Tensão política
compromete governo
Bissau, 14 jun 19 (ANG) - A tensão política voltou ao rubro
entre militantes do partido do presidente Félix Tshisekedi e os da força
política do seu antecessor Joseph Kabila, na República Democrática do Congo.
Segundo a polícia, várias sedes de partidos foram atacadas na
capital na quinta-feira.
As duas coligações no poder, a UDPS, União para a democracia e o
progresso social, e o PPRD, Partido para a reconstrução e democracia,
respectivamente pró Tshisekedi e pró Kabila, parecem estar cada vez mais de
costas voltadas.
E, com provocações de parte a parte, e ainda sem fumo à vista
quanto à formação de um novo governo.
O executivo deveria contar com uma maioria de ministros pró
Kabila, vencedores das legislativas.
Este aumento de tensão coincidiu com a declaração de Martin
Fayulu que tanto Tshisekedi como Kabila teriam "assassinado o Estado de direito".
Aquele que continua a declarar-se como vencedor das
presidenciais reagia, desta feita, ao facto de ter sido invalidada a eleição de
23 deputados do seu movimento "Lamuka"
(Acorda em lingala).
O Tribunal constitucional validou, com efeito, esta semana um
reforço de cerca de 20 deputados para o partido de Kabila que consegue a
maioria absoluta no parlamento, não obstante não ter conseguido a vitória nas
presidenciais.
Fayulu denunciou uma decisão extemporânea da justiça e anunciou
uma manifestação para esta quinta de mulheres e deputados.
Ele suspendeu ainda as actividades de todos os seus
parlamentares e promete uma grande marcha para dia 30, dia da independência.
ANG/RFI
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