quarta-feira, 26 de junho de 2019

Política


           Líder do PAIGC acusa Jóse Mário Vaz de tentar um “golpe de Estado”
Bissau, 26 jun 19 (ANG) - O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusou,  terça-feira, o Presidente cessante, José Mário Vaz  de tentar realizar um “golpe de Estado”,  para nomear um governo de iniciativa presidencial.
Domingos Simões Pereira fez esta acusação numa  conferência de imprensa, na qual explicou  as razões pelas quais o partido desistiu de indicar o seu nome para o cargo de primeiro-ministro.
"Na sexta-feira, durante todo o dia, mas sobretudo à noite,  José Mário Vaz montou toda uma operação de golpe de Estado e que consistia, primeiro, em nomear o  Edmundo Mendes ou o Malam Sambu como primeiro-ministro, e a ocupação de todas as instituições públicas por elementos das forças da defesa e segurança antes da nomeação e empossamento de um governo da sua iniciativa", afirmou Domingos Simões Pereira.
O presidente do PAIGC explicou que a "intenção não foi consumada ou terá sido abortada", porque dois dos seus "principais colaboradores" (referindo-se a Braima Camará, coordenador do Madem-G15, e Sola Nanquilim, vice-presidente do PRS) o "teriam avisado de que as estruturas de apoio poderiam não suster a reacção de outras forças de defesa e segurança e a fúria popular".
Por outro lado, Domingos Simões Pereira disse suspeitar que José Mário Vaz “não teria recebido luz verde do padrinho da sub-região (o Presidente do Senegal, Macky Sal), que tem coordenado toda esta operação e outros desmandos do Presidente José Mário Vaz".
Em nome da maioria parlamentar, Domingos Simões Pereira, também disse que o Presidente da República condiciona a formação do governo à prorrogação do seu mandato pelo Parlamento.
“O Presidente da República disse ao primeiro-ministro que não iria tratar do dossier porque aguarda que o Parlamento prorrogue o seu mandato”, afirmou Domingos Simões Pereira.
A maioria parlamentar alertou que a partir de agora qualquer acto associado ao posto do Presidente da República é susceptível de um processo-crime.
Domingos Simões Pereira disse que os partidos da maioria parlamentar vão formar Governo e exigir a responsabilização de quem não cumpre regras democráticas.
José Mário Vaz cumpriu cinco anos de mandato no domingo(23) e apesar de a CEDEAO ter pedido a nomeação de um Governo, o Presidente guineense continua sem o nomear. ANG/RFI

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