terça-feira, 4 de novembro de 2014

Financiamento



Banco de Investimento da CEDAO analisa projectos privados guineenses
 
Bissau, 04 Nov. 14 (ANG) - Uma Missão do Banco de Investimento e Desenvolvimento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (BIDC) se encontra em Bissau numa missão que tem por objectivo identificar  projectos privados a serem implementados  na Guiné-Bissau.



A informação consta num comunicado à imprensa da Secretaria de Estado do Plano e Integração Regional (SEPIR), dirigido à ANG.

Segundo o comunicado, a missão terá sessões de trabalho com os actores do sector privado nacional, com os quais  vai discutir  aspectos técnicos, económicos, financeiros e jurídicos dos projectos com vista ao seu enquadramento e eventual financiamento, por parte deste Banco.

 Por isso, refere o comunicado, o governo exorta os promotores privados nacionais, no sentido de comparecerem no dia 05 deste mês, às 09h30 no salão nobre do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Palácio do Governo para assistirem a apresentação do banco, seguida de sessões de análise dos projectos apresentados .

 Para  o efeito, a Secretaria de Estado do Plano e Integração regional convida  aos operadores económicos à entregarem os seus respectivos projectos na Direcção-geral de Promoção do Investimento Privado (DGPIP).

 A missão do BIDC vem a Bissau, na sequência da visita de trabalho efectuada pelo Secretário de Estado do Plano e Integração Regional, Degol Mendes, à sede deste Banco, em Lomé, Togo, ao 26 de Setembro deste ano.

ANG/AALS/SG

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Burquina Faso

União Africana pede transição consensual 

Bissau, 03 Nov 14 (ANG) - A União Africana (UA) apelou para uma transição “civil e consensual" no Burkina Faso, após a renúncia do Presidente Blaise Compaoré, anunciou fonte oficial.
 
A presidente da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini-Zuma, “apelou aos políticos e à sociedade civil do Burkina Faso para trabalharem juntos num espírito de consenso e responsabilidade para se alcançar uma transição civil inclusiva que leve, o mais rapidamente possível, a eleições livres, justas e transparentes", segundo um comunicado.
Dlamini-Zuma pede também “aos responsáveis das Forças Armadas e da segurança para evitarem acções ou declarações que compliquem ainda mais a situação no Burkina Faso e afectem negativamente a segurança e a estabilidade regionais".
Os jovens devem permanecer calmos e apoiar uma resolução pacífica da crise. A organização reúne-se hoje em Addis Abeba para analisar a situação no Burkina Faso. Os partidos da oposição e organizações da sociedade civil exigiram uma transição "democrática e civil", recusando a apropriação do poder pelos militares.
Num comunicado, a oposição e a sociedade civil “reafirmam o carácter democrático e civil que essa transição deve ter para permitir ao Burkina Faso respeitar os compromissos regionais e internacionais", a fim de evitar que o país “seja banido da comunidade internacional". 
Os mediadores internacionais no Burkina Faso pediram a adopção urgente de um regime de transição liderado por um civil e de acordo com a ordem constitucional, sob pena de sanções.
“Queremos evitar a aplicação de sanções ao Burkina Faso", declarou ontem em Ouagadougou o enviado da Organização das Nações Unidas para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, numa conferência de imprensa em nome da missão internacional formada pelas Nações Unidas, a União Africana e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).

O tenente-coronel Isaac Yacouba Zida foi confirmado para conduzir a transição no Burkina Faso, após a renúncia do Presidente Blaise Compaoré, anunciou um comunicado do Estado-Maior das Forças Armadas publicado sábado em Ouagadougou.

“O tenente-coronel Issac Yacouba Zida foi indicado por unanimidade pela alta hierarquia militar para conduzir a transição iniciada logo depois do derrube do Presidente Blaise Compaoré, após uma concertação no Estado-Maior General das Forças Armadas", refere o comunicado assinado pelo chefe da entidade, o general Nabéré Honoré Traoré.
A nomeação de Zida põe fim à confusão constatada sexta-feira, logo depois da demissão do Presidente Compaoré, devido a uma disputa de sucessão entre o tenente-coronel Isaac Zida e o general Honoré Traoré que se autoproclamaram Chefes de Estado.
Ao comentar a situação no anonimato, um opositor afirmou que “já que as coisas estão claras, é preciso que um Governo de transição seja formado rapidamente".

