quinta-feira, 9 de março de 2017

ANP


       Cipriano Cassamá diz haver compra de manifestantes para protestos

Bissau,09 Mar 17(ANG) - As pessoas que hoje de manhã se manifestaram em Bissau, para exigir a reabertura do parlamento, foram pagas para participarem no protesto, disse o presidente do órgão, Cipriano Cassamá.
 
Em conferência de imprensa, Cassamá considerou ter ficado audível pelas declarações de alguns participantes na manifestação, transmitidas pela comunicação social, que receberam “valores irrisórios em dinheiro e géneros alimentícios” para aderirem à marcha.

Um grupo de cidadãos apoiantes do atual governo realizou hoje em Bissau uma manifestação pacífica para exigir a retoma dos trabalhos no Parlamento do país, bloqueado há mais de um ano.

O grupo, autodenominado Movimento o Cidadão – que pugna pela paz, justiça, democracia e cidadania - juntou centenas de pessoas, na sua maioria jovens e membros do governo e alguns deputados, numa marcha que percorreu algumas artérias de Bissau até ao Parlamento.

Com dísticos, onde se podiam ler frases de apoio ao governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente José Mário Vaz, o grupo exigiu que o líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, reabra o órgão.

Em resposta, o líder do Parlamento aplaudiu a iniciativa do grupo que considera ser “um exercício democrático”, mas acusou José Mário Vaz e o governo de terem sido os organizadores da iniciativa.

Cipriano Cassamá, que disse esperar agora que as forças de segurança tenham o mesmo comportamento em ações futuras semelhantes que possam ser organizadas por outros grupos de cidadãos, repudiou, por outro lado, o uso de viaturas do Estado por membros do governo na iniciativa e condenou o alegado arremesso de objetos contra os vidros laterais do edifício da Assembleia Nacional Popular.

O presidente do Parlamento acrescentou que, apesar da manifestação, não deixará de cumprir com a Constituição e as leis do país sobre a convocação ou não dos trabalhos parlamentares.
ANG/Lusa

Sociedade civil


Movimento *O Cidadão pela Paz, Democracia e Cidadania* exige reabertura da Assembleia Nacional Popular

Bissau,09 Mar 17 (ANG) – Milhares de cidadãos  participaram hoje numa marcha pacifica promovida pelo o Movimento “o Cidadão pela Paz, Democracia e Cidadania”  e que visa  pressionar  a reabertura da Assembleia Nacional Popular (ANP), para permitir apresentação e possível  aprovação do programa de governo.

Em declarações à imprensa, o coordenador do Movimento, Ussumane Camará disse que a crise  institucional  persistente no país *resulta do bloqueio ilegal da ANP*, servindo de uma caixa de ressonância de um grupo de cidadãos cujos interesses são estranhas ao do povo guineense, e que, a todo o custo, querem impor as suas agendas numa clara violação das normas do país.

Os marchantes exibiram  cartazes com os dizeres “guiné ka pudi parantadu pa ninguim, não há Democracia sem parlamento, abaixo sequestro à ANP e basta Domingos”.

Os manifestantes pediram a reabertura imediata daquele órgão para permitir a discussão e eventual aprovação do programa.

“o bloqueio da ANP proporciona o estrangulamento das instituições do Estado, agravando  as condições de vida da população”, disse o Ussumane Camará.

Acrescentou que o Orçamento  Geral de Estado e o Programa de Governo não são sufragados naquele Órgão da soberania como manda a Constituição e demais leis da República da Guiné-Bissau e que esta situação reflecte numa violação das leis.

Por isso, o Movimento exorta que seja tomada medidas legais contra o Presidente da ANP e outros membros do Comissão Permanente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo- Verde (PAIGC) com vista a sua “punição Estatutária e criminal”. 

O Movimento admitiu possibilidades de processar criminalmente Cipriano Cassama e oito Deputados do PAIGC e prosseguir com as marchas se o impasse político continuar.

Apelou as Organizações da sociedade cível guineense a pactuarem as suas acções  com a Constituição da Republica de modo a atender os interesses do povo.

Ao  Presidente da Republica os manifestantes pediram que usasse das atribuições que lhes são reservadas na Constituição da Republica para resolver a crise que se vive no país, motivada pelo bloqueio na ANP, visto que *existem razões suficientes para tal*.

