segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Comércio Internacional


                      Washington e Pequim suspendem guerra por 90 dias

Bissau, 03 dez 18 (ANG) - Os Presidentes dos Estados Unidos e da China estabeleceram uma trégua comercial, que vai adiar por 90 dias o aumento das taxas alfandegárias norte-americanas impostas sobre importações chinesas, anunciou, no sábado, a Casa Branca. Washington tinha afirmado que a subida das taxas de 10% para 25% ia entrar em vigor a 1 de janeiro próximo. 
Donald Trump e Xi Jinping chegaram a acordo durante um jantar, no final da cimeira do G20, que decorreu entre sexta-feira e sábado, em Buenos Aires.
Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, indicou que o objetivo é permitir a continuação das negociações comerciais e os dois países vão iniciar "de imediato negociações sobre mudanças estruturais" em relação à proteção da propriedade intelectual, cibercrime e outras prioridades norte-americanas.
A Casa Branca acrescentou que se os dois lados não chegarem a acordo no prazo de 90 dias, então o aumento das taxas alfandegárias será aplicado.

Donald Trump saudou uma "reunião produtiva que abriu possibilidades ilimitadas para a China e os Estados Unidos", enquanto Wang Yi considerou que este acordo é uma vitória para os dois lados, no final de uma cimeira do G20 sob alta tensão na Argentina.
Washington referiu ainda que Pequim se comprometeu a comprar uma quantidade "ainda por definir, mas muito significativa" de produtos norte-americanos para reduzir o enorme desequilíbrio comercial entre os dois países.
Em particular, a China vai começar a comprar "de imediato" produtos agrícolas norte-americanos, garantiu.
A Casa Branca indicou ainda que Xi comprometeu-se a designar o fentanil como "substância controlada" na China e a impor pesadas penas a quem comercializar este forte analgésico, que está relacionado com o aumento das mortes por "overdose" de opiáceos nos Estados Unidos.
A administração norte-americana tinha anunciado que as taxas alfandegárias sobre importações chineses no valor de 200 mil milhões de dólares iam aumentar de 10% para 25% no início do próximo ano e Trump estava a considerar alargar o número de bens chineses que iriam sofrer esse aumento.
Entre sexta-feira e sábado, os líderes das 20 principais economias do mundo e dos países emergentes debateram, em Buenos Aires, os temas mais relevantes da agenda global, num momento de fortes tensões comerciais entre os Estados Unidos e potências como a China e União Europeia, e por conflitos político diplomáticos cruciais, em particular o que opõe a Rússia à Ucrânia.ANG/DN

Pessoas com Deficiência


Humanité e Inclusion apresenta  estudo sobre “Desafios no acesso à educação, proteção social e participação política”

Bissau, 03 dez 18 (ANG) – A ONG Humanité & Inclusion(HI) - novo nome da Handicap Internacional -, em parceria com a Federação das Associações de Defesa e Promoção dos Direitos das Pessoas com Deficiência(FADPD) apresenta hoje a tarde um estudo sobre “Pessoas com Deficiência na Guiné-Bissau: desafios no acesso à educação, proteção social e participação política”.

Segundo um comunicado à imprensa da União Europeia, a cerimónia de apresentação do estudo terá  lugar as 15h00, na Casa dos Direitos em Bissau.

“O estudo permitiu a realização de uma análise comparativa entre a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a sua aplicação prática, através das leis, políticas, estratégias e programas nacionais;  evidenciou lacunas entre a legislação e as práticas em vigor, levando assim à formulação de recomendações para o governo da Guiné-Bissau no âmbito dos Artigos 24º, 28º, 29º e 30º, para a sua aplicação no país”, refere o comunicado.

O estudo faz parte do “Projeto de fortalecimento do movimento dos direitos das pessoas com deficiência” financiado pela União Europeia e implementado pela HI e pela FADPD.
O mundo celebra hoje o dia das Pessoas com Deficiência.
ANG//SG

Política


Secretariado do PAIGC condena “violência verbal” do dirigente do PRS contra ministra da Administração Territorial

Bissau, 03 Dez 18 (ANG) – O Secretariado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), condenou o que considera de “violência verbal” do dirigente do PRS, Sola Na Inquilin Na Bitchita contra a ministra da Administração Territorial, Ester Fernandes.

