Secretário-geral
da UNTG pede aos trabalhadores para acompanhar Centrais Sindicais na 8ª ronda de paralisações.
Bissau, 24 Jun 19 (ANG) - O
secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guine (UNTG), pediu
hoje aos funcionários públicos para acompanharem as duas Centrais Sindicais na
oitava vaga de greve a observar entre 25
e 27 de junho, uma vez que a luta é para defender os interesses da classe.
Júlio Mendonça em entrevista à
ANG disse que independentemente dos “teatros políticos” dos últimos dias, os
sindicatos vão fazer o seu papel, tendo salientado que não depende deles a escolha
de quem vai governar, mas que contudo vão se relacionar com qualquer um que
esteja a exercer as funções governativas.
“Se esta pessoa quer ou não,
deve nos ouvir e se não o fizer a Lei nos reserva os mecanismos para que
sejamos ouvidos e segundo ele, o propósito divino não falha uma vez que o
Primeiro-ministro Aristides Gomes foi reconduzido, e que tinha todo tempo deste
mundo para se sentar com os sindicatos para discutirem seriamente sobre os 47
pontos que constam no Caderno Reivindicativo dos sindicatos”, disse.
Mendonça frisou que as
paralisações, que podiam ser evitadas,ocorrem devido ao comportamento de
Aristides Gomes, como Chefe de Governo virou costas ao diálogo com as Centrais Sindicais fazendo
com que o ano lectivo 2018/19 esteja comprometido ou quase nulo.
O Secretario-geral da UNTG
disse que a luta da sua organização e da Confederação Geral dos Sindicatos
Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-G-B), é para ajudar a organizar o Estado,
cumprindo o que a Lei diz e mais nada.
“Já falamos em várias ocasiões
que esta luta não vai parar enquanto os objectivos preconizados não forem atingidos.
Por isso, pedimos que o comportamento do Primeiro-ministro, seja outra em
relação aos Centrais Sindicais e trabalhadores guineenses em geral porque a sua
missão desta vez é de governar o país e não apenas de realizar eleições como outrora justificava”, frisou.
Questionado se esperam uma
mudança de atitude do Chefe do Governo, Mendonça disse que como diz um ditado popular,
de que “só o burro é que não muda de posição”, salientando que um ser humano
como ser racional que pensa, analisa e realiza, julga-se que deve mudar a sua
postura no relacionamento com os parceiros sociais, se quiser continuar a
governar para atingir os objectivos traçados no programa do PAIGC denominada “Terra
Ranka”.
Sobre o benefício de dúvida ao
primeiro-ministro empossado, uma vez que ainda não formou o elenco governamental,
frisou que no país as pessoas que devem fazer isso são os próprios governantes ou
seja já passaram 45 anos em que os trabalhadores guineenses deram benefício de
incerteza aos sucessivos governos, e aos políticos, salientando que chegou a
hora de mudar o paradigma das coisas.
“As paralisações que iniciaram
desde o mês de Maio, não vão parar porque felizmente o Chefe de Governo continua
nas funções. Temos mais razões de continuar a nossa luta uma vez que conhece
muito bem o dossier das reivindicações e se nada mudar estamos prontos para
fazer greve até acabar a décima legislatura ora iniciada“,vincou. ANG/MSC/ÂC//SG
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