Política/Presidente da República anuncia taxa aduaneira de 10%
na importação dos EUA
Bissau, 15 Abr 25(ANG) - O Presidente Umaro Sisssoco Embaló, anunciou segunda-feira que o país vai assumir "o princípio de reciprocidade" e fixar também uma tarifa aduaneira de 10% aos produtos importados dos Estados Unidos de América com quem admite "conversar depois".
"Já disse que não
existem Estados pequenos, existem países pequenos", observou Umaro Sissoco
Embaló, à margem de uma visita às obras de construção de um "novo hospital
de referência", em Bissau, financiado pelos Emirados Árabes Unidos.
A administração do presidente
norte-americano, Donald Trump fixou uma taxa de 10% aos produtos provenientes
da Guiné-Bissau, uma medida que Umaro Sissoco Embaló considera normal.
"Nós também vamos
fixar-lhes as tarifas. É vice-versa (...). Trump é presidente dos Estados
Unidos, Umaro Sissoco Embaló é presidente da Guiné-Bissau", defendeu
Embaló.
Na comitiva presidencial que
visitou as obras do futuro novo hospital, se encontrava o ministro da Economia,
Soares Sambú, a quem Umaro Sissoco Embaló pediu que identificasse os produtos importados
dos Estados Unidos para serem taxados em 10%.
"Depois conversamos",
disse Umaro Sissoco Embaló e lembrou ter dado a mesma resposta quando os
Estados Unidos sancionaram o país, em 2023, alegando falhas no combate ao
tráfico de seres humanos.
"É como quando nos
sancionaram, nós também produzimos um decreto e sancionar os Estados Unidos.
Simples. Depois conversamos, entendemos que foi um erro (da parte dos Estados
Unidos) e nós também retiramos as nossas sanções (contra eles), tudo isso
sempre numa dinâmica de que não existe Estado pequeno", sublinhou o
presidente guineense.
No passado dia 18 de março e
à saída de uma audiência com Sissoco Embaló, em Bissau, o embaixador
norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor desmentiu que o seu
país tenha imposto alguma sanção à Guiné-Bissau.
"Quero agradecer a
oportunidade de esclarecer que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau
sobre o tráfico de pessoas ou outras quaisquer", afirmou Raynor para
acrescentar que "houve sim restrições nas relações e parcerias".
O diplomata norte-americano
observou que as restrições foram levantadas em 2024 devido aos esforços no
combate ao tráfico de pessoas, fazendo com que a Guiné-Bissau fosse retirada da
categoria menor nessa luta.ANG/Lusa
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