Confirmada
sexta vaga das paralisações na Função
Pública não obstante a decisão governamental de descontar nos vencimentos
Bissau 10 Jul 19 (ANG) – O Secretário-geral da União
Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG),disse hoje que a sexta ronda de greves,
vai mesmo ser uma realidade entre os dias 11,12 e 13 do mês em curso mesmo com a
advertência do Governo de que os grevistas vão ter os dias de paralisação
descontados no vencimento.
Júlio Mendonça , em entrevista a ANG disse que “todo o político responsável e
que tem noção Estado não fala à toua ou
de uma forma tão banal como é o caso deste Chefe de Governo”, porque “ele,
Aristides Gomes quando foi Primeiro-ministro em 2006 antes de sair deixou
dividas que os funcionários de Estado inclusive dos professores novos ingressos
e contratados nos liceus não receberam
até hoje”.
“Agora um Estado responsável que sabe que tem obrigações
para com os seus funcionários de pagar no final de cada mês e não o faz à tempo
e hora, frustrando as expectativas das pessoas.
Todos os funcionários já tinham a coragem de contrair empréstimos juntos aos comerciantes para depois pagar no final do mês, mas com este Governo hoje os funcionários não o podem fazer ou perderem crédito “,disse.
Todos os funcionários já tinham a coragem de contrair empréstimos juntos aos comerciantes para depois pagar no final do mês, mas com este Governo hoje os funcionários não o podem fazer ou perderem crédito “,disse.
Mendonça frisou que existem muitas dívidas com deferentes
instituições estatais que o Executivo não liquidou: casos dos jornalistas
contratados dos Órgãos Públicos de Informação que já não recebem há quase seis
meses.
Diz se mesmo assim este Chefe de Governo tem a moral de dizer que
vai descontar aos trabalhadores que aderirem a greve.
“Se querem fazer os descontos como manda a lei, primeiro
devem cumprir a mesma, ou seja, que paguem todas as dívidas e a partir dali
podem fazer os descontos. Estamos em greve porque o Governo não cumpre com o
seu dever”, disse salientando que
Aristides Gomes como Primeiro-ministro é uma decepção para o Estado guineense.
Mendonça afirmou que o país retrocedeu com o mandato deste Chefe de
Governo, e argumenta:”toda a crise que se
viveu na Guiné-Bissau, o aspecto salarial já tinha sido ultrapassado”.
Disse que Aristides
não tem nenhum moral nem legitimidade de descontar nenhum tostão de um
funcionário que aderiu a greve, porque estão a reivindicar porque não foram
pagos.
Júlio Mendonça apela aos trabalhadores a manterem serenos e
tranquilos e diz se este Governo de Aristides tem mesmo a coragem,
que avance com o desconto dos salários
como prometeu.
O Governo anunciou recentemente em comunicado que doravante,
as faltas cometidas devido a greve vão ser descontadas nos vencimentos.
As duas maiores centrais sindicais, a União Nacional dos
Trabalhadores da Guiné(UNTG) e a
Confederação Geral de Sindicatos Independentes(CGSI) promovem, há mais de um
mês, greves de três dias semanais na
Função Pública, afectando as escolas e o sector da saúde, entre outros serviços
estatais, sem o cumprimento da obrigação de serviço mínimo.
ANG/MSC//SG
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