Para Braima Camará , conselheiro do Presidente da República, a  marcha demonstrou  que o Presidente da ANP não reúne condições para continuar a exercer as suas funções,*porque sete elementos da Comissão Permanente não têm direito de continuar a bloquear o hemicíclo*.

“Estamos aqui no quadro da liberdade de expressão, na luta pela democracia exigindo que  Cipriano Cassama abra a Assembleia para que o programa de governo possa ser submetida à plenária”, disse.

Afirmou que  a Comissão Permanente é um órgão mínimo  com pouco competência e poder em relação a plenária da ANP, e que *é por isso que toda a matéria agendada por esta comissão  carece de aprovação da plenária*.

Em nome da bancada parlamentar do Partido da Renovação Social PRS, Paulino Té disse que  pedem a abertura da ANP por ser a casa do povo.

 acusou Cipriano Cassama de confundir as suas funções com a da Presidência do PAIGC, e de desempenhar papel de um bom militante.

“Em nenhuma parte do mundo a Comissão Permanente decide sobre agendamento do programa de governo. O programa de governo é um assunto especial que é discutido apenas entre o chefe de governo  e o Presidente da ANP”, afirmou o deputado.

]A marcha contou com a participação de vários membros do governo.
ANG/LPG/SG

Desporto/Ciclismo


Tete Nauna e Quedutar Cul Ialá venceram prova de ciclismo alusivo ao Dia Internacional da Mulher

Bissau,09 Mar 17 (ANG) – A ciclista guineense, Tete Nauna venceu  quarta- feira a corrida de ciclismo feminimo, apos ter percorrido cerca de 7 km em pouco mais de 13 minutos e 13 segundos, e  Quedutar Cul Ialá  ganhou igualmenete a prova masculina ao percorrer  18 km em  cerca de 26 minutos e 28 segundos, respectivamente.

Foto arquivo
A prova foi  organizada pela Federação Nacional de Ciclismo em  solidareidade para com as mulheres, no âmbito  da comemoração do 8 de março celebrado  sob o lema: Mudança de Mulher de Trabalho, 50 - 50 até 2030. 

Na corrida  participaram 23 ciclistas entre os quais  seis  raparigas   e 17 rapazes, e o eveno realizou-se com  apoio financeiro do Banco da Unão (BDU).

No final da corrida a  vencidora disse que, apesar de não ter preparado para a competição,  sentia-se muito feliz por  ganhar a corrida,reconhecendo o potencial  de uma das colegas, sobretudo a segunda classificada. 

Revelou que  gosta de andar de  bicicleta nos dias levres por isso não teve muita dificuldade em vencer a prova.

Por seu lado, Quedutar Ialá lamentou a falta de meios materias com que se depara, por isso pediu  apoio em materias à Federação de Ciclismo e  pessoas de boa vontade.

O veterano da  modalidade, Carolino Carlos Medina, conhecido por (Cinco) ficou em segunda posição.

Tete Nauna recebeu um premio de  200 mil francos CFA, a  segunda classificada beneficiou  de 150 mil francos CFA, e a terceira, 50 mil cfa.

A mesma quantia será igualmente atribuida aos  três primeiros classificados na prova do ciclismo masculino.
ANG/LPG/SG

Saúde Pública


                            Guiné-Bissau vai dispor do novo laboratório 

Bissau,09 Mar 17(ANG) – A Guiné-Bissau vai contar brevemente com um novo Laboratório de Saúde Pública no quadro de um projecto sub regional de 2013 e financiado pelo Banco Mundial no valor de 21 milhões de dólares.

Plácido Cardoso
A revelação é do Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública(Inasa), durante a cerimónia de entrega de certificados à cerca de 40 técnicos de Laboratório de diferentes unidades hospitalares de Bissau.

Plácido Cardoso afirmou que o referido projecto visa o reforço da vigilância epidemiológica, ambiental, animal e humana e que engloba a Guiné-Bissau e os restantes países da África Ocidental, e que está a ser implementado por fases.

Aquele responsável afirmou que  estão empenhados na criação de Unidade de Gestão do Projecto tendo em conta o montante elevado posto a sua disposição e que deverá entrar em funcionamento antes do final do ano em curso.

