“Países têm
retraído financiamento”, diz Viriato Cassamá
Bissau, 12 dez 18 (ANG) – O ponto focal da Guiné-Bissau para
alterações climáticas, Viriato Cassmá disse espera ver as questões do financiamento e
“livro de regras” do Acordo de Paris resolvidos nesta COP24, que decorre em
Polónia.
: “Temos
grandes expectativas de que, pelo menos, o artigo 9.5, que diz respeito ao
financiamento, seja aligeirado. Por outro lado, pensamos que vamos conseguir
terminar o programa de trabalho para a implementação do Acordo de Paris”,
reiterou Viriato Cassamá.
Para Viriato Cassamá, a saída dos Estados Unidos do Acordo de
Paris veio prejudicar as negociações.
“Os sinais são claros, o planeta está a aquecer e os fenómenos
climáticos extremos são cada vez mais frequentes. Todavia, os cerca de 200
países reunidos em Katowice, na Polónia, tardam numa resposta ambiciosa”,
considerou.
Cassamá sublinhou que o
seu país conseguiu, no início de Dezembro, "financiamento para um mecanismo de prontidão para o estabelecimento da
autoridade nacional designada em termos do Fundo Verde do Clima”.
Denuncia que “os
países que financiam têm estado a criar barreiras e a retrair o financiamento
do Fundo Verde”.
Para o ponto focal da Guiné-Bissau para as alterações
climáticas, não há dúvidas, “o
pronunciamento dos Estados Unidos em retirar-se do Acordo de Paris retraiu
grande parte dos países, que sempre se comprometiam a disponibilizar fundos e
meios para os países que mais sofrem com as alterações climáticas, e
prejudicou, em larga medida, as negociações internacionais sobre o clima”.
As negociações sobre o clima, segundo a RFI, estão a ser difíceis
em Katowice,na Polónia, onde decorrem há duas semanas e devem terminar na
sexta-feira, dia 14.
“A divisão reina em Katowice, na Polónia, onde decorrem as
negociações sobre o clima. Segundo observadores, falta a “locomotiva” para que
avancem. A Europa que devia ser uma força motriz, está dividida. Se engajou a
reduzir 40 por cento das emissões de gás de efeito de estufa daqui a 2030”,
refere um despacho do enviado especial da RFI a Katowice, que dá conta de que
está-se a pedir mais de estados europeus. ANG/RFI
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