sexta-feira, 7 de junho de 2019

Tribunais de Contas


Cabo Verde e Guiné-Bissau assinam protocolo de cooperação e de assistência técnica

Bissau, 07 jun 19 (ANG) - O Tribunal de Contas de Cabo Verde assinou quarta-feira, na Cidade da Praia, com a sua congénere da Guiné-Bissau, um protocolo de cooperação e de assistência técnica para intercâmbios, trocas de experiências, visando o fortalecimento das duas instituições.
O acordo foi rubricado  na Cidade da Praia, pelo presidente do Tribunal de Contas de Cabo Verde (TCCV) João da Cruz Silva, e pelo seu homólogo guineense, Dionísio Cabi, e visa promover o intercâmbio, visitas de estudo, no sentido de fortalecer a organização e funcionamento das duas entidades.
Na ocasião, o presidente do TCCV considerou que este protocolo vai melhorar a qualidade do controlo através da melhoria dos métodos técnicos de auditoria, intercâmbio de informações e documentação, trocas de experiências relativas a diferentes tipos de controlo exercido pelas duas instituições, permitindo assim a transferência de conhecimento mútuo.
“Este protocolo assume uma especial importância e dignidade, porque permitirá aos países, onde os recursos não abundam, procurar interesse comum, usa-lo de forma mais sustentável”, realçou João da Cruz Silva, que disse que este acto representa um novo capitulo na história dos tribunais de contas dos dois países, permitindo assim colocar a experiências cabo-verdiana ao serviço de um projecto comum de exercer a fiscalização financeira de conformidade e de gestão em benefícios dos dois povos.
Para este responsável, este acto revela-se de uma importância incomensurável para o fortalecimento do controlo e gestão das finanças públicas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Por seu turno, o presidente do Tribunal de Contas da Guiné-bissau, Dionísio Cabi, afirmou que este acordo vai contribuir para desenvolver acções concretas, em cumprimento das missões fiscalizadoras enquanto órgão de controlo externo, e criará condições para o melhor desempenho no combate à corrupção e no fomento à política de boa governação, com projectos “ inovadores, úteis e com inabalável vontade de melhorar a gestão da coisa pública”.
“O protocolo de cooperação e de assistência técnica representa mais um passo nesta caminhada de combate à corrupção, no fomento à política da boa governação e na edificação do estado social e democrático do direito, pois a problemática de combate à corrupção é um desafio mundial , considerando que, nos dias actuais, é assente que a corrupção é a causa de má governação, aumento generalizado da pobreza, é fonte de desperdício de recursos, má afectação dos mesmos e é motivo de desistência dos investimentos”, considerou.
Com este acordo, segundo Dionísio Cabi, o Tribunal de Contas da Guiné-Bissau vai obter ganhos no domínio da organização interna, da tecnologia de informação e de comunicação, sobretudo, na elaboração de instrumentos jurídicos de que não dispõe, tendo em conta os passos já dados pelo Tribunal de Contas de Cabo Verde nesta matéria.
Para tal, defendeu que é necessário efectivar e operacionalizar mecanismos de controlo, criar canais de comunicação mais eficientes, melhorar a transmissão de informações e monitorar a coordenação das suas actuações, por forma a imprimir maior controlo interno na administração pública e transparência na gestão dos recursos públicos.ANG/Inforpress

Política


“Cabe ao Presidente da República tirar o país da situação em que se encontra”, diz comentador Político da Rádio Sol Mansi

Bissau, 07 Jun 19 (ANG) - O comentador político da Radio Sol Mansi, Rui Jorge Semedo disse esta quinta-feira que cabe ao Presidente da República a responsabilidade de tirar o país da situação em que se encontra.

Segundo a Rádio Sol Mansi, Jorge Semedo falava em jeito de análise da situação de não nomeação de um primeiro-ministro saído das últimas eleições legislativas realizadas no passado dia 10 de Março do corrente ano.

“As sucessivas marchas é uma forma de fazer pressão, mas só que o próprio Presidente da República deve colaborar para o bem-estar do povo guineense, porque se não, o país jamais sairá da actual situação”, referiu o comentador político.

Sublinhou que a prioridade dos governantes deve residir na busca de consensos com o objectivo de tirar o povo da Guiné-Bissau na situação de constantes dificuldades.

“Já la vão três meses após a realização das eleições legislativas, até então, o primeiro-ministro não foi nomeado, o país ficou parado e a situação agrava cada vez mais. Por isso, é necessário que  o Presidente da Republica faça algo, uma vez que ele é que tem a competência de nomear o chefe de governo”, exortou Rui Semedo.

Acrescentou que o desejo de criar a estabilidade política e governativa deve estar sempre na mente dos governantes, pelo facto de serem  escolhidos democraticamente como os promotores de desenvolvimento e de segurança interna.

O Comentador Político disse ainda que o “puxa-puxa” e o orgulho devem ser deixado de lado com a finalidade de garantir um mínimo de conforto ao povo guineense. ANG/AALS/ÂC//SG

UE


                      Conselho simplifica regras para concessão de vistos

Bissau, 07 jun 19 (ANG)  – O Conselho da União Europeia (UE) adoptou quinta-feira novas regras que simplificam a concessão de vistos de entrada no bloco europeu, nomeadamente para viajantes regulares.
As novas regras permitem a apresentação dos pedidos por via electrónica e entre seis meses e 15 dias antes da viagem, passando a ser permitida a emissão de vistos de entradas múltiplas a viajantes regulares com um historial de vistos favorável, por um período que aumenta gradualmente de um para cinco anos.
As alterações ao Regulamento Código de Vistos prevêem ainda que os custos de emolumentos do visto serão aumentados para 80 euros e avaliados de três em três anos.
Segundo as novas regras, a Comissão Europeia avaliará periodicamente a cooperação dos países terceiros em matéria de readmissão e, quando um país não colaborar, poderão ser adoptadas medidas restritivas específicas relacionadas com o tratamento e, em última análise, com os emolumentos do visto.
Em contrapartida, se se considerar que um país está a cooperar em matéria de readmissão, a Comissão pode propor que o Conselho adopte uma decisão de execução que preveja uma redução dos emolumentos do visto, uma redução do tempo de decisão sobre os pedidos de visto ou uma prorrogação do período de validade dos vistos de entradas múltiplas. ANG/Lusa

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Função Pública


Centrais sindicais declaram continuidade  de greves até que suas exigências forem atendidas

Bissau,06 Jun 19(ANG) – As duas centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau(CGSI-GB), declararam que vão  continuar com vagas de greves na função pública até que as suas reivindicações forem atendidas.

O secretário geral da UNTG, na sua intervenção perante milhares de funcionários públicos no final de uma marcha pacífica realizada hoje para exigir ao Governo o cumprimento das suas reivindicações, apelou à todos os servidores de Estado para acreditarem nas suas lutas.

Júlio Mendonça afirmou que os funcionários públicos sempre foram enganados pelos sucessivos governos que passaram no país, de que não é possível pagar um salário condigno, devido alegados  fracos recursos do país para a sua sustentabilidade.

Aquele líder sindical sublinhou que a Guiné-Bissau dispõe de recursos mais do que qualquer país da sub região, acrescentando que “já venderam os nossos recursos haliêuticos e agora estão actualmente em querelas políticas por causa do petróleo”.

“Estas divergências políticas que existem é por causa do nosso petróleo. Já têm conhecimento da sua existência e por isso estão a lutar, a todo o custo, para o poder”, afirmou Júlio Mendonça.

Disse que os funcionários públicos igualmente já estão com olhos abertos e que vão lutar para os melhores salários e condições de trabalho.

“É possível pagar o salário mínimo de 100 mil francos CFA na Função Pública. É só a questão de gerir correctamente as receitas provenientes das pescas”, afirmou, acrescentando, a título de exemplo de corrupção, que nesse sector todos os agenciadores são  funcionários do Ministério das Pescas.

Por sua vez, o Secretário-geral da Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau(CGSI-GB), Malam Li Baldé desmentiu as informações proferidas quarta-feira por um dos conselheiros do Primeiro-ministro segundo as quais as centrais sindicais condicionaram o levantamento da greve na função pública à  aplicação do salário mínimo de 100 mil francos CFA.

“Hás dias ouvimos um dos conselheiros do Primeiro-ministro a dizer que o Governo liquidou os salários na função pública até o mês de Maio. Isso não corresponde minimamente à verdade porque existem muitos estagiários com muitos meses de salários em atraso incluindo os jornalistas dos órgãos de comunicação social públicos”, criticou Malam Li.

Disse que existem igualmente os professores de novos ingressos de 2017 à 2018 com oito meses de ordenados em atraso e outros contratados com dois meses de atrasados.

As duas centrais sindicais concluíram hoje a quarta vaga de greves na função pública em que  reivindicam, entre outras, a aplicação de 100 mil francos CFA como salário mínimo na Função Pública.

Actualmente o salário mínimo nacional é de 50.000 fcfa, e foi adoptado em Agosto do ano passado, na sequência de  reivindicações das duas centrais sindicais.

Igualmente hoje, Bissau foi palco de manifestações políticas promovidas pelos partidos Madem G-15 e o PRS, da oposição .ANG/ÂC//SG



Islão/Ramadão





Bissau,06 Jun 19(ANG) - Os fiéis muçulmanos da Guiné-Bissau voltaram a divergir-se em relação ao dia da reza de Ramadão.

Uma parte procedeu a reza, no passado dia  04, e uma outra rezou no dia seguinte ou seja dia 05 do corrente mês.

Segundo a Rádio Sol Mansi, a mesma divergência paira também dentro das próprias estruturas do governo.
De acordo com estação emissora,  na noite de
segunda-feira passada, o Ministério da Reforma Administrativa, Função Pública e Trabalho, ao abrigo da lei, decretou feriado para o dia 04 de junho. Horas depois o mesmo Ministério divulgou uma nota lamentando “profundamente” que não houve uma data consensual entre as organizações islâmicas, pelo que os fiéis podem fazer a reza de fim do jejum conforme o início lunar de cada um.

Também numa outra nota de esclarecimento, o primeiro-ministro diz ter tomado conhecimento, sem consulta prévia, do comunicado da reza produzido pelo Ministério da Função Pública.

Ainda sobre a reza muçulmana “Aid El Fitr” (ramadão), o imame da mesquita central de bairro D´Ajuda, Mamadu Iaia Djaló, diz estar preocupado porque fiéis muçulmanos não rezaram no mesmo dia.

Mamadu Iaia Djaló diz ainda estar preocupado com a situação de alguns fiéis muçulmanos que alegam não ter completado os dias de jejum e por isso rezaram somente ontem dia 05.

Mamadu Iaia Djaló sustenta ainda que, há dois anos foram convocadas as organizações mais destacadas para decidirem juntos os três pontos importantes para o início de jejum e data de ramadão.

Mamadu Djaló pede união no seio dos muçulmanos e também o entendimento no seio dos partidos políticos para viabilização do país.

Os fiéis juntaram-se na mesma voz deste líder religioso pedindo o entendimento entre os muçulmanos no que concerne a celebração desta data.

No entanto, num outro lugar da reza, no espaço da Câmara Municipal de Bissau, o Conselheiro do Presidente da República para as áreas de Defesa e Segurança Interna e Externa exortou, na psssada terça-feira dia (04), o chefe de Estado e os políticos a pensarem no sofrimento do povo e para que haja união no seio dos guineenses.

Botche Candé pediu ainda as formações políticas a pensarem no sofrimento dos cidadãos guineenses para deixarem diferença de lado e, no entanto, pondo o país em primeiro plano.

Na mesma senda, o líder do partido Frente Patriótica de Salvaçaõ Nacional (FREPASNA), Baciro Dja, considera que a classe política deve estar preparada não para dividir os guineenses.ANG/Rádio Sol Mansi

Sudão


                Militares querem negociar e oposição pede governo civil
Bissau, 06 jun 19 (ANG) - Os tiros continuam a fazer-se ouvir nas ruas de Cartum, depois de a repressão levada a cabo pelo Conselho Militar no poder ter feito, desde segunda-feira, 60 mortos e mais de 300 feridos, alguns em estado grave.
Os militares sudaneses querem agora negociar com a oposição.
No entanto, os movimentos contestatários não comentam o pedido de diálogo dos militares, que surge dois dias depois duma intervenção mortal contra manifestantes em Cartum .
A oposição tem vindo a exigir a transferência do poder para mãos civis, e rejeita o pedido de eleições feito pelos militares.
Faz, contudo, saber que um dos seus chefes foi preso, em Cartum, pelos serviços de segurança.
E fala-se de massacre, acusando os paramilitares, ligados ao exército sudanês, de terem dispersado, à força, as manifestações que, desde o início da semana, se concentram frente ao quartel-geral do exército.
Segundo os contestatários, os hospitais têm sido também atacados pelos militares sudaneses.
A nível internacional, a Arábia Saudita sublinha a importância de se retomar o diálogo no Sudão.
Por seu turno, Washington, Londres e Oslo denunciam o apelo dos militares sudaneses.
A China e a Rússia bloquearam, no Conselho de Segurança da ONU, um texto condenando os mortos civis e pedido o fim imediato das hostilidades.
Ao som das balas poucos automóveis circulam nas ruas quase desertas da capital sudanesa, onde hoje se celebra o final do Ramadão.
São, no entanto, poucos os fiéis que oram em Cartum. ANG/RFI