 “O PAIGC condena com veemência todo o tipo de violência, seja verbal, física ou psicológica dirigida a seja quem for e vinda de quem vier, sobretudo quando se trata de um deputado da nação”, refere um comunicado do partido à que a ANG teve acesso.

 O Secretariado Nacional do PAIGC refere que o partido esta indignado com conteúdo da conferência de imprensa realizada na semana passada por um conjunto de partidos políticos que contestam o recenseamento eleitoral em curso.

Um grupo de partidos da oposição na voz de Sola Na Nquilin exige a demissão da ministra da Administração Territorial, a quem acusa de ser a resposavel por alegadas irregularidades que dizem estar a se verificar no processo de recenseamento eleitoral. A título pessoal, Sola terá ameaçado bater na ministra.

O grupo inclusive ameaça invadir a Presidência da República se até amanhã, terça-feira, o presidente da República não demitir Ester Fernandes, e um quadro do GTAPE, responsavel pela gestão dos dados de recenseamento eleitoral.

Segundo afirmações de Na Nquilin, se até terça-feira Ester Fernandes não for demitida, “reserva-se ao PRS o direito de abandonar o Governo”.

Reagindo as declarações de Sola, o PAIGC disse  em comunicado que a direção do PRS, maior patido da oposição  não quer  assim respeitar o Acordo de Conacri e seus atos subsequentes, condicionando a sua permanência no governo à satisfação dos seus interesses e dos demais partidos que não querem contribuir para a viabilização das eleições legislativas no país.

O PRS, diz o comunicado, denunciou a existência de fraudes no recenseamento eleitoral, interpelando o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) sobre o assunto,mas o GTAPE apurou que tais denúncias, não tinham qualquer fundamento nem apresentam um facto concreto , e que  os denunciantes não apresentaram nenhuma queixa formal nas brigadas de recenseamento, conforme manda a lei.

O PAIGC refere no comunicado, que, pelo contrário, os militantes e simpatizantes do PRS e partidos “satélites “ foram surpreendidos a falsificar cartões de eleitor na “Papelaria Benfica” em Bissau, onde os seus autores foram detidos pela polícia de Ordem Pública para averiguação e na qual os resultados são comprometedoras para PRS  e o referido movimento que encabeça.

O comunicado ainda refere que o referido dirigente do PRS foi ministro de Administração Territorial durante 3 anos e foi incapaz de realizar uma única atualização de Caderno Eleitoral, o que está também subjacente ao caos em que neste momento pretendem colocar o país, com objectivos inconfessos.

O Secretariado Nacional do PAIGC advertiu a todos os guineenses e a comunidade internacional que o Presidente da República, os renovadores e seus apoiantes já tinham conseguido atrasos sucessivos no processo e tornou o recenseamento mais complicado, instruindo embaixadores a bloquear o processo.

O documento mostra ainda que certos secretários gerais de partidos perturbaram a mesa de recenseamento, falsificando e inventando boletins para desacreditar o processo, num esquema de “vale tudo” como senão bastasse ainda tentam forçar a queda ou alteração do atual governo.

Na nota o PAIGC acusou o PRS e seus comparsas de pretenderem adiar as eleições legislativas e se possível faze-las coincidir com as presidenciais previstas para o próximo ano. ANG/JD/ÂC//SG

Senegal


                  Macky Sall reconduzido na liderança do partido no poder
Bissau, 03 dez 18 (ANG) – O chefe de Estado senegalês, Macky Sall foi reconduzido na presidência do seu partido, a Aliança para a República(APR) no poder, antes de ser investido como candidato à sua própria sucessão na magistratura suprema do pais para as presidenciais de fevereiro próximo.
“ O congresso, por unanimidade dos participantes, proclama o camarada Macky Sall, presidente da Aliança para a República/Yaaakaar e candidato do partido para as eleições presidenciais de 2019”, declarou sexta-feira, Abdou Mbow, porta-voz adjunto do APR, no âmbito do congresso de investidura e da formação presiencial.
“O congresso destacou com sucesso a vitalidade e longevidade da coligação Benno Bokk Yakaar que governa admiravelmente o pais e vos dá o direito de estabelecer alianças eleitorais com todos os partidos ou movimentos políticos”, sublinhou Mbow, relembrando que a coligação Bokk Yaakaar que agroupa o partido presidencial e seus aliados, “tinha ganho todas as eleições organizadas no Senegal em 2012”.
« Partimos confiante para o combate de Fevereiro de 2019, tanto mais que  os resultados do meu trabalho foram julgados positivamente, disse o chefe de estado cessante, dizendo que aprecia  muito os conselhos do partido.
Cerca de 15 mil delegados vindos de 14 regiões do Senegal e 105 mil militantes mararam presença sádo na cerimónia de investidura do presidente Macky sall, candidato a sua sucessão nas presidencias de de 24 de fevereiro de 2019.
São partidos aliados da coligação, o Partido Socialista(PS) e a Aliança das Forças de Progresso(AFP),dirigidos respectivamente por  Ousmane Tanor Dieng, presidente do Alto Conselho das Colectividades Terrritoriais(HCCT) e  Moustapha Niasse, presidente da Assembleia Nacional. ANG/FAAPA


