sexta-feira, 14 de junho de 2019

Reuteurs Institute


                                          Há menos confiança  na mídia
Bissau, 14 jun 19 (ANG) – Apenas 42 por cento dos 75 mil pessoas entrevistadas em 38 países confiam na imprensa de maneira geral, revela um  documento da Reuters Institute.
Essa percentagem representa cerca de dois pontos a menos em relação a situação verificada no passado.
O estudo divulgado na quarta-feira (12) mostra que menos de uma a cada duas pessoas confia nos veículos acessados ou lidos no quotidiano – o equivalente a 49% dos entrevistados, ouvidos entre janeiro e fevereiro em 38 países. 51% das pessoas que participaram da pesquisa pensa que a mídia ajuda a entender o mundo atual e menos de um terço (29%) acredita que a imprensa cubra assuntos pertinentes. Para 16%, o “tom” utilizado nas matérias e reportagens não é adequado.
Os resultados da pesquisa escondem disparidades importantes de acordo com o país, indica o relatório. Na Finlândia e no Canadá, por exemplo, a maioria da população confia na imprensa. Já na Grécia ou na Hungria, há uma forte desconfiança. Na França, a confiança diminuiu cerca de 24%.
A imprensa foi particularmente criticada pela cobertura do movimento dos “coletes amarelos”, especifica o documento. A confiança nas informações consultadas nas ferramentas de busca e redes sociais continua estável em relação ao ano passado e são, respectivamente, de 33% e 23%.
Os internautas utilizam cada vez mais aplicativos de troca de mensagens instantâneas para compartilhar informações e se informar, principalmente no Brasil, na Malásia e na África do Sul. O documento ressalta que o nível de confiança aumenta com o nível educacional. Os leitores mais diplomados na Alemanha e nos EUA, por exemplo, avaliam as mídias de maneira mais positiva.
Paralelamente, a preocupação continua crescente em relação à expansão das fake news, apesar dos esforços das plataformas e dos editores.
Entretanto, a proporção das pessoas dispostas a pagar por informação on-line é baixa, é de 15%.De uma maneira geral, o relatório mostra que os internautas preferem investir na diversão e em canais como Netflix e Spotify. Esse dado contrasta com o fato de que cada vez mais veículos tendem a cobrar pelos seus conteúdos. Outro dado interessante é que 32% das pessoas evitam as chamadas “notícias quentes”, em detrimento de conteúdos mais elaborados. ANG/RFI

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