Pré-convocatória CAN’2019


                     Avançado Mama Baldé - maior novidade dos “Djurtos”

Bissau,06 Jun 19(ANG) - O avançado de Sporting Clube de Portugal emprestado na época  (2018/2019) ao Desportivo das Aves, Mama Baldé é o  maior destaque na lista dos 29 pré-convocados do selecionador nacional, Baciro Candé para a fase final do Campeonato Africano das Nações que se realiza no Egito, a partir de 21 de junho.
Mama Baldé teve uma época brilhante ao serviço da Vila das Aves na qual fez 35 partidas num total 271 minutos, tendo apontado dez golos.
A lista divulgada à imprensa no útimo fim de semana, contém ainda seis novidades bem como o regresso de defesa central, Edgerson de Almeida que esteve ausente nos últimos jogos por lesão.
Destaque ainda para Guarda Redes  da União Desportiva Internacional de Bissau (UDIB), Edimar Vieira Cá (IVANOV), sendo o único atleta que milita no campeonato nacional.
Os restantes convovados são: Mama Baldé avançado de Desportivo das Aves (Portugal); Guarda Redes, Gregory Gomis que milita nos Al Arabi SC de Qatar; Moreto Cassamá, de Stade Reims de França; Jorge Nogueira, do Desportivo das Aves (Portugal); Romário Baldé, da Académica de Coimbra (Portugal) ..
São no total 29 atletas pré-convocados pelo selecionador nacional dos quais sairá a lista final de 23 jogadores, segundo os regulamentos da FIFA.
 Segundo o jornal O Democrata, a lista final será conhecida antes da partida para o Egito, da turma nacional que se encontra em estágio em Portugal .
No grupo de pré-selecionados nota-se as ausências de três titulares de Djurtus no CAN’2017, nomeadamente o defesa direito, Agostinho Soares (Nconco), o centro campista, Nanísio e o médio armador ,Francisco Santos Júnior (Santos).
Os ‘Djurtos’ que integram o ‘Grupo F’, na companhia do Black Star (Gana), os leões indomáveis (Camarões), campeões do CAN’2017, e oÉcureuil (esquilo) de Benin.
A Guiné-Bissau jogará a sua primeira partida frente aos leões indomáveis de Camarões. ANG/O Democrata