“Um dos componentes do projecto será a construção de um novo Laboratório Nacional de Saúde Pública que vai absorver cerca de três milhões de dólares e que terá mais competências e maior nível de segurança em comparação com o actual”, explicou Plácido Cardoso.

O Presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública disse que o novo laboratório terá  outra inovação porque vai estar igualmente ao serviço da veterinária, ambiente entre outros, de forma a dar resposta a exigência da saúde pública do país.

Plácido Cardoso sublinhou que um dos objectivos prioritários do INASA é de adoptar o Laboratório Nacional  de capacidades que permitam a investigação e a resposta à várias ameaças de saúde pública.

“Em várias ocasiões já dissemos que  um laboratório de referência  ajuda-nos nas investigações porque é com base nas investigações que poderemos ter orientações para as respostas”, referiu.

Aquele responsável afirmou que vão continuar a fazer exames de rotina, acrescentando que, o que é inerente ao Laboratório de referência nacional a ser construída é justamente para ter a competência de investigar e antecipar surtos entre outros.

O Presidente do Instituto Nacional de Saúde “Ricardo Jorge” de Portugal(INSA) Fernando Almeida, instituição que apoiou a referida formação, disse que pretendem criar competências e não dependências na cooperação com a Guiné-Bissau, no domínio sanitário.

“Por isso nós estamos muito contentes em entregar esses certificados de autonomia. Isso que é a competência sem dependência”, frisou.

O curso com a duração de cinco meses foi ministrado por especialistas do Instituto Nacional de Saúde “Ricardo Jorge” de Portugal  e visa capacitar os técnicos de laboratório da Guiné-Bissau nos domínios de diagnóstico de meningite, paludismo, febre amarela, tuberculose, de vírus do ébola, zika entre outros.
ANG/ÂC/SG

Crise política


                 Líderes políticos guineenses vão regressar à Conacri

Bissau, 09 Mar 17 (ANG) – Os Líderes políticos guineenses vão regressar amanhã,sexta-feira à Guiné-Conacri para a busca de solução para  a actual crise que se vive na Guiné-Bissau, confirmou hoje o secretário nacional do Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Ali Hijazi (Arquivo)

Em entrevista exclusiva à ANG, Aly Hijazi disse que no encontro mantido com o enviado especial do presidente da Guiné Conacri, este convidou as partes signatárias do Acordo de Conacri para uma nova ronda de negociações na República da Guiné. 

Informou que o partido aceitou o convite do presidente Alpha Condé para negociar com o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, PRS, PND, PCD e UM.

O secretário nacional do PAIGC disse que depois de assinatura do acordo de Conacri, estava prevista a reintegração imediata e incondicional do grupo dos 15, que infelizmente não aconteceu.
ANG/JD/JAM/SG

Saúde



           ENEFD organiza actividades desportivas para reduzir doenças  

Bissau, 9 Mar 17 (ANG) – A Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD) organizou quarta-feira, dia 8 de Março diferentes actividades desportivas na Praça dos Heróis Nacionais com vista a reduzir doenças nomeadamente, diabete, hipertensão arterial, asma, obesidade e outros.
 
Citado pela Rádio Nossa, o Presidente da Comissão Organizadora do Evento, Cipriano Có disse que estas actividades desportivas são importantes para a saúde das pessoas pois contribuem na alteração do organismo dos participantes de diferentes idades.

O movimento rítmico dos participantes no evento era acompanhado de animação musical, o que facilitou os exercícios.                   

O participante, Ismael Mário Insumbo, estudante de idade 22 anos manifestou a sua satisfação e apelou a ENEFD a prosseguir com organização de acções desportivas deste género.  

Professora do ENEFD, Sandra Armando da silva, de 29 anos de idade disse que a iniciativa beneficia mais as mulheres, camadas mais vulneráveis a doenças transmissíveis.
ANG/PFC/JAM-SG

Crise política



Bissau, 09 Mar 17 (ANG) - Os líderes políticos da Guiné-Bissau actualmente desavindos devem viajar esta sexta-feira para a Guiné-Conacri onde, sob a égide do Presidente daquele país, Alpha Condé, vão tentar encontrar um novo entendimento para acabar com a crise no país.

