quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Carnaval 2017


      Bairro de Chão de Papel/Varela confiante na  vitória no desfile deste ano

Bissau 15 Fev. 17 (ANG) – O Grupo Carnavalesco do Bairro Chão de Papel/ Varela está confiante na vitória no desfile do carnaval 2017 , disse hoje a ANG, Dodó das Máscaras,  escultor e o responsável técnico da organização.

Dodó das Máscaras
Em entrevista exclusiva à ANG, Dodó  disse que, na verdade, foi o seu bairro que venceu o desfile do carnaval 2016 uma vez que o lema era “carnaval de Nturudu”.

Referiu que o grupo que apresentou  maior qualidade e números de máscaras é o Chão de Papel.

“Temos um Múseu com maior qualidade e números das mascaras na Guiné-Bissau. 
Vendemos aos turistas estrangeiros as nossas artes. Temos maiores artistas e escultores das máscaras no país por isso não podemos não estar confiante vendo os trabalhos a andarem num bom ritmo rumo a vitória “ disse.

Dodó das Máscaras disse que a participação do seu bairro no carnaval mexe com o mundo uma vez que os guineenses no exterior também participam na organização, tendo salientado que não dependem só dos fundos do Ministério da Cultura para participarem no desfile , e que  são apoiados por moradores e admiradores do grupo.

Por isso segundo ele, antes mesmo do desfile as pessoas já sabem que eles é que vão vencer o concurso por serem  “donos” do evento uma vez que as primeiras raízes da própria cultura da Guiné-Bissau nasceu nesse Bairro.

Lili Son
“É por isso que haverá inovações este ano a começar por trajes, passando pelas máscaras, em suma em tudo. Vamos  recordar os tempos de máscaras denominadas de cabeça da vaca e de porco”, disse.

Por seu turno, o conselheiro do grupo, Januário Sousa Cordeiro vulgo Lili Son disse que os preparativos estão indo bem apesar de já não disporem de muito tempo, e promete  pôr na prática tudo o que está planeado.

 “Lili Son”, que é escultor profissional e músico da antiga orquestra Nkassa Cobra frisou que a participação do bairro de Chão de Papel/Varela no concurso do carnaval tem um significado que ultrapassa a simples vitoria no desfile.

“O motivo principal da nossa participação no desfile carnavalesco é para continuar a manter de pé a nossa cultura independentemente da vitória ou não. Nós vamos tudo fazer apesar de a decisão final vai depender dos júris por isso todos os anos participamos “ disse.

O Lili Son lamentou a falta de recursos na área cultural uma vez que na Guiné-Bissau tudo se faz pelo amor ou patriotismo.

O Grupo carnavalesco de Chão de Papel/Varela foi o segundo classificado no desfile do carnaval do ano passado atrás dos Netos de Bandim. 
ANG/MSC/ÂC/SG

Quadra festiva de carnaval

             POP disponibiliza mais de mil homens para garantir segurança

Bissau, 15 Fev 17 (ANG) - A Polícia da Ordem Pública (POP)  vai disponibilizar mil e cento e vinte homens para dar a cobertura em termos de segurança durante o período carnavalesco em todo o território nacional, revelou hoje a ANG o Comissário Nacional, Celso de Carvalho.
Celso de Carvalho

 “A operação mãe da POP será em Bissau e as diferentes subcomissões regionais vão ser estruturadas através da referida Comissão Mãe e cabe as outras cumprirem as orientações de forma a fazerem cobertura de  modo a assegurar o carnaval da melhor forma possível”,  explicou aquele responsável policial.

Acrescentou que todo cuidado é pouco durante o carnaval, justificando que é uma festa na qual se constata  bastante aglomeração e em que  as pessoas consomem grande quantidade de álcool e drogas.

Celso de Carvalho prometeu tudo fazer para que o carnaval deste ano seja mais tranquilo em relação ao de ano passado.

“Fazemos o nosso trabalho em colaboração com o Ministério da Cultura. Mas até então não temos a informação sobre os seus planos de trabalho e nem sabemos se vão ou não organizar o desfile nacional”, disse.

Sublinhou que organizado ou não o desfile nacional por parte dos responsáveis da cultura, a POP vai ter que fazer o seu trabalho de manutenção de  segurança no período carnavalesco que é a maior festa cultural e no qual se praticam diferentes tipos de actos. 