Diplomacia


                                                   Xi Jinping visita Moscovo
Bissau, 06 jun 19 (ANG) - A visita oficial do presidente chinês a Moscou visa marcar uma “nova era” na relação entre a China e a Rússia. 
Envolvido em uma queda de braço comercial com Donald Trump,  Xi Jinping se reuniu  quarta-feira (5) com "seu melhor amigo", o russo, Vladimir Putin, que também enfrenta problemas com os americanos.
Antes de uma recepção em sua homenagem no Kremlin, uma apresentação no Teatro Bolshoi, uma visita a dois pandas chineses emprestados ao zoológico de Moscou e de uma intervenção no principal encontro político e econômico da Rússia, Xi Jinping foi recebido por várias horas por Putin, multiplicando saudações e declarações de amizade.
Depois de assinar uma declaração conjunta, Putin elogiou perante a imprensa as relações bilaterais que alcançaram níveis sem precedentes. As posições de Moscou e Pequim, membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, são "muito próximas ou totalmente coincidentes" disse o presidente russo. Os dois países votam frequentemente em consonância   , na maior parte dos assuntos internacionais, como o programa nuclear da Coreia do Norte, o conflito na Síria, a crise na Venezuela ou o acordo nuclear iraniano,
Os dois líderes querem ir além e fixaram novos objetivos ambiciosos, destinados a fortalecer ainda mais a cooperação e contribuir para a prosperidade de seus povos, destacou Putin. O encontro celebrou os 70 anos do estabelecimento das relações entre os dois países.
Xi Jinping também retribuiu elogios ao presidente russo e disse esperar que "a tradicional forte amizade russo-chinesa brilhe com o novo impulso". "Estou convencido de que esta visita terminará com novos e impressionantes êxitos" nas relações bilaterais, "que irão cada vez melhor", declarou Xi Jinping, no início do seu encontro com Putin no Grande Palácio do Kremlin.
A tradicional "diplomacia do panda" chinesa também se fez sentir com a visita de Xi Jinping e Vladimir Putin a dois pandas gigantes emprestados durante 15 anos ao zoológico de Moscou. O empréstimo "é um sinal de respeito especial para a Rússia", disse Putin a jornalistas. "Estes animais são um símbolo da China e apreciamos muito este gesto de amizade".
Na quinta (6) e na sexta-feira (7), o presidente chinês viajará a São Petersburgo. Na cidade, ele será o convidado de honra do Fórum Econômico, que reúne dirigentes e representantes de 1.800 empresas russas e estrangeiras de 75 países.
Além dos tradicionais laços de amizade, a China "é o mais importante parceiro comercial da Rússia", lembrou nesta terça-feira (4) um conselheiro do Kremlin, Iuri Ushakov. Em um contexto de fortes tensões entre a Rússia e países ocidentais, o intercâmbio comercial entre Moscou e Pequim aumentou 25% em 2018 para atingir "um nível recorde de US$ 108 bilhões", assegurou Ushakov.
A Rússia, cuja economia é duramente atingida por sanções europeias e americanas desde 2014 devido à crise na Ucrânia e à anexação da Crimeia, "está se dirigindo realmente do mercado europeu ao mercado chinês", destacou o analista russo Alexander Gabuiev. Ao mesmo tempo, a China se tornou um "investidor muito importante" na economia russa e mantém financiamento público e privado na Rússia, lembrou o analista à AFP.
Do ponto de vista político, a aproximação dos dois países parece revelar coincidências. "As posições de Rússia e China são muito próximas ou coincidem completamente na maioria dos assuntos internacionais", disse Ushakov.
As relações russo-americanas estão seriamente afetadas pelas acusações de ingerência eleitoral e vários desacordos sobre o desarmamento. Enquanto isso, China e Estados Unidos estão confrontados em uma interminável guerra comercial. Neste quadro, em suas conversas, Xi Jinping e Putin se propõem a "reafirmar seu apoio mútuo (...) e assegurar que os laços sino-russos não serão afetados pelas mudanças na situação internacional", antecipou o vice-ministro chinês de Relações Exteriores, Zhang Hanhui.ANG/RFI

segunda-feira, 3 de junho de 2019

ANP


Comissão Permanente agenda Sessão Ordinária para os dias 11 de Junho à 22 de Julho

Bissau,03 Jun 19(ANG) – O Presidente do Parlamento, Cipriano Cassama convocou aos deputados da Nação para uma sessão ordinária prevista para  os dias 11 de Junho à 22 de Julho, na sequência de uma reunião  da Comissão Permanente da ANP realizada no dia 31 de Maio.

Segundo a deliberação da Comissão Permanente da ANP  a que a ANG teve hoje acesso, este órgão da ANP exorta ao Presidente da República a nomeação urgente do novo primeiro-ministro, indigitado pelo partido vencedor das eleições de 10 de março.

A Comissão Permanente aprovou ainda o projecto de Ordem do Dia para a essa sessão ordinária com destaque para apresentação, discussão e votação do Programa e proposta do Orçamento Geral  do novo  Governo.

A eleição do segundo vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular, apresentação, discussão e votação do Estatuto Remuneratório dos Oficiais da Justiça, são outros pontos constantes na agenda da próxima sessão do parlamento.

Na referida sessão ainda serão discutidos e votados o Projecto Lei Orgânica de Secretárias Judiciais e Privativas do Ministério Público, a proposta do Estatuto Remuneratório da Polícia Judiciária e a proposta de renovação do mandato da Comissão Nacional Organizadora da Conferencia Nacional.