O líder da oposição burkinabe, Zéphirin Diabré, frisou que "a transição deve-se fazer de maneira consensual com todas as forças de progresso, se não as oportunidades de sucesso não são muitas".

O chefe do regime de transição do Burkina Faso, o tenente-coronel Isaac Zida, anunciou num comunicado a reabertura das fronteiras aéreas do país, fechadas desde sexta-feira.

As fronteiras terrestres permanecem fechadas e o recolher obrigatório continua em vigor, disseram as novas autoridades em entrevista à AFP a partir do Acampamento Guillaume, onde está o novo homem forte do Burkina Faso.

O recolher obrigatório continua, mas o início foi alterado das 19h00 para as 22h00, terminando às 6h00, segundo o comunicado.

 ANG/Jornal de Angola

Reforço de capacidades

PLAN/GB  entrega  nove motorizadas ao Ministério da Educação
 
Bissau, 03 Nov 14  (ANG) A PLAN Internacional Guiné-Bissau procede, terça-feira, no quadro da execução do Programa de Apoio à Conservação de Infraestruturas (PACI), a entrega de nove (9) nove motorizadas ao Ministério da Educação para as regiões onde o projecto está  implementado.

De acordo com um comunicado da Delegação da União Europeia cofinanciadora do projecto, a PLAN/GB e os seus parceiros (SNV e ADPP) já vinham desenvolvendo, entre Fevereiro de 2011 e Junho de 2013, várias acções de reforço de capacidades em matéria de gestão e administração escolar nas regiões e Biombo, Bolama-Bijagós,  Gabú,  Oio e no Sector Autónomo de Bissau.

Aproximadamente 35 mil pessoas, incluindo cerca de 9600 alunos, mais de 200 professores, directores e agentes de gestão e administração de 18 comunidades rurais e urbanas nas regiões mencionadas são beneficiários  deste projecto.

As nove motorizadas foram adquiridas com o financiamentos da EU, Plan Internacional Guiné-Bissau, SNV e ADPP.

ANG/FGS/SG

Transporte aéreo


Air Bissau na forja
 
Bissau, 03 Nov 14 (ANG)- O Secretario de Estado dos Transportes e Comunicações, Joao Bernardo Vieira disse domingo em Lisboa que já foram dados “os primeiros passos” para a criação de uma companhia aérea guineense.

“O governo guineense irá procurar diversos parceiros nesse sentido”, disse Bernardo Vieira que acaba de assinar com a portuguesa euroAtlantic um acordo para o fretamento de aviões da companhia que vai assegurar uma ligação semanal entre Lisboa e Bissau.

"Nos últimos dois meses trabalhamos no sentido de encontrar soluções para colmatar as deficiências de ligações aéreas e o contrato de fretamento entre o Governo e a euroAtlantic é a melhor solução", disse João Bernardo Vieira.
 A ligação entre Lisboa e Bissau da euroAtlantic, que inicia a 14 de Novembro, poderá no futuro ser alargada "para dois ou três voos semanas, consoante o comportamento da procura", diz João Bernardo Vieira.

A falta de voos entre a Guiné Bissau e Portugal será assim colmatada pela portuguesa euroAtlantic que ja recebeu autorização do Instituto Nacional da Aviação Civil (INAC) para efectuar ligações entre os dois países.

Relativamente à TAP, que em Dezembro do ano passado cancelou a ligação regular entre os dois países, o secretário de Estado dos Transportes da Guiné Bissau diz não ter sido contactado pela companhia aérea portuguesa.

"A secretaria de Estado não foi notificada, o estado da Guiné Bissau não tem nenhum acordo com a TAP, tem com o Estado português e a TAP surge como instrumento desse acordo".

A TAP anunciou em meados de Outubro que irá cancelar, por um período mínimo de 45dias, o reinício das operações para a Guiné Bissau, que havia sido previsto para 28 de Outubro, alegando questões operacionais.
 "Neste momento o Governo assumiu as condições para que haja segurança e para que a TAP possa aterrar e levantar voo em segurança", diz João Bernardo Vieira.