Fontes partidárias e da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), contactadas  pela agência Lusa, em Bissau, indicaram que a ida à capital da Guiné-Conacri foi proposta pelo enviado especial do Presidente Alpha Condé e aceite pelos signatários do Acordo de Conacri.

O acordo em questão é um instrumento patrocinado pelos chefes do Estado da CEDEAO como solução para terminar com o impasse que se regista na Guiné-Bissau há mais de ano e meio, com o bloqueio das instituições da República devido às desavenças entre a classe política.

O Acordo de Conacri foi rubricado em Outubro passado e visava a formação de um governo de consenso entre os atores políticos, liderado por um primeiro-ministro aprovado por todos e que fosse de confiança do chefe do Estado.

Quatro dos cinco partidos representados no Parlamento acusam o Presidente guineense de ter nomeado Umaro Sissoco Embaló primeiro-ministro sem consenso, recusaram-se a integrar o governo e agora pedem a sua demissão.

Para entregar uma mensagem ao seu homologo guineense, José Mário Vaz, o Presidente Condé enviou quarta-feira à Bissau, Nabi Bangura, ministro de Estado e secretário-geral da Presidência, que manteve vários encontros com os líderes políticos da Guiné-Bissau e elementos da comunidade internacional.

A todos disse ter reforçado a determinação do Presidente Alpha Condé, mediador da crise guineense em nome da CEDEAO, para a busca do consenso que possa acabar com o impasse no país.

Segundo Nabi Bangura, toda comunidade internacional se revê no Acordo de Conacri como solução para crise na Guiné-Bissau e que o Presidente José Mário Vaz garantiu-lhe que se vai empenhar pessoalmente para a procura de um melhor entendimento entre as partes em conflito.

ANG/Inforpress/Lusa



EUA


CIA acusa wikileaks de ajudar adversários dos Estados Unidos

Bissau, 09 Mar 17 (ANG) – A CIA acusou na quarta-feira a Wikileaks de ajudar os adversários dos Estados Unidos da América (EUA), ao revelar métodos que usa para transformar o iPhone da Apple ou os televisores da Samsung em instrumentos de espionagem.

Uma porta-voz do serviço de informações CIA, Heather Fritz Horniak, afirmou que “o público norte-americano deveria inquietar-se com qualquer publicação pela Wikileaks que tem por objectivo alterar a capacidade da comunidade das informações de proteger os EUA dos terroristas e de outros adversários”.

Segundo o diário Washington Post, a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) prepara-se para “uma grande caça às toupeiras” para determinar como a rede de divulgação de informações secretas Wikileaks obteve os documentos.

Estes últimos, que a CIA não autenticou, descrevem mais de um milhar de programas nocivos (como vírus) que permitem assumir o controlo de aparelhos electrónicos, como ‘smartphones’ ou televisores ligados em rede, e até viaturas, para espiar os seus utilizadores.

Aceder directamente a estes aparelhos pessoais permite escutar os seus utilizadores e contornar as protecções através da encriptagem que se generalizam em redes sociais como WhatsApp, Facebook ou Signal.

O assunto coloca de novo as autoridades norte-americanas em divergência com o sector tecnológico, com o qual as relações já eram tensas desde que Edward Snowden mostrou em 2013 como uma outra agência dos serviços de informações, a NSA (sigla em inglês de Agência de Segurança Nacional), podia aceder aos servidores da Apple, Google ou Microsoft.  

ANG/Inforpress/Lusa


Turquia


Berlim e Ancara trocam* acusações graves*

Bissau, 09 mar 17 -ang- O governos de Berlim e de Ancara estão de novo separados pelas diferenças políticas e democráticas, com a Chanceler Angela Merkel e o Presidente Recep Tayyp Erdogan a endurecerem o discurso, ao ponto de trocarem acusações pessoais graves.

O Presidente turco insiste em chamar a chanceler alemã, Angela Merkel, de nazista e de promover um ambiente favorável aos conspiradores no seu país e de tornar as coisas complicadas para o seu governo.

Erdogan queixou-se de Merkel ao impedir um comício em território alemão a favor do referendo para ampliar os seus poderes.

