Líderes do PAIGC
e da União para a Mudança em Cabo Verde
Bissau, 10 jun 19 (ANG) - O presidente do PAIGC e o líder da
União para a Mudança foram recebidos no fim-de-semana, na cidade da Praia, pelo
chefe Estado Jorge Carlos Fonseca ,tendo os três falado sobre a actual crise política que se vive na
Guiné-Bissau.
Em declarações à agência de notícias Lusa, Domingos Simões
Pereira referiu que o encontro serviu para "partilhar com
o Sr. Presidente a actual situação política na Guiné-Bissau à luz dos últimos
acontecimentos, à luz do aproximar do fim do mandato do Sr. Presidente da
República [José Mário Vaz] sem que haja governo, sem que estejam fixadas as
datas para as próximas eleições presidências".
O líder do PAIGC explicou que o chefe de Estado cabo-verdiano "ouviu com muita atenção", quis "tirar a limpo vários aspectos" e "compreender de que forma é que pode ajudar".
O vencedor das eleições legislativas ressalvou que este encontro
não representa qualquer forma de ingerência interna. "Claramente não há intenção de se ingerir internos, há a intenção de se
ajudar", disse.
O parlamento guineense está dividido em dois grandes blocos, um,
que inclui o PAIGC, a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova
Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 e o PRS, com 48.
O Chefe de Estado José Mário Vaz afirma que que só irá indicar o
primeiro-ministro e o governo quando a eleição para a mesa da Assembleia
Nacional Popular estiver concluída.
Em falta está a eleição do 2º vice-presidente da ANP, que está
agendada para sessão parlamentar que inicia terça-feira em Bissau.
Na primeira votação , no dia 18 de Abril, a maioria dos deputados
votou contra o nome de Braima Camará, lider do partido Madem G-15 para esse
lugar, Madem voltou a propor Braima e voltou a receber a reprovação, e perante
a recusa de substituir Braima Camará por outra pessoa do Madem G-15 o lugar não
foi preenchido até então.
O Lugar de 2º vice-presidente da ANP é reservado ao segundo
partido mais votado nas legislativas mas o seu preenchimento é legalizado por
votos sim da maioria dos deputados presentes na sessão.
ANG/RFI
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