“As pessoas podem estar tranquilos de que o carnaval será assegurada de coração por parte dos agentes da POP. Mas é melhor não exagerar no consumo do álcool e das drogas porque isso só  prejudica”, recomendou Celso de Carvalho.
ANG/AALS/ÂC/SG

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Sociedade


         Vítimas de incêndio na Ilha de Canhabaque pedem apoio governo

Bissau, 14 Fev 17 (ANG) – Cerca de quinhentas pessoas desalojadas recentemente por um incêndio na povoação de Anpukut, ilha de Canhabaque, sector de Bubaque, região de Bolama Bijagós, no Sul  pediram esta segunda-feira o apoio do governo em  géneros alimentícios para as crianças recém-nascidas e mulheres grávidas sem abrigo.

Citado pela Rádio Capital FM, Carlitos Queba, uma das vítimas do incêndio disse que o sinistro  ocorreu no dia 5 de Fevereiro do ano em curso e que o fogo consumiu 46 casas naquela tabanca, por isso pedem a intervenção rápida das autoridades para apoiar as pessoas em causa.

Queba acrescentou que os produtos alimentícios que se encontravam nas 46 casas  foram consumidos pelo fogo, acrescentando que a partir daí até a data presente nunca as autoridades locais foram lá para saber sobre o assunto.

Por isso, pediu ainda ao Presidente da República, José Mário Vaz e a  Primeira Dama, Mária Rosa Vaz no sentido de apoiar sobretudo com fornecimento de   alimentos.  
  
Segundo carlitos Queba, o fogo saiu na mão de uma criança que torrava a castanha de cajú nos arredores da tabanca de Anpukut na Ilha de Canhabaque, zona insular dos arquipélagos dos Bijagós.
ANG/ PFC/SG

CEDEAO


Marcel de Souza sublinha urgência de encontrar solução para estabilidade na Guiné-Bissau

Bissau,14 Fev 17(ANG) - O presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse hoje, na cidade da Praia, que a situação na Guiné-Bissau "continua complexa", sublinhando a urgência de encontrar uma solução de estabilidade.

Marcel Alain de Souza, que cumpre até quarta-feira a sua primeira visita à Cabo Verde desde que assumiu a presidência da comissão em Abril, adiantou que a situação política na Guiné-Bissau será um dos pontos na agenda de discussões com as autoridades cabo-verdianas.

"A situação na Guiné-Bissau continua complexa", disse Marcel Alain Souza, sublinhando que o acordo para uma solução governativa consensual alcançado, em Outubro, em Conacri, "não está a ser aplicado".

O responsável da CEDEAO mostrou-se ainda preocupado com o facto de não se conseguir fazer aprovar o programa de Governo e o Orçamento de Estado no parlamento.

"O primeiro-ministro foi nomeado, apresentou o seu programa, mas o parlamento não se reúne", disse, adiantando que o prazo limite para a aprovação do documento era hoje.

"Em 2016 não houve orçamento, em 2017 não há programa nem orçamento e a situação torna-se complexa e a tensão aumenta", disse. Por isso, apelou para a necessidade de se encontrar uma solução urgente. "Há 43 anos que o país é independente e nenhum chefe de Estado terminou o seu mandato, nenhum governo conseguiu executar um único programa", lamentou.

"A Guiné-Bissau é um país querido que não podemos abandonar, mas é preciso encontrar uma solução. Talvez seja preciso organizar uma mesa redonda onde todos tenham assento e decidam sobre o futuro do país", acrescentou.

Sublinhando que é preciso avançar com reformas nas forças armadas e segurança, mas também económicas, lembrou que existe uma promessa de financiamento ao país de 100 milhões de dólares (94,3 milhões de euros), que só poderá avançar quando houver estabilidade.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, disse que acompanha a situação "com a mesma preocupação" da CEDEAO e reforçou a necessidade de trabalhar para aplicar o acordo de Conacri.

"A CEDEAO não vai baixar os braços. É um problema difícil, muito complexo mas há determinação em encontrar uma solução e Cabo Verde vai continuar a ajudar para que a Guiné-Bissau possa sair desta crise que dura há muito tempo", disse Luís Filipe Tavares.

A crise política na Guiné-Bissau começou em Agosto de 2015 quando o Presidente da República demitiu o primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira. Desde então já houve mais quatro governos, mas nenhum conseguiu a aprovação do parlamento.