O Governo turco criticou a Alemanha em seu território, no comício que foi realizado quarta-feira, depois de ter causado um confronto directo entre Berlim e Ancara. O ministro dos Negócios Estrangeiros turco pediu à Chanceler Angela Merkel para deixar de tentar dar lições de democracia aos turcos.

Mevlut Cavusoglu falou perante mais de uma centena de turcos no consulado em Hamburgo, depois de as autoridades alemãs terem encerrado o local inicialmente previsto para este comício de apoio à pretensão do Presidente Recep Tayyp Erdogan de mudar a Constituição e recuperar os poderes executivos perdidos quando se viu impedido de continuar a exercer o cargo de primeiro-ministro.

“Vocês não dão a cidadania aos nossos expatriados e querem impedir-nos de nos encontrar-mos com os nossos cidadãos turcos? Servirá isto à humanidade? Servirá isto à democracia? Será isto os direitos humanos? Servirá isto ao direito das pessoas de se reunirem? Por favor, não tentem dar-nos lições de democracia e de direitos humanos. Vejam-se ao espelho primeiro”, disse Cavusoglu, com a plateia a responder um uníssono “não”, sempre que deixou uma pergunta no ar. 

O inflamado discurso do chefe da diplomacia de Ancara foi proferido na Alemanha, país onde reside a maior diáspora da Turquia e as suas autoridades têm vindo a impedir a realização destas manifestações políticas da Turquia, Estado euro-asiático. 

À porta do consulado decorreu uma contra-manifestação onde se ouviu chamar, por exemplo, “ditador” ao Chefe de Estado turco. A proibição de actos da campanha eleitoral para o referendo sobre a reforma Constitucional, por motivos formais ou de segurança, e para os quais estava prevista a presença de vários ministros turcos, aumentou a tensão entre Berlim e Ancara.

A Chanceler alemã, Angela Merkel, apelou à Turquia para “manter a cabeça fria” na actual crise diplomática entre os dois países, reagindo às declarações em que o Presidente Erdogan acusou a Alemanha de “práticas nazis”. 

Não podemos aceitar que a Alemanha interfira no referendo”, avisou o ministro, aludindo a uma campanha “sistemática” na União Europeia contra o Estado turco numa altura em que o racismo e outras práticas de sectarismo, como as forças políticas xenófobas se aproximam do poder em países como Holanda e França.


O Governo de Berlim reagiu com veemência às acusações de práticas nazistas do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, após a proibição de encontros eleitorais na Alemanha em favor da reforma eleitoral turca.

Na última semana, vários prefeitos alemães anularam eventos eleitorais em que deveriam participar ministros turcos. As autoridades locais justificaram a medida por falta de dificuldades logísticas.


A polícia anunciou o cancelamento de outro encontro pró-Erdogan em Hamburgo (norte), alegando que a sala prevista para o discurso do ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu,  tinha problemas no sistema contra incêndios.

Embora o Governo alemão tenha repetido que essas decisões não são de sua alçada e que se trata de temas de competência municipal, Ancara acusou Berlim de fazer campanha contra o Presidente turco.

“Trata-se de uma pressão sistemática e vamos tomar as medidas necessárias, não temos medo de ninguém”, afirmou Cavusoglu, segundo a agência Anatólia. 

A tensão diplomática entre ambos os países tem aumentado nos últimos meses, depois que a Alemanha criticou em várias ocasiões os ataques contra a liberdade de expressão e os direitos da oposição por parte do Governo turco após a tentativa de golpe de Estado em Julho.

“Sejamos críticos quando necessário, mas não percamos de vista o significado de nossa associação, de nossa relação estreita. Vamos manter a cabeça fria”, declarou o porta-voz de Merkel, Seffen Seibert.

“Rejeitamos a comparação da política da Alemanha democrática à do nacional-socialismo. De forma geral, as comparações com o nazismo são sempre absurdas e fora de lugar, pois consistem em minimizar os crimes contra a Humanidade do nacional-socialismo”, acrescentou. 

ANG-JA

8 de Marco


Mulheres de Bairro Militar homenageam Botche Candé

Bissau, 9 Mar 17 (ANG) - As mulheres do Bairro militar, arredores de bissau, promoveram quarta-feira uma cerimónia de homenagem ao Ministro do Interior justificando que Botche Cande tem desenvolvido varias acções a favor da paz no país.

