Transporte maritimo/Coordenador do MDA denuncia incapacidade do Estado em garantir ligações marítima segura para às ilhas
Bissau, 10 Out 24 (ANG) - O Coordenador de Movimento "Djiu Aós" (MDA) lamentou o facto de volvidos 51 anos de independência e até agora o Estado guineense não tem capacidades de garantir às populações das ilhas um transporte seguro de pessoas e cargas.
"Há três semanas, tomamos conhecimento através dos órgãos de comunicação social que um novo barco denominado Centenário Amilcar Cabral, veio para Bissau e pelas informações que tivemos é um barco velho, reparado e oferecido pelo Portugal e fabricado em 1954, há 70 anos e que deixou de navegar no mar em janeiro de 2017”, salientou, Chambino Cândido Banca em conferência de imprensa.Adiantou que, o seu certificado de navegação expirou, e a
União Europeia exigiu que os barcos de gasóleo deixassem de navegar até 2030 por
causa de poluição ambiental e o Estado da Guiné-Bissau pegou o referido barco
para trazer a população guineense.
Denunciou que, o referido
barco independentemente de ser velho, a sua condição não é favorável, porque é
barco de cargas que foi simplesmente adaptado para transportar as pessoas, com
cadeiras de plásticos que não tem nenhum conforto para quem viaja na parte
traseira numa viagem de quatro horas de tempo.
Aquele responsável disse
que, não vão permitir, em nenhum momento que o referido barco aplique o preço acima
de três mil e quinhentos francos cfa,
porque os populares da ilha não merecem ter esse tipo de barco dada a sua
condição que não é nada favorável.
Exigiram ainda do
Estado uma frota de barcos que vão fazer
ligações, nomeadamente para ilhas de
Orango, Uno e outras onde habitam as pessoas, porque o navio Centenário Amilcar
Cabral vai ligar principal Bissau e Bubaque.
Por outro lado exigem
também que, se faça a dragagem do canal de Geba para permitir a comunicação
entre as ilhas e evitar choques de pirogas de remo contra bancas da areia e
morte das pessoas, principalmente em Bolama que atualmente é maior vitima
disso.
"Viemos aqui
hoje para denunciar mais uma vez a falta de interesse do Governo no que toca a
ilha dos Bijagós no que tem a ver com situação de transporte, que é garantir
condições para que as pessoas possam viajar com segurança e deixarem de morrer
no mar como tem acontecido", disse.
Disse que, até hoje,
em pleno século XXI, os povos habitantes de 21 das 88 ílhas do Arquipélago de
Bijagós continuam a viajar em canoas de remo e já depois de 51 anos da
independência as pessoas continuam a morrer no mar, porque não há meios seguros de viagem para as ílhas.ANG/MI/ÂC
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