LGDH e RENLUV pedem intervenção
do Presidente da República no caso de “abuso
de poder”
Bissau, 14 Dez 18 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) e
a Rede Nacional de Luta Contra Violência Baseada no Género e Criança (RENLUV),
pediram a intervenção urgente do Presidente da República no caso considerado de
“ abuso de autoridade” cometido por um militar de nome Padre Uia Da Silva vulgo Mourinho, afecto a um dos aquartelamentos
militares em Bissau.
Os proponentes da
carta denunciaram que o militar em causa, em defesa de sua esposa, fez a
justiça com as suas próprias mãos.
“No dia 28 de
Novembro de 2018, na sequência de um conflito que opõem duas mulheres da mesma
vizinhança, o Sr. Padre Uia da Silva, em defesa da sua esposa, decidiu fazer
justiça com as suas próprias mãos, espancando de forma bárbara e cruel uma
senhora de nome Aua Camará, de 32 anos de idade”, diz a carta.
Diz a carta que
devido a gravidade do estado da espancada, a vítima apresentou uma queixa-crime
contra o suspeito junto à Polícia Judiciária, o que culminou com a detenção do
militar, ordenada pelo Ministério público.
Os subscritores da
Carta disseram que no dia 4 de Dezembro de 2018, numa clara afronta à justiça,
um grupo de 12 militares da Brigada Mecanizada invadira a Polícia Judiciária
com martelos e paus, com a finalidade de arrombar as suas celas para libertar o
suspeito, e que, não obstante as ameaças que o suspeito representa para a
vítima e a existência de evidentes riscos de continuação de atividade
criminosa, o suspeito foi posto em liberdade, devido as supostas pressões
exercidas pela hierarquia das forças armadas.
Em consequência,
segundo a carta, na sequência de novos problemas entre as duas mulheres, no dia
12 de Dezembro de 2018, o suspeito Padre Uia da Silva decidiu invadir a casa da
vítima Aua Camará com um grupo de militares, proferindo-a graves ameaças contra
a sua integridade física.
“Curiosamente, estes tristes e vergonhosos comportamentos que desprestigiam a reputação e a imagem da instituição militar, são do conhecimento do Estado-maior General das Forças Armadas”, lê-se na carta.
Considerando estas atitudes que a Liga e o RENLUV consideram de ilegais, as duas organizações pedem urgente intervenção do Presidente da República enquanto Comandante em Chefe das Forças Armadas, “com vista a estancar estas ilegalidades, colocando o suspeito às ordens das autoridades judiciárias e ordenar a abertura de um inquérito interno para apurar as responsabilidades disciplinares”.
“Curiosamente, estes tristes e vergonhosos comportamentos que desprestigiam a reputação e a imagem da instituição militar, são do conhecimento do Estado-maior General das Forças Armadas”, lê-se na carta.
Considerando estas atitudes que a Liga e o RENLUV consideram de ilegais, as duas organizações pedem urgente intervenção do Presidente da República enquanto Comandante em Chefe das Forças Armadas, “com vista a estancar estas ilegalidades, colocando o suspeito às ordens das autoridades judiciárias e ordenar a abertura de um inquérito interno para apurar as responsabilidades disciplinares”.
ANG/DMG//SG
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