Aglomeradas no chamado Fórum Nacional das Mulheres da Cultura de Tambor (FNMCT) e na Associação dos Moradores do referido bairro (AMBM), as mulheres que comemoravam o dia internacional das mulheres (8 de Marco), convidaram ao Botche Cande ao evento e  entregaram-lhe uma pomba branca e panos de pente tradicionalmente confeccionados.

O Ministro agradeceu o gesto e qualificou-o de "sinal marcante  de unidade" pelo que exortou a população da Guiné-Bissau a pugnarem pela paz, amizade e harmonia, a exemplo das mulheres do bairro militar.

Dirigindo-se aos opositores do actual regime, Botche Candé exortou-os a moderarem a linguagem e a evitarem de dirigir insultos contra o Presidente da República, o Primeiro-ministro e restantes membros do executivo.

"Na democracia é admissível criticar o poder para que possa fazer o melhor para o pais, mas devemo-nos abster-se de linguagens agressivas acompanhadas de insultos", disse o Ministro do Interior.

Disse ainda  que devem trabalhar para promover a boa imagem do pais no estrangeiro e não ao contrário, ao ponto de "instigar a Comunidade Internacional para sancionar a Guiné-Bissau".

Relacionou a actual crise ao combate a corrupção que o Presidente da República, José Mário Vaz desencadeou, por isso, acrescentou *este tem vindo a sofrer ataques verbais vindos dos seus detractores*.

E sobre boatos postos a circular de que ele estaria por detrás de um plano visando assaltar a sede da ANP para que o programa do governo possa ser discutido e eventualmente aprovado, Botche Candé garantiu que tal cenário jamais irá acontecer.

"Asseguro-te aqui, meu irmão mais velho Cipriano, enquanto tu fores Presidente eu nunca promoverei ou patrocinarei actos desta natureza", garantiu o Ministro do Interior a terminar a sua alocução no acto.
Nené Sambu, que falou em representação das presentes explicou que a amizade que a une com o governante Candé se assenta num laço cujo nó é indissolvível.

Entretanto, aproveitou a ocasião para apelar a Assembleia Nacional Popular para retomar o seu funcionamento, o mais rapidamente possível, pois as dificuldades derivadas do seu* bloqueou* já se fazem sentir no seio das populações.

O mesmo pedido foi feio pelo Presidente do FNMCT, Bora Faty, que acrescentou que  as duas organizações irão promover uma marcha pacífica para exigir o funcionamento da plenaria da ANP.

Em resposta a este pedido, o ministro esclareceu que a sua instituição vai garantir segurança aos marchantes, porque teria já recebido um pedido neste sentido a quatro dias atrás.   

ANG/JAM/SG



terça-feira, 7 de março de 2017

Ensino público


Sindicatos do sector entregam novo Caderno Reivindicativo ao Governo

Bissau, 07 Mar 17 (ANG) – Os dois sindicatos do sector educativo entregaram hoje um novo Caderno Reivindicativo ao governo,através do qual exigem, entre outras, o pagamento das dívidas em atraso e dos retroactivos.

Segundo o documento à que a ANG teve hoje acesso, o Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof) e o Sindicato Democrático dos Professores (Sinaprof), exigem igualmente a validação e aprovação do Estatuto da Carreira Docente publicado no Boletim Oficial do dia 29 de Março de 2011.

No documento, os dois sindicatos exigem ainda que o Estatuto de Carreira Docente constasse no Orçamento Geral de Estado de 2017, a adotação de Caixas Fúnebres aos professores, construção das infra-estruturas escolares apropriadas, melhoria de condições de trabalho e de capacitações dos professores de todas as categorias, através dos seminários.

 “A educação é a arma poderosa que podemos usar para o desenvolvimento da nossa pátria, mas ela nunca foi prioridade de nenhum governo. Portanto devemos levar a cabo uma luta na base de transparência com o objectivo de desenvolver o país”, lê-se no  documento .

As duas organizações sindicais acreditam que a melhor qualidade de ensino significa, um investimento no sector educativo, e ter docentes de qualidade.

