Missão
apela PR para nomear novo PM tendo em conta resultados eleitorais
Bissau, 20 jun 19 (ANG) -
A Missão da CEDEA0 apelou ao Presidente José Mário Vaz para nomear novo Primeiro-ministro de acordo com os
resultados eleitorais, antes do dia 23 de Junho, data em que termina o mandato
do chefe de Estado.
O apelo foi tornado público com a leitura, no aéroporto de Bissau, do
Comunicado Final resultante dos dois dias de consultas que a missao realizou em
Bissau com diferentes actores politicos guineenses.
A missão ainda declarou que a CEDEAO irá aplicar sanções
contra actores políticos que têm estado
a dificultar a estabilização política da Guiné-Bissau.
O presidente José Mário Vaz ,depois de solicitar, segunda-feira,
ao PAIGC, na qualidade de vencedor das legislativas de 10 de março passado, a
apresentar a sua proposta de primeiro-ministro
recusou ,no dia seguinte, o nome de Domingo Simões Pereira indicado pelo
partido para essas funções.
Como alternativa, Mário Vaz solicitou que seja indicada
outra pessoa para o cargo de primeiro-ministro.
O PAIGC prepara uma resposta à essa recusa de José Mario
Vaz. O Bureau Político do partido está reunido e no centro dos debates está a recusa
do nome do líder do partido para as funções de primeiro-ministro.
Os estatutos do PAIGC, (artigo 40) determinam que em caso
de vitória eleitoral, o líder do partido, na qualidade de cabeça da lista, é o
candidato ao cargo de primeiro-ministro.
A Constituição da República determina que o
primeiro-ministro é nomeado tendo em conta os resultados eleitorais.
Entretanto, o coordenador do partido Madem g-15, Braima
Camará anunciou esta quinta-feira a sua desistência do cargo de 2º
vice-presidente da Assembleia Nacional Popular, para o qual havia sido reprovado pela maioria dos deputados numa
votação feita no parlamento, a 18 de Abril.
Camará disse que se abdica do lugar ,”em nome dos
superiores interesses da nação”.
A recusa do Madem G-15 de substituir o nome de Braima
Camará por outro dirigente do partido esteve no origem do impasse verificado na
eleição completa da mesa da ANP, e que serviu ao Presidente Mário Vaz de
pretexto para não avançar com o processo de nomeação do primeiro-ministro, três
meses após eleições legislativas ganhas pelo PAIGC.
O lugar de 2º vice-presidente do parlamento, de
acordo com o Regimento da ANP, é reservado ao segundo partido mais votado nas
eleições mas o seu preenchimento e legtimado por votos da maioria dos deputados presentes
na sessão.
ANG//SG
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