Dado o contexto de incerteza e face à anunciada saída da força militar e policial de estabilização, a ECOMIB, no dia 30 de Junho, as Nações Unidas anunciaram que vão trabalhar com todos os parceiros "para garantir que a saída não resulta num vazio que leve à instabilidade".

A ECOMIB é composta por elementos dos países da África Ocidental, no âmbito da CEDEAO, e foi colocada na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012.
ANG/ Inforpress/Lusa

Assalto à loja


                     Ministro  do Interior promete capturar os assaltantes

Bissau, 14 Fev 17 (ANG) – O ministro de Estado do Interior prometeu tudo fazer para capturar um bando de ladrões que assaltou no último fim de semana, um empreendimento comercial dos cidadãos mauritanos na Rua de Cacoma, no bairro de Bandim, em Bissau.

Em declarações à imprensa, no final de visita que efectuou segunda-feira ao local, Botche Cande, revelou que os trabalhos da investigação do assalto que motivou igualmente o espancamento dos “Nares”, já estão em curso, tendo anunciado que um dos suspeitos já está na alçada da Polícia de Ordem Pública. 

O ministro de Estado do Interior, acrescentou  que em nenhum momento, o governo irá permitir assaltados e espancamentos a qualquer cidadão estrangeiro residente no país.

“Tudo está ainda sob a investigação da Polícia da Ordem Pública. Os responsáveis pelo referido acto vão ser punidos e castigados de acordo com a lei”, garantiu Botche Cande.

Por seu turno, o Presidente de Associação dos Mauritanos na Guiné-Bissau (AMGB) Moamed Mamhud Ould Jafar, mostrou-se satisfeito pela rápida intervenção do governo para desvendar os autores do assalto, acrescentando que espera que a justiça seja feita pelas autoridades competentes.

“De facto é uma acção chocante que magoou-nos bastante, mas o governo prestou-nos, a tempo, a sua solidariedade face ao caso e isso nos faz sentir mais uma vez, que a Guiné-Bissau é a nossa segunda pátria e a presença do ministro no local, demonstra que temos a protecção do governo guineense”, disse o Presidente da Associação dos Mauritaneanos.

Moamed Ali Tali uma das vítima do referido assalto, revelou que tudo aconteceu por volta da madrugada de Domingo, quando um grupo de indivíduos armados e não identificados violaram as suas residências exigindo  dinheiro.

“Entraram e começaram a bater-nos, pedindo-me que lhes dessem o dinheiro, e respondi que não tinha nenhum dinheiro comigo, continuaram a  bater ameaçando que irão nos imputar os braços e as pernas, razão pela qual conseguiram levar mais de 500 mil francos CFA e sete telefones”, revelou a vitima. 
ANG/LLA/ÂC/SG

ONU


António Guterres *profundamente preocupado com a situação na Guiné-Bissau*

Bissau,14 Fev 17(ANG) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, está "profundamente preocupado" com a crise política na Guiné-Bissau, de acordo com um relatório sobre o país que vai ser analisado na terça-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.

O secretário-geral da ONU assume-se "profundamente preocupado com a prolongada crise política na Guiné-Bissau e o seu impacto negativo na estabilidade do país e no desenvolvimento socioeconómico", lê-se no documento.

O relatório foi elaborado pelo Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e lança um apelo ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, e aos signatários do Acordo de Conacri - subscrito em outubro para garantir estabilidade política -, para que o mesmo seja levado à prática.

"A formação de um governo que funcione na plenitude, que corresponda ao espírito do Acordo de Conacri e que seja suportado pela Assembleia Nacional é indispensável para um progresso sustentado da modernização das forças armadas e para a efetiva implementação da reforma do setor da segurança, com apoio da comunidade internacional", refere-se no documento.

A crise política na Guiné-Bissau começou em agosto de 2015 quando o Presidente da República demitiu o primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira. Desde então já houve mais quatro governos, mas nenhum conseguiu a aprovação do parlamento.

Dado o contexto de incerteza e face à anunciada desmobilização da força militar e policial de estabilização, a ECOMIB, no dia 30 de junho, as Nações Unidas anunciam ainda que vão trabalhar com todos os parceiros "para garantir que a saída não resulta num vazio que leve à instabilidade".

A ECOMIB é composta por elementos dos países da África Ocidental, no âmbito da CEDEAO e foi colocada na Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012.  
ANG/Lusa