“As nossas acções de luta laboral não são actos de guerra mas sim  o único caminho que os governantes nos deixam para reivindicar os nossos direitos”, informam.

Os dois sindicatos manifestaram a total disponibilidade de encetar  um diálogo aberto e franco com o patronato, considerando-o como a via de resolução de qualquer conflito. 

ANG/AALS/ÂC/JAM/SG






Campanha de caju 2017


“Exportação será feita  com certificado nacional de qualidade da Guiné-Bissau”, diz Jaime Gomes

Bissau, 07 Mar 17 (ANG) - A castanha de caju será exportada este ano com um Certificado Nacional de Qualidade da Guiné-Bissau, disse hoje o presidente da Associação Nacional dos Agriculores da Guiné (ANAG).

Jaime Boles Gomes que falava à imprensa em reacção ao recente anúncio pelo governo do preço minimo de 500 francos cfa ao quilo, na compra junto ao produor, afirmou que o país já dispõe de três laboratórios de análises de qualidade de produtos agrícolas, instaladas na sede da proteção vegetal, por uma empresa vietnamita.

Disse que neste momento estão a formar um grupo de jovens guineenses que irão trabalhar no referido laboratório, adiantando que vai entrar em funcionamento em Maio próximo.

Jaime Boles Gomes garantiu que existe um empresário de nacionalidade vietnamita interessada em comprar cerca de 700 mil toneladas de castanha por ano tendo lamentado que, contudo, o país produz menos desta quantia.

Questionado sobre  o suposto despacho do governo que interdita os estrangeiros a comprarem a castanha das mãos dos produtores, Jaime Boles respondeu que o documento não serve para proibir nem descriminar ninguém, mas sim para fazer cumprir todas as normas legais da campanha do presente ano sem distinção.

Disse ainda que o documento esclarece que o estrangeiro tem que empregar um nacional que será seu intermediário na compra do produto na mão do produtor, não o contrário.

ANG/JD/JAM/SG

  

Saúde


Novo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros elege como prioridade "disciplinar a classe"

Bissau, 07 Mar 17 (ANG) – O novo Bastonário da Ordem dos Enfermeiros da Guiné-Bissau (BOE-GB), disse hoje que vai  priorizar a “disciplina” no seio da classe e a luta pelo respeito aos direitos dos profissionais de saude, durante o seu mandato

Alberto Oliveira Lopes que favava em entrevista exclusiva à ANG disse que no fundo a OE-GB quer organizar a classe para que possa dar  melhor assistência a população.

“Digo isso porque muitas vezes somos vítimas de agressões verbais e físicas no exercício das nossas actividades por parte dos utentes e por isso queremos organizar para servir melhor os que precisam”, prometeu.

Para o novo Bastonário, as mudanças devem ser feitas a todos os níveis, dos quais se destacam a criação de condições de trabalho para todos os técnicos de saúde bem como apetrecha-los de equipamentos e materiais indispensáveis aos seus serviços.

Aquele responsável salientou que um técnico de saúde pode ser bom em termos de competencias  mas se não tiver meios materiais para pôr aplicar a sua compeencia na  pratica, tudo se revela inútil.

Alberto Oliveira lembrou que quando um técnico aufere um salário miserável, que não cobre as suas despesas corre o risco de ter um comportamento condenável de ponto de vista deontológico, tendo frisado que, com isso, não quer dar aval para que os enfermeiros comportem dessa forma.

“O Governo deve acabar com as cobranças ilícitas que se verificam nos hospitais do país”, exortou tendo lembrado que a organização que dirige repudia tais práticas que considera de “incompatíveis”.

Aquele técnico de saúde disse que na Guiné -Bissau acontecem casos em que  um enfermeiro cuida de vinte à trinta pacientes sozinho, quando, de acordo com as normas, devia , no máximo, responsabilizar-se de oito.

Informou que em situação de casos que necessitam de tratamentos intensivos, um técnico de saúde não deve ultrapassar três doentes o que não é o caso na Guiné-Bissau. Adiantou por isso que é urgente o aumento dos recursos humanos qualificados de forma a reduzir a sobrecarga de trabalho.

Referindo-se às constantes denúncias dos pacientes em relação aos erros cometidos por técnicos e saúde, Alberto Oliveira disse não existir profissão no mundo isento de erros.

