Falta
"vontade política de países desenvolvidos", diz Comissária da União
Africana
Bissau, 11 dez 18 (ANG) - O continente africano quer que a COP24
adopte um roteiro “claro” para a implementação dos compromissos financeiros
prometidos para a luta contra as alterações climáticas.
Segundo a RFI, Três anos após o Acordo de Paris, o continente
africano continua a consolidar os seus esforços num caminho de desenvolvimento
de baixo carbono e resiliente às alterações climáticas através da implementação
das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC’s -Nationally Determined
Contributions).
África quer que a COP24 adopte um roteiro “claro” para a
implementação do compromisso dos 100 mil milhões de dólares por ano até 2020
para o financiamento da luta contra as alterações climáticas.
Em 2018, as emissões globais de dióxido de carbono registaram um
aumento de 3%. Dados que pressionam as partes presentes na Conferência das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas a encontrar uma solução para travar o
aquecimento global do planeta. 2018 foi um ano de recordes de temperaturas.
Em declarações à RFI, em Katowice, Polónia, Josefa Sacko, Comissária para a Economia Rural e Agricultura da União
Africana, alertou para a necessidade de implementação do Acordo
de Paris, “o meu continente tem cerca de 47 ratificações e os relatórios que estamos
a receber indicam que se nada for feito vamos ter situações caóticas a nível
global”. “Todos dependemos da sustentabilidade do planeta”,
acrescentou a angolana.
“No continente africano a nossa responsabilidade em termos de poluição é
pouca, mas somos muito vulneráveis aos impactos climáticos. De dois em dois
dias há calamidades a acontecer no continente”, ressalvou Josefa
Sacko.
Questionada sobre o que falta fazer para a
implementação efectiva do Acordo de Paris, a Comissária para a Economia Rural e Agricultura da União
Africana foi peremptória: falta “vontade
política”,
sublinhando que os relatórios existem e têm por base dados científicos, por
isso, “temos de agir hoje se
queremos um futuro sustentável”.
Josefa Sacko concluiu dizendo que a prioridade
de África é a “implementação
dos NDC’s e a adaptação”.
A COP24 decorre em Katowice, na Polónia, onde segunda-feira a
Aliaça Internacional de Agências de Desenvolvimento Católico(CIDSE) procedeu a
esttreia do documentário “Energy to Change”(Energia para Mudar), em que os
protogonistas estão unidos pela vontade de mudar a produção e consumo de
energia. ANG/RFI
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