A apresentação, discussão e votação de renovação do mandato da Comissão de Revisão Constitucional, da Lei Eleitoral e Quadro dos Partidos Políticos bem como votação final e global do Código de Trabalho estão igualmente agendados para essa sessão.

Abordado sobre o porquê do agendamento do Programa do Governo e da proposta do Orçamento Geral de Estado de um governo cujo primeiro-ministro ainda não tomou posse, o director do gabinete do Presidente da Assembleia Nacional Popular disse que trata-se apenas do cumprimento das normas regimentais.

Ansumane Sanhá disse que normalmente na primeira sessão ordinária da ANP, são tidas como prioridades os três pontos constantes na Ordem do Dia, nomeadamente a apresentação, discussão e votação do Programa do Governo, do Orçamento Geral de Estado e do Plano Nacional de Desenvolvimento.

“Se o governo não tiver pronto os referidos documentos os debutados avançam para outra agenda de trabalho”, disse. ANG/ÂC//SG

Política





Bissau, 01 jun 19 (ANG) - O Presidente, José Mário Vaz, voltou  a afirmar que só vai nomear um novo Governo após terminar impasse para a eleição do 2ºvice-presidente da  Assembleia Nacional Popular(ANP).
 
De regresso no sábado da cimeira da Organização da Conferência Islâmica, que decorreu na Arábia Saudita, José Mário Vaz, disse, em curtas declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, que aguarda "que haja um compromisso, um diálogo franco, entre os deputados" para de seguida nomear o novo primeiro-ministro e consequentemente o Governo.

O Presidente guineense disse ter ficado triste com o que viu logo no primeiro dia dos trabalhos do novo parlamento, saído das eleições, mas que espera que os deputados saibam ultrapasar as diferenças para desta forma fazer o país arrancar.

José Mário Vaz afirmou ainda que é também triste quando os políticos não conseguem acatar os conselhos, de diálogo e compromisso, que são feitos pelos líderes religiosos, quando usam a sociedade civil para atiçar divisões ou quando tentam envolver as Forças Armadas nas disputas políticas.

Disse que, por ser "um homem de crença",  acredita que o país vai ultrapassar o impasse político em que se encontra.


José Mário Vaz aproveitou as suas declarações, sem direito a perguntas, para agradecer e felicitar as Forças Armadas, as quais pediu que se mantenham nas casernas e em obediência à Constituição do país.

O líder guineense aproveitou a ocasião para criticar, sem citar nomes, aqueles que se vão envolvendo nos problemas internos do país.

"O mais triste é que as pessoas aproveitam-se desta situação para se intrometerem nos assuntos sobre os quais não têm direito, porque isto é um país soberano", observou José Mário Vaz, salientando que todos os países do mundo têm problemas, mas que nunca viu nenhum a vir à Guiné-Bissau pedir conselhos.

Em relação à cimeira, o Presidente guineense lamenta que não tenha assistido pessoalmente à conferência já que não conseguiu chegar ao lugar onde decorria, acabando por acompanhar, a partir de um hotel, por videoconferência.

Tínhamos agendado um encontro com sua Majestade (o rei da Arábia Saudita), mas infelizmente, no lugar onde ele estava era impossível vir até o hotel para esse encontro bilateral", afirmou José Mário Vaz que se mostrou satisfeito com os resultados da conferência que debateu o terrorismo, a unidade e solidariedade entre os países da OCI.

Mais de dois meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Depois de Cipriano Cassamá, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente do parlamento.

O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.

O parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.

O Presidente guineense termina o seu mandato a 23 deste mês.ANG/Lusa


Economia/exploração mineira

                   Investimento  de 180 milhões de euros  arranca em 2021



Bissau,03 Jun 19(ANG) - A diretora nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental(BCEAO) disse no sábado em Macau que arranca em 2021 um investimento mineiro de mais de 200 milhões de dólares (180 milhões de euros) no país.

"No setor mineiro está em curso um investimento de mais de 200 milhões de dólares para exploração de fosfato a partir de 2021", afirmou Helena Nosolini Embaló, durante uma conferência do 10.º Fórum Investimento e Construção de Infraestruturas (IIICF, na sigla em inglês), que terminou no sábado em Macau.

"Estes investimentos poderão mudar a médio prazo a nossa estrutura de exportação, contribuindo desta forma para um crescimento económico mais robusto, consequentemente criando emprego e riqueza", sustentou a responsável que, à margem do evento, questionada pela Lusa, não quis prestar declarações.

