ONU reclama justiça contra violação sexual maciça
Bissau, 06 dez 18
(ANG) - O secretário-geral da ONU, António
Guterres, denunciou segunda-feira, em comunicado as agressões sexuais cometidas
recentemente por homens armados contra 150 mulheres ou adolescentes, no Sudão
do Sul.
Guterres que condenou aquilo que considerou brutais ataques sexuais,
pediu o julgamento dos culpados.
Não obstante os compromissos dos dirigentes
daquele país em cessar as hostilidades e de relançar o plano de paz, a
insegurança contra os civis mantêm-se catastrófica, nomeadamente para as
mulheres e as adolescentes, acrescenta o comunicado.
Nos últimos 12 dias, mais de 150
mulheres e adolescentes pediram apoio, depois de serem violadas sexualmente em
Bentiu, Sudão do Sul, refere um comunicado conjunto assinado por três
responsáveis da ONU, nomeadamente Henrietta Fore (UNICEF), Mark Lowcock
(Assuntos humanitários) e Natalia Kanem (FNUAP).
Sexta-feira, a ONG Médicos Sem Fronteiras
(MSF) afirmou que 125 mulheres e adolescentes foram violadas ou
brutalizadas em 10 dias, quando procuram comida fornecida por
organizações internacionais na região de Bentiu (Norte).
Algumas vítimas tem 10 anos, outras estavam
grávidas ou tinham mais de 65 anos, precisou a ONG MSF.
O Sudão do Sul mergulhou numa guerra civil,
em Dezembro de 2013, quando o Presidente Salva Kiir, un Dinka, acusou Riek
Machar, seu antigo vice-presidente da etnia nuer, de fomentar um golpe de
Estado.
Marcado por atrocidades com carácter étnico
e com violação como arma de guerra, causou mais de 380 mil mortos, segundo um
estudo publicado recentemente, e deslocou mais de quatro milhões de sul
sudaneses, seja, a fuga de um terço da população.ANG/Angop
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