Contudo, reconheceu que aos de  enfermeiros estão directamente ligadaos à vida humana, pelo que se exige mais cuidado e atenção especial para que não ocorram falhas técnicas que as vezes são fatais.

Alberto Oliveira Lopes considerou de “heróis “os enfermeiros que estão a trabalhar no interior do país principalmente os que estão colocados nas ilhas de Bijagós e outras localidades, devido a situação de isolamento em que se encontram, e que, as vezes, fazem  trabalhos que competem aos médicos e parteiras.

ANG/MSC/ÂC/JAM/SG



EUA


Trump retirou Iraque do novo decreto anti-imigração

Bissau, 07 Mar 17 (ANG) - O Presidente dos Estados Unidos assinou  segunda-feira uma nova versão do controverso decreto sobre imigração que foi bloqueado pela justiça americana e decidiu retirar o Iraque da lista de países visados.

Na nova versão do decreto, que visa impedir a entrada de cidadãos de certos países nos Estados Unidos, são agora referenciados apenas seis países de maioria muçulmana – Irão, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen – o que significa que o Iraque saiu da lista negra.

As pessoas com autorização de residência, que detém os conhecidos ‘green card’, e os titulares de vistos estão explicitamente protegidos e podem continuar a viajar para os Estados Unidos, assegurou a administração norte-americana.

Trump mantém o congelamento da entrada por 120 dias para os refugiados, à exceção dos que já tenham, à data, autorização de entrada no país.

O novo decreto entra em vigor a 16 de março, por 90 dias, segundo os documentos publicados esta segunda-feira pelo Departamento de Segurança Interna norte-americano.

 ANG/Lusa


Coreia do Sul


Presidente sob suspeita de conspiração

Bissau, 07 Mar 17 (ANG) - A Procuradoria da Coreia do Sul suspeita que a Presidente afastada, Park Geun-hye, conspirou com sua amiga e confidente Choi Soon-sil, para obter subornos da Samsung e outras empresas, anunciou ontem a equipa de investigadores.


A equipa independente de procuradores tornou públicas segunda-feira as conclusões da investigação de mais de três meses sobre a ampla trama de corrupção da amiga da Presidente sul-coreana, na qual volta a assinalar Park Geun-hye como suspeita de múltiplos delitos.

Os investigadores consideram que Park e Choi se puseram de acordo para pressionar a Samsung e outros grandes conglomerados empresariais sul-coreanos para que realizassem doações a organizações vinculadas à amiga da Presidente, em troca de um tratamento favorável das autoridades, destacaram em comunicado.

Além disso, os procuradores concluíram que a Presidente estava ciente da criação de uma lista exclusão de quase dez mil artistas e profissionais do mundo da cultura críticos ao Governo, concebida com o objectivo de cortar as suas vias de financiamento público e privado.

As conclusões da procuradoria apontam Park como suspeita dos crimes de suborno, tráfico de influência e abuso de poder, entre outros, dentro da ampla trama de corrupção do caso sua amiga. 

Park conta com imunidade legal devido ao facto de ainda ocupar formalmente o cargo de Chefe de Estado, embora tenha sido afastada de suas funções quando o Parlamento sul-coreano aprovou a sua destituição em Dezembro do ano passado.

A destituição de Park está agora nas mãos do Tribunal Constitucional, do qual se espera uma decisão a respeito nos próximos dias. A equipa independente de investigadores tentou repetidamente interrogar a Presidente para esclarecer mais detalhes sobre a trama, mas Park evitou comparecer ao fazer uso de sua imunidade legal.

Os investigadores enviaram as suas conclusões à procuradoria estatal para continuar com a ­instrução sobre o caso, no qual estão envolvidas 30 pessoas, entre elas o herdeiro e líder de facto do conglomerado Samsung Group, Lee Jae-yong.

Lee, que permanece detido desde 17 de Fevereiro, vai ser julgado junto a outros quatro altos executivos da empresa pelas acusações de suborno e outros delitos como desvio e ocultação de activos no exterior.

A procuradoria deve continuar com a investigação para aprofundar nas conexões entre vários assessores da equipa de Park e outras grandes corporações sul-coreanas.

ANG/JA