Trabalhadores
cumprem um dia de greve geral
Bissau, 14 jun 19 (ANG) - As principais centrais sindicais do
país, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Central
dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entre outras dezenas de
organizações sindicais, convocaram atos nesta sexta-feira (14) em apoio à
primeira greve geral sob o governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Em Paris, o coletivo Mario Pedrosa organiza uma manifestação de
apoio à paralisação dos trabalhadores brasileiros às 17h30 pelo horário local
na praça da República.
Os trabalhadores são convocados a cruzar os braços para
protestar contra a reforma da Previdência, os cortes na Educação e manifestar
seu descontentamento ante a incapacidade do governo de retomar o crescimento da
economia e gerar um maior número de empregos formais, passados quase seis meses
da posse de Bolsonaro.
A mobilização acontece na sequência de duas grandes
manifestações contra os cortes na Educação, ocorridas nos dias 15 e 30 de maio.
As ameaças persistentes ao acesso à Educação pública e a crise política, agora
agravada pelas denúncias do site The Intercept envolvendo o ministro da
Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava
Jato, podem ampliar a adesão.
Líderes sindicais preparam atos para paralisar os transportes
desde as primeiras horas da madrugada. Em São Paulo, a paralisação está mantida
mesmo após a Justiça ter concedido liminar que obriga o funcionamento do Metrô,
da CPTM e a circulação de ônibus. A Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio
nesta sexta-feira. O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte
Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) aderiu à greve a partir da
meia-noite.
Sindicatos de bancários, metalúrgicos, petroleiros,
eletricitários, metroviários, professores, trabalhadores da saúde, de
companhias de água e esgoto, dos Correios, da Justiça Federal, químicos e
rurais, portuários, vigilantes, servidores públicos estaduais e federais
esperam uma grande mobilização.
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro), sindicato nacional dos bancários, convocou toda a categoria para a
greve. Bancários de ao menos 16 capitais – incluindo São Paulo, Rio de Janeiro
e Belo Horizonte – confirmaram participação na greve.
A avaliação do Palácio do Planalto é de que o movimento não terá
adesão expressiva. A única orientação do governo aos simpatizantes do
presidente Jair Bolsonaro é para que eles combatam, nas redes sociais,
tentativas de recuperação por parte de militantes da oposição. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário