quarta-feira, 13 de maio de 2015

Madeira




“Mansaba foi das zonas mais devastadas pelo corte”, reconhece madeireiro

Bissau, 13 Mai 15 (ANG) - O Sector de Mansaba foi das zonas mais devastadas por cortes desenfreadas de madeiras nos últimos dois anos na região de Oio, reconheceu segunda-feira um madeireiro e representante dos operadores económicos junto do comité técnico criado para apreender as madeiras nas matas.

“Por isso, a comissão iniciou os trabalhos da identificação, contagem e recolha de madeiras nas matas deste sector e neste momento localizaram 70 mil troncos de madeira”, disse Ussumane Camará à ANG, tendo adiantado que o trabalho da comissão se tornou tão fácil devido a colaboração dos seus colegas madeireiros, que forneceram informações úteis.

Camara acrescentou que em poucos dias de actividades a comissão cobriu pelo menos 60 por cento do território de Mansaba e os toros localizados serão depois transportados para Bissau, através de três empresas contratadas pelo governo para o efeito.

Ussumane Camara disse que a População local encarra as actividades do comité com muita apreensão, porque “certas pessoas da comunidade se envolveram directamente no abate das árvores”.

A titulo de exemplo cita o caso de Morés em que o comité da tabanca e a associação dos jovens se organizaram procedendo ao abate das árvores que depois venderam aos interessados. 

“Com os fundos recolhidos compraram 4 viaturas que hoje cobre a ligação de Mores ao resto do país”, revelou.

Aos madeireiros lançam um apelo para porem fim as suas praticas nefastas uma vez que o Estado decretou uma moratória sobre o corte de madeira no país. “Não se deve desafiar o Estado e por em causa a sua autoridade”, aconselhou.

O Comité Técnico Interministerial criado pelo executivo para a recolha de madeiras nas matas conta com elementos provenientes de vários departamentos estatais, das organizações da sociedade civil, poder tradicional e madeireiros. 

Depois de concluídos os trabalhos na região de Oio, seguir-se-ão as de Bafatá, Quinará, Tombali, Gabú e Cacheu para depois se terminar no Sector Autónomo de Bissau.

ANG/JAM/SG

Internet




Falta de ligacao ao cabo submarino na origem da lentidäo das redes

Bissau,  13 Mai 15 (ANG) – O Responsável para os Assuntos Externos da Autoridade Reguladora Nacional (ARN) disse, hoje, que os serviços de telecomunicação da Guiné-Bissau estão lentos porque o país ainda não tem infraestruturas de banda larga (fibras ópticas) que permitem entrada e saída mais eficientes das comunicações com o mundo.

Em entrevista exclusiva à ANG, António Tomé Vaz, afirmou que a Guiné-Bissau é o único país da Costa Ocidental da África que ainda não se encontra ligado ao cabo submarino.

Aquele responsável explicou que a ARN já disponibilizou  fundos  para a realizaçäo  de estudos de viabilidade e que foram  entregues ao governo que neste momento está a deligenciar no sentido de  conseguir verbas para a instalação de cabos submarinos ao nível de todo o país.

“As fibras ópticas usadas pelas empresas, neste caso, Orange e MTN, são troços pequenos comparados ao sistema de via cabos submarinos que no caso da Guiné-Bissau deve ser instalada na praia de Suru e a implementação do referido projecto acarreta muitos custos”, salientou.

No entanto, revelou que a sua instituição está, a finalizar em Bissau,em colaboraçâo  com os técnicos de diferentes empresas de telecomunicaçöes no país nomeadamente GUINETEL, MTN e Orange, um trabalho de produção de um relatório sobre os deveres das operadoras telefônicas que será publicado ainda este ano.

António Tomé Vaz disse que a acção de fiscalização técnica conjunta já foi efectuada em todas as regiões e eixos de vias rodoviárias do país.

“O referido relatório irá reunir um conjunto de dados técnicos e estatísticos sobre as áreas de cobertura das operadoras e será apresentado às operadoras de telefone para que possam melhorar os seus serviços”, explicou.

Tomé Vaz recomenda  aos consumidores a reclamarem sempre junto das companhias e se estas não melhorarem os seus serviços que façam a mesma reclamação junto à ARN para que esta possa convocar a operadora em causa.

Entretanto, sublinhou que a Autoridade reguladora investiu, nos últimos anos,  na aquisição de equipamentos de ponta no sentido de fazer a fiscalização dos serviços prestados aos consumidores . 

Numa recente declaraçäo à Radiodifusäo Nacional, o ministro da Economia e Finanças,Geraldo Martins disse ter solicitado ao Banco Mundial o financiamento dessa operaçao de ligaçäo da Guiné-Bissau ao cabo submarino para tornar mais efeciente e rapida a internet na Guiné-Bissau. 

O ministro fazia o balanço de uma visita de trabalho efectuado a Washington. 

ANG/FGS/SG

Religião




“Guiné-Bissau precisa de paz para seu progresso” diz Cardeal Aviz

Bissau, 13 Mai 15 (ANG) - O Prefeito da Congregação da Igreja Católica do Instituto Solidariedade Vida Consagrada e Apostólica de Roma/Itália, Cardeal João Braz de Aviz disse terça-feira que depois de tanto sofrimento, a Guiné-Bissau precisa da paz para o seu progresso. 

O dirigente da igreja católica falava aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente, José Mário Vaz.

Disse que Mário Vaz lhe manifestou a preocupação de dar de comer ao povo e que o chefe estado deseja construir a paz e tranquilidade no pais.

“O presidente me informou que existe uma relação harmoniosa em todas as etnias e religiões na Guiné-Bissau, e isso encheu o meu coração de alegria porque é uma forma de pensar moderno,” enalteceu o Cardeal.  

O presidente Mário Vaz oferece hoje um almoço ao cardeal João de Aviz e a todos os líderes da Igreja Católica. 

ANG/JD/JAM/SG

terça-feira, 12 de maio de 2015

Literatura de Kriol




Segunda semana da “criolofonia” decorre em Bissau

Bissau, 12  Mai 15 (ANG) – A segunda semana de criolofonia cumpre hoje  em Bissau, o seu terceiro dia de trabalho sob o lema: “ um lingu, (uma língua) três centros di cultura e três jardim di praça”.

O evento que termina no próximo sábado tem por finalidade celebrar a língua, a cultura e as praças da cidade enquanto património identitário e de diferença colectiva dos guineenses.

De acordo com uma nota de imprensa dos organizadores enviado à ANG a está a ser preenchida com diferentes manifestações culturais, teatro, lançamento de livros em kriol, exposições de obras inéditas de artes plásticas sobre história do crioulo, secções de poesia, debates e actuações musicais de diferentes grupos e géneros.

“Tendo sido a primeira edição centrada sobre as expressões do crioulo, nesta segunda secção o foco recai sobre o debate em torno da escrita-ortografia”, refere o documento.

Nas sessões di djumbai serão destacadas as relações entre escrita, morfologia e sintaxe do crioulo, a utilização dos acentos auxiliares, a harmonização da escrita e a normalização do alfabeto.    

A iniciativa é da Universidade Amílcar Cabral e é feita em parceria com a cooperativa de produção e divulgação científica e da associação de escritores guineenses.

A realização do evento tornou possível graças ao apoio financeiro de Câmara Municipal de Bissau e dos patrocínios dos centros culturais Brasil Guiné-Bissau, Franco Bissau guineense e português, em Bissau.

ANG/AALS/JAM/SG

Infra-estruturas




Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações visita futuro “Porto Seco” do país

Bissau, 12 Mai 15 (ANG) - O Secretário de Estados dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, visitou no início da tarde de hoje no Pime, arredores de Bissau, a futura instalação do “Porto Seco” do país que terá a capacidade para albergar mais de 100 mil contentores de diferentes capacidades.

No final da visita, o Director-geral do Conselho Nacional de Carregadores, entidade pública proprietária do projecto, afirmou que o referido “Porto Seco”, cujo funcionamento se prevê para dentro de dois anos, irá permitir o descongestionamento do Porto de Pinjiguiti, em Bissau.

Fernando Dias da Costa explicou que, actualmente, se um navio de transporte chegar ao porto marítimo de Pinjiguiti depara-se, muitas vezes, com problemas de falta de espaço para contentores, devido a limitação do seu parque. 

Segundo este responsável, o “Porto Seco” servirá de lugar de estacionamento de camiões porta-contentores que estarão à espera do carregamento no Porto de Pinjiguiti.

 Segundo Fernando da Costa, esta prática irá acabar com a paragem destes veículos pesados nas vias públicas da capital deixando assim de constituir o perigo dos contentores caírem em cima das pessoas e, por outro lado, evitar as dificuldades de trânsito.

Para a materialização deste projecto que considera de “grande envergadura”, o DG do Conselho Nacional de Carregadores da Guiné-Bissau apela a participação do governo e do sector privado, “porque a sua execução ultrapassa a capacidade financeira desta empresa pública”.

Por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração do Conselho Nacional de Carregadores da Guiné-Bissau, Vladmir Deuna, na qualidade de representante do governo nesta empresa, realçou a importância desta infra-estrutura, e  afirmou que este  “grande investimento”  se realiza sob  orientações do executivo e que será benéfica sobretudo para os operadores económicos.

O referido futuro “Porto Seco” terá uma área de 25 mil metros quadrados e, ainda, segundo os responsáveis do CNC-GB, terá armazéns para a conservação de produtos perecíveis.

Criado em 2011, O Conselho Nacional de Carregadores da Guiné-Bissau é uma Empresa Pública com Autonomia Administrativa, Financeira e Patrimonial Tem como principais objectivos, promover e coordenar a política de comércio internacional nas áreas marítimas, terrestres e aéreas, através de emissão de Boletins de Acompanhamento de Cargas.

Trata-se de um instrumento de controlo conhecido pelo nome abreviado de “BAC”, sem o qual, um operador económico não pode retirar a sua mercadoria das instalações portuárias.

ANG/QC/JAM/SG