Rússia e China
defendem nova ordem económica
Bissau, 10 jun 19 (ANG) - Vladimir Putin lançou um apelo para
que seja reconsiderado o papel do dólar no sistema financeiro mundial,no âmbito do Fórum Económico Internacional de São Petersbugo
e da visita de Estado, efectuada
pelo Presidente chinês Xi Jinping à Rússia.
Putin estimou que a moeda norte-americana tornou-se um
instrumento de pressão utilizado pelos Estados Unidos.
Putin e Jinping denunciaram as desigualdades provocadas pela
actual ordem económica, bem como puseram em causa o domínio dos Estados Unidos
sobre a economia mundial.
No seu discurso diante de dirigentes políticos e empresários que
participaram no Fórum Económico Internacional de São Petersbugo, o Presidente
da Rússia acusou os Estados Unidos de querer alargar a sua jurisdição ao resto
do mundo.
O chefe de Estado russo, criticou a retórica da guerra comercial e das sanções e apelou para que
seja reconsiderado o papel do dólar norte-americano no contexto do comércio
global,bem como denunciou a pressão dos Estados Unidos sobre os outros países.
Vladimir Putin, destacou nomeadamente os esforços de Washington
para impedir a construção do Nord Stream 2, um importante gaseoduto que ligará
a Rússia à Alemanha e reprovou a pressão de Washington sobre a firma chinesa
Huawei. Putin acusa Washington de querer banir Huawei do mercado global.
O Presidente chinês Xi Jinping, realçou a necessidade de superar
as desigualdades vigentes no sistema económico mundial.
Jinping afirmou que a China está pronta para partilhar,com o
resto do mundo,as invenções tecnológicas, designadamente a 5G de
Huawei.
Durante a visita de três dias de Xi Jinping à Rússia foram
assinados bilateralmente várias dezenas de acordos, nos domínios do comércio
online, das telecomunicações, do gás e de outros sectores.
A União Europeia permanece o primeiro parceiro económico da
Rússia, mas regista-se um incremento no comércio entre Moscovo e Pequim.
O aumento das trocas comerciais, entre a Rússia e a China
atingiu em 2018 o volume de negócios recorde de 108 mil milhões de dólares.
ANG/RFI
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