Recursos Florestais



Bissau,03 Dez 18(ANG) - O investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) da Guiné-Bissau, Miguel de Barros, denunciou que políticos, militares, juízes e autoridades tradicionais, estão envolvidos em negócios ilícitos de madeira do país.

Miguel de Barros, que é também diretor executivo da organização não-governamental Tiniguena, uma das mais destacadas na conservação dos recursos naturais guineenses, citou um estudo recente da sua organização que concluiu que há um claro envolvimento de atores políticos, elementos do setor privado, responsáveis pela defesa e segurança, juízes e chefes tradicionais ou religiosos, no negócio da madeira.

O investigador do INEP considera que a "aliança das cinco entidades causou prejuízos enormes" às florestas guineenses, tanto mais que as denúncias feitas pelas ONG e as populações nunca foram atendidas pela justiça, conforme recomenda a lei, observou.

"Perante o escândalo que foi a exploração da floresta guineense entre 2012 a 2015, ninguém foi levado à barra da justiça até hoje", declarou Miguel de Barros.

O ativista ambiental desconhece qual o nível da floresta desmatada pelos madeireiros, já que o último inventário florestal feito no país data dos anos 1980, mas afirmou que na região de Oio (centro e norte) e no leste do país já desapareceu a chamada floresta primária.

Algumas espécies, como o pau sangue, estão quase em vias de extinção em toda a floresta guineense, devido ao corte promovido por madeireiros chineses, gambianos e pela própria população, notou Miguel de Barros.

"A população sentiu-se no direito de cortar também já que foi quem conservou as espécies até aqui", sublinhou o investigador do INEP.

Mesmo com a moratória decretada pelo Governo em 2015, que proíbe o corte da floresta para fins comerciais durante cinco anos, Miguel de Barros acredita que "até hoje" a prática continua, com os camiões a transportarem o produto para Bissau em direção ao porto para exportação, disse.

Miguel de Barros enfatizou que os camiões "até se dão ao luxo" de passar pelas duas principais avenidas da capital, Amílcar Cabral e Combatentes da Liberdade da Pátria. ANG/Lusa

Burquina Faso


             Cinco mortos em ataque contra exército no leste do país

Bissau, 03 Dez 18 (ANG) -  Cinco  pessoas, incluindo soldados, morreram num ataque contra dois veículos de patrulha do exército burkinabe na aldeia de Boungou, no leste do país, ocorrido na noite de sexta-feira última  noticiou a PANA.

Bandeira de Burkina Faso
"Havia dois veículos na caravana. O primeiro accionou um engenho explosivo improvisado e seguiram-se tiros, indicou um vereador local.

A situação de segurança é marcada, há quase três anos, por um aumento de ataques terroristas no Burkina Faso, que já fizeram mais de 200 mortos, dos quais elementos das forças de defesa e de segurança, em várias regiões do país.

Indivíduos armados não identificados atacaram, na noite de quarta para quinta-feira, um posto de gendarmaria na localidade de Namsiguian, situada a cerca de 60 quilómetros de Kongoussi, no norte do Burkina Faso, ferindo um gendarme.

No fim de semana passado, um imã, um muezim e outras sete pessoas foram sequestrados, por  homens armados não identificados na aldeia de Ira, localizada a 30 quilómetros de Djibasso, no noroeste do país, na fronteira com o Mali, soube a PANA de fontes concordantes. ANG/Angop