ANG/DC

Controlo médico

JOMAV disse que está “bem de saúde”

Bissau,03 Nov 14 (ANG) - O Presidente José Mário Vaz (JOMAV) afirmou este domingo que se encontra bem de saúde ao contrário dos rumores que pairam sobre a sua pessoa, segundo os quais teria morrido.

 Em declaraçöes à impresnsa  à sua chegada à Bissau,JOMAV disse que foi para Portugal fazer  controlo médico como sempre,acrescentando que por causa da campanha eleitoral adiou as suas análises e esteve lá para o concluir e que não quer falar de boatos e falsos alarmes.

 “ Fui eleito para ajudar a economia a crescer e criar condições para que o povo guineense tenha dias melhores,  não para se ocupar dos boatos”,esclareceu o presidente.

JOMAV pediu mais uma vez aos guineenses para falarem menos e dedicar-se ao trabalho, e disse que  o país espera por todos e que há muita dificuldade.
“Um dia falei ao meu pai que já estou velho e ele respondeu-me, filho não tenhas pressa , a velhice está por vir não a antecipe. Isso é para vos dizer que a morte está nas mãos de Deus.Não sou mais importante que o Amílcar, João Bernardo, Malam, Henrique Rosa e Cumba Yalá. Todos estão em trânsito”, esclareceu JOMAV.
O Presidente da República informou  que manteve um encontro com o director da saúde pública de Portugal e lhe fez um pedido pessoal sobre a questão da prevençäo de Ébola e que os dispositivos  para a intervençäo estão preparados,  caso o país vier   a necessitar.

O presidente da republica disse que pediu  igualmente o apoio para a reconstrução do Instituto da Medicina Tropical.

JOMAV visitou a comunidade guieneense em Rossio,baixa lisboeta, e se apercebeu das suas procupaçöes em relacao aos boatos que o davam como morto.

Agradeceu a comunidade guineense na diáspora e às Rádios Bombolom e Jovem pela coberturado do encontro e disse que ficou bastante satisfeito porque “estar no Rossio é a mesma coisa que estar na Guiné”.

ANG/JD/SG


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Caso APGB

Ex PM Rui  Barros afirma haver proposta de concessão parcial da empresa

Bissau, 31 Out 14 (ANG)- O antigo Primeiro-Ministro do Governo de Transição, Rui Duarte Barros, afirmou esta sexta-feira (31/10), que houve uma proposta de concessão de uma parte da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB) a uma empresa portuária.

Antigo 1ºMinistro, Rui Barros 
Segundo Rui Duarte Barros, em nenhum momento o Ministro dos Transportes e das Telecomunicações na altura, Orlando Viegas, tinha intenção de privatizar os portos de Bissau (APGB).

Em declarações à imprensa a saída de uma audiência de julgamento sobre o caso APGB, na vara-crime da Delegacia do Ministério Público junto ao Tribunal Regional de Bissau, que durou duas horas e meia, Rui Duarte Barros disse estar à espera que o caso de espancamento de Orlando Viegas, ocorrido em 5 de novembro de ano passado, seja bem esclarecido.

Ex ministro da tutela, Orlando Viegas 
O ex-Ministro dos Transportes e das Telecomunicações Orlando Viegas, também presente na audiência, revelou que até chegou a envolver-se numa polémica com sindicado de base da administração dos portos, que na altura o acusara de querer privatizar a empresa.

No entanto, confirmou, igualmente, nunca ter intenção de vender e nem privatizar os portos da Guiné-Bissau.

A APGB é considerada uma das maiores fontes de rendimento do país e o epicentro de muitas querelas políticas, administrativas e financeiras.

Os portos da Guiné-Bissau já tinham sido privatizados antes do conflito político-militar de 1998, e por algum tempo estiveram sob a administração da empresa GUIPOR, mas o referido acordo de gestão teria sido anulado nos anos que se seguiram.

ANG/LLA/SG



Transportes aéreos

Euroatlântic vai ligar Bissau à Lisboa

Bissau, 31 Out 14 (ANG) – As autoridades da Guiné-Bissau assinaram hoje em Lisboa um acordo que permita a companhia aérea Euroatlantic restabelecer a ligação directa Lisboa-Bissau-lisboa, em substituição da companhia TAP que adiou sine die a sua retoma de voos para Bissau.
Momento de assinatura do acordo

O acordo foi assinado por João Bernardo Vieira, Secretário de Estado dos Transportes e Telecomnicações e pela parte dessa companhia portuguesa assinou Euclides Batalha, disse a ANG uma fonte que assistiu ao acto.

