Sociedade/“As instrumentalizações políticas têm sido uma das causas de conflito na Guiné-Bissau”, diz Diretora de Voz de Paz
Bissau, 05 Mai 21 (ANG) – A instrumentalização política tem sido uma das principais causas de conflito no país e se não for combatida pode vir a ter contornos mais preocupantes.
A afirmação é da Diretora da ONG Voz de Paz, Udé Fati, em entrevista, estaquarta-feira, à Agência de Notícias da Guiné(ANG).
“A Voz de Paz acredita que o conflito é inerente à formação da sociedade, à convivência social, no entanto temos de adotar atitude de diálogo, uma atitude não divisionista para a resolução de nossos problemas”, disse.
Fati sustentou que, a Voz de Paz leva a cabo, desde 2013 ações de capacitação da sociedade para a resolução e mediação do conflito e como também para a adoção de posturas mais pacificadoras na resolução dos conflitos.
Questionada sobre as principais causas que impedem uma convivência sã entre os guineenses, Fati respondeu que é a indisposição da utilização do diálogo como ferramenta de resolução de conflitos.
“Muitas das vezes há indisponibilidade de as pessoas aceitarem que o conflito é inerente à sociedade, de ver o conflito como algo que pode ser transformadora. Uma transformação positiva da sociedade, mas só se for usada uma atitude que pode ajudar, que não antagoniza o outro”, frisou aquela responsável.
Acrescentou que nos últimos tempos tem se verificado o espírito de encarrar o adversário como inimigo e de lutar para os interesses mais individualizados do que coletivos.
Udé Fati disse que a sua organização está a trabalhar na sensibilização da sociedade para a identificação das causas de conflitos e de pistas de soluções para vários problemas evitáveis do país.
Os objetivos principais da Voz de Paz, segundo Udé é adotar os guineenses de ferramentas necessárias para poderem estar preparados para a resolução dos seus conflitos, salientando que é impossível ficar sem conflitos, mas que o diálogo seja ferramenta de resolução de problemas na sociedade.
Udé Fati disse acreditar que a responsabilidade social de todos na resolução dos problemas no país é um caminho para poder adotar uma abordagem que pode ajudar os guineenses a reforçar os laços. ANG/DMG/ÂC//SG
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