Com 36.125 quilómetros quadrados e uma população que não chega aos dois milhões de habitantes, a Guiné-Bissau situa-se na costa ocidental de África, entre o Senegal e a Guiné-Conacri, e tem mais de 80 ilhas no arquipélago dos Bijagós, a maior parte deserta.

Apesar de ter recursos naturais relativamente intactos, com reservas de bauxite e fosfato e eventualmente de petróleo, a economia do país centra-se no caju, o principal produto de exportação.

"A Guiné-Bissau está em busca de diversificar a sua exportação", sublinhou a diretora, lembrando que "a exportação com destino à China atingiu 71,4 milhões de dólares em 2017, superando largamente o máximo atingido em 2015, num montante de 37 milhões de dólares", sendo que os produtos exportados foram principalmente a castanha de caju e as madeiras nobres".

A Guiné-Bissau é um dos países que integra a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), uma organização de integração regional criada por sete países da África Ocidental que têm em comum uma moeda única.

"As nossas economias [da UEMOA e da China] complementam-se e as relações económicas devem ser aprofundadas", defendeu Helena Nosolini Embaló, acrescentando que "o papel de Macau enquanto uma plataforma de serviços representa uma oportunidade" para serem criadas e aprofundadas sinergias. ANG/Lusa


Crise política


                        Parlamento Infantil apela nomeação de novo Governo

Bissau, 03 Jun 19 (ANG) – O presidente do Parlamento Infantil apelou no sábado ao Chefe de Estado para nomear, o mais urgente possível, um novo Primeiro-ministro, uma vez que o actual executivo não está em condições de resolver os problemas que afectam as crianças.

foto Arquivo
Sebastião Tamba Júnior citado pela Rádio Capital FM e que falava a margem das celebrações do Dia Internacional das Crianças, 1º de Junho, disse que “parece que o actual Governo não está preocupado e nem tem condições para resolver os problemas, pelo que  é urgente a nomeação de um novo Governo para que a sua organização possa entregar as suas recomendações.

“Se não vejamos: as crianças não estão a frequentar as aulas por causa de sucessivas greves no sector, devido a essa greve  as crianças estão a ser vedadas de uns dos seus principais direitos. Milhares de crianças continuam a morrer por falta de acesso à centros de saúde, sem falar da protecção, a insuficiências das infra-estruturas judiciais, o que leva aos malfeitores a continuar a violar os direitos das crianças “,lamentou.

Tamba Júnior reconhece os trabalhos feitos pelo Estado guineense a favor das crianças, mas diz que ainda há muito por fazer, por isso, apela às autoridades políticas e ao Presidente da República como sendo o primeiro magistrado da Nação, para  nomear, com maior urgência, um novo executivo.

.ANG/MSC/ÂC//SG

China popular


               Novas tarifas  sobre produtos "made in USA" entram em vigor
Bissau, 03 jun 19 (ANG) - Vinhos, perfumes, preservativos e pianos são apenas alguns dos produtos americanos visados pelas novas tarifas chinesas que entraram em vigor no sábado (1).
Ao todo, mais de 5.000 itens integram a lista, que representa US$ 60 bilhões por ano. A medida foi tomada  em represália a uma decisão similar adotada pelos Estados Unidos em maio.
O contra-ataque chinês é mais um capítulo da guerra comercial entre as duas potências, iniciada no ano passado.  As sobretarifas alfandegárias chinesas serão aplicadas sobre 5.410 produtos, com taxas de 10%, 20% e até 25%. Estas mercadorias já são taxadas atualmente.
A medida é uma resposta  às tarifas adicioais sobre produtos chneses equivalentes a   200 bilhões de dólares anuais, anunciadas no início de maio pelo presidente americano Donald Trump. Além disso, há um processo em andamento para impor tarifas suplementares a todos os bens "made in China" importados pelos Estados Unidos.
O volume de negócios entre os dois países é superior a US$ 360 bilhões de dólares.
A retaliação chinesa começa a ser aplicada após uma semana de escalada verbal entre China e Estados Unidos. Pequim chegou a ameaçar restringir a exportação de terras raras, um produto chave para a indústria tecnológica americana.
A tensão começou depois que o presidente  Donald Trump colocou o grupo chinês de telecomunicações Huawei numa lista de empresas suspeitas de espionagem  . Esta decisão proíbe a venda de tecnologias americanas à empresa chinesa e ameaça sua sobrevivência. Imediatamente, Pequim anunciou que criará sua própria lista de empresas estrangeiras "não confiáveis".
 Estados Unidos e China retomaram a batalha tarifária depois que negociações em Washington terminaram sem acordo. Os americanos acusaram os negociadores chineses de recuar em compromissos assumidos. 
ANG/RFI

