Bissau acolhe ateliê sobre redução de capturas de tartarugas e aves marinhas na Sub-Região
Bissau,26
Jun 19(ANG) – Cerca de 30 técnicos de países membros da Comissão Sub Regional
de Pescas(CSRP), nomeadamente a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Gâmbia, Senegal, Mauritânia
e Serra Leoa, participam entre os dias 26 e 27 do corrente em Bissau num ateliê
de Regulamentação de Práticas de Redução de Capturas de tartarugas e aves
marinhas na sub-região.
Ao
presidir a abertura do seminário em representação da ministra das Pescas da
Guiné-Bissau, o Director Geral da Pesca Industrial, Carlos Nelson Sanó disse
que a escolha do país para a realização do evento constitui motivos de grande
satisfação e uma boa opção por ser o que abriga o maior número de espécies de
tartarugas marinhas.
A título
de exemplo,Sanó informou que a Ilha de
Poilão, no Arquipélago dos Bijagós, é o santuário de tartarugas verdes, olivas,
de escamas, de couros e cabechudas ou seja dispõe de cinco das sete espécies
existentes no mundo.
O
Director Geral da Pesca Industrial sublinhou que o Arquipélago dos Bijagós é o local onde as
referidas espécies de tartarugas marinhas desovam anualmente conforme os
estudos do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas(IBAP).
Disse
que, de igual modo, o Arquipélago de Bijagós constitui um santuário para as
grandes variedades das aves marinhas migratórias e que escolhem a Guiné-Bissau
para repousar, fruto das condições que as ilhas oferecem em termos de
ecossistema.
Aquele
responsável salientou que as espécies em referência cuja conservação vai ser
debatida nos dois dias do ateliê, atira a atenção sobre a necessidade de se
manter o empenho nos estudos, porque são ainda muito poucas as informações
recolhidas.
Carlos
Sanó declarou que estudos feitos noutros
países apontam existência de fortes ameaças de extinção das referidas
espécies.
segundo
Nelson Sanó, historicamente, as principais ameaças das tartarugas marinhas na
Guiné-Bissau têm a ver com as capturas das fêmeas produtoras e a colheita dos seus ovos quando sobem às praias para desovarem.
Afirmou
ainda que as carnes e ovos das tartarugas são usados para o consumo local e
ocasionalmente associadas à cerimónias de caracter social e religiosa. Referiu que as capturas acidental ou intencional nos
mares por embarcações de pescas industriais é outra ameaça importante.ANG/ÂC//SG
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