Presidente
do Sinaprof apela firmeza dos professores na luta para aplicação da Carreira Docente
Bissau, 07 Dez 18 (ANG) – O
Presidente em exercício do Sindicato Nacional dos Professores (Sinaprof),apelou
hoje à classe docente para se manterem
firmes na luta pela aplicação dos acordos assinados com o Governo, principalmente
no que tem a ver com aplicação do Estatuto da Carreira Docente.
Domingos de Carvalho que falava
hoje em conferência de imprensa, disse que as últimas declarações do Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e do Chefe de Governo que também
pertence ao mesmo partido ,segundo as quais a paralisação na área da educação é uma greve
política, não os incomoda.
Disse que, se cobrar
dívidas é política, então vão continuar a cobrar sem preocupação.
“Com isso, queremos exortar
as pessoas a não desesperarem e vamos apelar aos professores que são
conscientes dos seus direitos e estamos a lutar para que o Estatuto da Carreira
Docente seja aplicado, com respectivas regalias como foi aprovado pela
Assembleia Nacional Popular .Somados não
igualam à subsídios de milhões que os governantes recebem, mas vai dar para
comprar, pelo menos, um saco de arroz”, disse.
O sindicalista frisou que
são todos guineenses e as que as riquezas do país devem ser repartidas para
cada cidadão obter a sua parte, de acordo com as funções que desempenha,
salientando que não estão nesta frente para brincadeiras.
Referindo-se às viaturas
doadas pelo Presidente da República aos líderes sindicais da área educativa e
badalados nos últimos dias na praça pública, disse que é uma tentativa de denegrir
a imagem destas instituições e desacreditar os sindicatos, levando aos
professores a não aderirem à greve, tendo afirmado que para comprar a sua
consciência ou da direcção do Sinaprof e Sindeprof é muito difícil.
“Os professores das escolas de auto gestão
estão a ser explorados porque todas as regalias ganhas nestas escolas, não
podem ser comparadas ao que hão-de ganhar se a nossa luta for vencida”, disse.
Aquele responsável sindical
confirmou as retalhações de alguns associados pelos diferentes directores das
escolas sobretudo nas regiões, e afirmou que os professores em greve e
representantes dos sindicatos estão a ser vítimas da retirada de horários ou
transferências ilegais.
O Presidente do Sinaprof
afirmou que, apesar de estarem abertos para o diálogo, a greve ainda está de pé e que se iniciarem as aulas será para valer sem nenhuma interrupção até o
final do ano lectivo.
“Até as coisas ficarem
claras não haverá as aulas, e não temos medo de intimidações”, disse.
Domingos de Carvalho disse
ter informado ao Ministro da Educação que a greve não será levantada enquanto o
salário de último professor não chegar as suas mãos, acrescentando que, se isso
aconteçer, cada docente toma providências para continuar o seu trabalho.
O Presidente de Sinaprof disse
que as condições para se levantar a greve passam pela contraproposta ou seja aplicação
dos Estatutos da Carreira Docente ainda este ano, para que os professores
comecem a beneficiar das suas regalias,
pagamento das dívidas aos professores contratados e novos ingressos, dependendo
da modalidade a usar para o efeito, efectivação, e harmonização de letras entre
professores da mesma categoria.
ANG/MSC/ÂC//SG
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