PAIGC pede demissão de Sola Na Inquilin nas funções de
Presidente da Comissão Parlamentar para Defesa da Mulher e Criança
Bissau, 05 Dez 18
(ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pediu
a demissão de Sola Na Inquilin Na Bitchita enquanto Presidente da Comissão
Parlamentar para Defesa da Mulher e Criança, alegando as ameaças de
espancamento proferidas recentemente contra uma mulher.
O pedido foi feito
hoje em conferência de imprensa dada pelo porta-voz do partido, João Bernardo
Vieira, em jeito de análise à actual situação política, sobretudo do recenseamento
eleitoral em curso, bem como do conteúdo da conferência de imprensa realizada
na semana passada por um grupo de partidos políticos que contestam o registo
eleitoral.
Aquele político disse
que o país não se constrói com violência e que no passado o PAIGC lutou pela libertação da
Guiné-Bissau e actualemente o seu partido está disposto a lutar contra a ignorância,
fome e acabar com as doenças.
Quanto a ameaça de
abandonar o governo caso o Presidente da República não demita a ministra da
Administração Territorial, Ester Fernandes, o porta-voz do PAIGC disse não
surpreender ninguém, justificando que ao longo dos setes meses deste governo
verificaram-se muitos cenários em que as pessoas participam na tomada de algumas
medidas na plenária de Conselho de Ministros e depois fazem o contrário.
“Quando vimos as
pessoas a ter este tipo de atitude, a conclusão à que chegamos é que elas estão
desesperadas e frustradas por estarem cientes de que vão cair mais uma vez nas
urnas”, afirmou o João Bernardo Vieira.
Acusou o PRS de
coadunar com as declarações de Sola Na Inquilin Na Bitchita, questionando como
é que um partido que almeja dirigir o país quer que as mulheres sejam
espancadas.
Nesta conferência de
imprensa o parta voz do PAIGC disse ainda que já é tempo do Presidente da República
fixar a data das eleições legislativas, porque já se recenseou cerca de 90 por
cento dos cidadãos com capacidade eleitoral e que não acredita que o chefe de
Estado guineense vai esperar depois da realização da Conferência de chefes de Estado
e do Governo da CEDEAO que se realiza no 22 de Dezembro para marcar a data.
João Bernardo Vieira
disse que as irregularidades no recenseamento denunciadas pelo conjunto de
partidos e a intenção dos alguns partidos em avançar com uma previdência cautelar,
servem apenas para atrasar o processo e consequentemente prolongar o escrutínio,
por não estarem preparados para ida às urnas.
A oferta que o
Presidente Mário Vaz fez aos Presidentes de algumas organizações sindicais não
escapou as críticas do porta-voz do PAIGC, qualificando ainda de “fufafu” as ideais
defendidas por José Mário Vaz, nomeadamente do “dinheiro de Estado no cofre de
Estado e combate a corrupção”. ANG/LPG/ÂC//SG
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