Novas tarifas sobre produtos
"made in USA" entram em vigor
Bissau, 03 jun 19 (ANG) - Vinhos, perfumes, preservativos e
pianos são apenas alguns dos produtos americanos visados pelas novas tarifas
chinesas que entraram em vigor no sábado (1).
Ao todo, mais de 5.000 itens integram a lista, que representa
US$ 60 bilhões por ano. A medida foi tomada em represália a uma decisão similar adotada
pelos Estados Unidos em maio.
O contra-ataque chinês é mais um capítulo da guerra comercial
entre as duas potências, iniciada no ano passado. As sobretarifas
alfandegárias chinesas serão aplicadas sobre 5.410 produtos, com taxas de 10%,
20% e até 25%. Estas mercadorias já são taxadas atualmente.
A medida é uma resposta às tarifas adicioais sobre
produtos chneses equivalentes a 200
bilhões de dólares anuais, anunciadas no início de maio pelo presidente
americano Donald Trump. Além disso, há um processo em andamento para impor
tarifas suplementares a todos os bens "made in China" importados
pelos Estados Unidos.
O volume de negócios entre os dois países é superior a US$ 360
bilhões de dólares.
A retaliação chinesa começa a ser aplicada após uma semana de
escalada verbal entre China e Estados Unidos. Pequim chegou a ameaçar
restringir a exportação de terras raras, um produto chave para a indústria
tecnológica americana.
A tensão começou depois que o presidente Donald Trump colocou o grupo chinês de
telecomunicações Huawei numa lista de empresas suspeitas de espionagem .
Esta decisão proíbe a venda de tecnologias americanas à empresa chinesa e
ameaça sua sobrevivência. Imediatamente, Pequim anunciou que criará sua própria
lista de empresas estrangeiras "não confiáveis".
Estados Unidos e China
retomaram a batalha tarifária depois que negociações em Washington terminaram
sem acordo. Os americanos acusaram os negociadores chineses de recuar em
compromissos assumidos.
ANG/RFI
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