Cinema


Cineasta e realizador guineense diz  que a evolução do cinema é quase nula no país  

Bissau, 03 Jun 19 (ANG) – O Cineasta e Realizador Walker Bunque afirmou esta semana que a evolução do cinema na Guiné-Bissau é quase nula uma vez que, na prática, não se vê.

Segundo o actor que falava ao programa “No Fundo das Artes “,da Rádio Capital FM ,  o acesso ao filme não existe na Guiné-Bissau, por isso, e diz que tem planos para, sem dizer quando, contrariar esta realidade.

Walker Bunque frisa que a iniciativa passa pela criação, um dia, de uma escola de arte, especialmente vocacionada para o cinema, a fotografia e a literatura dramática.

“Naturalmente num país que não tem industria ou seja festivais ou amostras de cinemas, é muito pouco provável que se possa falar da ideia de uma indústria cinematográfica na Guiné-Bissau. Eu tenho interesse mas não acredito que até aqui eu tenha tido acesso à filmes, por isso é que é quase nula a cartografia de actores independentes na Guiné-Bissau”, disse.

Bunque lamenta a falta de ligação de ponto de vista cultural e das orientações com o país donde provèm os seus pais .

 Para o actor que já conta com mais de 20 obras editadas na Europa e América, este é um problema real da sua  geração  que pode acabar por hipotecar toda a sua culturalidade a favor de uma aculturação imposta por Portugal ou pela Europa.

ANG/MSC//SG

EUA


            Donald Trump aconselha Reino Unido a não pagar a conta do Brexit
Bissau, 03 jun 19 (ANG) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aconselhou o Reino Unido a não pagar a conta da separação da União Europeia, um montante que poderia chegar a € 45 bilhões, caso as negociações com Bruxelas não atendam às expectativas de Londres.
As declarações foram publicadas no domingo (2) pelo jornal The Sunday Times, na véspera de uma visita de três dias que o líder americano fará à Inglaterra.
“Se você não conseguir o acordo que você quer, eu sairia”, afirmou o republicano, na entrevista. “Se eu fosse eles, não pagaria US$ 50 bilhões de dólares”, disse o presidente, em referência ao valor anunciado por Londres como previsto no orçamento plurianual europeu em curso (2014-2020), que inclui um período de transição, acertado no acordo de divórcio.
O projeto foi firmado em novembro entre os britânicos e a União Europeia, mas ainda não foi ratificado.
O presidente sugeriu que um dos principais defensores do Brexit, o populista Nigel Farage, negocie a saída do bloco europeu. Elogiado por Trump na entrevista, Farage foi o vencedor das eleições europeias no Reino Unido, na semana passada. “Eu tenho muita estima por ele. Ele tem muito a oferecer”, avalia Trump.
A viagem oficial do americano começa nesta segunda-feira (3), com um encontro com a rainha Elizabeth II. Estão previstos grandes protestos contra Trump, que não se constrangeu a comentar a política interna britânica nos últimos dias.
O presidente americano prometeu fechar rapidamente um acordo comercial bilateral entre os Estados Unidos e o Reino Unido, assim que o Brexit se concretizar. “Fazemos muito pouco em relação ao que poderíamos fazer com o Reino Unido – que eu acho que será bem mais do que com a União Europeia”, comentou, ao Sunday Times.
A saída do Reino Unido da UE estava prevista para 29 de março, mas foi adiada para 31 de outubro, depois que a primeira-ministra Thereza May não conseguiu aprovar o projeto de acordo no Parlamento britânico. Por conta do fracasso,  ela vai deixar o governo nesta semana, na sexta-feira (7).
No sábado, Trump defendeu, em outra entrevista, que o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson, apoiador do Brexit, deveria assumir o cargo de premiê. “Ele faria um ótimo trabalho”, disse o americano, ao tabloide The Sun. 
ANG/RFI/AFP