quinta-feira, 20 de junho de 2019

Moçambique


                                    Cimeira EUA-África decorre em Maputo
Bissau, 20 jun19 (ANG) - A 12a cimeira de negócios EUA-África está a decorrer a partir de hoje e até 21 de Junho em Maputo, contando com a presença de 14 chefes de Estado.
Vista da cidade de Maputo
Presente está também Karen Dunn Kelley, vice-secretária norte-americana do Comércio.
Em debate nesta cimeira de negócios EUA-África está o futuro das relações comerciais entre o continente africano e os Estados Unidos da América.
Nesse sentido, os governos de Moçambique e dos Estados Unidos assinaram um memorando de entendimento para impulsionar as trocas comerciais e a remoção de barreiras aos investimentos.
Karen Dunn Kelley diz que Moçambique é o quarto país a rubricar este tipo de acordo com os EUA, e o objectivo é levar à assinatura de acordos de comércio livre.
Durante a abertura do evento, o presidente da República de Moçambique recordou que o continente africano carece de financiamentos para infra-estruturas.
Filipe Nyusi convidou o empresariado norte-americano a investir em África para por cobro ao défice de financiamento que trava o desenvolvimento do continente. 
O continente apresenta um déficit de financiamento para infraestruturas estimado entre 68 e 108 biliões de dólares americanos, de acordo com o Banco Africano de Desenvolvimento
A mobilização desses recursos é vital para acelerar o processo de integração económica regional do continente, afirma o Presidente moçambicano.
Na ocasião, Karen Dunn Kelley lembrou ainda que, apesar de os Estados Unidos serem o maior doador de ajuda humanitária para África, o comércio com o continente caiu 62 por cento desde 2014.
Kelley referiu o medo de correr riscos e as violações ao Estado de Direito como razões para o fraco investimento norte-americano em África.
A cimeira Estados Unidos da América – África foi antecedida pelo histórico anúncio do consórcio liderado pela petrolífera norte-americana Anadarko que assegura a realização do maior investimento de sempre em Moçambique para a exploração de gás natural liquefeito, estimado em 22 mil milhões de euros. ANG/RFI

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