Washington
e Pequim suspendem guerra por 90 dias
Bissau, 03 dez 18 (ANG) - Os Presidentes dos Estados Unidos
e da China estabeleceram uma trégua comercial, que vai adiar por 90 dias o
aumento das taxas alfandegárias norte-americanas impostas sobre importações
chinesas, anunciou, no sábado, a Casa Branca. Washington tinha afirmado que a
subida das taxas de 10% para 25% ia entrar em vigor a 1 de janeiro próximo.
Donald Trump e Xi
Jinping chegaram a acordo durante um jantar, no final da cimeira do G20, que
decorreu entre sexta-feira e sábado, em Buenos Aires.
Em comunicado, a
porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, indicou que o objetivo é permitir a continuação das
negociações comerciais e os dois países vão iniciar "de imediato
negociações sobre mudanças estruturais" em relação à proteção da
propriedade intelectual, cibercrime e outras prioridades norte-americanas.
A Casa Branca acrescentou que se os dois lados não chegarem a acordo no
prazo de 90 dias, então o aumento das taxas alfandegárias será aplicado.
Donald Trump
saudou uma "reunião produtiva que abriu possibilidades ilimitadas para a
China e os Estados Unidos", enquanto Wang Yi considerou que este acordo é
uma vitória para os dois lados, no final de uma cimeira do G20 sob alta tensão
na Argentina.
Washington referiu
ainda que Pequim se comprometeu a comprar uma quantidade "ainda por
definir, mas muito significativa" de produtos norte-americanos para
reduzir o enorme desequilíbrio comercial entre os dois países.
Em particular, a China vai começar a comprar "de imediato"
produtos agrícolas norte-americanos, garantiu.
A Casa Branca
indicou ainda que Xi comprometeu-se a designar o fentanil como "substância
controlada" na China e a impor pesadas penas a quem comercializar este
forte analgésico, que está relacionado com o aumento das mortes por
"overdose" de opiáceos nos Estados Unidos.
A administração
norte-americana tinha anunciado que as taxas alfandegárias sobre importações
chineses no valor de 200 mil milhões de dólares iam aumentar de 10% para 25% no
início do próximo ano e Trump estava a considerar alargar o número de bens
chineses que iriam sofrer esse aumento.
Entre sexta-feira
e sábado, os líderes das 20 principais economias do mundo e dos países
emergentes debateram, em Buenos Aires, os temas mais relevantes da agenda
global, num momento de fortes tensões comerciais entre os Estados Unidos e
potências como a China e União Europeia, e por conflitos político diplomáticos
cruciais, em particular o que opõe a Rússia à Ucrânia.ANG/DN
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