h no país e 21h na diáspora. Mais de 17 milhões de eleitores
são chamados às urnas, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro para
escolher o Presidente da República, as assembleias provinciais e respectivos
governadores, bem como 250 deputados da Assembleia da República.
Na corrida à presidência estão quatro
candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder; Ossufo Momade,
apoiado pela Renamo, principal partido de oposição; Lutero Simango, apoiado
pelo MDM, terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos,
sem representação parlamentar.
O actual Presidente da República, Filipe
Nyusi, não vai concorrer no escrutínio, por já ter atingido o limite
constitucional de dois mandatos.
Para acompanhar estas eleições há 11.516
observadores nacionais e 412 observadores internacionais, incluindo Missões de
Observação Eleitoral da União Europeia, da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa, da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África
Austral, entre outras organizações.
Na observação do escrutínio, há organizações
da sociedade civil, como o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que mobilizou
1250 observadores para todo o território, a Sala da Paz com cerca de 500
observadores, a plataforma Decide, com previsão de 400 observadores, e a Mais
Transparência com 250.
Há mais de 184.500 membros de mesas de voto,
distribuídos pelos 154 distritos do país e fora do país. Em Moçambique, no dia
da votação, vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334,
correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto em território nacional e
602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
O presidente da Comissão Nacional de Eleições
de Moçambique, Carlos Matsinhe, pediu, na véspera, aos eleitores para não
ficarem nas assembleias depois da votação. Em causa, o apelo de um dos
candidatos presidenciais, cuja frase “votou, sentou” foi repetida em várias
acções de campanha para que os eleitores permaneçam nas assembleias de voto e
vigiem o escrutínio.
O Secretariado Técnico da Administração
Eleitoral proibiu o uso de telemóvel, máquinas fotográficas, carteiras e
mochilas nas cabines de voto, bem como o “porte de carteiras, mochilas e outros
objectos similares, durante as operações eleitorais, por parte dos sete membros
da mesa da assembleia de voto”.
As urnas fecham às 18h locais e depois começa o apuramento parcial. A publicação dos resultados pela Comissao Naconal de Eleiçoes, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional.ANG/RFI
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