Cidadãos guineenses saúdam conclusão do mandato do
Presidente da República
Bissau,24 jun 19 (ANG)
– Alguns cidadãos guineenses saudaram o primeiro Presidente eleito da República
da Guiné-Bissau a concluir o mandato de cinco após em 25 anos da abertura
democrática, sem o registo de qualquer recurso a violência ou golpe de Estado.
Ouvidos hoje pela Agência
de Noticias da Guiné (ANG) no quadro dos cinco anos da Presidência de José
Mário Vaz, os cidadãos Mama Indjai, Elonaida Gomes Monteiro, Augustino Domingos
Cabribato, Duílio Martins, Davide Carlos Sá e Jaime Nabagna foram unânimes em
manifestar as suas satisfações com o término do mandato, sem nenhuma sublevação
político militar.
Mas, em termos de
acções políticas, consideram de “mau” o desempenho de José Mário Vaz, por não
ter encarado a função como uma missão que o povo lhe confiou. Há, contudo, quem qualifica o balanço de muito
positivo.
Mama Indjai disse que
no princípio as coisas iam bem, mas com a queda do primeiro governo liderado
por Domingos Simões Pereira, as coisas começaram a piorar pouco a pouco até
chegar numa altura em que não se consegue fazer nada, porque não houve
rendimento em termos profissionais.
Em termos de acções
políticas, segundo o mecânico Mama Indjai, o Presidente Mário Vaz não fez nada
para bem do país e nem para o melhoramento das condições de vida do povo
guineense.
Por isso, apela ao
Presidente cessante e aos políticos em geral para optarem pelo diálogo, como
forma de resolverem os problemas que a sociedade enfrenta no momento, principalmente
nos sectores da saúde e educação.
A mulher da actividade
económica, Elonaida Gomes Monteiro na sua curta declaração considera de péssimo
os cinco anos de Presidência de José Mário Vaz, porque traiu a confiança que o povo
depositou nele.
O sapateiro Augustino
Domingos Cabribato considera de bom a conclusão do mandato do Presidente sem
nenhuma violência, mas em termos de acção política o qualifica de mau.
Domingos Cabribato é de
opinião de que os erros políticos cometidos por José Mário Vaz devem ser
julgados por via das eleições.
O estudante Duílio
Martins disse que José Mário Vaz entrou na história ao ser o primeiro
Presidente da República a concluir o seu mandato, mas que também durante os
cinco anos piorou as condições de vida do povo guineense.
Justificou a sua
opinião com a nomeação de oito primeiros-ministros e respectivos governos
factos que , na sua opinião, afectou gravemente os sectores da saúde e do
ensino.
O Professor Davide
Carlos Sá disse que a conclusão do mandato de José Mário Vaz deve ser motivo de
orgulho para os guineenses, porque é o primeiro chefe de Estado que termina função sem qualquer levantamento político
militar.
“Em termos de acção,
tendo em conta a confiança que o povo depositou nele não fez praticamente nada,
se levarmos em conta os fracassos políticos de José Mário Vaz com o não
funcionamento das escolas públicas e sucessivas greves na função pública”,
concluiu o Professor.
O funcionário público
Jaime Nabagna começou por fazer um balanço muito positivo dos cinco anos de
presidência de José Mário Vaz, alegando não haver mortos políticos durante este
período em que esteve a frente dos destinos
dos guineenses.
Jaime Nabagna espera
que o próximo presidente a ser eleito acabe também o seu mandato.
Reconheceu, por outro
lado, que a crise política colocou o país numa situação muito débil, consequência
da guerra entre os actores políticos, facto que não permitiu ao país angariar
os fundos e captar os investimentos que possam contribuir para desenvolvimento
da Guiné-Bissau.
ANG/LPG/ÂC//SG
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