1º Ministro Domingos Simões Pereira
A cerimónia de assinatura do acordo que possibilita a ligação directa Bissau-Lisboa decorreu na presença do Primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.


Depois da suspensão dos voos da TAP em Dezembro passado as ligações com Lisboa são asseguradas pela companhia marroquina “Air Marroc”, que na rota para Lisboa faz escalas em Casablanca, Marrocos. 

ANG/SG

Política

“Guiné-Bissau deve ser apoiada” diz UPG

Bissau, 31 Out 14 (ANG)- O partido  União Patriótica Guineenses (UPG) defendeu hoje a necessidade de a Guiné-Bissau  ser apoiada para que o governo possa pôr o interesse nacional e a reconciliação entre os guineenses acima de tudo.

Em comunicado enviado à ANG, o partido dirigido por Fernando Vaz alerta ao executivo no sentido de não permitir que a dignidade dos guineenses seja posta em causa como outrora, em que o pais foi sempre  citada pela negativa.

“Hoje, face á terrível ameaça que o mundo enfrenta relativamente ao ébola, qualquer país é vulnerável à entrada do ébola”, refere o comunicado da UPG, isto para repudiar afirmações segundo as quais o vírus de ébola pode chegar à Portugal através da Guiné-Bissau.

“Parece ser uma afirmação alarmante e de ma fé, exagerada e descontextualizada por parte de Portugal,”, lê-se no comunicado.

O partido de Nando Vaz considera  que tais afirmações sobre a Guiné-Bissau só contribuem para descriminação e a perseguição de cidadãos guineenses pelo mundo fora, e numa altura em que a OMS admite a improbabilidade da transmissão do vírus em países como a Guiné-Bissau e Costa do Marfim.


UPG apelou ainda ao chefe do governo para que crie condições  para que as ajudas destinadas a prevenção de  ébola não se esbarrem com a burocracia das tramitações aduaneiras.  

ANG/LPG/SG

CEDEAO

Blaise Compaoré anuncia demissão
Bissau, 31 Out 14(ANG) - O presidente do Burkina Fasso, Blaise Compaoré, anunciou sua demissão nesta tarde (31), por meio de um comunicado na sequência da revolta popular.

Blaise Campaoré
Ele ocupava o cargo há 27 anos. O chefe do Exército do país, o general Honoré Traoré, já assumiu a presidência burquinense.

“Para preservar a democracia e a paz social, declaro que a presidência está vaga. O objetivo é permitir a adoção de um governo de transição”, declarou Compaoré no documento.

Quinta-feira a noite (30), em um pronunciamento na televisão, Compaoré propôs empreender um diálogo para uma transição democrática, mas garantiu que não renunciaria.

A população foi às ruas quinta-feira para protestar contra o projeto de Campaoré de mudar a Constituição e ficar mais 15 anos no poder. A Assembleia Nacional foi invadida e incendiada, a Televisão Pública foi tomada por manifestantes e houve troca de tiros ao redor da sede da presidência. Pelo menos 30 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas.

O anúncio da demissão do presidente burquinense também foi feito pelo coronel Isaac Zida na principal praça da capital Uagadougou, a Praça da Nação. Milhares de manifestantes, que exigiam a renúncia de Camparoé, estavam reunidos no local. “Fora, Blaise!”, gritavam os participantes do protesto.

A oposição, encabeçada por Béné Wendé Sankara, também não viu com bons olhos a ação do Exército. Os opositores querem que o governo de transição seja encabeçado pelo general da reserva e ex-ministro da Defesa, Kuamé Lugué, e não pelo chefe do Estado Maior, Nabéré Honoré Traoré, que liderou o movimento de quinta-feira.

A França aprovou a demissão do presidente e fez um apelo pela realização rápida de eleições. “O presidente François Hollande é solidário às vítimas da violência nos últimos dias e pede calma e controle de todos os envolvidos”, diz o comunicado do Palácio do Eliseu. 

ANG/RFI