Ministro da Educação admite
recurso à “requisição civil” para salvar
ano lectivo
Bissau, 18 Dez 18 (ANG) - O
ministro de Educação Nacional prometeu tudo fazer para salvar o presente ano
lectivo 2018/2019, não excluindo hipóteses da requisição civil se for
necessário.
A promessa foi feita
hoje por Camilo Simões Pereira numa conferência
de imprensa destinada a prestação de informações sobre os pormenores que estão por detrás da
prolongada greve nas escolas públicas do país.
“No que concerne as dívidas
em atraso com os professores contratados e de novos ingressos que é um dos
pontos fortes da revindicação dos sindicatos do sector educativo, prometemos
que vamos pagar essa divida paulatinamente ou seja quando um mês termina vamos
pagá-lo e um em atraso mas os sindicatos
recusaram essa proposta”, explicou o ministro da Educação.
Acrescentou que, sobre o Estatuto
de Carreira Docente, foi aprovado na Assembleia Nacional Popular e que só não
foi promulgado pelo Presidente da República devido a um erro que o seu assessor
jurídico detectou no documento e que obrigou o seu retorno à ANP para efeitos
de correcção, sublinhando que se esses pormenores forem resolvidos o Presidente
da República irá aprová-lo ainda esta semana.
Camilo Simões Pereira afirmou
que são os sindicatos que estão a dificultar o início das aulas no país e que o
Ministério da Educação não vai ficar de braços cruzados, uma vez que a situação
bloqueia a própria instituição.
Aquele responsável garantiu que vão
desbloquear o salário do mês de Novembro e que se no caso os professores não
começarem as aulas, o governo não vai pagar
o mês de dezembro.
O ministro apela aos
professores no sentido de retomarem as aulas no prazo de cinco dias para salvar o ano lectivo e garantir o futuro dos estudantes.
“Se por acaso tudo estes
esforços vieram a não surtir efeitos, vamos simplesmente recrutar novos
professores uma vez que existem pessoas capacitadas que possam dar aulas e que
estão cheios de vontade para o fazer”, frisou o governante.
Camilo Simões Pereira
manifestou a possibilidade de dialogar com os sindicatos sempre que necessário
na busca de uma solução permanente para o sector educativo.
Explicou que o Ministério
que dirige jamais recusou resolver os problemas dos professores e que apenas
não pode o fazer da forma como os sindicatos querem, devido as capacidades
limitadas do actual governo.
O ministro de Educação disse
que vai ser criada uma Comissão de Seguimento da aplicação do memorando que
visa promulgação da Carreira Docente e pagamento das dívidas do ano lectivo
2017/2018 aos professores contratados e novos ingressos, acrescentando que a
referida Comissão vai integrar os líderes religiosos.
ANG/AALS/ÂC//SG
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