“Conversações inter-MFDC começam a dar frutos”, Rober Sagna
Bissau, 31 dez 18 (ANG) – As discussões
em curso no seio do Movimento das Forças
Democráticas de Casamance(MFDC), para permitir que as suas diferentes facções
unificassem posições para uma eventual negociação com as autoridades
senegalesas começam a dar frutos, disse Robert Sagna, coodenador do Grupo de Reflexão
para a Paz em Casamance(GRPC).
Imagem Ilustrativo |
“Os diferentes chefes rebeldes estão hoje muito avançados nessas
conversações, devendo proceder o que eles chamam de “concertação inter-MFDC”,
declarou Sanhá à estação privada, Rádio Furturo Medias(RFM)
Segundo o antigo presidente da Câmara
Municipal de Ziguinchor, os esforços dos responsáveis das diferentes facções do
MFDC, “estão em vias de trazer os seus frutos” mesmo se Salif Sadjo,
considerado o chefe da ala radical da rebelião não está , por enquanto,
implicado nas conversações.
O coordenador do Grupo de Reflexão para
a Paz em Casamance diz que a iniciativa global é necessária para se ver a
rebelião falar numa única voz, para que as decisões que venham a ser tomadas
numa eventual negociações com as autoridades de Dakar possam contar com o
engajameto de todas as facções
Robert Sagna referiu que a maioria dos
chefes das facções do MFDC estão em contacto permanente e aguardam que o Salif
Sadjo se junte ao grupo, abrindo-se ao diálogo e a paz,, pois será bem-vindo.
Disse que os membros GRPC devem ser considerados
como facilitadores e não mediadores.
A imprensa senegalesa, citando o
correspondente da RFI em Bissau, Allen Yoro Embalo, jornalista que ultimamente
tem falado com Salif Sadjo, refere que o chefe rebelde estará pronto para negociar a paz em Casamance mas que, para
isso, “ quer um mediador credível”.
O MFDC iniciou a rebelião em 1982
reclamando a independência de Casamance, a parte Sul do Senegal constituida por
Kolda, Sedio e Ziguinchor.
O grupo intensificou a violência em 1990
tendo sido as populações as principais vítimas, mas a tensão baixou na região em 2000.
Os confrontos entre militares
senegaleses e os combatentes do MFDC
deram, desde 2012, lugar à uma certa acalmia que permitiu o regresso dos
refugiados à Casamance, autrora
considera celeiro do Senegal, e o relançamento, ainda que lentamente, da
economia na região. ANG/FAAPA
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